Faith - Tomione escrita por Teddie


Capítulo 16
Hermione Dumbledore


Notas iniciais do capítulo

CHEGAY PARA MAIS UM. ESSE CAPÍTULO É ESPECIAL A BEÇA. RECEBEMOS DUAS RECOMENDAÇÕES DE UMA VEZ SÓ!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! (SURTEI)
Eileen Ross, a minha leitora Zombie, dedicado a você.
Memories, que também ta sempre comentado, dedicado a você também!
TO SURTANDO MAIS PORQUE ACABAMOS DE PASSAR DOS DUZENTOS COMENTÁRIOS. DUZENTOS. SOCORRONEY!

Vamos ao capítulo



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Dumbledore se sentou à mesa, sendo acompanhado por Hermione. A penseira ficou entre os dois, dando uma sensação de segurança. Ela não queria ficar próxima a Dumbledore, não depois do que ele tivera coragem de mostrar a ela.

Hermione sempre admirou Alvo Dumbledore, ele era justo, corajoso, inteligente. Tudo que ela queria ser. Entretanto, com suas novas experiências - desde sua morte e o livro de Skeeter, Hermione andava duvidando do caráter do professor. Sim, o livro era mentiroso em muitos aspectos, e Rita Skeeter era tão insuportável quanto Jason, mas tinha alguns pontos de verdade.

Coisa que ela só conseguiu reparar com as poucas memórias que viu. Ela pode ver que Dumbledore era alguém um tanto frio do que se cercava. Ele analisava as situações e tirava proveito delas. Hermione não queria ser assim.

– Então, Hermione - o professor começou, os olhos cintilando - Poderia me lembrar onde paramos?

Ele está me testando, constatou.

– Hm... Ariana tinha sido atacada pelos trouxas - Dumbledore confirmou, meneando com a cabeça - Entretanto, ainda não entendi como eu me aplico nessa história professor, nem como eu tenho uma marca de nascença que, aparentemente, é da sua família.

No fundo do seu coração, Hermione não queria saber. Ela pressentia que nada de bom viria daquela penseira. Mas avaliou a única opção lógica. Era neta de Ariana.

De algum jeito a magia não se manifestou em seus pais, mas se manifestou nela. Mutação genética, como falara uma vez com Tom.

– Sim, senhorita. Suas respostas serão respondidas. Quero que entenda uma coisa: o que aconteceu com Ariana foi um trágico acidente, e por muito tempo nos culpamos por isso. Meu pai foi atrás dos trouxas que a feriram, e então fora preso por atentado aos trouxas. Eu fiquei furioso, e quase fiz uma besteira também. Quase segui Gellert para onde fosse, mas felizmente, Ariana me impediu.

– Como, professor?

– Ela enlouqueceu - suspirou em derrota. Odiava falar da doença de sua irmã.

Hermione estremecera, não estava nada feliz com o rumo dessa conversa.

– Hermione - o professor continuou - Essa primeira lembrança que você vai ver era de minha falecida mãe, Kendra. Foi logo depois que papai foi preso e Ariana começou a demonstrar sinais estranhos. Está pronta?

Hermione não estava, mas assentiu mesmo assim. Alvo indicara com a mão a penseira, e a menina mergulhara, sendo sugada pelas lembranças.

Hermione se viu em pé em uma rua meio vazia. Havia uma loja abandonada e poucas pessoas circulavam pela rua. Ela olhou para o lado, e viu seu professor junto a ela. Dessa vez, não levou susto.

No fim da rua, uma senhora de cabelos castanhos e olhos azuis, alta e aristocrata, ajudava uma menina loira, magra e franzina a caminhar. Hermione quase soltou uma exclamação de pavor ao ver que a menina era Ariana.

Ela estava com olheiras horríveis, o rosto ossudo, e o corpo antes atlético, estava flácido e muito magro, ela tinha uma protuberância na barriga, mas não foi isso que mais deixou Hermione compadecida da loira. Fora os olhos. Antes cheios de vida, estavam opacos e vidrados.

“Ela fala comigo, mamãe’ Ariana murmurava “Ela me diz que eu corro perigo”.

“Oh, querida, não dê ouvidos a ela” Kendra falara automaticamente, como se a garota falasse isso com frequência.

As duas entraram na loja abandonada, e Hermione as seguiu, dando de cara com um hospital totalmente bruxo. St. Mungus.

Kendra pediu algumas informações para uma bruxa sentada na recepção, e elas seguiram para o elevador.

Hermione mal reparou no andar em que pararam, mas notou a mudança em Ariana. A menina mudara completamente. Tentava focar mais nas coisas, estava mais segura, e não falava mais sozinha. Quase pressentia que algo ruim poderia acontecer se surtasse naquela hora.

Elas entraram em uma sala onde uma bruxa baixinha, gordinha e de cabelos grisalhos sorria para as mulheres.

“Como posso ajudá-las?” perguntou.

“Minha filha anda abatida, doutora. Já tentei dar poções para reanimar os nervos. Mas nada adianta” Kendra falou, mas sem tirar os olhos da filha.

Hermione, no canto, percebeu que Kendra queria falar mais, queria falar dos ataques da filha.

– Professor - ela sussurrou, mesmo sabendo que ninguém poderia ouvir - Ela queria se livrar de Ariana?

– Uma teoria interessante - Dumbledore avaliou - Provavelmente minha mãe não sabia como lidar com a situação, sempre teve filhos exemplares, com exceção de Abby, e sempre se gabou disso. Quando todos os filhos seguiram por caminhos tortuosos, e no caso de Ariana, enlouqueceu, ela queria arrumar um jeito de ter de novo o controle da situação. Mesmo que para isso, Ariana tivesse que ser internada.

Hermione assentiu, e voltou a prestar atenção na cena que se seguia.

“Creio que isso é exagero de minha mãe, doutora” Ariana sorriu, tão lúcida que Hermione ficou assustada “É só um mal estar bobo, coisa que nem precisa de poção. Estudei sobre isso em Hogwarts, as vezes se algo é corriqueiro, a poção acaba se tornando inútil. Espero não estar falando nenhuma besteira, doutora” a medibruxa riu para Ariana, que sorriu levemente.

“Está certíssima, querida. Corvinal?” Ariana assentiu, com orgulho. Hermione via esse orgulho em si mesma sempre que se olhava no espelho e se lembrava da Grifinória “Meus filhos estudaram lá também, mas antes do seu tempo, provavelmente. Quantos anos tem?”

“Dezoito” respondeu. A face de Kendra estava assombrada pelo comportamento lúcido da filha.

“Certo” a medibruxa olhou a ficha da loira “Ariana, farei uns exames simples, que condizem com seu mal estar, tudo bem?” a loira assentiu, e pela primeira vez, Hermione pode ver em seus olhos a angústia em fazer aquilo.

Ela deve estar sofrendo tanto, suspirou. Se ela estivesse correta, sua avó deveria ter passado por maus bocados. Não admira que a magia da loira tenha se descontrolado.

A bruxa começou a fazer uma série de feitiços silenciosos, e uma luz rosa começou a sair do ventre de Ariana. Ela olhava tudo levemente intrigada, e Kendra só faltava desmaiar em sua cadeira.

“Querida,” a medibruxa interrompeu o feitiço e fez algumas anotações na ficha da garota “Você está grávida. E pelas contas, com aproximadamente catorze semanas”.

Ariana ficou pensativa, olhando vidrada para um canto. Hermione se perguntou se não era a tal voz que falava com a garota.

“Doutora, tem mais” Kendra parecia ter criado coragem “Ela não vem conseguindo praticar magia, e sempre parece meio descontrolada. E mais... Ela anda ouvindo coisas”.

A medibruxa fitou Ariana, mas a mesma lançou um sorriso beirando a infantilidade.

“Mamãe está inventado histórias” e revirou os olhos “Mamãe, eu li que no inicio de uma gravidez a bruxa realmente fica um pouco descontrolada, mas porque seu corpo e sua magia estão se adaptando ao bebê e a magia dele. Não é, doutora?”

A bruxa sorriu para Ariana, sendo convencida que ela não estava louca coisa nenhuma.

“Exato. Bem, é isso. Voltem em breve para consultas”.

As mulheres assentiram e saíram da sala, Kendra parecendo contrariada e desgostosa. Ariana parecia exausta, mas vitoriosa. Elas entraram no elevador, e o olhar de Ariana ficou alucinado no mesmo instante. Hermione achou o ato muito estranho e perturbador.

“Mamãe, quando chegarmos em casa, mande uma coruja a Alvo”.

‘Por que?” perguntou, seca.

“Ora mamãe, ela me diz que algo muito ruim vai acontecer. Preciso falar com meu irmão sobre”.

“Quem é ela, Ariana?” perguntou num fôlego só.

“A magia em mim, mãe. Ela criou vida, e agora fala comigo” Kendra não aguentou o olhar maluco da filha e desviou seus olhos do dela.

Com Kendra suspirando, a imagem mudou novamente.

Alvo estava com Aberforth no Cabeça de Javali, mas pareciam mais jovens, a barba de ambos ainda era rala, e não tinha nenhum traço de idade em seus rostos. O bar estava vazio, e apenas Alvo estava sentado no balcão. Eles discutiam avidamente.

Então uma sineta tocou, e uma bruxa entrou, ela tinha cabelos esvoaçantes, e faltava um dente em sua boca, mas ela não parecia incomodada com isso. Sorria malucamente de algo que todos desconheciam. Hermione a reconheceu do dia que teve o encontro com Tom, ela conversava com Dumbledore.

Lembrar de Tom fez seu estômago se retorcer.

“Bom dia, meninos. Abby, me de um pouco desse conhaque, por favor”.

Aberforth assentiu e encheu um copo com uma bebida marrom.

“Aqui, Cassandra. Como vai?” o castanho perguntou.

“Vou bem, mas o ministro anda insatisfeito com minhas previsões. Ele acha que eu sou uma charlatã. Eu! A pessoa que previu que o filho dele morreria, e graças a isso, ele conseguiu sobreviver. Bosta de dragão para ele!” suspirou enraivecida.

Previsões... Cassandra Trelawney! A bisavó de sua professora. Hermione revirou os olhos. Odiava adivinhação.

“Ora Cassandra, o ministro é cético como aqueles trouxas ateus. Nem todos tem a mente aberta para o que é misterioso” Alvo falou. Cassandra mostrou seu sorriso sem dente para ele.

“Quando vai virar ministro, Alvo? Precisamos de alguém como você lá!” Alvo riu, mas Aberforth bufou. Hermione achou aquilo extremamente engraçado.

“Ora, Cassadra, você é a adivinha, me diga você!” ela riu, levando o copo de conhaque até os lábios.

“Tem razão, gar...” ela não conseguiu completar, seus olhos ficaram vidrados e o copo caiu de sua mão com um baque estrondoso.

Sua postura ficou ereta e quando abriu a boca, saia uma luz verde e a voz estava mudada.

“Nascida por meio de violência, aquela capaz de impedir o caos no mundo bruxo detém do tempo como aliado. Semelhante ao lorde das trevas, mas ela possui algo que ele desconhece. No décimo primeiro mês, aquela capaz de impedir o lorde das trevas da ascensão total nascerá.”

Cassandra tossiu inúmeras vezes, e Aberforth trocou um olhar assustado com Alvo. A mente de Hermione começou a fervilhar.

Lorde das Trevas... Ela sabia quem era. Tom. Voldemort.

Algo que ele desconhece... Amor, sim, ele nunca conheceu o amor.

Décimo primeiro mês... Ela nascera em novembro.

Tempo como aliado... Hermione sentia as pernas fraquejarem.

Nascida por meio de violência... Hermione sentiu vontade de vomitar.

Era tão irreal. Ofegava com sua possível descoberta.

– Professor, me tire dessa lembrança. Não posso mais ver nada hoje.

– Mas Hermione...

– Por favor - interrompeu. Sua voz saindo mais desesperada que antes.

O professor assentiu, acenando com a varinha. Hermione tirou a cabeça da penseira em um supetão. Andava de um lado a outro da sala, e se fosse possível, teria aberto um buraco no chão. Dumbledore a observava em silêncio, esperando o momento dela se manifestar.

– Essas cosias não fazem sentido nenhum - começou - Primeiro dizem que eu sou uma de vocês, depois, você me mostra lembranças terríveis de Ariana e me dizem que tudo que eu já soube sobre ela é mentira. Ela foi violentada e ficou grávida de algum daqueles trouxas imundos. Depois, Cassandra Trelawney faz uma profecia que se aplica direto a... - Parou, recuperando o ar, quando voltou a falar, sua voz ficara oitavos mais fina - Mim? Professor, o que está acontecendo?

Alvo fitou a garota, que estava de pé e olhava para ele com uma ansiedade e desespero tão grandes que ele se apiedou. Ela era de fato muito nova para aguentar tanta pressão.

Hermione ficou incomodada com a profundidade do olhar. Parecia como o olhar que ele lançava a Harry antes de algo muito ruim acontecer.

Hermione esperava estar errada.

– Hermione, você tem a inteligência de sua mãe, sabe o que está acontecendo.

Sua mãe? Hermione parou de andar, estacou no lugar, sentindo o impacto das palavras. Não aguentou. Sentou na cadeira de frente a mesa de seu professor.

– Eu sou mesmo uma Dumbledore? - sussurrou, a voz estava fina.

– Sim, querida - ele respondeu, suspirando - Você é filha de Ariana.


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Notas finais do capítulo

E ai????????? Comentem a opinião de vocês!1!!