Faith - Tomione escrita por Teddie


Capítulo 13
Revelada


Notas iniciais do capítulo

Olá, queridos, tenho algumas coisas a dizer antes desse capítulo, e queria que todos lessem.
Primeiro, quero agradecer a FallenAna pela recomendação linda! Tem razão, sempre é bom receber uma, me deixou feliz por dia, e me deu até inspiração por esse capítulo. Ele é dedicado a você, e todos aqueles que vem comentando e recomendado. Eu escrevo Faith por vocês, que estão aqui sempre me dizendo para continuar, me dando a maior força!!!

Outra coisa, Faith não será uma fic muito longa, não tenho a intenção de passar dos vinte capítulos. Então se você ainda não comentou, aproveite, falem tudo o que vocês acham, e no que eu posso melhorar. Se for possível e eu conseguir, farei as mudanças.

Eu sei que é chato bancar a autora chata carente de comentários, mas gosto de recebe-los para saber se tem algum motivo para continuar.

Novamente, obrigada a quem comenta e recomenda! Esse capítulo vai para vocês.



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— Ela está muito perto de saber — Alvo falou enquanto passava a mão pela barba acaju. Aberforth ignorou a apreensão que surgia em seu peito.

Ele não podia deixar que nada acontecesse a Hermione. Ele devia isso a garota.

— Então é ela mesma? — perguntou, no fundo esperando que a história não se desenrolasse.

Dumbledore assentiu, suspirando cansado. Aberforth olhou em volta no seu bar. Em uma mesa um bruxo, sozinho, lia o Profeta Diário enquanto um cálice de alguma bebida estava intocado na mesa. Em outra um bruxo maltrapilho de cabelos claros brigava em voz baixa com uma bruxa ruiva. Aberforth se aproximou de Alvo, na intenção de deixar a conversa mais restrita.

— Você sabe que se Grin... aquele ser desprezível descobrir, a menina está morta, não é? Morta como Ariana! — vociferou em voz baixa.

— Gellert seria incapaz de atacar Hogwarts. Enquanto Hermione ficar na escola ela estará a salvo. E eu queria que você cuidasse dela sempre que ela vier a Hogsmeade.

— Eu o faria mesmo se você não me pedisse, Alvo. E aquele namorado dela pode o fazer também. Conte a ele!

— Não, isso seria impensável — Dumbledore negou rapidamente — Tom ainda não está preparado para ouvir a verdade. Ainda está instável demais. Por enquanto só nós dois conseguiremos manter a menina longe das mãos de Gellert.

Aberforth assentiu, e Alvo olhou em torno do bar, observando os três clientes.

— Já vou indo, meu irmão.

Aberforth nada disse, estava imerso em pensamentos. Aquela menina, como ele não reparara antes?

Ele não ia cometer o mesmo erro de novo.

Jurara isso por Ariana.

(...)

Um bruxo louro de aspecto sujo aparatou em um lugar terrivelmente frio; só se via neve para todo lugar que se virava. Quase pensou que tinha aparatado no local errado, mas a grande mansão ao fundo confirmou sua localização. Ele estava no local certo.

Com dificuldade, marchou até a entrada do casarão, onde dois bruxos fortes e agasalhados passaram a varinha por ele, autorizando sua entrada. Ele sempre se surpreendia com as loucuras de segurança de seu mestre.

Ele entrou no casarão estilo vitoriano; do chão ao teto só se via preto, um preto lustroso e sombrio que combinava terrivelmente com o frio no exterior. Dentro daquela mansão o clima parecia ser três vezes pior do que lá fora.

Gellert se encontrava sentado em uma sala em tons de vermelho, com móveis de madeira, totalmente diferente do resto da mansão. Ele sorriu friamente para o bruxo louro e acenou para que o mesmo se aproximasse.

O bruxo sujo reparou na mesa de Gellert Grindewald, havia pergaminhos e anotações com letra ilegível, havia também um desenho esquisito: um círculo, por cima dele um triângulo, e cortando o círculo, uma reta. Ele não entendia o que significava, mas parecia um olho a seu ver. Havia só mais uma coisa. Um porta retrato. Nele havia dois bruxos adolescentes que riam um para o outro e lançavam feitiços de brincadeira. Um deles parecia muito com seu mestre, o outro, com o bruxo de cabelos acaju que estava no bar imundo alguns dias atrás.

Grindewald viu que o seu subordinado observava a foto e a virou, fazendo a atenção voltar para si. O bruxo pigarreou e começou a falar, tinha um sotaque engraçado, parecia com búlgaro.

— Há uma menina senhor. Uma menina em Hogwarts. Eu não entendi muito bem, mas parece que tem ligação com o senhor e com aqueles bruxos que o senhor me mandou observar.

Menina... Dumbledore... Grindewald arregalou os olhos com a descoberta, todo o pavor da profecia lançada caindo sobre seus ombros. A garota tinha que morrer.

— Mas um deles falou que ela está protegida na escola, senhor. E que seria muito difícil para o senhor conseguir chegar na menina. E o senhor ainda evita o Reino Unido. O que o se...

— Cale a boca, Asanoska. Me deixe pensar — o bruxo louro se encolheu na cadeira em que estava sentado. Gellert fitava o chão com tanta intensidade que pensou que o mesmo ia quebrar. Por fim, Grindewald soltou uma gargalhada fria, seu olhar estava vidrado.

— Avise nossos bruxos, Asanoska. Assim que o inverno acabar, atacaremos Hogwarts. Mantenham-se preparados.

O bruxo assentiu repetidas vezes e se retirou, deixando Gellert sozinho novamente. Ele olhou a foto que estava com Alvo, fazia tanto tempo, mas parecia que tinha sido ontem. Uma época onde os dois eram apenas bruxos inocentes fazendo planos grandes e bobos. Eram bons amigos.

Mas agora tinha acabado. Alvo seguira outro rumo. Um rumo que Gellert não queria e nem podia aceitar.

— Eu estava precisando fazer uma visita a Alvo de qualquer jeito — sorriu.

Aquele sorriso parecia ser mais frio que o clima do lado de fora.

(...)

Tom estava ansioso. Ele andava de um lado para o outro esperando Hermione descer as escadarias de Hogwarts. Ele estava usando seu melhor casaco quente e gorro verde e prateado, assim como o cachecol. Estava honrando sua casa.

É claro que ele estava ansioso. O jantar no dia anterior não tinha sido produtivo e Slughorn estava começando a notar que existiam problemas no paraíso. Hermione o ignorara e ficara conversando com McGonagall. Charlus Potter se metia na conversa vez ou outra e Abraxas ficara puxando o saco de Tom em todo o jantar.

Fora a noite mais maçante na vida de Tom, contando com todas as noites que passara no orfanato. Mas agora tudo podia mudar, afinal, ele e Hermione passariam um tempo juntos novamente, e se Merlin quisesse, não teria nem ataques nem torturas.

Seriam apenas dois amigos passando um tempo divertido no inverno de Hogsmeade.

E uns beijos não cairiam mal.

Sim, teriam a entrevista com Batilda Bagshot, e por mais que ele gostasse de história da magia, não podia negar que não estava ligando para isso. Ele queria Hermione.

E quando colocava algo na cabeça, conseguia.

Ele viu Hermione descer com um olhar entediado. Ela vestia uma roupa parecida com a sua, mas o casaco comprido deixava as pernas à vista, Tom desconfiou que ela tivesse lançado um feitiço que mantivesse as pernas aquecidas. No pescoço, o cachecol grifinório, assim como o gorro em sua cabeça.

Ela estava linda. Mesmo vermelho com dourado sendo uma combinação pavorosa.

Nas mãos ela carregava uma bolsinha de contas. Ela se aproximou dele, que abriu um sorriso enorme, mas não foi correspondido. Não desanimou. Tinha até o final do dia para fazer Hermione ser sua.

— Vamos ao Três Vassouras e voltaremos. Não converse comigo a não ser que seja necessário. E em hipótese nenhuma me chame de sua namorada — Hermione listou suas exigências e Tom quis rir da seriedade da garota.

No entanto, assentiu sem falar nada e seguiram juntos. Estava frio e nevava bastante, mas quase todos os alunos resolveram passear em Hogsmeade, principalmente os terceiranistas, que nunca tinham visitado o vilarejo bruxo.

Tom se sentiu nostálgico ao ver as crianças e ao se lembrar do seu terceiro ano. Hermione, mesmo quieta, tinha a mesma expressão em seu rosto.

Antes de entrarem no pub bruxo, Hermione parou Tom na rua de trás. Várias coisas passaram pela sua cabeça, até colocou sua mão na varinha, pronto para qualquer exaltação da castanha, mas a mesma só bufou e revirou os olhos, colocando o braço inteiro dentro da bolsinha de contas. Tom arregalou os olhos.

— Feitiço indetectável de expansão — ela explicou, procurando por algo. Um baque surdo foi ouvido e ela suspirou com raiva — Os livros sempre caem.

Tom segurou o riso, enquanto ela tirava de lá um rolo de pergaminho, uma pena, e um potinho com tinta. Ela entregou tudo a Tom.

— Eu posso fazer as anotações se quiser, Hermione — falou.

— Tanto faz, pode ser. — disse apenas e contornaram a rua para entrar no bar.

Lá dentro estava inexplicavelmente quente e lotado. Vários alunos de Hogwarts se amontoavam para pedir uma bebida e, no fundo, uma bruxa de cabelos grisalhos tomava uma bebida calmamente. Tom sentiu Hermione retesar e empalidecer.

— Acho que vou vomitar — sussurrou. Ele ficou tão feliz que ela falara com ela que quase ignorou a náusea da menina.

— Quer ir embora? Posso falar com Batilda sozinho.

— Não, não precisa, Tom. É só que eu não tenho uma boa recordação desse rosto.

Mistérios e mais mistérios. Quando Hermione não falaria cheia de segredos?

Os dois se aproximaram da bruxa, que tinha várias rugas em torno dos olhos escuros. Tom achou que não parecia tão velha, mas que as aparências no mundo bruxo enganavam.

— Ora, vocês devem ser Tom e Hermione, certo? Sou Batilda Bagshot — a velha exclamou. — Sentem-se, sentem-se. Já pedi uma cerveja amanteigada para vocês. Que fofos que vocês são, pertencem a casas diferentes e ainda sim se amam. Dá para ver na cara de vocês o amor. — Hermione engasgou com a saliva e Tom preciso bater nas costas da menina.

Ele entendia. Batilda era um tanto... excêntrica?

— Me perdoem se falo demais ou se sou indelicada — a velha bruxa continuou — É que passo tanto tempo com o rosto virado para pergaminhos velhos e páginas de livro que eu às vezes me esqueço de como é o contato humano.

Tom riu falsamente, acompanhado de Hermione. Os dois estavam com tanto calor que tiraram o casaco. Hermione usava por baixo de seu sobretudo um vestido simples vermelho. Quando ela sentava, aparecia um pouco de suas coxas torneadas e Tom tentou não olhar muito, pois seria desrespeitoso. Batilda olhou atentamente para os dois, focando em Hermione. Ela também reparara nas coxas de Hermione e Tom pensou que fosse porque estava muito curto ou porque o vestido era bonito. Essas coisas de mulheres.

— Então Sra. Bagshot, nosso trabalho fala sobre linhagens bruxas e escolhemos duas famílias. A Dumbledore e a Grindewald. — os olhos da bruxa faiscaram.

— Posso falar uma coisa ou duas, embora Gellert já não seja considerado parte da família. Ele é filho de minha sobrinha, e logo cedo foi expulso de Durmstrang porque atentara com a vida de alguns alunos — Tom lembrou de si mesmo enquanto anotava rapidamente todas as palavras. — Os Grindewald eram uma família do leste Europeu. Da Escandinávia. Eles se juntaram a minha família quando minha sobrinha casou com Sigmund Grindewald, pai de Gellert. Todos esperavam grandes feitos de Gellert e é o que ele está fazendo, mesmo que seja negativamente.

“Acontece que eu me dispus a acolhe-lo em minha casa. Eu estava recém viúva, e precisava das um tempo com os livros de história. Então eu estava vivendo em Godric’s Hollow, sendo vizinha dos Dumbledore quando meu sobrinho chegou.”

Parou para beber um gole de sua bebida, e esperou Tom esperar de concluir as anotações que fazia.

— Ele não falava, não comia direito e parecia muito decepcionado em não ter alguém do seu nível para conversar. Eu falava com ele sobre diversos assuntos, mas não era a mesma coisa. Divergíamos em tudo e ele não era tão adepto a Historia da Magia.

“Então ele conheceu Alvo nas férias de Natal e logo se tornaram amigos. Alvo tinha os mesmos pensamentos de Gellert sobre os trouxas e como a magia tinha que ser exposta para todo o mundo.”

Tom olhava a bruxa, admirado. Nunca passara pela sua cabeça que o velho patético pudesse ter pensamentos desse tipo. Por que então virara um professor medíocre? Ele podia controlar o mundo bruxo se quisesse!

Ele olhou de canto de olho para Hermione, para ver se ela estava tão surpresa quanto ele, mas não. Ela estava calma e concentrada. Como se já tivesse ouvido essa história varias vezes, mas não quisesse ser desrespeitosa com a velha falante.

— Mas nem todos concordavam com os dois. Os irmãos de Alvo principalmente, Aberforth e Ariana. Eles achavam...

— Espere — Hermione interrompeu a bruxa. — Até onde eu sei, Ariana era doente, quase não saia de casa. Talvez por isso Dumbledore odiasse os trouxas, pelo que fizeram quando Ariana ainda era criança.

Tom encarava Hermione pasmo. Como ela sabia dessas coisas?!

— Ora, querida! É quase isso, mas Ariana era uma bruxa espetacular. Apenas quando concluiu Hogwarts que coisas ruins aconteceram a ela, inclusive um ataque de trouxas contra a pobrezinha. — Tom olhava atentamente Hermione, ela parecia confusa demais.

Como se algo estivesse errado.

— Aliás, Hermione, me surpreenda que você não conheça toda essa história.

— Como assim? — a castanha perguntou. O cenho franzido de confusão. A velha bruxa revirou os olhos tomados de rugas, com um sorriso desdenhoso no rosto.

— Você não é uma Dumbledore, querida?


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Notas finais do capítulo

Eu revisei, mas sempre algum errinho pode aparecer. Peço que me avisem para eu poder consertar.
Comentem com a opinião de vocês sobre o capítulo de hoje.
bjssss