In Purple Eyes escrita por Caramelkitty


Capítulo 3
Primeiro estágio


Notas iniciais do capítulo

Sentiram minha falta? Digam que sim... ^ ^

Notas: Pequeno almoço = café da manhã
«Flores de pinheiro» O pinheiro não tem flor, é apenas uma expressão que utilizei porque as flores foram esculpidas em madeira de pinheiro.



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A fragrância doce da pólvora tornou-se a essência do meu sono leve. Os sonhos já eram um passado, mas a realidade esperava-me ainda num futuro. Estava ainda demasiado sonolenta para me lembrar de qualquer assunto do dia anterior. Queria continuar naquele torpor, livre de preocupações ou receios, livre dos cansativos desejos, da alegria ou da tristeza. Era o mesmo todas as manhãs, custava tanto a levantar para ir para a escola. O despertador que tinha na mesa de cabeceira não era o suficiente, apesar do seu estrondoso tilintar ser ouvido no andar de cima. E teria continuado a apreciar o calor das almofadas e do cobertor se algo não tivesse saltado para cima de mim. O susto despertou-me. Quando me caíra um hipopótamo em cima?

Abri os olhos e deparei-me com um reflexo deles. Era Brian, meu irmão gêmeo. Ele era, como eu costumava chamá-lo, «a minha versão masculina». Tinha os mesmos olhos alaranjados, o cabelo louro escuro do tom mel, a mesma pele clara...

É claro que haviam diferenças. Além do óbvio (sermos de sexos diferentes), ele tem o cabelo mais curto, normalmente espigado e rebelde, é mais baixo que eu, tem o nariz mais redondo e tem sardas. Ou seja, apesar de sermos gêmeos, eu recebi a genética da parte mais bela da família.

Normalmente eu e Brian somos irmãos muito unidos e nada daquela história de gato e rato ou cão e gato.

– Brian, seu nanico gordo. Porque me acordaste? – Berrei, empurrando o meu irmão de cima de mim.

Já estendido no chão, Brian replicou.

– Ó magricela preguiçosa! Já está na hora de ir para a escola. Queres chegar atrasada como sempre e fazer-me passar vergonha?

Mostrei-lhe a língua, expulsei-o do quarto e levantei-me da cama, tudo num só fôlego. Puxei as cobertas para cima e ajeitei a almofada, para tudo ficar em perfeita ordem. A minha cama com aspecto de lavada dava-me uma sensação de familiaridade e de conforto. Depois escolhi a roupa do dia, abrindo o meu guarda fato esculpido pelo meu avô. O armário é de madeira de pinheiro antiquíssima e as flores do pinheiro estão esculpidas em cada um dos quatro pés. Escolhi trajar o meu vestido preferido, verde com uma terminação em saia. Atei o cabelo num rabo de cavalo e de seguida marchei para a casa de banho e fiz a minha higiene pessoal. Já mais desperta após lavar a cara e escovar os dentes, desci a saltitar a escada que conduzia ao andar de baixo. A porta do quarto do meu irmão estava entreaberta, dando-me um vislumbre de puro horror. O quarto do meu irmão: o caos total! Será que esse rapaz não sabe nem guardar as meias na gaveta? O poster dos Explosive creepers (a banda musical preferida de Brian) colado na porta inclinado demasiadamente para a esquerda, já dava uma ideia do que podíamos encontrar na divisão em que este rapaz dormia.

À mesa para o pequeno almoço, estava sentada a minha família toda. A mãe, que virava panquecas de carvão numa frigideira, o pai que barrava com petróleo uma torrada de carvão e o meu irmão que engolia já todas as iguarias. Sentei-me na mesa, no momento em que ele engolia a última panqueca.

– Brian! – Reclamei indignada. – Agora fiquei sem panquecas!

A minha mãe nem se virou para me responder.

– Não comecem já com as discussões! Estou a fazer uma nova rodada de panquecas, já, já, podes comer uma, Laura.

– Sim, mas agora tenho de esperar que arrefeçam. – Murmurei, mergulhando uma colher no diesel e espalhando o pó de pólvora que tornava o líquido apreciável. Levei a caneca à boca e sorvi um trago, para despistar a água na boca que se formara ao sentir o cheirinho doce de um pequeno almoço que prometia.

O meu pai baixou o jornal para nos encarar.

– Então, estão prontos para o grande dia? – Perguntou animado.

Engoli em seco. O comentário do meu pai embrulhou-me o estômago. Parei de mordiscar a torrada e encarei os próprios pés. Por minha boa vontade, nem ia à escola hoje. É normal estar nervosa. Afinal era o meu primeiro estágio.

– Estamos pois! Finalmente vamos fazer algo divertido! – Respondeu o meu irmão, quase pulando na cadeira.

Relanceei o meu olhar para ele, sentindo um misto de desagrado e alívio. Desagrado porque Brian é um irresponsável. Encara tudo isto como mais um teste, uma brincadeira, uma visita de estudo. Não se trata de nenhuma dessas banalidades, um estágio é algo sério, já morreram creepers nessas provas de coragem. A única que me compreendia era a minha mãe. Iríamos ser lançados no meio do mato, sem qualquer garantia de segurança, nem provisões. Teríamos de sobreviver durante 24 horas, procurando a nossa própria comida e enfrentando outros mobs, ou, pior que tudo, os terríveis humanos. Ano passado, morrera um rapaz no seu primeiro estágio. Ele tinha se assustado ao ver um humano de longe e explodira. Por outro lado também sentia alívio, porque mesmo sendo um empecilho imaturo, meu irmão iria acompanhar-me nesta aventura e a solidão é um suplício que não teria de aguentar. Todos somos lançados no campo de ação a pares. Porque nós, creepers, gostamos de trabalhar em conjunto, formamos muitas vezes grupos. É algo a que outras espécies de mobs não estão habituadas, normalmente são muito solitários, existem, claro, as comunidades das espécies, mas não são formadas verdadeiras ligações, relações. Por isso, tenho orgulho em ser creeper. Mas não achem que é uma vida fácil. Somos a única espécie que tem estabelecimentos de ensino, ou seja, os jovens creepers vão à escola e cedo somos enviados nestes estágios. É mau, mas quando penso em ter de me virar sozinha, desde a nascença como acontece com muitos outros mobs, penso que tenho sorte.

O pequeno almoço não durou tanto quanto eu gostaria. Cedo, a minha mãe começou a recolher os pratos sujos. Brian saltou da cadeira, colocou o boné verde a disfarçar o desalinho do cabelo e saiu porta fora em grande animação apenas lançando um Adeus pai, até logo mãe por cima do ombro. Eu levantei-me com as pernas trêmulas. Apesar de termos ambos sete anos, eu sou muito mais responsável e consciente do que o meu irmão. Abracei os meus pais com força e despedi-me tentando não deixar a voz embargar. O que era difícil já que, pela cara da minha mãe, escorriam lágrimas de preocupação.

– Voltem, por favor. Sãos e salvos! – Implorou a minha mãe, limpando as lágrimas com as costas da mão. – Laura, por favor, toma conta do teu irmão. Não deixes que ele seja levado pela sua impulsividade.

– Tenho medo. – Confessei, ainda abraçada à minha mãe.

– Não tenhas! Vocês têm sido preparados para este momento há anos. Não deixes que a preocupação de uma velha te comova. Eu passei por isso, teu pai passou por isso, todos os creepers passam por isso e, normalmente, não acontece nada de grave.

Normalmente... dizia a minha mãe de forma incorreta. Havia uma chance de 1 em 20 de sermos eliminados. Ainda é uma grande percentagem e eu sei que, por debaixo daquela consolação, estava muito receio e muito desgosto.

Vesti o casaco verde, puxei o capuz para cima e saí porta afora, sem uma palavra. Tinha sido tudo dito no interior daquelas paredes. Segui o meu irmão, que não parava de falar. Estava animado por ir para a escola e isto já por si era uma raridade. Soltei um longo suspiro ao avistar a escola lá longe, no fim do caminho de terra.

«Acalma-te» Murmurei para mim própria. «Não vais querer parecer uma covarde»

Ao pisarmos o pátio da entrada, vi uma creepergirl correr para nós. Era Lola, minha melhor amiga desde o primeiro dia de aulas. Lola tinha longos cabelos rosa choque divididos ao meio, com dois elásticos brilhantes. Nas aulas, muitas vezes, me apanhava distraída a vê-los brilhar à luz da janela. Eu sou assim, fico imersa muitas vezes em pequenos pormenores insignificantes. Lola tem olhos azuis muito escuros, como o céu ao fim do dia.

– Laura, estás preparada? Eu nem consegui dormir esta noite de tanta ansiedade. – Disse com um tom meio empolgado, meio preocupado. Um balanço perfeito entre mim e o meu irmão, Brian.

– Quero mais é despachar isto. Voltar depressa para os meus pais. – Revelei. Claro que só diria isto para Lola. Ela é minha amiga, não vai troçar dos meus medos. Afinal todos nós temos receio quanto a este estágio. Depois deste pequeno desabafo, preparei a máscara de coragem e determinação que todos os creepers deviam ostentar. Não devemos parecer fracos, isto é um exame e, como num exame, todos vão observar os passos que dermos. Parecer um fracassado logo de início não é uma boa estratégia. Aí, o pior aconteceu.

– Quer dizer que a Laurinha está com medinho, é? – Ouvi uma voz de rapariga.

– Tadinha da bebé Laura, ela quer ver os papais! – Seguiu-se uma voz de rapaz.

Eu e Lola viramo-nos e encaramos com desagrado os irmãos Lysander.

Rayne é uma creeper com olhos mais alaranjados que os meus, quase a cair para o vermelho. O cabelo cor de fogo, dá uma sensação de medo e imponência aos restantes creepers. É como se Rayne pudesse explodir na nossa cara a qualquer momento. Matthew é o seu irmão, dois anos mais velho. Tem o cabelo preto asa de corvo e olhos de sangue. É ainda mais assustador que a irmã, porque tem aspecto corpulento e é muito sério, tem sempre um ar carrancudo. Quem convive com esses dois, percebe rapidamente que eles não valem a ponta de um TNT. São duas najas venenosas que só armam confusão. São os queridinhos dos professores e se descobrem algum segredo teu, podes ter a certeza que ele será exagerado e divulgado pela escola e no dia seguinte todos rirão da tua cara.

Esses dois nunca me gramaram, nem a mim nem ao Brian. Porquê? Bem, a razão é muito simples! Somos os gêmeos TNT e nesta escola, somos uns heróis. Conhecidos pelas confusões que armamos, as partidas que pregamos. Era de esperar que todos nos odiassem, certo? Errado, nós somos muito queridos. Não fazemos nada por mal, apenas por brincadeira, diversão. Todos gostam de nós, até mesmo os professores (apesar de já nos terem dado uma detenção ou duas).

Rayne e Matthew não compreendem como nós parecemos nos dar tão bem nesta escola. Como peixes na água. Eles chegaram, armados em valentões, com pretenções de dominar a escola, os alunos e os professores. Poderia ter dado certo... se nós não tivéssemos nascido. Relembrei a primeira vez que nos tínhamos encontrado.

Brian estava a comer uma sanduíche de gasolina seca, quando um creeper lhe tira o alimento das mãos.

– Ei nanico, agora esta sandes é minha!

Brian virou-se e deu uma risadinha.

– Qual é? – Perguntou o creeper novato. Matthew não notou que havia um explosivo dentro da sandes e ao morder houve uma pequena explosão de fogo de artifício, uma coisa de nada, mas que serviu para assustar Matthew. Se soubéssemos que eles eram tão maus, provavelmente Brian teria guardado uma foto de Matthew assustado, para recordar para a posteridade.

Brian não fez por mal. É a sua maneira de dar as boas-vindas aos novatos. É claro que ele só faz isso aos metidos. Afinal, foi Matthew quem lhe roubou o lanche e isso era errado.

Enquanto isso, eu enfrentei Rayne. Ela sujara-me a roupa nova, para que só ela brilhasse naquele primeiro dia de aulas. Por azar, essa roupa era o meu vestido preferido, com vários tons de verde e rendas. Perdi-o irremediavelmente. Mas que ela pagou, lá isso pagou! O professor de desporto tinha um cão que não era feroz, mas era grande, ativo e brincalhão. Dei um jeito de libertar a fera quando Rayne estava a passar e o cão foi atrás dela.

Os gritos agudos ainda hoje me fazem sorrir.

– Vais pagarmas, sua magricela! – Ameaçou, enquanto o cão quase lhe engolia o rosto em lambidas.

Escusado será dizer que, desde esse dia, o meu irmão e eu não nos temos dado muito bem com Rayne e Matthew. Mas, pelo que sei, desde aquele primeiro fracasso, os irmãos Lysander não causaram muita impressão na escola. Nunca tinham sido enfrentados e tinha sido precisamente esse o grande erro. Era por medo que eles tinham dominado todas as outras escolas. Mas não esta! Não a escola para iniciantes Creepers.

– Vamos espalhar por aí que és uma covarde, Laura! – Ameaçou Rayne.

– Talvez eu deva espalhar por aí que levaste um fora do teu ex namorado, Rayne! – Repliquei decidida. Era só uma piada, mas vi pelo olhar dela que tinha acertado em cheio. Ficou branca de cal e depois o seu rosto avermelhou de fúria.

– É mentira, sua magricela! É mentira! Vai brincar de bonecas, Laura, tu nem sabes o que é ter um namorado.

Encolhi os ombros, e passei pelos dois, enquadrinhando o caminho de pedras brilhantes da chuva noturna. Cheguei à sala de aula, bati à porta e entrei. Eu e Lola sentamo-nos na última carteira. Olhei para o lado contrário da sala. Brian estava presente. Era a primeira vez que ele não ficava a jogar à bola com os amigos. Só saía do pátio passados dez minutos de aula. No entanto, hoje era um dia especial.

A professora começou a explicar de novo todas as regras.

– Lembrem-se, são 24 horas, sem qualquer ajuda ou mantimento. Devem tentar técnicas de camuflagem para não serem perseguidos por humanos ou por outros mobs. Lembrem-se, explodir não é uma opção. Não agora. No fundo todos nascemos para explodir, mas não vamos desperdiçar a vida em estágios. Somos preparados para grandes feitos. São jovens, não se deixem explodir. Controlem as vossas ânsias, os vossos instintos. O carvão pode ser encontrado nas minas ou até em carruagens humanas, sendo arriscado roubar delas. – A professora virou-se e desenhou um mapa com giz no quadro. – Veem estas linhas? Não as ultrapassem em caso algum! Esta área, dentro das linhas, é a área do vosso estágio. Findas as 24 horas, os nossos creepers séniors irão procurar-vos e um por um regressarão à escola, para a entrega de uma medalha e de um diploma. Não se apoquentem se passado o tempo definido, ainda não tiverem sido encontrados. A área é muito grande! Então lembrem-se... não passem as linhas, porque é quase impossível voltar e serão dados como perdidos. Nenhum creeper consegue sobreviver durante muito tempo sozinho. Até hoje nunca ninguém passou as linhas, elas estão bem visíveis a branco. São constituídas por belas da noite, flores brancas que emitem a luz recebida. Ou seja, são visíveis mesmo durante a noite, já que se iluminam como archotes de fogo branco. Boa sorte a todos!

Depois, foram anunciados os pares. Irmãos sempre ficavam juntos por isso eu tinha a certeza que iria ficar com Brian assim como tinha a certeza que Matthew iria ficar com Rayne. Aqueles dois iam para o 3º estágio, estavam confiantes e seguros. Da última vez tinham até regressado com um colar de prata que roubaram do pescoço de uma jovem humana, asfixiando-a primeiramente. Uma atitude encarada como corajosa, mas se podem evitar conflitos e mortes, porque vão atrás deles? Só para provarem que são mais fortes que os restantes alunos. Mais fortes só porque conseguiram uma correntinha estúpida de prata, grande coisa!

Lola ficou com Samantha e eu tive pena por ela. Samantha é uma menina estranhamente tímida, nunca falou uma só palavra, há boatos de que é muda. É filha da professora como se pode ver pelo cabelo verde e os olhos azuis esverdeados ausentes. Decididamente Lola ia passar 24 horas sem ouvir uma voz companheira, uma voz amiga. Isso era triste. Apertei a mão dela como que a transmitir-lhe coragem. Ela lançou-me um olhar conformado antes de sair porta afora com a creeper.

Quando chegou a nossa vez, Brian levantou-se com desenvoltura, piscou para o seu melhor amigo, Kevin (a quem todos chamavam Carriço) e prometeu que ia voltar com o maior tesouro, enquanto que eu rezava para que não vissem que as minhas pernas tremiam.

Tão diferentes mas no entanto tão iguais! Esses somos nós, eu e Brian!

Estávamos de saída, mas Brian decidiu despedir-se da professora.

– Adeus, senhora. Saiba que agradeço cada detenção que registrou com todo o carinho para a minha pessoa.

– Tira esse boné e põe o capuz da escola, malandro! – Resmungou a professora, tentando infligir um tom severo na voz mas não escondendo um sorriso. – Boa sorte, Brian. E também a ti, Laura, toma conta desse menino.

Brian amuou por ter sido nomeada uma «babá» para ele, ser diminuido como criança era uma ofensa para o meu irmãozinho. Fazer o quê se eu parecia mais velha que ele?

– Pode deixar, professora, vou mantê-lo longe de sarilhos! – Prometi à velha senhora.

Os amigos de Brian riam à gargalhada. Lá se fora a recém adquirida dignidade de herói. A pose desfez-se e o meu irmão tinha um bico enorme.

– Chata! Preferia fazer par com o Carriço.

– E eu com a Lola! Mas bem, fazer o quê, né?

– Medrosa.

– Idiota.

Demos as mãos e seguimos para o jardim das traseiras da escola. Os dois vigilantes abriram um portão ao qual nós nunca tínhamos tido acesso. O portão velho, ferrugento e negro escondia um novo mundo inédito para nós. O verde das árvores estendia-se à nossa frente. Um terreno hostil, selvagem e perigoso. O meu receio começou a transformar-se em adrenalina ao sentir o ar puro e novo que me inundava as narinas. Olhei para Brian. Ele tinha o mesmo ar entusiasmado no rosto e as pupilas estavam dilatadas.

– Já estou a ferver, mana! – Brincou ele. No entanto eu, por momentos, acreditei e assustei-me a sério, pensei que ele ia explodir ali ao meu lado.

– Respira fundo.

E atravessámos o portão, iniciando a aventura das nossas vidas.


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Notas finais do capítulo

Samantha:
http://fc08.deviantart.net/fs71/f/2011/312/1/f/minecraft_creeper_girl_by_nanithekitty-d4fkivx.png

Carriço:
http://fc01.deviantart.net/fs70/f/2013/012/b/1/creeper_boy_by_yume1013-d5r9rzq.jpg

Lola:

http://wallpaperswa.com/thumbnails/detail/20130714/creeper%20minecraft%20anime_wallpaperswa.com_34.jpg

Rayne e Matthew:
http://fc02.deviantart.net/fs70/i/2012/308/9/0/creeper_fan_art_by_mikaelaanime-d5hwe5q.jpg


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