In Purple Eyes escrita por Caramelkitty


Capítulo 2
Lua vermelha


Notas iniciais do capítulo

Capítulo contado pelo Endy:



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A lua cheia estava rubra. Vermelha como o sangue, vermelha como no dia em que mataram os meus pais. A luz alaranjada dava à floresta um ar de estufa num porão escuro, húmido e abafado. O tempo também não estava em discordância com as minhas especulações. A noite estava quente, era uma noite de Verão. Deitado no ramo de uma árvore ouvi o som de rodas em movimento, os relinches e o trote dos cavalos. Sem me deslocar um só milímetro, baixei os olhos para ver a presença de uma carroça.

A carroça era de madeira velha por isso chiava muito e os azalões pareciam cansados como se tivessem estado a puxar aquela carroçaria por horas. A carroça deslocava-se para Norte, em direção à pólis do reino humano. E eram de facto dois humanos que conduziam a carroça. Dois homens com os seus 30 e poucos anos de cabelos castanhos e roupas suadas. Um deles levava no cinto de cabedal uma espada de metal simples. Conversavam animadamente e pareciam muito satisfeitos. Aquele tipo de satisfação que não se ganha a menos que alguma coisa muito boa tenha acontecido. Um deles virou-se para trás e espreitou para debaixo de uma lona verde pantanoso que cobria a mercadoria com um sorriso no rosto. A lona não seria suspeita, porque qualquer um poderia querer proteger os objetos transportados da humidade, mas aquele sorriso, aquela satisfação. O homem voltou a ajeitar a lona e eu vi de relance um brilho de rubi.

Teletransportei-me em cima da lona verde e verifiquei o que já tinha calculado. Aqueles homens deviam ser mineiros e traziam hoje um cubo de pedra com muitos rubis implantados. Provavelmente ficariam ricos se chegassem à capital com aquele tesouro. Como eu os tinha encontrado, já não ficariam.

Poucos segundos se passaram até os dois humanos notarem a minha presença. Com um grito horrorizado, o carroceiro deu um forte puxão nas rédeas e saltou para o chão, numa tentativa inútil de fuga. O horror no seu rosto quando eu lhe barrei o caminho foi para mim um deleite. Torci-lhe o pescoço como se ele fosse uma boneca de plástico. Assim que os ossos do pescoço estalaram, o homem deixou de ter foco no olhar. Larguei-o e dediquei-me ao segundo indivíduo que avançava para mim, empunhando a espada. Desviei-me das investidas sem a menor dificuldade e, num terceiro golpe, agarrei o cabo da arma e virei-a bruscamente. O metal rasgou o ventre do humano que gorgolejou em suplício. O sangue escorria para o chão e eu tentava a todo o custo que não sujasse a minha roupa preta. Porém não consegui evitar que alguns pingos me manchassem as mãos.

Ao cair de joelhos, o ser olhou inadvertidamente para os meus olhos deixando-me furioso. Era assim que ele desejava morrer? Ao ver as almas penadas que atormentavam o violeta dos meus olhos o rosto do homem fez-se cal. Antes que o corpo ficasse completamente sem vida, devido à forte hemorragia, eu peguei no humano e devorei a sua alma. Por que é assim que nós, Endermans, nos alimentamos. Mas não é de qualquer maneira, não pegamos a primeira alma que nos aparece à frente pois também não estamos completamente famintos a toda hora. Fora aquele imprudente que implorara por isto, os nossos olhos eram a perdição para qualquer ser vivo.

O corpo do homem tombou sem vida na relva vermelha de sangue. Eu ainda estava a absorver toda a vitalidade daquela alma, tentando habituar-me ao sobre poder que quase me consumia. Era um homem forte sem dúvida e era também bastante inteligente. No entanto, não obstante estar com as necessidades preenchidas, com a fome saciada por semanas, com muito mais poder momentâneo, sentia-me péssimo.

Eu odiava ser assim! Eu odiava matar causando uma dose tão elevada de sofrimento! Se eu não fosse Enderman, não teria de sujeitar-me a estes impulsos sanguinários. Eram os meus olhos que me condenavam. Sempre que estes captavam uma alma no olhar de um humano, algo como um monstro incontrolável nascia dentro de mim, a minha garganta secava, o corpo reagia para combater e o desejo era tudo o que me rondava a mente. Eu não tinha pudor em matar e muito menos tinha pena desses desprezíveis humanos. No meu período de existência vou fazer de tudo para eliminar o maior número possível de humanos. Não, o sentimento que me corroía, ao olhar as minhas mãos cobertas de sangue, era melancolia, saudade de um tempo que jamais voltaria.

Quando eu era jovem, tinha inocência, tinha alegria, tinha esperança. Esperança de me tornar alguém digno, convencido de que nunca sugaria uma alma, que tomaria todas as devidas precauções para manter os meus olhos afastados dos de outrem. Mas, um dia, tudo mudou! E agora, tudo aquilo, a lua vermelha, o sangue, o meu primeiro descontrole de há meses, tudo isso quase me fazia chorar. Como queria voltar a ser como antes. Eu queria voltar aos meus tempos de criança! Queria os meus pais de volta!

Recompus-me. Era precisamente por isso que eu vivia. Para vingar a morte deles! Eu não sabia ao certo quem os tinha morto... mas sabia que tinham sido humanos. No início, os meus planos era descobrir quem tinha cometido a atrocidade e aí sim, sugaria pela primeira e única vez a alma de humanos. Mas os tempos tinham mudado, a minha personalidade também. Eu estava perdido. Soube disso quando matei pela primeira vez. Uma mera defesa... mas quando senti o sangue, a dor e o medo que emanavam do humano, senti um prazer sádico. Por momentos permitia-me imaginar que tinha sido mesmo aquele homem a matar os meus pais e o regozijo da falsa vitória mantinha a minha frustração murcha.

Mas tudo aquilo era uma ilusão! As últimas sensações de prazer (derivado do excesso de poder) desvaneceram-se e eu “despertei”.

«Fiz de novo!» Constatei, não desviando os olhos do corpo que tinha à minha frente. Era uma visão terrível! As pupilas do homem tinham desaparecido e tudo o que estava era um globo ocular branco com veios de sangue palpitando sobre a esfera. A pele esticara e ressequira, mais branca que o mármore. Pisei com violência a mão do homem que se desfez na hora, como se fosse feita de gravetos. Um corpo morto já por si era horrível de observar, mas um corpo morto sem alma, era ainda mais aterrorizante.

A culpa caiu sobre mim, mais sufocante que o calor húmido. E se aqueles homens tivessem família? E se eles tivessem filhos pequenos? Mulheres que ficaram viúvas? Eu era como os assassinos dos meus pais. Assim que os conseguir encontrar e matar, tenho de matar-me a mim mesmo. Talvez dessa maneira possa recuperar alguma da dignidade.

Abanei a cabeça com pesar. Não! Nem assim eu poderia conseguir algum indulto! Eu deixara orfãs quantas crianças?

Teletransportei-me até chegar às traseiras da carroça e destapei-a. Lá estava ele! O cubo repleto de rubis! Peguei nele e guardei-o. Puxei de novo o capuz preto para cima, tornando-me irreconhecível, e abandonei o local.

Poucos metros mais a Norte, avistei um bar.

Era um estabelecimento com paredes de um lilás doentio. A sujidade escorria pelas paredes, vinda do telhado. A chuva de décadas arrastava a sujidade acumulada nas telhas para baixo marcando as paredes que um dia tinham sido pintadas de fresco.

Uma música sem letra conseguia-se ouvir no interior do bar. O som estava alto, quase ao nível do ensurdecedor. Do lado de fora, junto à porta, uma Slime fumava, enquanto batia o pé ao ritmo das batidas. Todos consideram as Slimes muito boas, porque são constituídas essencialmente por material gelatinoso, têm seios fartos e modeláveis e também são muito fáceis de dominar. Sinceramente, a mim não me atraem nem um pouco, acho-as até um pouco nojentas. Sem querer ser rude, mas de facto são pouco consistentes, não fazem o meu tipo.

Entrei no bar e a música tornou-se ainda mais forte, ao ponto do meu coração começar a acompanhar a sua batida. Logo senti vários olhares a encararem-me. Alguns interessados, outros de curiosidade, até alguns de ameaça. Sentei-me numa das cadeiras ao balcão com uma indiferença extrema em relação a todos os desconhecidos que me rodeavam. Não queria saber o que eles pensavam de mim, um ser completamente vestido de preto, com um capuz que ocultava o ar mais carrancudo do planeta. Podiam identificar-me como Enderman graças às fagulhas que me rodeavam mas pouco mais sabiam sobre a minha identidade. Algo é certo e reconfortante. Somos dos mobs mais poderosos, pelo que ninguém irá querer entrar numa disputa comigo. Não sou de estar em bares, nem em lugares com muita população, conversas e risadas. Mas esta noite, isso era para mim essencial! Queria sentir os outros à minha volta, imaginar que vivia a vida deles e não a minha. Queria parar de ter vislumbres de memórias falsas e agonizantes. Caras de crianças de olhos marejados ao saberem a notícia da morte do pai, meninas segurando forte a barra das saias, meninos com rostos oscilantes entre a raiva e o desespero. Praticamente um reflexo da minha expressão quando eu próprio tomara conhecimento da minha solidão. Era nessa cena que estava mergulhado, quando ouvi pigarrear à minha frente.

Levantei os olhos e deparei-me com um zumbi. Ele tinha cabelo verde que caía em mechas para cima dos olhos, vestia uma camisola branca desfiada e calças simples, ainda mais desfiadas que a outra peça de vestuário.

– Vai querer alguma coisa, senhor? – Perguntou. Tinha uma voz profundamente grossa e áspera.

Não o encarei nem lhe respondi. Apenas fiquei estático, com os punhos cerrados sobre a madeira carunchosa. O zumbi que geria o bar afastou-se, mas poucos segundos voltou e depositou uma caneca cheia de um líquido espumoso à minha frente.

– O que é isso? – Atrevi-me a perguntar. Talvez ele me tivesse confundido com outro cliente. Eu não pedira nada para comer nem para beber. Aliás, qualquer ser com algum cérebro perceberia que eu era Enderman e que Endermans não comem nada além de almas. Quanto aos líquidos, era ainda menos provável que eu quisesse algum contato com eles. Só se fosse masoquista, porque todo e qualquer componente em estado líquido nos causa graves ferimentos.

– O senhor tem ar de quem precisa! É cerveja, os humanos dizem que faz esquecer os problemas... quem sabe, né? E não precisa de pagar, é por conta da casa!

Torci o nariz de desprezo quanto ouvi o zumbi mencionar que a cerveja que pusera à minha frente era uma bebida humana. Fiquei a encarar o copo meio cheio contando as bolhas que rebentavam na espumosa superfície. Num segundo pensamento, se resultasse, poderia parar de me contorcer com culpa e decidi que faria de tudo para parar de ver fantasmas do passado. Peguei o largo copo de vidro no estado mais bruto e traguei a cerveja de um só gole. O ardor espalhou-se pelo meu interior: da língua para a garganta, da garganta para o estômago. E comecei a conjecturar que talvez eu fosse mesmo masoquista já que aquilo me agradou. Enquanto sentia o fogo a queimar-me, não conseguia pensar claramente. Duvidava que fosse esse o efeito de que o gerente falara, mas resultara de igual forma, senão até de melhor forma.

Voltei a pousar o copo. E, como se lesse as minhas intenções, o zumbi voltou, remexeu nas suas reservas e pousou uma garrafa verde escura à minha frente, depois de limpar bem o gargalo com um pano que, na minha opinião, estava mais sujo que a garrafa. Ou seja, em vez de limpar o pó da garrafa, apenas deixou o gargalo cheio de sujidade preta. Mas quem se importa? Voltei a encher o copo e beberiquei a borda passando os olhos pelo bar que estava cada vez mais cheio. Muitos dançavam ao som da música, mas quem mais se destacava era uma Blaize de cabelo loiro escuro, olhos laranjas de forma atraentemente alargada delineados com muito rímel e roupas reduzidas, quase como um biquini vermelho. A pele era muito escura, já com um tom de bronzeado muito forte e o sorriso atrevido que tinha no rosto fazia os mobs masculinos em volta dela babarem e zumbirem como um monte de abelhas ao verem do mel mais doce. Fiquei alguns instantes a apreciar a Blaze que se agachava sensualmente até ao chão para depois voltar a erguer-se, mas logo me cansei. Devo ter uma lacuna terrível de personalidade por não me sentir atraído pelo sexo oposto. Para falar a verdade, nem o próprio sexo me atraí. Socialização parece algo aborrecido e completamente desnecessário. Vivo como um verdadeiro ermita. Esqueletos sentados numa mesa próxima observavam-me com algum receio e desconfiança. A aliança que Endermans e Esqueletos mantêm é muito frágil. Espero, pelo bem dos mobs, que não se quebre, porque um conflito civil é tudo o que menos precisamos, enquanto estamos a ser perseguidos por humanos. Quando estes idiotas vão perceber que devemos ser unidos? Humanos e mobs! São as únicas espécies que devem ser inimigas e lutar bravemente até à extinção de uma delas. Quando toda a raça humana for exterminada, poderão ser resolvidos todos os conflitos secundários. Se eles querem matar-me, que o façam depois! O zumbi que me atendera, estava agora a abraçar um amigo da mesma espécie. Trocaram um monte de palavras sem sentido e ao recém aparecido foi servida um pedaço de carne de vaca em decomposição. Fiz sinal ao gerente e ele aproximou-se.

– Quer mais cerveja? – Perguntou estupidamente já que eu ainda não tinha esvaziado o copo.

Levantei-me e passei despercebidamente um rubi por debaixo do balcão. Com o ato de me levantar, o manto negro esvoaçara para a frente e a passagem do rubi por mãos fora invisível.

– Estou a dirigir-me para o castelo do rei humano, poucos quilómetros a Norte. Diga-me, é da região?

– Sou. – Respondeu o zumbi ainda encarando o rubi com incredulidade.

– Então pode informar-me quantos exterminadores há na zona!

– São inúmeros... dezenas, quase duas centenas deles. Mas, se está a referir-se à capital... dois exterminadores em cada aldeia que rodeia o centro e uma dezena no palácio real. A aldeia mais importante é, talvez, rarecraft! É um importante centro mineiro e tem um centro especializado em treinar futuros exterminadores. Nessa aldeia há pelo menos, três exterminadores hoje em dia.

– Quantos haviam 12 anos atrás?

– Cinco. Um deles já morreu e o outro aposentou-se.

Rangi os dentes de raiva. Um dos possíveis assassinos dos meus pais já tinha ido para o esquecimento... e não fora às minhas mãos. Continuei o interrogatório.

– Onde guardam as fichas dos extermínios de cada guerreiro?

– Oh... – Apercebeu-se o zumbi. – É uma questão de vingança! Entendo os seus motivos rapaz, mas sem um exército não chegará longe.

– Apenas responda à questão, não quero conselhos, e não me trate como se eu fosse um miúdo ingênuo, eu sei muito bem que não sairei vivo disto e nunca foi o meu objetivo. Responda à porra da questão, não és minha m...

Parei. Não conseguia pronunciar a palavra mãe ou pai desde que ocorrera o assassinato. A música rock que tocava, tornara o meu descontrolo quase inaudível. Voltei a sentar-me e esperei a resposta do zumbi.

– Torre de guarda! É lá que guardam toda a informação sobre os «valentes heróis da nação». Eu sei que não quer os meus conselhos, mas vou na mesma dizê-los. Vingança não vai trazer a paz que espera encontrar!

– E o que traria? – Perguntei com um esgar sarcástico.

– Amor! Amizade! Perdão!

Fantástico! Tinha logo de encontrar-me com um zumbi pacifista. A forma como ele enunciava aqueles valores sem qualquer significado como se fossem algo grandioso enojava-me. Bebi mais um gole de cerveja e o sabor a sangue enodou-me as tripas. Tinha de parar agora, senão ficaria afônico. Até que a noite fora proveitosa. Refiz todos os meus planos com as novas informações que obtivera e saí do bar ao mesmo tempo que um zombi que caía de bêbado. Ao contrário deste, eu estava totalmente sóbrio. Com a voz fraca e rouca, só conseguia sussurrar, mas voz era algo que eu usava muito pouco. Recuperaria em tempo recorde e quando voltasse a emitir um som, já estaria com a garganta completamente cicatrizada.

Voltei o meu olhar para o horizonte que era pincelado com as luzes da madrugada. Sentia-me ansioso, eufórico e satisfeito. Quem disse que a vingança não me faria sentir realizado? Dar-me-ia contentamento o bastante por algumas horas. Depois, não pretendia prolongar muito mais a minha existência já que esta vingança era o meu único objetivo. Depois, não haveria mais nenhuma razão. Depois, não seria mais útil ao Universo. Mas morreria feliz! Porque a minha vingança seria concretizada.

«Para o Norte, então!»

E avancei decidido.

Mal eu sabia que aquela madrugada faria a minha existência terrivelmente perfeita tornar-se uma vida confusa.


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Notas finais do capítulo

Bem, primeiramente quero alertar-vos que viajei muito, inventei muito sobre os Endermans neste capítulo. Não tenho a certeza se eles se alimentam realmente de almas e também não sei se é qualquer líquido ou apenas água que os fere.
Esclareçam qualquer dúvida que a história tenha suscitado ou qualquer palavra mais «Portuguesa» que precise de tradução.
Basicamente, neste capítulo ficamos a saber mais sobre no nosso Endy. Vemos que ele é um ser amargurado que ficou orfão muito cedo e que busca vingança contra assassinos que ele não conhece, apenas sabe que são humanos.
É impulsionado a sugar a alma dos humanos quando estes olham nos seus olhos.
O pouco prazer que obtêm da vida é a ilusão de que irá vingar-se dos assassinos e o sofrimento que produz nos humanos.
Socializa muito pouco (ou seja, é um ser solitário).
Em termos políticos concorda com a união entre mobs e apoia o extermínio dos humanos.
Slimes não fazem o seu tipo.
Não se sente atraído pelas normalidades banais do corpo: comida, sexo, companhia.
Também não dá muito valor ao dinheiro ou a pedras preciosas (entregou um rubi em troca de algumas informações simples)
Sente-se culpado por matar possíveis pais de família.
Não consegue pronunciar a palavra mãe ou pai, devido ao seu trauma de infância.
Tem saudades do tempo em que era puro e inocente.
Planeia matar-se assim que concretizar a sua vingança.

Acho que isso é o essencial do capítulo.

Agora queria falar um pouco mais sobre a frase final que é muito importante e reflexiva. Não é por acaso que eu passo do termo «existência» para «vida». E terrivelmente perfeita é no sentido da sua existência estar minuciosamente planeada, mas num caminho de sofrimento e obscuridade.
Deixem comentários sobre o que acharam do capítulo!

Slime:

http://images1.wikia.nocookie.net/__cb20120703232347/mobtalker/images/thumb/3/38/Slime.png/1000px-Slime.png

Blaze

http://img2.wikia.nocookie.net/__cb20120623131448/fantendo/images/2/23/Happy.png


Não encontrei o zumbi :P



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