Scorpius & Rose (vol. 1) escrita por Janne Esquivel


Capítulo 32
Capitulo 31 - Concentre-se em momentos felizes


Notas iniciais do capítulo

Hey Pessoas! Como estão? Felizes por capitulo novo?

Primeiramente eu queria agradecer ao comentários, vocês são demais! E especialmente a @Sirrusblck, pelo seu lindo comentário que quase me faz chorar de emoção! Ceis não tem noção do quanto é bom ler um comentário e saber que tem gente que realmente se envolve com o que você faz ou escreve. Valeu galera! Ceis são demais mesmo!

Depois... Acho que vocês irão ficar surpresos com o que eu escolhi de lembrança para cada patrono, ou não. Mas de qualquer forma, eu só queria dizer que esse tipo de momento (como o de Scorpius) entra no top 10 que marca a sua vida para sempre, sendo assim, é forte o bastante para um feitiço tão importante.

Espero que vocês curtam esse cap! Beijocas e estou ansiosa por comentários! Enfim! Boa leitura!



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Scorpius & Rose

Capitulo XXXI - Concentre-se em momentos felizes

Não havia uma estrela naquela noite, o que era uma pena porque o céu naquela época do ano possuía noites belíssimas, mas infelizmente não naquela. O céu estava nublado, cheio de nuvens pesadas, ameaçando desabar a qualquer momento ou movimento. A lua estava lá em cima, mas era só um borrão levemente claro por de trás das nuvens, mal iluminando a torre de Astronomia.

Ele brincava com a sua varinha, encostado no parapeito da varanda, um feitiço aqui e outro ali, só para passar o tempo. Tinha chegado mais cedo de proposito, precisava pensar um pouco, aquela noite não parecia que seria tranquila ou curta. Scorpius não tinha certeza se seria capaz de ajudar Rose com patronos, já que ele não conseguia se concentrar em nada perto dela, desde sempre foi assim. Lembranças boas e felizes ele tinha de sobra, mas do que adiantava só lembranças felizes se elas ficariam apenas no passado, enquanto ele sofria no presente?

Devagar, ele fechou os olhos e se concentrou numa das lembranças mais felizes de sua vida: o ingresso na Sonserina. Quando Scorpius entrou em Hogwarts, seu único desejo era pertencer a casa da qual seu pai pertenceu, da qual sua família fez parte, porém, com um diferencial importante: honrar aquilo com o melhor que um sonserino tinha para oferecer e não o pior. É verdade que ele não escapou de piadas de mau gosto, nas quais diziam que não havia nada para se orgulhar de ser um Malfoy, principalmente um Malfoy-Sonserino, mas Scorpius não enxergava nesses modos. Sua família era tudo para ele. Sua mãe e sua avó lhe ensinaram e lhe mostraram o bem, lhe afirmaram que não havia nada a temer. Seu avô, mesmo que ainda conservador e um rabugento incorrigível, lhe mostrou o lado bom do orgulho e da ambição – ou melhor, Scorpius decidiu absolver apenas o lado bom. E seu pai. Draco Malfoy era um tipo de herói para o filho, um exemplo a ser seguido, alguém para se espelhar.

Scorpius sabia do passado de toda a sua família, dos serviços mais absurdos prestados ao ex Lorde Das Trevas e jamais concordaria com tais acontecimentos, mas era passado. Sabia que seu pai não foi nenhum santo e nem agiu como um herói na guerra, mas foi um homem que soube usar e abusar das segundas chances. É preciso ter coragem para se redimir, é preciso reconhecer o próprio erro para então acertar, é preciso engolir cada gota de orgulho para pedir perdão e se perdoar. E Draco alcançou tudo isso e mais. Tinha tornando-se um especialista em saúde bruxa e trouxa, era uma referência em cirurgias de alto risco, ninguém o julgava ou duvidava da sua capacidade quando ele estava de jaleco. Sempre fora um homem fechado, Scorpius sabia que era amado, mas não por demonstrações excessivas do pai e sim por únicas, porém marcantes, demonstrações.

Tamanha fora a sua felicidade quando na manhã seguinte da seleção, Scorpius recebeu uma carta extensa de Draco Malfoy, demonstrando seu orgulho, respeito, amor e admiração pelo filho. Jamais se sentira tão feliz quando ao final o pai afirmava que ele seria alguém melhor do que o próprio fora, um homem muito melhor do que qualquer outro. Afirmava com todas as letras a sua felicidade.

Scorpius nunca se sentiu tão feliz e realizado até aquela carta.

Era aquela lembrança, aquele sentimento fraternal mais forte do que muitas coisas, que inundava a cabeça de Scorpius quando ele queria conjurar um patrono. Era aquela carta que o deixava leve, orgulhoso de si mesmo, concentrado no ato.

Ainda que de olhos fechados, ele pode sentir o calor que a luz prateada exercia sobre a fria torre. Não pode – porém – ver o show espetacular que a sua Águia fez desde que saíra da ponta de sua varinha, voando majestosamente ao redor do ambiente, distribuindo luz e sentimentos que só um patrono era capaz.

Scorpius pode apenas sentir aquele fantástico momento, que o deixava cansado e ao mesmo tempo completo. Rose, por outro lado, que havia chegado uns minutos antes sem ser percebida, pode presenciar a olho todo aquele show de luz.

A Águia rodopiou ao seu redor, esvoaçando seu cabelo ruivo e lhe arrancando um gritinho encantado. Scorpius abriu os olhos na mesma hora e a focou assustado, a Águia sumiu instantaneamente, deixando apenas um rastro enfraquecido de luz prateada, o bastante para iluminar os rostos presentes.

– H-Hm... A quant-to tempo você tá ai? – O loiro tossiu rapidamente alarmado.

– Acabei de chegar – Rose riu sem graça -. Desculpa, não queria ter atrapalhado você. Mas ainda assim, aquilo foi incrível, Scorpius!

Scorpius sentiu seu rosto esquentar e quis se bater por estar envergonhado. Mas fora pego de surpresa afinal.

– No que estava pensando?

De início ele não entendeu bem a pergunta dela. Estaria ela interessada na sua vida? Porém, a expressão de Rose era idêntica à que ela fazia quando a Professora McGonagall estava preste a liberar uma informação importantíssima sobre Transfiguração. Acabou por rir pelo nariz balançando a cabeça encantado, já que Rose parecia uma criança ao passear pelas brilhantes vitrines de natal. Ela era linda com aqueles olhos brilhantes de excitação ao ver uma fonte fresquinha de conhecimento.

– Meu pai – Scorpius respondeu simplesmente – e uma carta.

Rose mordeu os lábios para não perguntar sobre mais, mas parecia tentador saber. Resolveu por esquecer aquilo e focar no assunto para o que veio, a situação já era constrangedora demais, adicionar uma conversa intima provavelmente não iria ajudar. Fez uma rápida nota mental para lembrar de dar o troco em Severus e continuou.

– Pois bem... E onde você sugere que eu procure? – Quis saber.

– Desculpe?

– O que você sugere que eu me lembre para a execução do patrono?

Aquela era uma grande pergunta.

– Depende de você, Rose. É diferente de cada pessoa... Não é só uma lembrança feliz que ajuda, para mim por exemplo – ele respondeu num tom nostálgico, sua cabeça divagando sobre toda a felicidade dos últimos meses -, mas a que me deixa também concentrado no feitiço. No que eu estou fazendo.

– Entendo...

– Você deve ter alguma coisa, Rose... Feche os olhos e lembre de um momento, segure-o e agite a varinha exclamando o feitiço.

A ruiva fez o que lhe foi instruído. Vasculhou cada canto de sua mente de olhos bem fechados. Sua vida, sem dúvida, era pra lá de divertida, nada menos para alguém que tem uma família enorme e unida, mas faltava algo. Algo que estava lá, mas não podia ser acessado, parte do seu esquecimento. Era estranho, mas aquelas lembranças que insistiam em permanecer no escuro transmitiam uma energia especial, mas como usá-las se ela não era capaz de vê-las?

Tentou, mas sua cabeça ameaçou latejar. Preferiu por divagar entre suas memórias e momentos de infância e foi inevitável sorrir quando a primeira memória de Hugo veio a sua mente. O bebê mais lindo que já vira. Ela tinha um pouco mais de dois anos quando os seus pais o apresentaram a ela e mesmo tão novinha, as lembranças do sorriso desdentado do irmão eram nítidas o bastante para a preencher com uma energia prazerosa.

Expecto Patronum! – Ela sussurrou sem nem mesmo se dar conta e Scorpius viu um rascunho de luz fluir da varinha de Rose. Não havia uma forma, ele não esperava que houvesse, mas já era algo.

Um pouco rápido demais a energia se foi e Rose deu um passo para trás para se equilibrar. Scorpius esperou pacientemente para ela se recompor e então jogou uma pequena barra de chocolate, na qual ela pegou com a brilhante habilidade de uma apanhadora.

– Coma – disse a ela – Sempre ajuda...

– Como sabe dessas coisas?

– Quando se entra numa aposta, você deve fazer de tudo para ganhar.

– Pena que Severus é um pouco mais ambicioso que você...

– Eu não colocaria nesses termos, talvez a vontade dele de rir de mim prevaleça mais que a ambição.

– Bom... Não seria tão divertido se você ganhasse aquela aposta. Severus já tinha pagado pau com a poção polissuco no primeiro ano, não seria novidade...

O loiro não pode deixar de rir e para surpresa de Rose, aquele som era estranhamente gostoso de se ouvir.

– Quer continuar? – Ele quis saber.

– Sim! É-é... Claro!

– Então pegue a lembrança, agite a varinha e diga o feitiço... Não precisa fechar os olhos se não quiser. Apenas faça da forma que achar melhor.

A ruiva tornou a fechar os olhos, não conseguiria fazer olhando para ele. Concentrou-se ao máximo, tentando tirar aqueles belos olhos cinzentos da sua cabeça. Droga! Era ótimo saber que eles já estiveram tão próximos dos dela... E que aquele sorriso travesso e maroto era especialmente dela e que aquela boca tinha um gosto incrível e...

Já ele, sorria feito um bobo admirando a covinha que se formava entre as sobrancelhas de Rose quando ela estava concentrada. Como queria abraça-la e depositar um beijo ali naquela covinha. Oh Merlin! Merlin sim sabia o quanto Scorpius estava exigindo do próprio alto controle naquela noite. Estava se saindo até bem, mas não sabia o quanto mais aguentaria.

Expecto Patronum! – E a luz prateada tornou a aparecer, sem forma, mas ainda sim mais forte do que da última vez. Muito mais forte por sinal, porém de menos duração do que a anterior.

A luz sumiu ainda mais rápido e de uma vez só, deixando toda a torre encoberta de trevas.

Lumus! – Scorpius exclamou assustado, voando na direção de Rose.

A ruiva se encontrava caída, sua varinha frouxa em sua mão. Desacordada e com a respiração quase inaudível.


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Notas finais do capítulo

E ai? Sacaram? O que acharam? Comentários? Gritinhos? Choros? Ai, gente, avisa ai como vocês se sentiram!

Bom... Mais uma vez aqui mostro minha visão do Draco pôs-guerra. Escrevi aqui a forma como eu gosto de pensar que ele ficou depois de tudo. Draco era uma pessoa idiota e insuportável em quase todos os setes anos de Hogwarts (eu, particularmente, tenho vontade de amaldiçoa-lo muitas vezes ao logo dos sete livros), mas eu vejo muito pelo lado da sua família e das escolhas erradas que ele fez por influência do pai... Não gosto de Lúcio, tentei dá um pingo de dignidade a ele, mas é quase impossível. Porém, eu gosto de Draco e gosto ainda mais do que ele se tornou na minha visão pôs-guerra.

Beijocas e até o próximo!



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