Scorpius & Rose (vol. 1) escrita por Janne Esquivel


Capítulo 31
Capitulo 30 - Questão perigosa


Notas iniciais do capítulo

Hey, pessoas! Mais cedo do que até eu mesmo esperava temos um capítulo novo ^-^

Bom, vamos conversar um pouquinho antes. Espero que você já tenham conseguido enxergar meu objetivo, que é mostrar a vocês o tamanho do amor de Scorpius pela nossa ruivinha. Pode parecer até surreal um amor tão grande dentro de adolescente, mas é assim que eu vejo e é assim que eu quero amar, independente de idade.

Não vou torturá-lo por muito tempo, nem a vocês, mas esse contexto atual vai me servir muito para explicar alguns pontos sem nó e algumas dúvidas que chegaram a surgir no decorrer da história até então, mas somente no momento certo.

Espero que vocês estejam gostando da história e por favor, comentem! Falem! Perguntem! Vamos lá!



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Scorpius & Rose.

Capitulo XXX - Questão perigosa

A palavra escrita no Quadro Negro a giz surpreendeu a maioria da turma, ou melhor, as palavras.

Expecto Patronum! – Harry exclamou ao se virar para os seus alunos do sexto ano, era verdadeiramente empolgante a expressão que ele tinha ao ditar o feitiço. – Pelo histórico de atividades acadêmicas na matéria de Defesa Contra as Artes das Trevas realizadas com vocês no ano anterior, a Sra. Murian tentou lhes ensinar a formula do Patrono, porém não houve muito êxito segundo as informações.

– A mulher era uma louca – alguém da Sonserina resmungou.

– Nem ela conseguia conjurar um direito... – outro alguém adiantou. – Foi a aula mais desastrosa do ano.

– Não tenho dúvidas disso, jovens – continuou Harry –, mas eu ainda soube que não foi de tudo perdida, já que pelo menos dois alunos conseguiram o feito do Patrono.

Rose olhou discretamente para o fundo da sala, precisamente para a carteira que seu primo e o melhor amigo dele dividiam. Ela esperava encontrar Scorpius alegre e orgulhoso por ser um dos que Harry citava, aliás foi ano passado que ela o pegou conjurando algo na casa dos gritos. A forma de águia não era tão clara porque o loiro já se encontrava exausto ao produzi-la, mas era bem distinguível, ele estava empenhado na época para conseguir produzir um perfeito e forte o bastante, mas não tornou a vê-lo praticar mais.

O Sr. Potter pediu que quem já soubesse conjurar um Patrono levanta-se a mão. Albus ergueu a sua normalmente, ele havia feito uma aposta com Scorpius para que até o fim do quinto ano a formula estivesse beirando a perfeição, e como ele não dormiu até realizar o feito, Scorpius teve que beber uma poção polissuco com cabelo de rato e ir a aula. Não é preciso comentar o quão furiosa ficou McGonagall e o quão engraçado foi o episodio.

O moreno ficou surpreso quando viu que Scorpius ainda mantinha os olhos baixos para o próprio livro, parecia não prestar muita atenção. Al bufou e pegou a mão do amigo a elevando bem mais alto que a dele.

– Muito bem, então... – sorriu o professor. – E quem dos dois vai me contar a experiência?

A sala inteira se virou para encará-los, segurando os risinhos com as lembranças do resultado. Scorpius enfim despertou do transe e levou um leve susto com a atenção, mas não estava incomodado de fato por ser o motivo dos risos mal disfarçados. Albus baixou as mãos dos dois e pigarreou.

– É bem interessante – começou com ar pra lá de maroto. – Concordo que foi a pior aula do ano, mas rendeu uma boa aposta, o senhor sabe qual foi porque quase fui expulso pelo uso da poção Polissuco, então eu já estava bem animado pro perigo eminente... Enfim, não foi fácil de qualquer forma, requer uma energia dos diabos e uma boa lembrança, embora eu tenha as duas coisas de sobra, foi muito cansativo.

– Algo a acrescentar, Sr. Malfoy?

– Não, senhor. – respondeu ele sem emoção.

– Pois bem, o feitiço do Patrono é algo muito avançado, por isso exige um bom conhecimento daquele que vos ensinar. É uma técnica que exige também bastante concentração e não é esperado que alguém consiga conjurar algo na primeira tentativa... O Patrono em si é um tipo de energia positiva, uma projeção da própria coisa de que o dementador se alimenta: esperança, felicidade, desejo de sobrevivência, mas ele não consegue sentir desesperança como um ser humano real, por isso um dementador não pode afetá-lo.

– E um dementador seria? – uma menina morena e baixinha perguntou quase num sussurro.

– Alguém afim de responder por mim? – Harry quis saber avaliando toda uma sala muito concentrada. Rose levantou a mão quase que de imediato. – Sim, srta. Weasley?

– São criaturas terríveis e malignas – Rose começou –, impossíveis de serem destruídas, embora ainda possam ser expulsadas por um Patrono que seja bastante poderoso para o feito. Se alimentam de tudo que é bom que possa existir na alma de um ser humano, deixando apenas as recordações e momentos ruins. Eles esgotam a paz, esperança e qualquer felicidade a sua volta. Os trouxas não podem vê-los, embora sintam sua presença... – ela respirou um pouco e finalizou: - E nada é pior que o beijo do dementador, pois é sugada sua alma no processo, tornando-lhe uma casca viva, uma concha vazia. Um destino pior do que a morte ouso dizer.

– Obrigado, Srta. Weasley, e 10 pontos para a Grifinória pela brilhante resposta. – Harry disse depois de um tempo. – Os dementadores são os guardas de Azkaban, a prisão para bruxos perigosos mais segura do mundo. Houve apenas uma fuga em massa em todos os seus longos anos de história e isso porque foi obra de Voldemort, mas isso vocês sabem porque devem ter estudado história, eu espero.

– E Sirius Black, senhor?

– Bom, não foi uma fuga em massa... Mas sim, foi o único a fugir sem nenhuma ajuda interna ou externa... – Harry ri consigo mesmo ao ser tomado por lembranças. – Admirável o seu método, mas vou deixar que vocês pesquisem por si próprios sobre aquele ano, deve ter escrito em algum lugar... O caso é que foi naquele ano, nos meus treze que eu aprendi o feitiço do Patrono, foi complicado, mas eu consegui e vocês também irão!

A sala se encheu de múrmuros eufóricos e esperançosos.

– Mas infelizmente não hoje. – A excitação morreu. Albus revirou os olhos. – Mas não fiquem assim tão chateados, porque nossa próxima aula será na Sala Precisa, lá é bem mais espaçoso para as nossas primeiras tentativas. Vejam bem, até lá quero que se concentrem nas suas lembranças mais felizes e as mantenham com vocês, é a base para qualquer sucesso nessa fórmula, estamos entendidos? Ok. Vejo vocês próxima semana na Sala Precisa então, vocês estão liberados agora.

– Professor! - Rose chamou prendendo todos mais um pouco. - Por que não seria o Professor de Feitiços a nos ensinar essa formula?

– Uma boa pergunta, Srta. Weasley, e bem simples de responder. Os Dementadores, como você mesma disse, são criaturas das malignas e das trevas e é meu dever ensinar a vocês como combater essas criaturas, não acha? Além de adicionar que Patronos são muito úteis em combate, servindo também para o envio de mensagens urgentes, etc. Ok?

– Tudo bem, senhor. Obrigada.

.:x:.

– Severus! Espere! – Rose gritou para Albus já quase virando o corredor ao lado de Scorpius, os dois seguiam para a biblioteca, mas se viraram para o chamado. – Preciso falar com você!

Ao ver Rose caminhando em sua direção com urgência, Scorpius sentiu seu peito esquentar. Os cabelos ruivos dela estavam presos numa trança, mas fios rebeldes caiam em volta do seu rosto angelical, Scorpius queria colocar sua cabeça ali, na curva do seu pescoço e sentir o cheio do perfume de rosas que logo tomou todo o lugar quando ela se aproximou.

– Preciso falar com você sobre duas coisas, - ela disse encarando o primo seriamente, ignorando um pouco Scorpius porque não sabia se ficaria ainda mais corada do que já estava com ele a fitando. – Primeiro: a festa de Sirius.

– O que tem ela? – Al questionou com um meio sorriso, ele não poderia negar que aquela situação constrangedora entre os amigos era muitíssimo divertida.

– Bom, marcamos para o fim de março, assim todos terão algum tempo para sobreviver a ressaca e se preparar psicologicamente para a provas finais. Mas preciso do Mapa do Maroto para uma semana antes disso.

– Bom, ele está com James, mas tenho certeza que posso pegá-lo.

– Certo. Outra coisa, preciso que você vá com Lily negociar os preços na Dedos de Mel, no Três Vassouras e no Zonko’s. Ela tem uma lista de materiais, vocês vão, negociam os preços e depois dividimos para não ficar pesado pra ninguém.

– E como vamos levar tudo até a Sala Precisa?

– Você é esperto, Sirius. Dará um jeito. – Rose piscou marota, depois arriscou um olhar amigável para Scorpius que se encontrava calado até então, encontrou seus olhos cinzas presos aos dela e de repente ela não soube mais o que era a segunda coisa a se tratar.

Rose percebeu que Scorpius estava muito diferente, parecia não dormir a dias e não que ela olhasse muito para os olhos dele, mas o azul que sempre se matinha entre o cinza havia sumido. Ela não soube diferenciar se estava preocupada com as olheiras profundas dele ou com o fato dela estar preocupada, talvez tivesse acontecendo os dois e isso a perturbava bastante. Queria desviar os olhos dele, mas não conseguia. Nunca tinha ficado tanto tempo assim o encarando, nem quando admitiu para si mesma que gostava dele, mas algo na sua cabeça insistia que ela o avaliasse. Quando foi que ele ficou tão magro?

– Então... – Al pigarreou acordando os dois do transe. – Qual é o outro assunto?

– Ah! Hm... – a ruiva baixou a cabeça e franziu a testa, tentando se situar. – É sobre a próxima aula de DCAT...

– O que tem?

– Bom, vocês dois conjuram um Patrono melhor do que qualquer aluno da turma e eu gostaria de algumas aulas. Eu não consigo produzir mais que uma nevoa prateada e...

– Tudo bem! – O moreno a interrompeu, fazendo ar de pensativo. Sua cabeça trabalhava a mil por hora e Scorpius teve que o encarar fuzilante já chegando a mesma conclusão, mas nada pararia Albus Severus naquele momento. – Levando em conta que além das compras em Hogsmead eu ainda tenho que quebrar minha linda cabecinha com mentiras realmente boas para distrair James, receio que não terei tempo... – disse passando o braço pelo ombro de Scorpius e piscando para a prima – Maaas, o meu grande amigo aqui tem algum tempo livre pela semana, logo ele te ajuda.

Rose quase engasgou, já o loiro teve um acesso de tosse.

– Ah! Melhorem essas carinhas, vocês vão se dar bem!

– Bom... – Scorpius disse se recompondo. – Meu último horário é livre hoje... Se não houver problema para você, podemos nos encontrar na Torre de Astronomia.

A ruiva ponderou por um momento, encarando feio o primo que se segurava para não rir da situação. Ela acabou concordando e insistiu que Scorpius não se atrasasse, o que ele concordou sem hesitar.

Ao se encontrarem sozinhos novamente no corredor depois que Rose os deixou apressadamente, Scorpius cruzou os braços e encarou Albus.

– O que está fazendo? – perguntou grave.

– Ajudando você, cabeção! Você não queria ficar perto dela? Tá aí sua oportunidade. Só não vá fazer nenhuma besteira e não deixe Lily ou Dominique saberem disso.

– Por que nenhuma das duas me quer perto de Rose?

– Lily acha que você só a deixaria mais confusa, ela tem medo que você perca a cabeça e force Rose a se lembrar. Dominique não discorda disso também. – Albus disse retornando a caminhada rumo a biblioteca.

– Mas eu nunca faria isso! Jamais a machucaria!

– Sabemos, Scorpius... Mas Lily ainda tem medo. As dores de cabeça da ruiva vem melhorando, mas ainda não cessaram. Elas estão só um pouco preocupadas com o que você pode liberar para Rose, só isso.

Scorpius não respondeu, comprimindo os lábios, coisa que ele fazia quando tinha algo o incomodando. O moreno o conhecia bem demais para saber o que aquilo significava.

– O que você fez? – Al questionou estreitando os olhos para o amigo.

– Ela sabe, Al... Ela não é idiota.

– Ela sabe o que?

– Sabe que estamos escondendo coisas grandes, todos nós, e isso está deixando-a maluca. Ela me pós contra parede um dia antes do jogo...

– E o que disse a ela?

– Ela só queria saber de Lily, do acidente e tudo mais... Não achei que faria diferença dizer o que houve.

– E como ela reagiu? – O moreno perguntou realmente curioso, uma reação totalmente adversa da que Scorpius esperava.

– Bom, um pouco surpresa, mas não passou disso.

– Não vou ralhar com você agora, Scorpius, mas isso não pode se repetir. Para o bem dos dois, controle-se quando estiver ajudando-a com o Patrono. Sei que não é uma coisa fácil o que estou pedindo, mas por favor, con-tro-le-se!

O loiro iria dizer algo, mas baixou a cabeça derrotado. Era frustrante o fato de nem seu melhor amigo confiar nele direito perto de Rose, mas o que poderia fazer? Nem ele mesmo confiava mais em si perto dela. Porém, nada era mais frustrante do que a incerteza sobre a memória perdida da ruiva e se caso ela nunca mais voltasse ao normal, o que eles construíram conseguiriam ou não sobreviver...

– Talvez nunca mais voltemos ao que tínhamos antes, Al.

– E onde está sua ambição, Scorpius? Você não pode desistir do que você ama assim sem lutar, ficou maluco?

– Estou tentando não ficar, amigo... – e deu aquela conversa por encerrada.

Naquela noite, ele se encontrava ainda acordado na sua cama em um dos dormitórios masculinos da Sonserina. Os amigos roncavam ao seu redor e ele os invejavam por conseguirem dormir tão bem. Seus pensamentos estavam ficando tão conturbados que lhe doía fechar os olhos, era impossível relaxar. Porém, uma única pergunta o fazia suar mais do que nunca naquela noite.

Ele a amava demais para conseguir materializar um pensamento em que Rose estivesse ausente, era agoniante pensar assim.

Se nunca mais a tivesse, seria ele capaz de seguir em frente?


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Notas finais do capítulo

E então? O que ceis acham? Eu espero que estejam curtindo... Não posso adiantar o que vai acontecer na Torre de Astronomia, mas enfim, como vocês mesmo dizem, é sempre algo emocionante!

Galera, queria agradecer a todos que veem comentando. Já fechamos nos 200 comentários e eu pelejo por mais! Vocês são demais! Me deixam sempre cheia de gás!

Beijocas!



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