Scorpius & Rose (vol. 1) escrita por Janne Esquivel


Capítulo 28
Capitulo 27 - Nem tudo são flores


Notas iniciais do capítulo

Pessoas lindas! Sinto muito pela enorme demora! Mas o Instituto me suga por completo!

Aqui está mais um cap! E mesmo com a demora, volto a garantir que nunca abandono minhas histórias!



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Scorpius & Rose

Capitulo XXVII - Nem tudo são flores

Aquela passagem de ano fora sem dúvida a melhor de todas para Rose. Ela sempre agradecia pela família, saúde, bem-estar e paz que tinha todos os anos, mas nunca pode agradecer por estar amando e por estar sendo amada igualmente, era quase surreal esse turbilhão de emoções que tomava seu corpo. Nunca esteve mais ansiosa também para o retorno a Hogwarts, assim poderia voltar a ver Scorpius regularmente sem o olhar de águia de seu pai super-protetor. Não é pra tanto que ela cuidou para ter uma cabine reservada apenas para os dois no Expresso Hogwarts na viagem de volta.

A ruiva não poderia deixar de admitir que tinha mudado, já o amava desde que o viu pela primeira vez no primeiro ano na Escola de Magia e Bruxaria mais famosa do mundo, mas ele estava longe demais do seu alcance e agora vejam só? Rose Weasley estava namorando apaixonadamente esse mesmo garoto, que também mudou muito por ela.

Rose se sentia orgulhosa, satisfeita e completamente feliz enquanto esperava Scorpius em uma cabine vazia.

– Sinto por ter demorado, mas é que o seu primo queria discutir algo comigo antes de chegarmos a escola. – Scorpius disse entrando na cabine e fechando a porta atrás de si.

Rose ergueu uma sobrancelha enquanto se levantava e alcançava o namorado, enlaçando os braços no seu pescoço.

– Já estão tramando logo cedo?

– A única informação que posso lhe dar é que tem a ver com a despedida do James... Nada mais sairá da minha boca.

– E se eu beijar você até que me implore para parar.

– Eu imploraria para você não parar... – O loiro lhe devolveu um sorriso maroto antes de apertar mais sua cintura e beijá-la com muito carinho.

– Mas eu sou curiosa!

– Relaxe, ruiva. Logo precisaremos da sua ajuda, então logo você irá saber, ninguém consegue dobrar McGonagall tão bem quanto você. Tá afim de comer alguma coisa?

– Bem pensado! Estou morrendo de fome! Você poderia me trazer sapos de chocolate e alguns bolinhos de abobora?

– Tem certeza que você dá conta de tudo isso? - Scorpius franziu a sobrancelha.

– Sabe que eu nunca tive problema com comida. E se você se apressar, prometo dividir com você.

– Engraçadinha... Mas você é quem manda. Já volto!

Dando-lhe um selinho de despedida, Scorpius sumiu novamente pelos corredores ainda movimentados do trem. Rose tornou a se sentar com os olhos vidrados na janela um sorriso sutil preso ao rosto. Estava um dia relativamente agradável, poucas nuvens no céu, um sol aparente e brilhante, um ar perfeitamente fresco onde nem estava quente demais nem frio demais.

Rose só percebeu que havia algo errado quando Scorpius passou a demorar e o trem tentou frear subitamente, com o solavanco do movimento ela foi arremessada para frente com força e sua cabeça foi de encontro a parede oposta, o impacto abriu-lhe um corte feio no canto superior direito da testa, causando-lhe um pouco de tontura e uma geral confusão. Sua visão ficou turva e demorou um pouco até perceber que estava no chão sangrando, a dor lhe fez grunhir.

– Mas que... – A ruiva levou sua mão a cabeça e a trouxe de volta a frente dos seus olhos para vê-la manchada de sangue. – O que está acontecendo?

As vozes se elevaram ao seu redor, Rose sentou-se no chão da cabine e encarou a porta semiaberta. Jovens corriam de um lado para o outro, sussurrando, gritando, ofegando, chorando... A ruiva estava num estado de confusão desesperador. O sangue escorria pela lateral do seu rosto e a dor na sua cabeça estava ficando insuportável, para piorar sua visão não estava ajudando falhando todo o tempo. A vontade era de se pôr de pé, mas parecia que o movimento seguinte poderia estourar o seu crânio, mas embora a dor fosse quase insuportável, um sono tranquilo ameaçava lhe tomar.

Foi quando Scorpius apareceu na porta e a encarou assustado, Rose sangrava muito.

– Oh meu Merlin! – Ele ajoelhou-se junto a ela puxando o suéter e o enrolando para limpar-lhe o sangue. – Você está bem?! – Sua voz era urgente. – O maquinista teve um problema, não sei se ele está bem... Merlin, Rose! Você não para de sagrar!

– O que... O que está rolando? – Ela quis saber, com uma voz arrastada. Algo pesava sobre ela. O loiro a sua frente estava ficando muito borrado, isso era normal?

– Hey, ruiva! Hey, baby! Não apague! Rose! Rose!

Tarde de mais…

.:x:.

Aquela dor era alucinante. Ela não conseguia pensar direito, muito menos descobrir onde estava. Talvez abrir os olhos ajudasse, mas não estava funcionando. Nenhum movimento que ela desejava projetar acontecia. Merda! Isso a assustava bastante, mas antes de tentar ao menos gritar a escuridão já a tinha.

Ok, já estava ficando muito chato! Qual é?! Era difícil se manter sã mesmo sem conseguir abrir os olhos por pelo menos um tempinho? Ela conseguia ouvir as vozes ao seu redor, sua cabeça sempre focava em uma especial, uma doce e preocupada, mas de quem seria? Nenhuma resposta, a escuridão nunca lhe permitia continuar.

Por isso abrir os olhos quando sentiu que realmente podia foi uma tarefa bastante difícil, mas não impossível. Seu primeiro foco foi um teto rustico, muito familiar por sinal. O cheiro de remédio, porções e outros cacarecos que a Madame Pomfrey mantinha naquela enfermaria não demorou a invadir suas narinas e Rose se sentiu imediatamente aliviada por saber onde estava. Embora ainda tenha piscado várias vezes para ter certeza.

– Scorpius! Acorde! Ela acordou! – A voz de Lilian pode ser ouvida, estranhamente distante.

Rose procurou por eles girando a cabeça devagar por causa da dor, achou muito mais gente ao redor de sua cama do que realmente esperava. Mas por que ainda se surpreendia? Sem dúvidas estavam todos lá, eles sempre estavam.

– Hey, pimentinha! Você deu um susto em todos nós! – Albus se aproximou com um sorriso tranquilo. Por que ele ainda estava com roupas trouxas?

– Mal amanheceu e mamãe já enviou quinhentas cartas pra saber de você... – Hugo disse claramente aliviado.

Era impressão sua, ou mesmo estando tão perto eles estava falando mais baixo que o normal? Rose estava ficando muito, muito confusa.

– Será que todos os anos teremos que passar por essa enfermaria? – Lily bufou se aproximando da prima e beijando-lhe a testa enfaixada. - Rose, quando você aprendeu a se machucar tanto?

– Isso significa mais aventura, mana. Relaxa. Rose está bem, não está? – James checou.

Rose não sabia o que fazer nem o que dizer diante aquela pergunta tão simples... Seus olhos passaram por todas aquelas caras preocupadas e aliviadas ao mesmo tempo, algo lhe assustava. Principalmente o fato de Scorpius está sentando numa cadeira ao seu lado a olhando como se a vida dele dependesse disso. Ele não disse nada, parecia cansado e com muito sono, mas ainda assim muito preocupado.

– O que está acontecendo? – ela murmurou.

– O maquinista do Expresso Hogwarts teve um infarto... – Lara começou por todos. – O trem perdeu o controle e os meninos da cabine mais próxima tentaram resolver enquanto ajudavam o velho Sr. Smith. Mas já era tarde para ele quanto frearam de uma vez.

– Lamento pelo o Sr. Smith... – Rose disse pra si mesma depois de um tempo, passando a encarar os primos em seguida. – Mais alguém se feriu?

– Só um pessoal do primeiro ano, mas foram liberados ainda ontem. – Fred informou. - Você foi o caso mais grave. Foi um dano muito louco na sua cabeça contra cotovelos ralados.

Ontem? Quanto tempo eu fiquei desacordada.

– Quase 24 horas... – Scorpius foi quem respondeu, parecia estar saindo de um transe. – Pode acreditar, as piores quase 24 horas da minha vida...

Rose franziu a testa e passou a encara-lo incrédula.

– Como disse?

– Ruiva, ver você jorrar sangue da cabeça sem previsão de pausa foi assustador. Estou preocupado até agora.

Rose sentou-se bruscamente, o movimento fez-lhe quase falhar, mas ainda assim ficou firme. Ela rodava os olhos para todos, claramente confusa, implorando por uma explicação.

– Rose? O que foi? – Scorpius se pôs ao seu lado. – Está tudo bem?

– Oh puta merda! – Albus sussurrou encarando a prima, um lampejo de entendimento lhe cercou...

– Eu não consigo entender... Por que você passaria a noite aqui? E por que eu estar mal incomoda você? – A ruiva se referia ao loiro.

E então, ninguém estava ligando mais nada, a não ser Albus Potter.

– Rose, eu sou seu...

– Pode parar por aí, Scorpius! – O moreno interrompeu o melhor amigo e passou a encarar a ruiva sentada na cama, rezando para que estivesse errado. – Rose?

– O que?

– Sabe em que período estamos?

– Primeiro lógico! - ela disse sem rodeios - Acabamos de voltar, Severus! Sexto ano começando! É claro que eu sei em qual período estamos!

O silêncio reinou e ninguém conseguiu expressar mais nada no primeiro momento. Scorpius se jogou de volta a cadeira e por lá ficou, perdido. Lily abraçou Hugo e se segurou pra não chorar. Ninguém conseguia tirar os olhos dos olhos confiantes de Rose.

– Rose... – Scorpius disse, ou tentava dizer. Sua voz estava tremendo pelo medo da pergunta que faria. – Você sabe quem eu sou?

– Sim! Você é... Você é... – A informação estava lá e ao mesmo tempo não estava, tinha uma parte em branco na sua cabeça, mas isso era só a confusão do momento não era? – Você é o melhor amigo de Severus! – As expressões ao seu redor começaram a ficar horrorizadas e Rose assustada. – Gente, eu sei quem são! Ele é seu melhor amigo, Al! E vocês são meus primos! Para que essas caras? Estou certa não estou?

– Rose, você não se lembra de nada? – Al tornou a perguntar.

– Claro que lembro! Acabaram as férias, voltamos pra Hogwarts e vamos cursar o sexto ano, não é? Claro que eu lembro, ora!

Scorpius levantou-se bruscamente e saiu pisando duro pelo salão da enfermaria, seu punhos estavam bem cerrados, sua cabeça ia explodir se ele não socasse alguma coisa. O que poderia fazer além disso afinal? Jogar todo o conteúdo de um semestre pra alguém desmemoriado? Por que essa merda estava acontecendo pra começo de conversa? Por que com eles? A única coisa certa agora era socar alguma coisa, alguma coisa bem dura!

O restante se entreolhou preocupado, perguntando-se quem daria a notícia a moça perdida sentada a cama.

– Rose... Eu sinto muito. – Albus continuou depois de um tempo, encarando a prima com a melhor do seu alto-controle. – Mas acabamos de voltar do natal. Aconteceram muitas coisas desde o começo do sexto ano e você não está sendo capaz de lembrar de nenhuma delas.


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Notas finais do capítulo

E então? Que reviravolta ein? Comentários?

E se acalmem, que a turbulência mal começou! Ceis num tem ideia do que passa pela minha cabeça pra esses dois!



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