Scorpius & Rose (vol. 1) escrita por Janne Esquivel


Capítulo 27
Capitulo 26 - Natal


Notas iniciais do capítulo

Hey, pessoas! Aqui pra vocês mais um capítulo! Beijocas e espero que gostem...

Boa leitura!



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Scorpius & Rose

Capitulo XXVI - Natal

A manhã era nublada, as nuvens pesadas ainda pairavam no céu regando tudo com uma neblina fina. Fazia um tempo que ela estava acordada, queria poder permanecer sempre ali, em volta por aquele abraço e aquele aroma que tanto lhe trazia paz e tranquilidade, mas o despertador posicionado a sua frente no criado mudo dizia que a casa acordaria dentro de meia-hora e ela não podia ser pega naquele quarto.

Se virou entre os braços dele até ficar com sua boca quase encostada na dele. A respiração daquele anjo loiro era regular e quase inaudível de tão suave, era de longo um crime horrendo acordá-lo uma vez que ele dormia tão bem. Com carinho, depositou ali em seus lábios um selo demorado, fazendo o despertar lentamente enquanto ela se afastava para logo voltar e selar seus lábios mais uma vez ali.

– Hmmmm – Scorpius resmungou levando um canto da boca a se erguer numa tentativa sonolenta de sorrir.

– Eu preciso ir para o meu quarto, só queria me despedir – Rose lhe disse depois de mais um beijo, Scorpius ainda mantinha os olhos fechado, mas seus braços se apertaram ainda mais em torna dela.

– Não vá... – ele choramingou.

– Não me tente. – Ela sorriu contra a boca dele. – Vamos, me solte, já já nos veremos no café da manhã de qualquer modo.

– Não quero ter que vê-la no café da manhã. – Ele enfim abriu os olhos e a encarou choroso. - Quero você aqui, na minha cama. Pro resto da vida.

– Sabe que eu adoraria. E não faça esse biquinho! Sabe que é golpe baixo...

– Então me deixe beijá-la como merece antes de ir.

Rose não reclamou quando Scorpius invadiu sua boca com a língua habilidosa que ele possuía, amando-a com aquele gesto singelo. Seus corpos ainda nus um contra o outro se apertaram um pouco mais, tornando o momento cada vez mais intenso. Apenas quando Rose sentiu o desejo dele pressionar a base do seu estomago ela se afastou relutante, com dificuldade para respirar.

– Cedo demais, ruiva... – A chama no olhar de Scorpius quase fez Rose esquecer de todo resto e se entregar a eternidade naquela cama, mas foi só quase.

– Eu adoraria ficar, baby, mas eu realmente preciso ir. – Rose pulou da cama e saiu catando suas roupas e as vestindo o mais rápido que podia, ela não queria mudar de ideia no caminho que teria que fazer do quarto de Scorpius até o de hospedes destinado a ela e Lara.

Correu na ponta dos pés para o andar de cima e procurou a terceira porta dupla a esquerda, a abrindo sem folego e fechando-a atrás de si logo em seguida. Uma vez, que suas costas estavam coladas e seguras a porta fechada, ela deu um longo suspiro e agradeceu, pelo que pode perceber, que os anfitriões ainda se encontravam em seus quartos, visto que não havia nenhum barulho ou movimento além dos dela pela casa.

Com a respiração controlada, Rose riu de si mesma enquanto varria o quarto a sua frente com os olhos. O quarto era grande demais e luxuoso demais para ser de hospedes, se a casa fosse dela, ela queria ficar num quarto daqueles no fim das contas, mas então lhe veio à cabeça que se aquele era para acomodar convidados, o que diria dos outros?

Não teve muito tempo para prestar atenção nos detalhes do quarto de Scorpius, o seu interesse estava voltado apenas para a cama dele, ou melhor, para o que eles dois estavam prestes a fazer ali. Seu rosto corou com as memórias juntas aqueles pensamentos, aquela foi com a mais absoluta certeza a melhor noite de toda a sua vida. Nunca tinha experimentado uma demonstração de amor e carinho tão grande, muito menos exibido o mesmo em um nível tão elevado. A ruiva se encontrava muito apaixonada afinal, mais do que poderia imaginar ser possível estar.

Seus pensamentos foram sendo postos um tanto de lado quando por um instante percebeu a cama e sua decoração de lençóis visivelmente caros imaculada. Ninguém havia dormido ali, ou muito menos estado ali até então, visto que a sua e também a mala de Lara encontravam-se fechadas em um canto do aposento. Onde estaria Lara a noite inteira? Oh, Merlin! Que pergunta mais retorica é aquela, afinal?

Rose sorriu um pouco mais se afastando da porta e alcançando sua mala, a descansando na cama para procurar algo para se trocar depois de um banho. Escolheu por um vestido florido nos tons verdes e lilás descendo até um pouco acima dos joelhos com alças finas e alguns babados acima da barra, desembalando também uma sapatilha vermelha e seu material para a higiene em geral, levando tudo junto com uma toalha macia disponível em cima da cama até o banheiro anexado aquele quarto enorme. Trancou-se lá dentro e tratou de tomar um banho.

A porta da suíte se abriu assim que Rose sumiu dentro do banheiro. O som do chuveiro assustou Lara, mas logo a imagem da mala aberta de Rose sobre a cama a acalmou. É claro que só Rose poderia estar ali! Aliviada, Lara correu até sua mala e a carregou até a cama, a abrindo também. Estava nervosa, precisava conversar sobre o que tinha acontecido na noite anterior com Rose, ela era sua amiga, não era? Mesmo não sabendo com que cara encará-la, porque a vergonha de passar a noite fora a deixava ainda mais tímida e tendenciosa a encarar o chão.

Não havia rolado nada de mais sério entre ela e Albus. Os dois só haviam dormido depois da conversa libertadora que tiveram, dormiram de conchinha de qualquer forma, mas não passou disso. Era cedo demais para pensar em qualquer coisa relacionada a esse tipo de relação, ambos sabiam disso e Lara também tinha certeza que Albus a respeitaria até que estivesse pronta, não precisavam tocar muito mais no assunto, tinham coisas mais importantes para resolver antes de mais nada. Lara queria realmente esse sonho de tê-lo como namorado, mas sua insegurança ainda pairava sobre ela como um fantasma. O medo ainda a assustava e o pessimismo ainda era um problema. Claro que na noite passada uma leve camada de tudo isso tinha sido removida de cima dela, porém, ainda havia muito trabalho a ser feito até que tudo ficasse bem. E isso não era só sobre o relacionamento que Albus e Lara estavam dispostos a tentar e assumir, mas era principalmente sobre ela e as barreiras, até então evitadas, que ela teria que derrubar.

– Você me surpreende, Lara. Dormindo fora de casa! – Rose apareceu na porta do banheiro secando os cabelos ruivos, com o sorriso muito travesso. Sua voz fez Lara pular de susto. – Hey! Relaxa! Não estou julgando você. Eu também não dormir aqui essa noite.

– Oh... – Lara corou, baixando a cabeça para suas roupas dobradas, a forma que estavam arrumada na mala eram bem mais interessantes agora. – Acho que quebramos todas as regras.

– É, acho que sim. Meu pai não pode nem sonhar com isso, ou pensar em sonhar. Mas então, o que aconteceu ontem entre você e meu primo?

– Nada.

– Nada?! Não houve nada?!

– Não! Quer dizer... Sim! Quer dizer, não! – A morena se atrapalhou toda com a muda de roupa que tinha escolhido e seus produtos de higiene. – Aconteceu, mas não é o que você está pensando...

– Você precisa relaxar mais sobre as coisas, Lara. – Rose comentou. – Eu sei que não aconteceu esse tipo de coisa... Só quero saber o que se deu da conversar no jardim...

– Bom, - Lara pensou um pouco mais. – Podemos falar disso n’A Toca? Tenho certeza que Lily vai querer saber e será melhor pra nós duas não ficar repetindo toda hora o que vivemos aqui...

– É, você tem razão. Podemos sim. Agora se apresse, precisamos descer logo mais.

.:x:.

Ronald veio buscar sua filha, o sobrinho e a amiga deles exatamente no horário marcado, logo depois do café da manhã a umas dez horas. Foi um pouco constrangedor para todos na despedida, mas estavam contentes de qualquer forma. Antes de ir, Scorpius depositou um pacote branco na mão de Rose e pediu que ela abrisse apenas na manhã de natal e que ela aproveitasse o baquete preparado pela Sra. Weasley por eles dois, promessa essa que ela cumpriria com o maior prazer.

Ao chegarem n’A Toca, as meninas foram arrastadas para o andar de cima pelo restante das primas que exigiam que lhe contassem tudo. A portas trancadas e a cochichos, as meninas conversaram pelo restante da tarde inteira sobre a noite mais incrível de todas na Mansão Malfoy.

A ceia de Natal foi servida às 22h em ponto numa grande mesa disposta sob a tenda de festa dos Weasleys, iluminada por velas e artifícios elétricos espalhado por todo o lugar. A família estava praticamente toda reunida, com uma única exceção que jamais poderia ser reparada: Fred Weasley.

– É tantas coisas que me passam na cabeça quando enfim chega o Natal – O Sr. Weasley iniciou de pé na ponta da mesa. O velho homem, marcado pelo tempo, segurava um copo cheio na mão. – Não queria demorar muito para não tornar a necessidade de experimentar toda essas coisas sobre nossa mesa uma doença, porque eu sei que Molly e minhas noras trabalharam duro para deixa-la saborosa. Mas antes de mais nada eu queria fazer um brinde a essa família maravilhosa que ganhei, eu não poderia escolher filhos melhores, ou genros, ou noras, ou netos... E mesmo que um de meus filhos infelizmente não esteja mais entre nós, preciso dizer que ainda me sinto grato por todos vocês – Ele precisou de uma pausa para se recompor de um choro que de repente ameaçou incomodá-lo, mesmo depois de muito tempo, a falta de um filho ainda lhe doía o coração como se ele tivesse sido arrancado. - Essa data representa o amor acima de tudo e eu peço um brinde pelo amor que nós temos um pelo outro. Afinal, o amor é que tornou tudo isso possível... Feliz Natal, família!

– Feliz Natal, papai/vovô! – O coro levemente emocionado de todos fez-se ouvir.

O brinde foi realizado, sorrisos foram distribuídos e então a comida passou a ser servida.

Aquele clima de Natal era o mais lindo de se presenciar, aquela família já havia passado por tanta coisa, mas mesmo assim ainda sorriam com louvor uns para os outros como se vivessem num eterno paraíso.

E talvez fosse o paraíso para todos ali, era afinal o paraíso estar em um lugar que você era igualmente amado, querido e admirado por todos e oferecia em igual o mesmo a todos.

Rose não poderia ter nascido numa família melhor.


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Notas finais do capítulo

Então, pessoas? O que acharam? Eu n queria demorar muito na ceia, mas ainda sim queria palavras que me lembrassem de toda a saga de Harry Potter, afinal, o amor o salvou :3

Enfim, comentem! Porque logo mais o pessoal volta pra Hogwarts e então a parte final da nossa história estará preste a começar!

Beijocas! Até o próximo!



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