"Juízo não significa fazer tudo certo. Mas saber a hora certa de fazer a coisa errada."
~ Johnny Depp

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O cheiro de grama, o sol no topo do céu sem nuvens me fazia me sentir livre de qualquer tipo de problema. Respirei fundo e firmei meus pés no chão, parando o balanço. Senti o olhar interrogativo dele pra cima de mim e suspirei. - Vai ficar só me olhando ai?

– Estou me perguntando o que deu em você. - Sasuke respondeu e pareceu me analisar lentamente - Não me diga que está com ciúmes por causa do Kiba... - grunhi e só de me lembrar da cara do cachorro sarnento me deu vontade de bater em alguém. Sasuke estava pedindo pra ser voluntário. - Ooh... isso é novidade...

– Cale a boca, teme! - resmunguei e voltei a ir pra frente e para trás no balanço infantil. Quem quer que olhasse pensaria que eu era alguém mais novo do que minha idade real. Meu crescimento era lento e muito demorado, em quanto Sasuke já parecia ser três anos mais velho - Não é isso...

– Acredito muito em você! - o teme gargalhou e olhou para cima pensativo - Cara... vai acabar perdendo a princesa dos Hyuuga pra um animal! - ele gargalhou ainda mais e bufei inconformado pela imbecilidade do Uchiha. Sasuke nunca ria, nunca... a não ser que o assunto me envolvesse. Tecnicamente 97% das coisas faladas por ele, dirigidas a mim, eram simplesmente... bakas. Inúteis. Fúteis e estúpidas. - Daqui a pouco, Hinata te manda comprar um cachorro pra poder colocar o nome de Akamaru. Sabia que cachorros adoram gatinhos de pelúcia?

– Sasuke! Cale a merda da sua boca! - gritei enraivecido e pulei do balanço, pegando minha mochila e jogando na cara dele -. Vai me pagar um lanche e não quero ouvir reclamações. Se eu ouvir uma única palavra da sua maldita boca, eu juro que mando a Ino fazer seu fã clube nerd viver atrás de você!

Ele arregalou os olhos e se levantou apressado e tratou de me acompanhar. - Ei... como vai a obaa-san e o ero?

Suspirei e sorri dando de ombros. - Como sempre. Tsunade vive reclamando das alfinetadas entre eu e o ero-sennin. Ele continua tentando esconder 'aquelas' revistas... - rimos e suspirei novamente - mas eles continuam falando que eu deveria parar de jogar basquete as escondidas, por falar nisso ainda não sei como eles descobriram isso! - olhei ameaçadoramente para o Uchiha que riu nervoso.

– Er... foi mal? - rimos de novo e olhei incomodado para uma grande construção que era feita. Em algum tempo seria um prédio incrível. - Mas eles tem razão. Er... eu tenho razão... não pode ficar fazendo essas coisas, vai que dá um treco no seu coração e ele para de vez?!

– Que exagero... minha situação está completamente normal... só fico sem ar as vezes! - bufei e cruzei os braços - Além disso, não tem por que ficarem tão nervosinhos com isso! Estou perfeitamente bem!

– Imbecil... - Sasuke falou baixo e me olhou friamente me fazendo ter calafrios. - Não vou perder outra pessoa por causa de problemas mentais alheios!

Encarei o teme surpreso. Ele jamais havia afirmado, direta ou indiretamente que se importava comigo. Era como presenciar um milagre de Kami!

– Cara... isso foi realmente gay...

– Cale a boca...

– Essa fala é minha... - ficamos em silêncio algum tempo e observei o cenário em que estávamos agora. As casas simples eram como janelas para as almas das pessoas. Os moradores não eram como as pessoas que eu conhecia em quanto otou-san e a okaa-san estavam vivos. Eram mais humildes e ajudavam quem precisasse. - Esqueci de comprar uma nova bola. Como sou baka!

– Eu compro! - Sasuke deu um sorriso maligno - Acho que Madara não vai estar em casa hoje e eu sei onde ele guarda o dinheiro. Então, sem problema!

– Sério? - praticamente gritei empolgado e dei um tapa na cabeça dele - Sabia que você era um cara legal!

Sasuke riu e peguei minha mochila com ele. O vi se distanciar e o chamei. - Você vai comprar, hên! - acenei rindo dele e o teme acenou de volta dando as costas e indo pra casa. Observei contente ele ir e retomei meu caminho. Me senti um super-herói como a Hina-chan. Havia salvado Sasuke e a amizade entre nós era a maior prova disso.

*Naquela noite, depois de comprar a nova bola de basquete para Naruto, Sasuke foi para cama e dormindo, foi assassinado por um Madara furioso, que ao se deparar que lhe faltava dinheiro não exitou em tal desumano ato.
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– POV'S INO

No passado fiz muitas coisas ruins pra muita gente, a pior delas talvez tivesse sido para a Hina... eu sabia que aquele anel era algo especial deixado pela okaa-sama dela e mesmo assim o peguei sem pensar nas consequências. Se ao menos Deidara estivesse aqui... eu não teria feito algo tão estúpido.

Talvez a minha desculpa para o que estava fazendo fosse a morte do Sasuke-kun, ou quem sabe a falta do Deidara-nii, ou por que eu era realmente uma amiga péssima, que por sinal, escolheu um caminho trassado a mão por Yamanaka Inoishi para ter a futura presidente da empresa perfeita. Sem erros ou exitações. Completamente entregue, na palma de sua mão.

Hoje sou quase o que um dia fui, não sou mais uma criança que obedece a todas as ordens e até passei a me envolver com as pessoas que o onii-sama conhecia. Gaara me ajudou a encontra-los, a convencer Nagato que o que eu queria era apenas fazer parte da família...

Família realmente é uma palavra pesada de mais para mim, afinal, a minha se desfez a muito tempo e agora eu tinha todos os Hyuuga me acusando de cumplicidade no sequestro de Hyuuga Hinata! Além disso, ainda tinha eles. Com todos meus pensamentos voltados para o plano, acabei me esquecendo das pessoas mais gentis e assustadoras que poderiam existir.

Eu nunca havia visto tanta fúria e decepção nos olhos de Tsunade como agora. Parecia que ela ia pular no meu pescoço e me sufocar até que dissesse onde Naruto estava. Já Jiraya estava calmo, mas mesmo assim me olhava triste como se eu fosse culpada pelo sequestro da Hina, se bem que eu tinha uma parcela de culpa...

– Então... - apertei minhas levemente nervosa por causa de Tsunade. Eu conhecia ela o bastante para saber que faria qualquer coisa pela proteção do neto. E agora ele estava fora da sua "teia da segurança". - O q-que querem?

– Eu sabia que você era uma garota problemática, Ino. - Tsunade começou - Mas fazer Naruto se envolver em algo assim... isso... isso é inaceitável!

– Como podem me acusar de algo tão... - perguntei fingindo-me irritada - Eu nem falo mais com Naruto desde... aquele incidente com a Hyuuga! Agora todos vem me acusar de fazer parte do plano dele só por que eu decidi me desculpar pelo que fiz a Hinata? Que absurdo!

– Convivemos com Naruto o suficiente para saber quando ele está tramando algo. - Jiraya comentou e suspirou cansado. Ele realmente parecia mais abalado do que Tsunade. - E o conhecemos ainda mais pra perceber quando ele faz algo, e não faz sozinho. De repente ele chega com casa com um garoto dizendo que ele ficará algum tempo conosco e depois isso acontece? Não somos tolos Ino. Somos dois velhos e estamos apenas querendo o melhor para nosso único neto. Ele perdeu os pais, um bom amigo e agora vai perder a garota que ama. Naruto não é um baka, muito menos um adorador dos limites. Então, onegai... se o ajudou com tudo isso... fale ao menos para nós. Pelo bem dele.

Os encarei sentido-me a pior pessoa do mundo. Os dois estavam desesperados com o que estava acontecendo e mesmo assim...

– Eu, - senti que poderia chorar e lamentei por eles. Eu estava contribuindo com a destruição daquela família. - sinto muito, mas não tenho nada haver com as decisões tomadas por Naruto. Então, se puderem-

– Como pode? - Tsunade explodiu e se deixou chorar. Engoli seco sabendo que não poderia aguentar muito tempo com aquela farsa - Nós também amamos Hinata! Também vamos perde-la! Mas sequestra-la? Leva-la de sua própria familia? Isso é loucura! Tenho certeza... - ela soluçou e cobriu o rosto com as mãos - tenho certeza que Hiashi deve estar como nós... apenas querendo os querendo de volta...

Respirei fundo e pensei detalhadamente em minhas próximas palavras, para que nada me fizesse parecer ter o ajudado. - E acha que Naruto não merece ficar perto de quem ama? - sussurrei sentindo meus olhos arderem - Mesmo que eu não tenha os ajudado... quando penso nisso... eu poderia ter feito algo... aqueles dois merecem mais do que ficarem separados e apenas aguardarem que um morra e depois o outro se vá também. Naruto é bom de mais para ter que saber que Hinata morreu trancada em um hospital longe do mundo... e ela não é um animal. Hinata é doce, gentil e adora caminhar e se sentir livre, mas ao lado dele. Aqueles dois perderam muito e apenas querem aproveitar em quanto ainda dá tempo. Só isso.

– Só isso? - Tsunade repetiu e me fitou novamente furiosa - Fugir é certo? Deixar tudo para trás? Deixar nós para trás? Só isso! Isso, é egoísmo!

– Egoismo é o jeito de vocês pensarem! - me levantei e a olhei raivosa - Hinata vai morrer! Ouviram? Ela vai morrer! O que Naruto quer é que ela não passe o resto de seus poucos dias indo e vindo de hospital para hospital atrás de uma cura impossível. Ele não quer que ela sofra mais ainda por se sentir culpada de tudo que aconteceu e que vai acontecer com Hanabi! Ele apenas quer que ela pare por um momento para curtir mais que alguns quilômetros fora de casa! Ele apenas quer vê-la feliz, sorrindo e sem ter que parecer estar no lugar de Hyuuga Ayano, em uma cama, vendo televisão ou lendo revistas, na rotina diária de exames e injeções. Como eu já disse. Hinata não é um animal. Será que ninguém pensa como ela se sente? - foi minha vez de olhar decepcionada para os dois. Dei um sorriso fraco a eles que tinham os olhos arregalados de surpresa - Será que em todo esse tempo, apenas o Naruto foi capaz de saber como ela se sentia? A morte de Ayano, a crise com Hanabi, a escola, o Sasuke, a minha estupidez e agora uma doença. Em todo esse tempo, só vi ele entende-la. Pra mim, Naruto é a pessoa mais certa e decidida dessa história. Por que ele tem a total razão.

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– POV'S NARUTO

Suspirei olhando para a paisagem fora do carro. Gaara tinha dito que já havíamos passado pela fronteira entre Konoha e Suna, e agora estávamos mais seguros por que não haveria barragens da policia ou algum risco de reconhecerem Hinata. Ele também havia dito que o caminho seria longo e demorado e que até o nosso esconderijo, ficaríamos por si só, ou seja, não teríamos ajuda alguma.

"Existem algumas restrições e limites quanto ao que podemos e não podemos fazer. Muitas pessoas como nós no mundo fazem o que fazemos, obedecem o líder se ele mandar fazer algo que alguém esteja pagando, como um sequestro. - ele me olhou pelo retrovisor achando engraçado a situação - No Japão não são muitos que sabem que existimos e contribuem conosco, por isso, as pessoas que poderiam nos cobrir estão fazendo outras coisas que vão facilitar nossa rota para a "liberdade". Entendeu?"

Foi isso que Gaara me respondeu quando perguntei o por que. Somente pelo pouco tempo com ele, consegui perceber que era irritante e não gostava nem um pouco de mim. Hinata apertou levemente meu braço e por um momento pensei que tivesse acordado, mas ela continuava a dormir como se não fizesse a muito tempo. Com certeza não conseguia dormir direito pensando na viajem que iria fazer com Hiashi.

– Né, Gaara-san... poderíamos parar um pouco e comprar alguns doces... - Sasori resmungou encolhido no assento da frente. Ele se afundou mais ainda no banco com o silêncio de Gaara - Gaara-san...

– Se você não parar, - interrompi Sasori rindo - ele não irá deixa-lo em paz.

Em alguns minutos paramos em frente a uma daquelas lanchonetes de beira de estrada. Gaara saiu do carro em silêncio, aparentemente calmo, mas bateu a porta com violência. Eu gargalhei alto e Hinata se remexeu e abriu os olhos lentamente.

– Onde estamos? - ela perguntou sonolenta e me encarou. Tive de virar o rosto envergonhado pela proximidade que estavam nossos rostos. - Naruto-kun?

– Eu n-não sei exatamente... mas já estamos longe de Konoha. - Hinata assentiu e olhou desconfiada para o banco do motorista vazio - Ele foi comprar alguma coisa 'pra comermos. Sasori ficou enchendo o saco dele.

– Sasori-kun, seja mais gentil com as pessoas. - Hinata repreendeu o 'tomate que apenas concordou. Ela sorriu e voltou a posição anterior, com a cabeça no meu ombro. Hina-chan é simplesmente fofa de mais quando acorda - Estou preocupada...

– Com Hiashi?

Ela suspirou e negou - Hanabi... tenho medo que ela faça alguma besteira agora que não estou mais por perto...

– Ela faz besteira mesmo com você lá. - Hina-chan me encarou surpresa e revirei os olhos - Você sabe disso. Ela é uma garotinha rebelde que acabou de conhecer o que o mundo tem pra oferecer. Quando ela perceber o quanto está sendo egoísta em relação a você, se auto-colocará na linha.

– Fala como se fosse a pessoa mais pura! Você e o Sasuke-kun só me davam dor de cabeça juntos! - cruzei os braços e balancei a cabeça confirmando orgulhoso daquela época -. Agora que parei 'pra pensar, como vai ficar Jiraya-san e a Tsunade-sama? E essa história da Ino, quero que me conte ela inteirinha!

– Como você fala! - comentei irônico e Sasori riu. Ela corou me fazendo sorrir. - Eles ficarão bem... tenho certeza. São bem grandinhos e sabem se cuidar! Não vai ser por minha causa que vão ter um infarto, pelo menos não hoje. - gargalhei e Hinata me encarou seriamente - Deixei uma carta pra eles. Dependendo do seu pai, talvez eu volte pra casa inteiro.

– Baka! - Hina-chan me deu um tapa na cabeça. Ela estava ficando muito ousada! - Diferente de mim, você não tem outro parente para ajuda-los se algo acontecer! Pelo menos pecebeu isso?

Hinata estava um pouco vermelha e não era de vergonha. Me senti sendo repreendido por uma mãe furiosa com o filho travesso. - Eu sei disso... sei que sou o ultimo que resta aos dois... o Ero-sennin mesmo me disse. Mas, nada vai me fazer voltar atrás. Você é o que me resta, você é que me ajudou e somente você me fez perceber que não importava o que acontecesse, eu teria de seguir em frente. Admito que pode parecer egoismo, mas se o meu "seguir em frente" for significar me arrepender de não ter feito o certo, então prefiro desistir de tudo... mas não de você. Eu já disse, se eu for perde-la, eu vou... não, eu devo estar do seu lado.

O silêncio se instalou dentro do carro. Hinata me olhou de um jeito que eu não soube entender o que pensava. Ri sem graça e empurrei ela levemente pro lado. Mandei Sasori revirar os CDs que tinha no carro, estava tentando arranjar uma desculpa boa o suficiente pra acabar com aquela conversa.

Era a segunda vez que praticamente revelava o que sentia. Se aquilo continuasse eu poderia acabar falando de vez e acabando com a nossa amizade.

Realmente é apavorante estar nessa situação... além disso... Hina-chan me olhou como Sasuke quando falei de mais e ele me fez perceber a coisa mais óbvia.

"Você gosta dela". Foi o que Sasuke me disse. E quem sou para negar?

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19:32 p.m.

Observei com tédio Gaara sair do carro novamente. Era sétima parada desde que tinha amanhecido e ainda nem se quer havia sinal de uma cidade grande. Suna era quente, abafada e completamente entediante. Só se via árvores e mais árvores em qualquer lugar, não que eu não gostasse, mas era irritante saber que talvez nem estivéssemos perto do nosso "ponto final".

Encarei as costas da Hina-chan, que parecia estar sendo atraída até Sasori. Ela perguntava várias coisas pra ele a todo momento, principalmente coisas sobre Deidara. "Como o conheceu", "Como foi tratado por ele" e blá, blá, blá. Me pergunto onde está aquela Hinata timida, quieta e que rendeu o apelido entre as lideres de torcida de "Ratinha". Sorri malicioso e me inclinei pra frente.

– Ei, ratinha, está boa a conversa? - perguntei e ela me olhou brevemente para então me dar um tapa na cabeça. - Oe! Por que fez isso??

Hina-chan ia me responder quando de repente Gaara apareceu e nos mandou sair do carro. Suspirei e encarei o céu que começava a se encher de estrelas. Suna era uma cidade conhecida por muitas coisas, mas a principal era a sua preocupação com a quantidade de pessoas casas e comércios que poderiam afetar a vegetação do lugar. O lugar era quente mesmo ao anoitecer, como o inferno... mas era mais agradável que a cidade grande.

Entramos na lanchonete e fomos até uma das mesas enquanto Gaara ia fazer os pedidos. Ele havia sido extremamente irritante e firme quando disse que comeríamos nada muito caro, para que sobrasse dinheiro se alguma coisa desse errado. Logo o Sabaku veio e se juntou a nós.

– Terão de esperar um pouco. - ele comentou e me olhou um jeito estranho - Estou em dúvida a algum tempo sobre você, Namikaze. - revirei os olhos e peguei um dos bolinhos de Sasori, comendo-o - Sua mãe era Uzumaki Kushina, não é? - assenti confirmando sentindo um pequeno desconforto sobre ele saber da okaa-san, mas bem, ele mesmo disse que sabia quem eramos, então sabem da nossa família, certo? - Entendo... na verdade... devo admitir que não entendo. Quando nosso chefe soube que Ino estava querendo um acordo para ajuda-los, ele nem se quer pensou em negar. Talvez eu compreenda uma pequena parte do por que, mas sinceramente...

Gaara parou de falar quando direcionou para uma televisão que estava ligada. Curioso me virei para ver o que tinha de tão interessante. Meus olhos se arregalaram levemente e rapidamente me voltei para Hinata que também estava surpresa.

A imagem dela estava posicionada ao lado da apresentadora e em baixo dela estava escrito: "Desparecida", seguida pela frase: "Primogênita de Hyuuga Hiashi desaparece. Policia trabalha com hipótese de sequestro."

Engoli seco e fitei Gaara, ele aparentava estar calmo, nenhum pouco preocupado com a situação. Respirei fundo e pensei. Ino confiou neles, eu também deveria confiar. Tinha que acreditar que nada de ruim aconteceria. Paramos para ouvir a repórter.

"Ontem a noite anunciamos que a filha de Hyuuga Hiashi, um dos empresários mais influentes do Japão, havia desaparecido misteriosamente. Hyuuga Hinata é a primogênita e herdeira dos negócios da família, e recentemente foi diagnosticada com um câncer raro que a falecida esposa de Hiashi-sama também enfrentou."– vi Hinata fazer uma careta por aquela informação estar tão... exposta. - "Hoje recebemos novas noticias e a policia começa a encarar o desaparecimento como um sequestro."– logo a imagem da Hina-chan foi substituída pela minha. Sasori falou alguma coisa da qual não prestei atenção e Gaara deu um discreto sorriso, como se dissesse "Você está ferrado" -. "Namikaze Uzumaki Naruto seria o principal suspeito do sequestro. Se verem alguem parecido com o suspeito, contate a policia imediatamente."

Assim que ela terminou de falar, Gaara gargalhou tão alto que me assustei. - Você... realmente está despreocupado, né?

– E você é um sequestrador com menos de dezoito. - ele lançou um sorriso divertido pra mim e rolei os olhos voltando a atenção pra minha comida - Acho que teremos que esconder a sua imagem também, mas não vai ser fácil... seu rosto é facilmente decorável. - ele falou se referindo as marcas que tinha nas minhas bochechas. Suspirei e dei de ombros. - Arrependido?

– Nunca. - o respondi rapidamente - Não vou deixar que nos peguem.

– Esse não é o seu trabalho. É do Akasuna. - Sasori balançou a cabeça hesitante, concordando - E meu também. Humf... se vocês forem pegos, quem vai sofrer as verdadeiras consequências sou eu.

Assenti e reparei que a mulher atrás do balcão nos encarava. Todos olharam pra ela, então um homem apareceu e colocou a mão no ombro dela sussurrando alguma coisa. Prendi minha respiração com medo do que poderia acontecer, mas o homem apenas sorriu e acenou para nós.

– Não nos metemos com problemas de Konoha... Caso complicado não acham? Procurar por duas pessoas - ele deu enfase no 'duas' e continuou -, deve ser cansativo. O mundo é grande.

Gaara acenou de volta e fez uma leve reverencia com a cabeça - Concordo plenamente. Procurar por duas pessoas deve ser cansativo mesmo. Mas o que sai de Konoha não tem muita influencia em Suna. Acredito que esse dois estejam nessa cidade.

– Oh, se estão, - o homem riu e se virou - então desejar boa sorte a eles não seria ruim.

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