Era mais uma noite tempestuosa em NY, o caos se alastrava a cada minuto, e o aviso de um possível tornado assustava os turistas desavisados, Mac estava sentado em frente ao computador esperando que o sistema telefônico voltasse ao normal, ele sentiu o cheiro de café espalhar-se pelo recinto, e um sorriso involuntário povoou sua face.

Mac Pov.

-Pensei que gostaria de um café. Stella murmurou entregando uma xicara a Mac.

-Você sempre pensou em tudo não é?

-Só não em como te salvar. Ela comentou observando meu pulso completamente enfaixado.

Eu apenas suspirei em resposta, esses dias haviam sido tumultuados, Stella praticamente assumiu o laboratório depois das acusações que caíram sobre mim. Eu não podia suportar vê-la sofrer dessa maneira, eu sabia que nem ao menos ela confiava em mim, e me doía ver aquela pontinha de desconfiança que estava presente em seu olhar.

-Isso que esta acontecendo é uma consequência, eu não devia ter saído aquela noite, muito menos ter aceitado que Sinclair passasse na minha casa sem a minha presença, ele me incriminou Stella, aquelas cópias que você achou aqui não são minhas, você tem que acreditar em mim, qualquer pessoa pode duvidar, mas não você, acredite em mim...

Ela me lançou um olhar piedoso, e suspirou, eu sabia que ela não confiava em mim, e pressentia que nem ao menos me considerava mais como um amigo.

- Você deve evitar sair na rua Mac, as pessoas já fizeram isso com você, imagina o que farão, se encontrar você nas proximidades do laboratório? Eles vão te matar Mac, você esta sendo acusado de dar o maior golpe nacional que NY já viu, não arrisque a sua vida, tem pessoas que se importam com você. Ela falou observando seus dedos que tremiam.

- Stella, eu preciso provar minha inocência, semana passada todos me idolatravam, crianças diziam querer ser como eu, e de repente por causa de uma única acusação sem uma devida investigação eles me acusam de ser líder de uma máfia? Eu não entendo.

Dei um soco na mesa que fez com que Stella me encarasse desapontada. Fui até sua direção, ela pareceu receosa como se sentisse medo do meu próximo movimento, me pus de joelhos, encarei seu olhar e toquei delicadamente sua face, ela suspirou fechando seus olhos como se estivesse cansada.

- Eu preciso que você confie em mim. Falei carinhosamente.

Seu olhar voltou a encarar o meu, seus olhos pareciam muralhas, frios e intocáveis.

-Diga que você confia em mim, que ainda somos amigos, só me diga que mesmo com todas essas pessoas me odiando, você ainda pensa em mim. Eu supliquei.

Ela desviou bruscamente, fazendo com que minha mão caísse sobre meu colo.

- Mac, se eu dissesse isso, estaria mentido para nós dois, somos amigos a anos, eu sei que deveria confiar em você, mas as provas são tão concretas.

Ela se deslocou em direção a porta segurou a maçaneta e virou-se em minha direção.

-Você acha que eu provarei a minha inocência?

- Há apenas um único jeito de provar isso Mac, para lutar contra o sistema, você precisa aniquila-lo.

-Como? Indaguei.

-Acabe com a máfia, e acabará com o sistema. Stella murmurou saindo da sala, e se perdendo em meio a escuridão do corredor principal do meu prédio.