Havia uma parte de mim que queria arrancar a cabeça de cada um dos integrantes daquele grupo de bad boys rídiculos. E havia outra parte de mim que gostaria de chorar e chorar por dois anos. Mas eu nao podia chorar e,infelizmente, também nao podia arrancar a cabeça de nínguèm.
Ou posso?
Tentador.
Minha cabeça parecia que ia explodir,por isso pulei o muro da escola e gazeei aula. Ah,por favor não me julguem por ter pulado o muro do colègio. È que o portão estava trancado.
Passei um bom tempo andando sem rumo, pensando na cagada que eu me enfiara. Eu estou dentro de uma gangue.
E nem posso fugir desse "compromisso" porque senão eu estarei botando em risco a saúde do pirralho Sean. Qual é o meu problema? Eu poderia ficar na minha, poderia ter contado para a diretora de cara assassina que meu irmão estava apanhando ao invés de ter dado uma surra naquele cara de rato.
Mas agora é tarde demais para me queixar
Passei o resto da manhã num parque perto de casa e quando eu vi que era hora de pegar Sean,voltei para o colégio como se estivera ali toda manhã.
Sean estava vindo em minha direção com Henri em seu encalço,perguntei-lhe se nao queria uma carona denovo e os levei para casa na Carranca.
–Henri, você è parente do Lancaster? -perguntei enquanto parava num sinaleiro.
Sean revirou os olhos e disse com uma certeza óbvia.
–Sua anta. É claro que ele è. O nome dele é Henri Lancaster. Ele é irmão do Bil Lancaster.
Engasguei.
– O nome dele é Bil? Tipo, Bil mesmo?
–Na verdade è Bilie. Mas ele prefere ser chamado de Lancaster.- Henri diz balnçando os ombros.
Tentei segurar a risada. O cara machão, que se auto vangloria tem um nome doce . Ai ai.
Quando cheguei na nossa rua, falei para Sean ir pra casa e fui levar Henri ate sua porta. Só que ao invés de apenas deixa-lo ali, eu aguardei um pouco alguem vir-lhe destrancar a porta. E adivinha quem foi a pessoa?
Isso mesmo. Bil.
–Olha só, veio matar as saudades
Torci o nariz e revirei os olhos.
–Só vim trazer seu irmão. Que aliás, deve ser o único com cèrebro nessa casa.
Bil mordisca o canto da bochecha e abre mais a porta para que Henri pudesse entrar na casa.
–Ana, você è realmente um pè no saco. Aliàs, Jean vai adorar isso em você.
Franzi a testa .
– Quem diabos è Jean?
–Ele è o próprio diabo.- ele murmura.
Revirei os olhos mais uma vez
–Uau, você disse isso pra me intimidar? - tentei abusar do sarcasmo.
–Não, já que você vai ter a oportunidade de conhecê-lo -Ele consultou seu relógio de pulso -Daqui à duas horas.
Eu ri.
–Olha aqui, eu nao vou entrar nessa bosta de facção de idiotas. E nem vou conhecer esse tal de Jean. -me virei pra ir embora mas Bil agarrou meu pulso.
–Você ta muito enganada,querida. Você vai estar no Bluns daqui a duas horas. Senão nao será apenas o Sean que irá sofrer. Sua mãe e seu pai tambèm sao adoraveis igual a você?
Senti a ironia dele me invadir. Ele esta ameaçando meus pais tambèm.
Puxei meu pulso e dei-lhe as costas.
–Nao se esqueça,ruiva: Bluns daqui a duas horas.
Não respondi. E só quando eu estava trancada no meu quarto,deitada com fones nos ouvidos é que fui perceber que grandes làgrimas escapavam dos meus olhos.