Bad Boys escrita por Luah


Capítulo 23
Capítulo 23


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amores.
Como estao?
Obrigada pelos comentarios e peço que favoritem a historia. Pode ser? Okay u.u


Demorei? Espero que nao. Gostaria de deixar claro que esse CAPITULO È NARRADO PELO JHON.

~palmas~

Espero que gostem. Me digam nos comentarios se gostaram de eu intercalar a narração entre os personagens, que se for aprovado, posso fazer isso mais vezes.

Beijo de Jedi.



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Jhon

Eu sabia que tudo estava sendo fácil demais. Estava sendo muito fácil dirigir atè a cidade, deixar Ana no colégio e seguir meu caminho.
Eu deveria ter sacado que meu irmão iria agir como um traidor, e que iria se afundar no personagem que ele criara pra se passar como infiltrado e que se tornaria um babaca.
Assim que deixei Ana no colégio me virei no banco de motorista pra encarar Louissa.
Ela era linda, não podia negar.
Seus cabelos crespos desciam atè os ombros emoldurando o rosto delicado e gracioso. Os olhos verdes grandes pareciam captar todos os movimentos dos seres da terra, me fazendo um alvo fácil.
Ela franziu a testa.
–Não vai me jogar de uma ponte...vai?- ela perguntou. Seus olhos demonstravam divertimento, apesar de ameaçadores de vez enquando.
Mordi o canto da bochecha.
–Esse com certeza era meu plano...mas já passamos da ponte. Vou ter que levá-la pra casa de seu amigo...-resmunguei.
Ela riu, saindo do carro.
–Eu atè diria que isso è ciúmes, Jhon. Mal me conhece e já...-Ela parou de falar, abri a porta do carro em alerta e assim que saí meu corpo se retraiu. Lockart estava segurando Louissa pelos cabelos, uma arma contra sua têmpora.
–Meu irmão, tenho que admitir... Você tem bom gosto.-Ele disse, enfiando o nariz nos cabelos volumosos de Louissa.
Esse era um ponto que eu conhecia em Lockart que quase ninguém sabe até hoje.
Ele era fissurado por cabelos.
Não importa outra coisa numa garota para ele a não ser o cabelo. Na nossa adolescência lembro dele escolhendo garotas por cortes e cores de seus cabelos. Ele listava numa agenda, salvando números com as credenciais das raízes das meninas.
Um verdadeiro sádico. E ali estava ele, cheirando o cabelo de Louissa. Apertei o punho.
Aquilo havia me deixado maluco.
Ta, mesmo tendo conhecido Louissa a poucos dias e ter implicado com ela desde que botei os olhos sob sua imagem, eu sentia que ela me pertencesse.
Pode parecer machista, ou atè idiota... Mas ela era minha.
–Você, por outro lado, só faz escolhas erradas.
Ele sorriu.
–Porque tenho a sensação de que não estados falando mais de mulheres? Você está se referindo a minha mudança de lado?- ele disse, forçando o cinismo.- Ora,meu jovem.
Encarei Louissa, que estava me encarando com olhos cheios de nervosismo. Tentei lhe transmitir confiança, apesar de não crer tão facilmente que iríamos sair dessa.
–Ache o que quiser. Largue a garota, ela não tem nada a ver com isso- eu disse, tentando alcançar a arma que estava por de tras das minhas costas, no cós da calça.
–Ah, meu amigo. Você tem razão... Ela não tem nada com isso. Sabe quem tem? Aquele idiota do Bil.-Ele suspirou , dando alguns passos pra trás levando Louissa com ele, um carro estava estacionado atrás deles e com duas batidas na janela, um brutamontes saiu e arrastou Louissa para a parte de trás do carro. Lockart apontou a arma pra mim.
–Então...sabe me dizer onde ele está?
Engoli em seco.
–Porque eu saberia?
–Ora, você è o idiota que tenta salvar os " inocentes"...
È a sua cara esconder um fugitivo.
–Ele não è um fugitivo. -rebati.
Ele riu.
–Você dizendo isso só prova que sabe de algo.
Fiquei em silêncio.
–Ótimo. Vamos fazer o seguinte... Me conte onde está o indigente e eu não vou colocar em prática os meus planos que tenho com aquela vadiazinha ali -ele apontou para o carro com o queixo num movimento rápido.
Trinquei o maxilar.
–Deixa ela fora disso. -Senti uma gota de suor descer pelas minhas costas.
Ele deu de ombros.
–O.K, Acho que sei de alguém que pode me contar...-ele disse se aproximando de mim, e o sorriso daquele rosto foi o que mais me assustou. Ele assoviou entre os dentes e o brutamontes saiu do carro, seguido por mais um cara. Eles me cercaram, consegui derrubar um com um soco dianteiro mas logo acertaram minha cabeça com algo e a escuridão foi inevitável.

*

Eu havia acordado graças aos gritos de alguém, minha cabeça latejava e logo senti meus punhos amarrados. Tentei piscar os olhos pra afastar a sensação de areia neles, tentando me acostumar com o ambiente.
Louissa. Meus sentidos ficaram alertas ao lembrar que ela estava em perigo, arfei e me levantei da onde estava.
Procurei a garota com os olhos, minha garganta estava seca e gritar parecia um grande desafio naquele momento. Encontrei a garota jogada numa espécime de colchão, tão gasto que poderia estar ali a décadas que não me surpreenderia se me dissessem isso agora.
Cambaleei em sua direção e tentei me livrar das amarras, o que foi inútil. Ela estava respirando lentamente, suspirei aliviado.
–Louissa...-murmurei, chacoalhando seu ombro levemente.-Ande,Louissa -Disse mais alto ao não receber respostas.
Ela acordou num sobressalto, e juro que ela tentou me socar, mas acabei desviando bem na hora.
–Ei, sou eu...calma- eu disse. Seus olhos estavam inchados de tanto chorar, desci os olhos pelo seu corpo e vi o vestido emprestado de Ana todo rasgado na base dos seios, deixando-os quase à mostra. Engoli em seco.
–Louissa...eu...-tentei dizer alguma coisa. Me senti tão inútil que cheguei a me odiar.
–Ta tudo bem -Ela me cortou, abaixando os olhos.
–O que...quem fez isso com você? - Perguntei, enquanto ela me desamarrava. Ela continuava com os olhos baixos.
–O Cara alto...eu... Me fizeram escolher entre contar aonde Bill estava ou ver você sendo morto.-ela jogou as cordas longes, massageei meus punhos sentindo a raiva me inundar em cada palavra dela.- Eu devo ter dito umas coisas que não gostaram...eles...-Sua voz sumiu.
Sem dizer nada, puxei ela para o meu peito. Afaguei seus cabelos enquanto sentia suas lágrimas molharem minha camiseta.
–Me desculpe, eu devia ter te protegido.-me ouvi dizer.
Ela meneou a cabeça.
–Eles iam te matar. Eu não podia deixar... Eles pegaram a Ana.
Uma onda pareceu me carregar nesse momento. Lockart havia pegado Ana... Ele quer que ela diga onde Bill está!
Mais um grito ecoou daonde estávamos.
–Eles estão torturando ela. -murmurei pra mim mesmo, deixando Louissa se levantar. Me coloquei de pè a seu lado e olhei ao redor.
Era um lugar mal iluminado, as paredes rebocadas de cimento faziam o cômodo parecer bem menor do que realmente era. Havia uma porta enorme de ferro, o fato de não haver janelas não me surpreendeu.
–Precisamos dar um jeito de sair daqui..-murmurei.
Louissa caminhou meio cambaleante atè a porta e conferiu o trinco. Estava trancada.
–Tenho uma ideia.- disse enfiando os dedos nos cabelos retirando um grampo.
Olhei pra ela levantando uma sobrancelha
–Sou uma garota de muitos truques-sorriu, enfiando o grampo no trinco. Ouvi um "clic" e ela girou a maçaneta.
–Uau.-murmurei, exagerando na surpresa.
Do lado de fora, um corredor longo seguia reto atè o que parecia ser, um porão. Mantive Louissa atrás de mim e verifiquei se havia mais capangas, assim que notei que estávamos sozinhos, me amaldiçoei por estar sem armas.
–Os gritos estão vindo de lá -Louissa disse, apontando com o queixo pra abertura do porão.
Avançamos alguns metros e parei no final do corredor, espiei horrorizado a cena que se sucedia a minha frente.
Meu irmão estava de costas pra mim, de modo que podia ter uma visão bem clara do estado de Ana. Seu rosto virara uma massa coberta de sangue- incrível o fato de ainda se manter linda-, havia uma faca enfiada em sua coxa, os braços estavam cobertos de cortes leves e a blusa dela estava enrustida da cor de sangue e suor. Sua respiração estava pesada e pude notar que manter os olhos abertos era realmente uma maratona para ela. Mas uma coisa me chamou a atenção: Os cabelos que antes eram longos até a cintura havia sido cortado na base do pescoço.
O Lindo cabelo cor de fogo de Ana havia sido cortado.
Bem típico de Lockart.
Naquele momento eu o odiei com todas as minhas forças, ele havia feito estragos em Ana e se não bastasse, em Louissa tambèm. Trinquei o maxilar, ele iria pagar caro pelo que fez com as duas.
–Fique aqui-sibilei para Louissa que olhava aterrorizada a cena, antes que ela pudesse me deter, me infiltrei pelas sombras do lugar, satisfeito por Lockart estar ainda virado de costas para mim. Guiado pela minha raiva , andei silenciosamente atè meu irmão. Ana naquele momento ja havia me flagrado, fiz um breve aceno para que se mantesse calada enquanto me aproximava mais. Lockart , parecendo intrigado e ja entendiado de torturar a ruiva, pegou uma arma numa mesa ao lado e apontou para a testa da garota.
–È uma pena ter que me livrar de uma garota com seus atributos-ele disse, mesmo de costas para mim , sabia que ele estava com aquele rotineiro sorriso debochado. -Mas eu tenho um problema, sabe? Eu...
–Você fala demais!-eu o cortei, atingindo sua cabeça com um soco dianteiro. Ele cambaleou surpreso e tentou se virar, sem pensar duas vezes chutei suas costas o que fez ele cair de vez de cara no chão. Pelo canto do olho, vi Louissa soltando Ana o que me deu mais coragem pra prosseguir.
Eu tinha que tirar as duas daqui.
–Seu grande imbecil!-exclamou Lockart que já havia se virado para me encarar, ainda no chão. A arma havia caído no chão, a peguei rapidamente e apontei para ele.
Eu sabia que não iria conseguir atirar nele.
Eu me odiei por ainda o ter como irmão e não como o monstro que ele se tornara.
–O que foi, mano?- ele disse.- Não consegue atirar em mim, não è?
Minha mão tremeu.
–Você não consegue...-ele disse, a raiva em sua voz me surpreendeu.-Seu grande bosta. Continua um fraco, você è o mesmo merda. Não consegue terminar as coisas...
–Jhon...precisamos nos livrar dele-Louissa murmurou cautelosa, deixando Ana se apoiar em seu ombro.-Ele vai nos seguir...
–Escute o que sua namorada diz. Você sabe que eu vou atrás de vocês. Assim como eu sei que você não vai atirar em mim.
–E-eu...não consigo.-murmurei pra mim mesmo, sentindo um peso na garganta.
Lockart sorriu mas logo seus lábios se transformaram numa linha quase invisível e seua rosto adquiriu um tom três vezes mais pálido. Ele não olhava em meus olhos, mas sim pra algo atrás de mim.
–Você não consegue. Eu, por outro lado, deveria ter feito isso há muito tempo. -Ouço Ana dizer, e antes de eu conseguir processar suas palavras, ouvi o som do tiro.
Então Lockart caiu.


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