Bad Boys escrita por Luah


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Olá mais uma vez :3
Eu escrevi bastante nesse, espero que gostem!



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Eu sabia que era Bil antes mesmo dele abrir a porta, ouvi os pneus cantarem na rua de trás. Eu já tinha ligado pra minha mãe pra avisar que iria cuidar do Henri por que Bil chegaria tarde. Isso, tecnicamente era verdade mas mesmo assim me senti mal.
–Onde ele está? -Bil perguntou,apontei com o queixo para a poltrona. Henri estava totalmente escondido pela coberta, abaixei a cabeça quando Bil se aproximou dele. Henri estava dormindo profundamente, Bil acariciou os cabelos negros do garoto. Enfiei minhas mãos nos bolsos de trás da minha calça jeans.
–O que...o que aconteceu aqui?-Bil perguntou com a voz rouca.
Dei de ombros com pesar.
–Eu cheguei aqui e ele estava amarrado na cozinha...não tinha mais ninguém aqui. -Eu murmurei. Mas o que eu realmente queria era perguntar aonde ele estava, queria saber o porque que ele não trouxe Henri para casa. Mas algo me deteve, eu encarei aquela cena, Bil estava de joelhos ainda afagando os cabelos do Henri, seus ombros estavam caídos como se ele tivesse carregado meio mundo pra chegar aqui. Seus olhos estavam fixos no rosto do irmão.
–Você tem alguma idéia de quem fez isso?-perguntei.
Ele se levantou.
–Ainda não tenho certeza...-ele murmurou baixinho.
Então eu me lembrei do que haviam escrito no peito do Henri.
–Bil...-eu o chamei.
Ele se virou, olhando diretamente nos meus olhos.
–Han, eles fizeram uma coisa com Henri....escreveram " Nada será esquecido" no peito dele.-passei a língua pelos meus lábios- Com uma faca.
Era difícil imaginar o que se passava na mente dele naquele momento, vi ele cerrar os punhos e seus olhos ganharem um fogo intenso.
–Precisamos tirar Henri daqui...
Concordei com a cabeça.
–Eu tenho um apartamento no centro da cidade, pouca gente sabe da sua existência... vou leva-lo para lá.
Fiz que sim com a cabeça.
–E os seus pais? Quando cheguei só havia Henri...
–Minha mãe morreu e meu pai è um idiota.-Ele me cortou. Ele não disse isso com raiva, apenas disse como se fosse algo que precisasse ser dito.
–Ah -Exclamei.
Ele , com muito cuidado, pegou Henri nos braços como se ele fosse uma pena. Seus olhos escorregaram para o peito despido da criança.
–Você quem fez o curativo?
Pela primeira vez em todo o meu envolvimento com aquele Bad Boy , eu fiz algo idiota.
Eu corei.
–Sim, não podia deixar o ferimento aberto...-Disse passando o peso do meu corpo na perna direita.
Ele me encarou.
Henri se mexeu em seus braços e ele pareceu despertar.
–Obrigada.-ele murmurou.
Ele andou atè a porta e depois parou.
–Você precisa vir comigo, vou fazer a reunião no apartamento. Aqui não è mais seguro.
Concordei e o segui pra fora, fechando a porta atrás de mim.
Abri a porta de trás do carro para Bil ajeitar Henri no banco. Depois me sentei no lugar do passageiro. Pelo vidro espiei a minha casa, pude ver minha mãe andando para a cozinha. Senti um aperto no coração.
Bil abriu a porta e se sentou atrás do volante. Acho que ele me pegou olhando pra minha casa com uma cara de retardada.
–Não se preocupe, Ana. Sua família vai ficar bem.
Fiquei repetindo isso na minha cabeça a viagem inteira.
O prédio em que paramos na frente era enorme, e chique.
–Esse negócio de ser mente do crime è bem lucrativo, não è?-murmurei pra mim mesma enquanto Bil saia do carro e abrira a porta para Henri que acabou acordando no meio do caminho.
Nós três nos dirigimos para o elevador do prédio, fiquei preocupada com Henri pois os olhos dele estavam fixos no nada. Ele não conseguiu responder nenhuma das perguntas que Bil fez, até que as perguntas se encerraram. Acho que Lancaster percebeu que seria melhor não tocar no assunto no momento.
Henri estava tremendo de leve, os lábios apertados para espantar o frio, ou o medo. Ajeitei a coberta em seus ombros , sentia o olhar de Bil em mim. Peguei a mão pequena e gelada do garoto e dei um aperto de leve.
–Ta tudo bem, garoto. -sorri confiante para ele.
O elevador abriu as portas e Bil foi na frente, ele pegou as chaves e entrou numa das várias portas daquele corredor bem iluminado.
O apartamento era bem luxuoso, com móveis mais luxuosos ainda.
Soltei um assovio.
–Nada mal-murmurei
Henri sorriu.
Bil revirou os olhos.
–Henri, você pode usar o seu velho quarto. Qualquer coisa me chame, entendeu?
O garoto assentiu.
–Você está com fome?-perguntei.
Ele negou com a cabeça e depois subiu as escadas.
Dei de ombros e girei os calcanhares olhando a bela cobertura.
–O Conselho vai chegar logo,logo.-Bil disse, pegando um laptop na mesa. Me sentei ao seu lado.
–Ana, eu não quis dizer isso na frente do Henri pra não deixa-lo mais preocupado...-ele disse enquanto abria uma pasta no computador e um vídeo começou a rodar.
–Os filhos da puta que fizeram aquilo com o meu irmão, são uns idiotas da cidade vizinha. -ele disse enquanto virava a tela para mim.
No vídeo-percebi que eram gravações de uma câmera de segurança-, aparecia um carro estacionado perto de um barracão provavelmente abandonado. Não sei ao certo quantas pessoas haviam no carro, o vidro era escuro mas minha atenção estava voltada para um novo cara que surgira no vídeo. Ele usava jaqueta preta. Esse cara estava se direcionando para o barracão, mas os homens que estavam no carro o surpreenderam, o agarraram e o algemaram.
–Meu Deus, são policiais?-indaguei, colocando a mão na boca.
Bil negou com a cabeça.
– Antes fosse- e apontou com o queixo para a tela de novo.
Os homens levaram o cara de jaqueta para dentro do carro e sumiram dali.
Bil fecha o laptop e suspira passando a mão pelos cabelos.
–Aqueles caras trabalham para Lockart. Como eu disse, eles não são daqui mas querem se apoderar da cidade. Eles sabem dos nossos esquemas. E aquele cara que eles sequestraram, era da zona Leste. -ele suspirou- ele estava levando um pen drive para um dos Norte, um dos nossos. Mas o pegaram antes dele fazer a transição.
Franzi a testa.
–E o que havia no Pen drive?
Ele suspirou.
–Nele continha todas as gravações de câmeras de segurança da zona Leste.
Ele fez uma pausa e coçou a testa.
–Que por sinal, eram as gravações do último contrabando.
Meu queixo tombou e minhas pernas ficaram moles.
–Ta, tudo bem... Vamos a trás dos caras, pegamos o nosso amigo de jaqueta de couro e o pen drive.- tento dizer isso casualmente, mas só essa ideia me dava náuseas.
Henri passou a mão no rosto.
–Não è tão fácil assim, Aninha. Esses filhos da puta mataram Ed, e levaram o pen drive.
Encostei minhas costas no sofá.
–Mas que merda.-deixei escapar.
O.k.
Talvez eu tenha deixado entender que não gostara dos Bad Boys, mas a morte de um deles me deixava com uma sensação estranha. E a certeza de uma coisa: Lockart não estavam de brincadeira.
Eu e Bil ficamos em silêncio por um minuto até que a campainha toca.
Bil se levanta e vai atender a porta.
–Até que enfim vocês chegaram. Temos muito o que resolver.
E lá estavam as 7 pessoas que eu vira no bar aquele outro dia.
–Ana ,esse è Ben-Ele apontou pra um cara de cabelos verdes e óculos redondos.-Aquele è Sam-Um cara de pelo menos 2 metros de altura , olhos claros e uma careca lustrosa. -Erick- Esse era loiro, olhos grandes e com um sorriso torto.-Cameron, ou Came- Era um baixinho de pele marrom, lábios grossos e olhos verdes muito bonitos. Ele deu uma piscadinha pra mim, que eu respondi com uma cara de abobada.
Bil me apresentou mais para o Gabe e Lucio que eram gêmeos.
–E por fim, -ele disse apontando para uma garota que devia ser um E.T por que beleza igual aquela so devia ser de outro planeta. Ela tinha cabelos curtos estilo chanel, loiros. Os lábios eram de botão ,olhos azuis bem claros e um corpo cheio de curvas.-Essa è Clara.
Clara me encarou com nojo.
Nojo.
Ela me olhou de cima a baixo, como se eu fosse um bicho que necessitava ser estudado por cientistas.
–Legal-foi a única coisa que consegui dizer. Mas o que eu queria fazer mesmo era dar um chute naquela cara de princesa e fazer ela parecer com uma foca.
Bil revirou os olhos e os guiou para a cozinha, onde eles depositaram seus computadores e se sentaram como se fosse uma reunião de negócios.
–Agora que ja estão apresentados, precisamos resolver o que vamos fazer para conseguirmos o pen drive antes que Lockart o entregue para a polícia.-Bil disse.
–A ultima vez que eles foram vistos foram hoje a tarde, perto do colégio estadual.-Erick disse, deslizando os dedos pelo teclado.
Quando eles pegaram o Henri.
–Sim, precisamos de detalhes diretos sobre onde eles se encontram. Provavelmente esse pen drive está com o líder desse grupo de amadores.-Clara disse.
–Um grupo de amadores que conseguiram pegar algo confidencial de um grupo de profissionais...melhor não subestimarmos-eu disse. Todos os olhos pararam em mim. Houve um pequeno momento de silêncio até que Cameron disse:-Ela tem razão, precisamos focar aqui.
–Vou fazer uma busca via satélite com a placa do carro deles. Qualquer lugar que eles tenham se escondido , ou pelo menos onde deixaram o carro, eu vou descobrir- Erick disse.
Eles começaram a trabalhar e è claro que eu fiquei meio de fora.
Eu não sabia pensar com um Hacker.
Eu quase nem sabia pensar direito. Então eu decidi subir para ver como Henri estava, eu entrei em dois lugares errados atè eu encontrar o garoto.
Ele estava dormindo profundamente.
Suspirei e fui atè a cama, fiz um carinho de leve em sua bochecha.
–Você è muito novo para andar com um grupo de bad boys, novo demais para ser atacado por outro grupo de idiotas-murmurei.
Dei um beijo em sua testa e voltei para a cozinha.
Assim que cheguei Cameron urrou:
–Encontrei a localização: Eles se encontram numa loja de penhores. Que não è bem uma loja de penhores-ele franziu a testa antes dele continuar- Essa loja è frequentada por traficantes e eu aposto o meu rim que quem dirige esse comércio è os Lockart. O lugar já teve indícios de trabalhar a favor da prostituiçao...-ele fez uma pausa.-hmm, isso explica o porque de ter uma casa de festa noturna atrás da loja.-ele corou.
–Ótimo, já sabemos onde eles estão. Precisamos dar um jeito de entrarmos lá dentro, provavelmente o pen drive vai estar no escritório.-Ben disse.
Bil colocou a mão atrás da cabeça.
–E è por isso que a Ana está aqui.
Olhei pra ele sem entender.
–O que? -Clara indagou surpresa.
–Provavelmente os Lockart ja sabem quem nós somos, a Ana está inclusa no grupo não faz nem três dias.-ele sorriu.- Eles não sabem quem ela è, ela será perfeita pra executar a missão.
O.k
Só me faltava essa.


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Notas finais do capítulo

Opaaa
E ai?
Oq acharam?
Me digam!