Bad Boys escrita por Luah


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

OLÁ, MEUS PUDINS.
Hoje eu estou mais do que feliz: Bad Boys ganhou mais uma recomendação da maravilhosa Ana Malfoy ~sinta-se amada,Ana~.
Agradeço de coração a vc.
E a cada pessoa que está acompanhando, mesmo as fantasmas.
Muito Obrigada



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Oh, meu Santo Hades. Se ele ficar nú, eu prometo nao dar nenhuma olhadinha se o senhor me tirar ilesa dessa emboscada.
Eu estava jogada ali embaixo, e eu podia ver os coturnos pretos do Lancaster, ele caminhou atè o banheiro , eu o perdi de vista por uns segundos, mas ele logo reapareceu dessa vez com os pés descalços. Suspirei.
Vai ser uma longa noite.
Estreitei os olhos quando ouvi um 'clic', e uma música do Ac Dc começou a tocar, não consegui saber qual era porque logo em seguida vi uma jaqueta preta sendo jogada no chão seguida por uma camiseta e depois pelas calças jeans e meu cérebro entrou em modo alerta.
Tudo bem.
È só um garoto pelado.
Posso lidar com isso.
Inspirei e fechei os olhos tentando bolar um plano.
Assim que Lancaster entrar no banheiro, eu vou dar o fora dali.
Ouvi ele cantarolar junto com o vocalista enquanto caminhava para dentro do banheiro e encostava a porta.
Suspirei aliviada e sai de debaixo da cama, e estava pronta pra me esgueirar pelo muro e sair dali quando alguém abre a porta do quarto.
–Mas o que...-a voz infantil e dopada de surpresa do Henri ecoa pelo quarto, tampo a boca dele com a minha mão. Se não fosse pela música, provavelmente Lancaster teria ouvido ele e vindo ver o que estava acontecendo.
–Henri, querido. Olha, você precisa ficar quietinho,o.k?-sussurrei.
Os olhos dele estavam arregalados , mas ele maneeou a cabeça positivamente. Retirei minha mão de sua boca lentamente.
– O que você está fazendo aqui?
Fiquei sem saber o que responder.
–E-eu, hãn... Não posso te contar ,ta? Mas seja um garotinho bonzinho e não conte que me viu aqui pro seu irmão,ok?
–Bil não sabe que está aqui?-Ele perguntou surpreso.
Quase soltei uma gargalhada ao lembrar que o primeiro nome do Lancaster era Bil.
–Não , ele não sabe e nem pode ficar sabendo. Me promete isso?-Olhei pra porta do banheiro nervosa.
Henri me olhou desconfiado.
–O que eu ganho em troca?
Revirei os olhos.
–Não temos tempo, se Bil me pegar aqui eu estou ferrada e...
–O.k. Eu não conto pra ele. Mas fica me devendo uma.
Sorri, beijei sua bochecha e me virei pra sacada.
–Valeu,Henri.
Fui até a janela e subi na sacada, e quando andava de volta para meu quarto como um siri acho que ouvi Henri murmurar " Essa garota è demais".

Quando eu acordei pela manhã, achei que ainda estava embaixo da cama de Bil mas mudei de ideia assim que minha mãe entrou no meu quarto e abriu as cortinas.
–Mãe, claridade não.-resmunguei enfiando minha cara no travesseiro.
–Ana, faz o favor de levantar? Quer se atrasar pra aula?
Sim.
Adoraria perder aula.
Mas como eu gazeei na última vez e não estava disposta a fazer disso um hábito resolvi levantar da cama. Minha mãe beijou o topo da minha cabeça.
–Boa menina- disse enquanto saia do meu quarto.
Vesti uma calça jeans e coloquei meus coturnos em modo "zumbi", cocei os olhos enquanto procurava uma camiseta limpa naquela zona que era meu guarda-roupa. Decidi colocar uma camiseta azul simples.
Peguei minha escova e penteei meu cabelo rapidamente mas assim que notei que ele não se comportaria, o amarrei num rabo de cavalo frouxo. Escovei os dentes e me olhei no espelho. Eu estava pálida demais, precisava pegar um sol.
Peguei minha mochila e procurei minha grade de aulas , bufei quando vi que teria aula de história com aquele careca.
Desci as escadas e fui até a cozinha. Sean estava me esperando impaciente, como sempre.
–Meu Deus, Ana. È tão difícil se arrumar com certa rapidez?
Revirei os olhos e apertei sua bochecha direita.
–Você fica tão fofinho quando está bravo. -Ri enquanto pegava uma maçã.-Anda, vamos logo.
Nos despedimos dos meus pais e saímos de casa.
Minha carranca estava ali,linda e velha como a deixei.
Sorri e abracei o capô.
–Minha menina, saudades.
–Ótimo, agora ela pirou de vez-Sean murmurou.
Quando chegamos na escola, Sean desceu do carro e foi atè Henri, que estava esperando na frente do pátio.
Henri me encarou, sorri pra ele e ele corou de leve. Eles caminharam para dentro, conversando animadamente.
Arrumei minha mochila nas costas e fui atè as arquibancadas onde meus novos 'colegas' se juntavam.
–Bom dia,Aninha - Cara de rato me cumprimentou com nojo.
Sorri de um jeito angelical.
–Vá se ferrar- Cantarolo passando por ele e me sentando na arquibancada.
Observei os caras de jaqueta de couro e tentei separar quem eram os "de enfeite" no grupo e quem realmente sabia o significado de estar ali.
Haviam bastante garotos que pra mim já uma cara 'superficial', sabe?
Como se o cabelo cheio de gel fosse mais importante do que outra coisa.
Pensando nisso , rolei meus olhos em todas as direções a procura do estranho Jhon.
–Procurando por mim?- uma voz ligeiramente rouca sussurra no meu ouvido.
E è claro, como nao estava esperando algo desse tipo, dou um pulo na arquibancada colocando a mão no peito como se isso fosse acalmar meu coração que praticamente saiu pela minha boca , graças ao susto.
–Seu abestado- grunhi encarando Bil que brotara de Nárnia.
Ele riu.
–Vendo por esse lado, você não è nada assustadora.
Revirei os olhos.
–Você não disse isso quando eu amassei a sua cara no balcão ontem.
O corpo dele fica rígido.
–Touchè.- ele murmura, se sentando ao meu lado.
–Onde está o capanga do Jhon?
Ele levantou a sobrancelha direita e me encarou com curiosidade.
–Olha só, a ruivinha interessada num bad boy.- ele deu um sorriso malicioso.
Revirei mais uma vez os olhos.
–Larga de ser idiota e me responde.
Ele suspirou.
–Ele não estuda aqui, ele está cursando o segundo ano de medicina em Leblond, uma faculdade local.
Meu queixo foi ao chão.
–Ta me zoando?- indaguei igual uma besta.
Ele riu.
–O que? Você acha que garotos malvados não cursam faculdade?
Franzi a testa.
–Ora, achei que...-deixo a frase no ar, pensando o porque de Jhon fazer parte de uma gangue quando está tão bem direcionado na vida.
Nem percebo que Bil está me encarando. Foco o olhar no dele. Olhos não tão exóticos como os do Jhon, mas com um um mistério quase insano.
–Ta olhando o que?-Indago, triste por minha voz nao ter soado tão ameaçadoramente quanto eu queria.Ele pisca os olhos como se estivesse acabado de despertar de sonho. O sinal toca e ele se levanta.
–Nada, Aninha. Anda, não quer perder a aula magnífica de história, não è parceira?
Resmungo e o sigo para dentro do colégio.
Percebo que os 15 Jaquetas de Couro se dispersam, e só alguns seguem a mim e ao Lancaster.
Suspirei ao entrar na sala, que aliás já estava quase cheia. Enquanto rumava pro fundão onde me sentara na última aula pude ouvir os cochichos e burburinhos: " Ouvi dizer que ela servia como galo de briga pra um traficante em Omaha", "Me disseram que ela agora está andando com os Jaquetas de Couro...", "Boatos dizem que ela è lésbica, também , com essas roupas ultra masculinas, atè eu desconfiaria..."
Revirei os olhos e tentei não rir.
Me sentei na cadeira e me debrucei na mesa, deixando minha bolsa escorregar no chão.
Pelo canto do olho, pude ver Lancaster se sentando ao meu lado.
Bufei enquanto o careca do professor entrava na sala.
Ele nem deu bom dia e ja se virou para lousa, pegou um giz do seu colete ultrapassado e escreveu bem grande:
" Montar um trabalho de qualquer modelo, e proporção sobre a Revolução Francesa com seu parceiro para o próximo mês"
Houve exclamações de negação, e boa parte deles eram meus.
–Se continuarem com o show, passo mais dois trabalhos e adianto tudo para a próxima semana.- o careca gritou ainda de costas. E isso foi o suficiente para calar a boca de todo mundo.
Revirei os olhos.
Meu maldito parceiro era o indesejável e esquisito Bil Lancaster.
Olhei pra ele e não fiquei surpresa ao ver que ele já estava me encarando.
–Temos muito o que fazer, não è mesmo? -Ele disse, o sorriso torto modo cafajeste estava ali presente.
E eu quase chutei a cara dele.
Ele se inclinou para mim e sussurou:
–Passa na minha casa hoje á noite. Tenho que te explicar sobre a próxima missão.
Oh santo Hades, mais isso agora?


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Notas finais do capítulo

E um feliz ano novo!