Bad Boys escrita por Luah


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Yeeeeaaaap!
Eu prometi que iria postar com mais frequência e cá estou eu!
(palmas para mim)
Estou ansiosa pra deixar td claro pra vcs , e nesse capítulo algumas coisas serão respondidas.
Espero que gostem.
~review è sempre bem vindo~



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/500858/chapter/10

– Vai ficar me encarando por muito tempo? -Resmunguei cruzando os braços e revirando os olhos ao mesmo tempo.
John não me respondeu, invés disso ele se sentou ao meu lado deixando um suspiro escapar enquanto encostava suas costas no sofá.
–Eu realmente não sei o porquê que te aceitaram nesse grupo- ele disse, me encarando. -Isso não è uma fraternidade, ninguém aqui está nessa só pra usar jaquetas de couro, garota.
Me ajeitei no sofá, de modo que meu rosto ficasse bem visível pra ele.
–Olha, não sei o que aquele babaca do Lancaster tinha na cabeça, e eu realmente não me importo com sua opinião de merda. E creio que se encontrar uma vez no mês pra jogar conversa fora e tomar seus malditos cházinhos da tarde não seja lá muito perigoso, convenhamos.
–È isso o que você acha que fazemos? -ele tomba a cabeça pra trás e solta uma gargalhada.- Uau, garota, você se enganou. E muito.

Ele riu mais um tanto e depois tossiu.
–Olha, vou te contar tudo e depois você tira suas conclusões. -ele disse ,esticando as pernas - Há quatro facções de "bandidos" na cidade: Os Leste, os Oeste , Sul e ,è claro, os Norte. Nós fazemos parte dos Norte. E antes que vc ache que isso virou uma aula de geografia, cada grupo recebeu o nome da zona na qual moram. Nós moramos na zona Norte, portanto somos Os Norte. Alguma pergunta? Não? Perfeito. - Ele diz como se estivesse ensinando alguém do primário, achei aquilo idiota mas como estava curiosa pra saber mais, deixei isso passar.
– Cada um desses grupos são encarregados de certos tipos de trabalhos que favorecem a cada um. Os Oeste : São responsáveis pelas vendas de produtos eletrônicos falsificados. Os Sul : Ficam com o processo de armamento. São eles que cuidam com a parte de vendas de armas ilegais. Os Leste: Distribuem drogas pras quatro facções, que essas por sua vez, vendem dentro de suas próprias zonas.
–ele diz, estalando os dedos.
– E nós? Fazemos o que?- perguntei, fiquei com medo da resposta.
Ele sorriu, um sorriso cafajeste.
–Nós, minha querida, somos o cérebro de todo o esquema. Cuidamos para que nenhum policial pegue alguma das facções no ato. Cuidamos pra que todas as vendas sejam feitas sem nenhum desvio, e por fim, evitamos que as facções se matem entre si -Ele da de ombros. Como se isso fosse bem normal. Como se tivesse acabado de me dizer que gostava de panquecas no café da manhã.
Acho que minha cara de espanto era bem chocante porque John deu seu maior sorriso displicente.
– Ora, Ora. Aninha parece estar com medo -ele fingiu fazer cara de dó.
–De todas as facções,- começo a dizer bem lentamente- nós somos os nerds?
Ele riu.
–Bom, tecnicamente.
Descruzo os braços e apoio meus cotovelos nos joelhos, enterrando minha mãos nos meus cabelos sujos.
–Isso è crime -murmurei. - vou acabar sendo presa, e minha mãe vai me matar.
A risada dele soou mais alta.
–Não seremos pegos.
–Você diz isso com tanta convicção que se torna algo idiota.
Isso calou a boca dele por um tempo.
– E nunca ninguém desconfiou ? - perguntei ainda de cabeça baixa.
–Bom, sim. Teve vezes que a polícia desconfiou da zona Leste. Mas conseguimos fazer eles mudarem de idéia sobre eles. -Mais um sorriso sinistro surgiu no rosto dele.
–Como? - Questionei achando aquilo impossível.
–Ora, você acha que as jaquetas de couro, e o colégio servem pra que?-ele ironizou.
Franzi a testa.
–È tipo um disfarce? Vocês se passam como bad boys pra polícia nao os pegarem? -Quase gritei- Isso è ridículo! Isso deveria aumentar os indícios CONTRA vocês e nao ajuda-los.
Ele se manteve calmo.
–Ana, pense comigo. Adolescentes que ,apesar de mal encarados, vão para a aula, que participam de atividades extra-curriculares, que tiram boas notas e que tenham uma família com posses lhe parece ameaçadores?
Pensei por um momento e ele continuou.
–A metade desses filantropos estão aqui como fantoches, são filhos de banqueiros, advogados e de proprios polícias. Esses nao sabem do trabalho das facções, pra eles somos como o que você mesma disse...uma fraternidade. Apenas os usamos. - deu de ombros de novo, como se aquilo fosse a lei da vida.
–Então... Quem realmente sabe dos esquemas? - ja me sentia uma criminosa falando daquele jeito.
Ele maneou a cabeça pra uma mesa afastada da gente.
–Aqueles fazem parte do conselho. Eles sãos os nerds que cuidam das cameras de segurança da cidade, de tudo. Fora eles, tem mais alguns.
Olhei pra mesa que tinha sete caras ao todo e uma garota.
Soltei um suspiro e deixei meus ombros cairem, derrotada pelo cansaço.
–Pelo menos não sou a única pessoa com um par de seios no grupo.
Jhon franziu a testa.
–Você chama isso de seios?
Olhei pra cara dele e fechei a minha.
–Rá Rá Rá, desculpa se eu não sou uma senhora siliconada.
Ele riu.
–Você leva as coisas pro coração rápido demais, ruivinha.
Revirei os olhos.
–Se já acabou de contar a grande história desse maravilhoso grupo de idiotas não se importaria de me levar pra casa , não è mesmo? -rosnei.
–Bom, acho que por hoje è só. -ele se levantou.- Vamos, vou te deixar em casa.
Segui ele pra fora daquele lugar, e quando cheguei na rua percebi que estávamos no meio do nada. Literalmente. Era uma avenida sem nada a nao ser o próprio bar e um posto de gás logo ao lado.
–Meu Hades, esse definitivamente è a puta que pariu. -murmurei. Havia um pouco de vento e fiquei feliz de sentir o sereno da noite. John caminhou atè uma Harley Davidson Softtail, e è claro, que meu queixo foi atè o chão.
–Caralho, mano. Isso è uma Harley Davidson-soltei uma risada enquanto caminhava em volta da maquina mais linda e sinistra que eu ansiava em ter desde meus 13 anos.
John pareceu surpreso.
–Sabe de motos? -indagou, como se aquilo fosse impossivel.
Eu ri mais uma vez.
–Cara, eu mataria pra ter uma dessas.
Depois que disse isso, percebi que poderia realizar esse sonho bem ali.
John revirou os olhos.
–Você não vai me matar, e muito menos dirigir minha Betsy.
Fiz um muxoxo quase infantil e voltei a namorar a moto.
–Mas...como os carros não estão aqui, vou te levar de moto. Só não quebra nada, ou vou ser obrigado a quebrar sua cara.
–Babaca -murmurei, mas não consegui esconder o sorrisinho de felicidade de montar numa Harley.
Ele jogou o capacete pra mim e eu o coloquei na cabeça enquanto ele montava na -minha futura- moto.
–Anda, Ruiva.
Não hesitei. Montei na garupa e fiquei sem saber onde colocar as mãos. John notou isso.
–Olha, você não vai engravidar se colocar os braços em volta de mim.
Revirei os olhos, satisfeita por ele nao poder ver isso.
–Você è tão babaca.-passei os braços em volta dele e então ele ligou aquela coisa magnífica e saímos dali, guiados pelo vento.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem.