A Bella e o Monstro escrita por Leprechaun


Capítulo 18
Capítulo 18 não recomentado para menores de 18 anos


Notas iniciais do capítulo

Este capitulo foi classificado pela autora como impróprio para menores de dezoito anos. Se você ofende-se com o tipo de material exposto não prossiga.
—-----------------------------------------------------------------------------------------
Ps.:Sim, fui para Narnia. Aslan mandou um "cheiro" para vocês!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/500322/chapter/18

Ele se aproximava cada vez mais de mim, por instinto, me retrai, sentindo o ar carregado por uma nova tensão. Acabei me encostando na carruagem, que balançou levemente sobre as rodas altas, e senti uma espécie de vertigem.

Agarrando meu braço, Edward me puxou contra ele e beijou-me nos lábios, um beijo feroz e intenso. Os lábios dele estavam frios por causa da baixa temperatura do inverno, mas a língua era quente e o sabor me fez gemer. Edward deu outro passo, comprimindo meu corpo contra a carruagem. O beijo se intensificou, mais exigente e selvagem. Me senti ofegante, como se estivesse correndo novamente, mas ansiava por ser tocada. Senti ele abrir meu vestido e as carícias ficaram mais prementes. Passou a acariciar-me com a língua, no pescoço e nos seios. Enfiei os dedos no cabelo dele e arquei o corpo. Gemi quando Edward ergueu minha saia e tocou-me entre as coxas.

— Não podemos — murmurei, ofegante, enquanto ele prosseguia com a exploração das regiões mais sensíveis do meu corpo.

— Estamos sozinhos — ele sorriu — A não ser que esteja com medo que os pôneis voltem e nos espiem?

Percebi que ele abrira as próprias roupas ao sentir a rigidez de sua masculinidade. Agora, eu o conhecia melhor, conhecia o cheiro de sua pele, o gosto de sua boca; a trilha de pelos ruivos escuros cobria o abdômen firme, e isso fazia que o desejasse ainda mais. Uma antecipação deliciosa e selvagem me dominou intensamente, e minha pulsação acelerou. O beijo de Edward era profundo e úmido.

Senti sob as mãos os músculos, a força e o poder dele. Queria fazê-lo perder o controle, abandonar-se, como eu, ao desejo. Eu o queria muito, precisava senti-lo dentro do meu corpo, sob o céu e o sol, com ímpeto indomado. Comecei a acariciá-lo, provocando gemidos de prazer.

Com um ruído selvagem, ele ergueu minha saia até a cintura e acariciou-me, me penetrando com os dedos, preparando-me para recebê-lo. Não estava sendo civilizado, nem cuidadoso. Era rude e bravio, e, estranhamente, eu gostava disso.

Movendo a boca para a base do pescoço dele, fechei os dentes na pele e nos músculos com tanta intensidade que o fez grunhir, acabando com o restante de sua resistência.

Ele me ergueu, pressionando minhas costas contra a carruagem, colocando minhas pernas ao redor da cintura. Com uma das mãos sob minhas nádegas e a outra apoiando minha perna fraca, ele me possuiu, com investidas fortes e profundas. Eu ergui os quadris, entregando-me completamente. Queria mais, mais rápido, mais profundamente...

Não havia mais civilidade, apenas fervor desenfreado. Agarrada aos ombros dele, apoiei a cabeça na carruagem, alucinada com a força da minha própria paixão. O gemido alto que ele emitiu aguçou ainda mais meus sentidos.

Gritei e tremi, o corpo rígido, a respiração ofegante misturada com a dele, atingindo o clímax, junto com ele.

Suspensa do chão, apoiada nos braços de Edward, senti, aos poucos, os calafrios diminuírem e o coração se aplacar. Nunca imaginei que o amor pudesse ser tão maravilhoso, terrível e magnífico ao mesmo tempo.

Retesei-me e um tremor percorreu meu corpo. Deslizou para fora de mim, fazendo-me sentir um pouco roubada. Com cuidado, ele me pôs de pé e me segurou pela cintura até que eu recuperasse o equilíbrio.

Ele me olhava preocupado.

— Nada de arrependimentos. — Coloquei os dedos sobre os lábios dele.

♥♥♥

O tempo passado com ele era uma dádiva. Aproveitaria enquanto ele me quisesse, pois esperar por algo mais seria devastador.

Edward gostava de mim, apesar de ser uma criatura da escuridão, do ódio e da vingança. Aquilo deveria bastar. Mas não era o suficiente.

Eu o amaria para sempre, com todo o meu coração, até meu último suspiro. Porém, ele, revoltado como estava, não conseguiria retribuir meu sentimento.

Eu sabia que acabaria magoada.

Pela porta da carruagem aberta, o sol brilhava no assento de veludo e na minha saia. Eu podia ouvir Edward falando com os cavalos e comecei a pensar como ele entendera que eu queria ter um momento de privacidade para pôr meus pensamentos em ordem.

Tanta paixão. Tanta emoção. Mordendo o lábio inferior, respirei profundamente.

Tirei o aparelho da perna e o coloquei de lado com cuidado. Passei os dedos pelo couro flexível e me senti ao mesmo tempo leve e pesada.

Havia tantas coisas para ponderar e examinar. Mas uma era imperativa.

Meu pai havia mentido.

Escrevi para o dr. Carlisle em Seattle, assim que a vi. Estranhamente, ele não sabia do seu caso...

As palavras de Edward condenavam meu pai, e a ansiedade que senti antes estava agora elucidada. Todos aqueles anos, meu pai havia dito que consultara o dr. Carlisle, um renomado médico, que afirmara não haver solução para o meu caso. E meu pai proclamara anos seguidos que a consulta era cara demais e o levara à penúria. Mentiras e mais mentiras.

Engolindo em seco, cruzei os braços sobre o peito. Na verdade, sempre subi. Vi como meu pai havia criticado até o pequeno pagamento ao médico de Forcks. No fundo do meu coração, sabia que meu pai não tinha consultado outro médico. O dr. Carlisle era outra fantasia.

Até aquele momento.

Estremeci. Realmente conhecia papai?

Com cuidado, desci da carruagem, segurando a saia acima dos tornozelos. Virando-me, olhei para o aparelho sobre o banco de veludo. Edward fizera aquilo para mim, passara horas e horas planejando e concebendo o aparelho, cortando couro, costurando.

Em silêncio, ele se aproximou de mim e pôs a capa sobre meus ombros. E virou-me para que olhasse para ele.

Ainda emocionada pelo amor que havíamos feito, baixei os olhos, sentindo-me inexplicavelmente tímida.

— O aparelho... quando eu devo usá-lo? — perguntei

— Não o tempo todo. O dr. Carlisle foi claro ao dizer que, se usado com frequência, ele pode enfraquecer os músculos.

Edward fitou-me durante alguns segundos, mas nada perguntou. Fiquei feliz por aquilo. Não aguentaria explicar minha nova descoberta a respeito de papai. Edward teria a confirmação de outra perfídia dele. Tampouco suportaria explicar que, apesar de tudo, ele era meu pai e eu o amava.

— Está com fome? — Edward quis saber.

— Faminta.

— Pelo esforço? — ele perguntou educadamente, mas notei que ele queria rir.

Sorri e um arrepio percorreu meu corpo. Sabia exatamente qual tinha sido o esforço.

— Está com frio, doçura? Quer voltar dentro da carruagem?

— Não.

Queria sentar-me ao lado dele, olhar o seu rosto e me encostar nele. Queria ouvir sua voz, e conversar com ele.

— Então vamos. Vamos invadir a cozinha de Parttison.

Edward me ajudou a subir no banco do condutor, subindo logo em seguida. No caminho para Forks, nossos ombros se tocando com o balançar da carruagem, perguntei:

— Por que Jasper o chama de milorde?

— Porque sou.

— Como assim? — ri, certa de que ele me estava provocando.

— Eu sou lorde, embora nunca tenha reivindicado o título. Com meu pai morto, que prova eu teria? Quem me nomearia seu legítimo herdeiro, o filho afogado que voltou das profundezas do oceano?

— Mas isso não é justo! — exclamei.

— O que é justo na vida, minha Bella? — Ele riu. — Não importa. Não há dinheiro, apenas um título e uma casa de campo mofada, com paredes semidestruídas e a prata da família vendida há muito tempo.

— Isso é terrível.

— Você acha? Eu também achava e por isso paguei os débitos do novo lorde. Era uma soma razoável. Foi meu nobre esforço em nome da pessoa que um dia eu fui.

Honrado. Ele sempre fora honrado, pensei.

— Você não me parece feliz — observei.

— Fiquei feliz por dar o dinheiro. Menos feliz quando o tolo foi ao clube e perdeu todo o dinheiro no jogo. Dez mil libras. Eu o deixei, então, para desespero dele. Há limites para a minha paciência. Mas consegui comprar a casa da cidade de meu pai por um bom preço.

— Você é muito rico.

Sim, imaginava que ele fosse rico, mas não naquela proporção.

— Além dos seus sonhos, doçura. — Ele sorriu.

— Oh... Como?

O sorriso dele desapareceu.

— O homem cujo pescoço eu quebrei, o capitão do navio pirata. — Fez uma pausa. — A fortuna dele ficou para mim. Foi fácil fazê-la crescer.

— Com pirataria?

— Não. Bem... um pouco.

— Você me disse que é contrabandista.

— Sou. Adoro a animação de uma fuga pelo canal. Há certo charme em escapar dos cobradores de impostos correndo por uma estreita passagem no recife.

— Então, sua fortuna é construída sobre mercadorias roubadas.

— Não. Pode chamar isso de entretenimento. Meu comércio é legal. Sou agora um homem de negócios. Todo o carregamento em que eu invisto chega à praia a salvo. Todo armazém de que eu compro tem mercadoria legal. Meus navios resistem às tempestades. — Ele ficou em silêncio por alguns momentos, segurando as rédeas com displicência. — Parece que quando me tornei um criminoso, minha sorte mudou para melhor.

— Não diga isso.

— O quê? Que minha sorte mudou? Ou que eu me tornei um criminoso?

Ele estava caçoando de mim e seu tom de voz era mordaz. Procurei uma resposta, mas não encontrei nenhuma.

— Você me ama menos agora, Isabella?

Ah... então era esse o ponto crucial. De repente, eu tive medo. Como poderia conduzi-lo a um porto seguro quando eu mesma me sentia perdida? E como poderia responder, sem confessar meu amor?

— O amor não impõe condições, Edward.

— Então, você me ama, Bella? — ele perguntou em voz tão baixa que o som dos cascos dos cavalos no solo quase a encobriu. — Não seria inteligente da sua parte.

Ele sabia que eu o amava, é claro. Mas confessar-lhe, dizer com todas as palavras, sabendo que ele era incapaz de corresponder ao meu amor, de nada adiantaria. Eu olhei para o horizonte, perguntando-me aonde aquela conversa nós conduziria e como eu sobreviveria àquela viagem.

— Eu seria uma tola se lhe dissesse que sim — sussurrei.

— E você não é tola. — Por um longo momento, ele não disse mais nada e então, continuou: — Matei apenas homens, e cada um deles em defesa própria. Era a vida deles ou a minha. Escolhi sobreviver.

Sabia que as palavras dele eram um tipo de estranha concessão, repostas que ele se recusara a dar antes, mas que agora partilhava comigo .

— Nunca uma mulher e nunca uma criança. Nunca alguém mais fraco ou desarmado. Um homem com um chicote foi o primeiro. O sangue escorria nas minhas costas, meu corpo estava fraco, mas meu ódio forte. — Açoitou os cavalos que haviam diminuído o passo. — Uma vez acordei com um homem segurando uma faca contra o meu pescoço. Houve mais. Muitos mais. — Fitou-me. — Uma vez, em uma estrada iluminada pela lua um homem gelou meu sangue e parou meu coração ao apontar a pistola para alguém que eu...

Alguém que eu amo, desejei desesperadamente que ele dissesse, certa de que se referia à noite em que atirara em Laurent para salvara minha vida.

— Não queria perder — ele completou.

Continuamos a viagem em silêncio. O balanço da carruagem me acalmou e eu relaxei, encostando o corpo em Edward, seus movimentos sincronizados com os movimentos do veículo. Um buraco fundo chacoalhou a carruagem, e eu percebi que já estávamos na rua principal de Forks. Logo, avistei a hospedaria de papai.

De repente, um calafrio percorreu meu corpo.

Alguém me observava. Alguém...

A porta da hospedaria estava aberta, revelando uma silhueta escura, um homem recostado contra o umbral, observando-me. Virei-me para Edward, mas ele olhava para a frente. Aproximando-me mais dele, também olhei para a frente, incapaz de me livrar do sentimento de que, se alguém se esgueirava na sombra, era porque a presença dele em Forks era mau presságio.

Uma nuvem cobriu o sol, e o homem avançou alguns passos, parando no jardim, ainda olhando para eles. O homem era Emmett McCarty.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que vocês tenham gostado. Não tive tempo de revisa-lo, então...
Nos próximos capítulos muitas surpresas, aguardem.