Seu amor é uma mentira escrita por kathe Daratrazanoff


Capítulo 24
Capítulo 23: Ela




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Querido Diário,

Você já tentou ficar com raiva de alguém mas não conseguia? Porque eu estou dessa forma. É inútil tentar ficar com raiva de alguém como Pierre. Ele é tão calmo, tão paciente.

Eu queria voltar a vê-lo explodir. Sim, isso é um fato. Ele é como um vulcão adormecido. Muito bonito de se olhar, de longe. Perigoso demais chegar perto. Um suicídio encostar nele. Eu queria ver esse vulcão entrar em erupção.

Ele me fez lembrar da bonitinha da Anny. Todo mundo gostava dela, ela era um doce de pessoa. Um amor de garota. Mas aquela loirinha de olhos azuis fez uma coisa muito grave. Um erro muito feio. Ela chegou perto de algo que era meu.

Quando você gosta de alguém, você não quer que esse alguém fique perto de outras pessoas. E não quer que essas pessoas fiquem perto desse alguém.

Esse é o meu caso. Eu não quero que Pierre dê atenção a outras pessoas, só pra mim. Ele não tem que ter outros amigos, só eu não está bom?

Ele continua me provocando. Ele deixou a toalha molhada em cima da cama. Ele deu descarga na privada com a tampa aberta. Ele não colocou sua escova de dentes no lugar. Ele não comeu nem metade da comida no almoço. Sim, eu estou com raiva disso. Mas não posso ter raiva dele. Eu já tentei, não consigo.

Ontem eu estava extremamente extressada, irritada e chateada. Pierre veio e me abraçou. Ele ficou ali, me segurando nos braçoes dele, beijando meu cabelo, dizendo que tudo ia ficar bem.

Mas, de vez em quando, isso não funciona. Eu continuei irritada e chateada. Sabe quando você está naqueles dias e tudo parece insuportável? Ele percebeu isso. E teve uma ideia brilhante: pegou uma caixa de bombons do armário e começou a me jogar chocolate. Claro, de uma distância segura. E isso me fez relaxar e rir, porque era assim que ele fazia.

Era uma velha brincadeira nossa. Toda vez que eu estava nesses dias em que nada funcionava pra me acalmar, ele me dava flores, ursinhos, chocolate, brinquedinhos. E eu jogava tudo isso nele de volta.

Eu sentava ou deitava emburrada, porque ao mesmo tempo que queria ele longe eu queria ele perto. Houve um dia em que ele ficou sentado ao pé da minha cama e fez isso, ficou me jogando bombons.

Às vezes me acho uma balança. Essa balança pode pender pra um lado ou pra outro. Quando estou naqueles dias, eu posso ser uma pilha de nervos irritante ou uma chorona insuportável. Pierre não se importa com o estado em que eu fique, ele continua do meu lado. Ele me faz ficar calma, relaxada. Por mais que os meus pais não gostassem da vinda constante dele em casa ele era um alívio. Ele me controlava.


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