The A Team escrita por Clarice Reis


Capítulo 9
Tragédias


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, espero que gostem e me desculpem pela demora do capitulo. Só para avisar, eu estou com uma nova fic scorose, o nome é Cold as ice, se alguém se interessar para ler, aqui está o link http://fanfiction.com.br/historia/517168/Cold_as_ice/



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Capitulo 8

Pov: Rose

Eu estava em um estado de completo desespero. Tentei passar por aquele amontoado de pessoas, mas senti meu braço ser segurado e quando me virei, Scorpius me encarava parecendo confuso.
– O que aconteceu? - Questionou.
– Marge e Cordélia estão lá, eu tenho que fazer alguma coisa. - Disse com a voz embargada por conta do choro. - Elas são a única família que eu tenho, não posso perdê-las.
– Rose, se acalma, vai ficar tudo bem. - Ele falou e me envolveu em um abraço. - Eu estou aqui com você.
Aquelas palavras de alguma forma conseguiram me passar segurança. Me soltei de seus braços e ele pegou em minha mão me guiando até um carro de polícia que estava no local.
– Com licença. - Ele disse. - Pode me dizer o que está acontecendo aqui?
– Aparentemente uma mulher colocou fogo no próprio apartamento. - Um homem de 40 anos e com um distintivo da polícia falou.
– Você sabe o número do apartamento? - Perguntei temendo a resposta.
– Apartamento 802.
Senti como se o chão estivesse se abrindo sob os meus pés. Tudo estava girando e eu sentia como se a qualquer instante fosse desmaiar. Scorpius percebendo meu estado rapidamente me segurou.
– Se acalma, Rose.
– Não pode ser. - Gritei sentindo mais lágrimas surgirem de meus olhos.
– Moça, já tem uma equipe lá em cima e garanto que eles farão o possível para salvar essas pessoas. - O policial disse em uma tentativa de me acalmar.
No mesmo instante o seu rádio comunicador começou a emitir ruídos.
– Sargento Turner, está na escuta? - Uma voz grave e rouca inquiriu.
– Estou na escuta, alguma informação?
– Encontramos duas mulheres no apartamento, elas inalaram muita fumaça então precisaremos de uma equipe médica com urgência.
– Estarei enviando o mais rápido possível. - O sargento afirmou e logo depois seu olhar se voltou na minha direção. - Tenha fé, vai dar tudo certo, minha jovem.
Ele saiu em disparada na direção da ambulância e logo depois algumas pessoas entraram no edifício empurrando macas. Não demorou muito para que a equipe descesse e assim que isso aconteceu eu corri empurrando todos que estavam no caminho para poder chegar mais perto. Quando meu olhar recaiu sobre as figuras que estavam desacordadas sobre a cama de lona eu senti um aperto no coração. Os cabelos loiros de Cordélia estavam sujos de fuligem e em seus braços queimaduras horríveis podiam ser vistas. Marge tinha o rosto coberto por uma toalha branca, mas o que era possível visualizar de seu corpo estava sujo de fuligem e repleto de queimaduras.
– Vão levá-las para o hospital central, acho melhor nós irmos logo. - Scorpius falou se aproximando.
Eu assenti e voltamos para o carro. Durante todo o percurso eu permaneci em silêncio. Não queria falar, gostaria de fingir que tudo é apenas um sonho, que eu não corria o risco de perder as pessoas que mais amo. Senti a mão de Scorpius sobre a minha e a apertei com força. Eu mal o conhecia e ele estava me ajudando em uma situação como essa, esse homem realmente é incrível.

Assim que chegamos ao hospital eu entrei correndo e abordei uma enfermeira que estava na recepção.
– Você sabe dizer se duas mulheres que estavam em um incêndio já chegaram aqui? - Perguntei desesperada.
– Sim, elas acabaram de dar entrada. - Disse enquanto escrevia algo em uma prancheta.
– Elas estão bem? - Questionei.
– Eu não sei dizer, acabaram de entrar na UTI, mas assim que tiver alguma notícia venho informa-la.
Eu assenti e respirei fundo. Aquilo não podia estar acontecendo, um incêndio não podia destruir minha vida, não novamente...
– Rose, eu sei que é difícil, mas tente manter a calma, tudo que podemos fazer agora é esperar por notícias. - Scorpius falou calmamente.
– Você não entende, elas são tudo que eu tenho. - Murmurei cabisbaixa.
– Uma delas é sua mãe? - Questionou.
– Não, mas Marge me criou como uma filha, ela sempre esteve comigo e me acolheu quando eu mais precisei.
– Deve ser uma pessoa muito importante para você...
– Eu a amo muito, Scorpius, você não imagina o quanto.
– Ei, vai dar tudo certo. - Disse com um pequeno sorriso. - Quer que eu vá comprar um café ou alguma coisa para você comer?
– Muito obrigada, mas não precisa.
– Vamos passar a noite aqui, você precisa se alimentar. - Afirmou.
– Vamos? Você não pretende....
– É claro que eu vou ficar, Rose.
– Scorpius, isso não é necessário, eu vou ficar bem sozinha.
– Pode dizer o que quiser, eu não vou embora.
– Scorpius...
– Não vai conseguir me fazer mudar de ideia. - Ele sorriu e eu suspirei derrotada. - Vou comprar alguma coisa para comermos.
Ele já estava indo na direção da cantina quando eu o chamei.
– Scorpius. - Ele se virou e seus olhos azuis se encontraram com os meus.
– Obrigada.

Pov: Alvo

Fui abrindo os olhos devagar e ao olhar para o lado me deparei com Holly que dormia tranqüilamente. Ficamos até tarde assistindo filmes e conversando noite passada, quando fomos dormir já era próximo das quatro da manhã.

Vesti a primeira camisa que encontrei no armário e fui até a cozinha em busca de algo para comer.
– Bom dia. - Minha mãe disse assim que me viu.
– Bom dia. - Respondi ainda um pouco sonolento.
– Vai querer panquecas, querido?
– Não, mas faz algumas para a Holly, ela adora panquecas.
– Holly? Ela dormiu aqui de novo?
Eu assenti e minha mãe me encarou maliciosa.
– Quando vai assumir? - Ela inquiriu.
– Quando eu vou assumir o que? - Questionei confuso.
– Eu não sou besta, Alvo. - Falou revirando os olhos.
– Não estou entendendo onde exatamente você quer chegar...
Ela ia falar algo quando Holly entrou no ambiente bocejando.
– Bom dia. - Cumprimentou.
– Bom dia, querida. - Minha mãe sorriu simpática. - Estou fazendo panquecas.
– Eu adoro suas panquecas, senhora Potter.
– Já conversamos sobre isso, me chame de Gina.
– Me desculpe, é o hábito. Bom dia, Al.
– Bom dia. - Disse dando um beijo em sua bochecha.
– Esperem só mais um pouquinho que o café já vai sair.
Enquanto esperávamos eu resolvi ligar a televisão e estava passando o jornal local.

" Incêndio em apartamento na zona sul deixa duas pessoas feridas. As vítimas foram identificadas como sendo Cordélia Blanc de 21 anos e Marge Levy de 43. Não se tem muitas informações sobre o ocorrido, mas aparentemente Marge, que sofre de esquizofrenia, colocou fogo no apartamento causando um incêndio no andar. A polícia e os bombeiros chegaram rapidamente até o local e conseguiram conter o fogo. As vítimas estão internadas no hospital central em estado grave."

Não conseguia assimilar o que tinha acabado de ouvir. Olhei para Holly e ela parecia estar tão chocada quanto eu.
– Que coisa horrível, não é? - Minha mãe falou enquanto servia as panquecas.
– Alvo. - Holly sussurrou. - Vamos fazer uma visita, sei que vocês dois não se dão bem, mas...
– Vamos assim que você terminar o café. - Afirmei.

Depois de nos arrumarmos, eu e Holly pegamos meu carro e fomos até o hospital central. Assim que chegamos, fomos até a recepção procurar informações sobre Cordélia quando eu avistei Scorpius parado em frente a máquina de café.
– Scorpius? - Chamei.
– Alvo, que coincidência. - Ele disse parecendo surpreso por me encontrar ali.
– Eu vim visitar uma conhecida. - Comentei. - E você, o que faz por aqui?
– Estou acompanhando uma amiga. Duas pessoas próximas a ela ficaram feridas durante um incêndio.
– Espera, está falando de Cordélia Blanc? - Perguntei.
– Sim, por acaso a conhece?
– Estudamos juntos. Eu e a Holly viemos vê-la.
– Deram muita sorte, ela saiu da UTI há pouco tempo. Venham, vou levar vocês até o quarto.
Caminhando por aqueles corredores lembranças horríveis vieram a minha mente. Da última vez que estive em um hospital eu tinha 13 anos, naquele dia recebi a notícia da morte dos meus primos que também foram vítimas de um incêndio. Já faz muito tempo, mas não tem um dia em que eu não lembre deles, costumávamos ser muito amigos, especialmente eu e minha prima, ela até hoje me faz muita falta...

Assim que chegamos, Scorpius abriu a porta devagar e eu pude ver Cordélia deitada na cama cheia de tubos a envolvendo e com diversas queimaduras pelo corpo, era uma cena horrível e que me deixou um tanto aflito. Adentrei o local com Holly ao meu lado e percebi que havia uma pessoa sentada perto da cama. Ela tinha cabelos ruivos e compridos que iam até a metade das costas e uma pele muito branca. Assim que notou nossa presença a ruiva se virou e ao olhar para o seu rosto senti um arrepio. Aquilo definitivamente não era possível.
– Rose?


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