The A Team escrita por Clarice Reis


Capítulo 8
Café e estórias


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem do capitulo e muito obrigada pelos comentários.



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Capitulo 7

Pov: Holly

– O que? - Questionei ainda tentando assimilar tudo que acabara de ouvir.
– É sério, se você quisesse eu podia te ajudar. - Disse passando os braços envolta da minha cintura e aproximando a boca da minha orelha. - Eu seria gentil e iria te ensinar tudo, eu ia ser uma espécie de professor.
– Alvo suas táticas de sedução não funcionam comigo. - Falei revirando os olhos
Ele começou a rir e deitou de volta na cama.
– Mas de verdade, se um dia quiser ajuda pode me pedir, não ia mudar nada entre a gente.
– Duvido muito. - Afirmei. - Mas vamos mudar de assunto....
– Quer ver um filme? - Perguntou mexendo na sua caixa de DVDs.
– Depende, se for terror pode esquecer.
– Eu sabia que ia dizer isso, então o que acha de se beber não case?
– Ótimo. - Liguei o DVD e já ia me sentar em uma almofada quando Alvo me puxou para deitar ao seu lado.
– Não sei porque está evitando ficar perto de mim, você não era assim.
– Me desculpa. - Murmurei.
– Tudo bem. - Disse depositando um beijo na minha testa. - Mas saiba que eu não vou ficar longe de você.
Eu sorri internamente com aquilo. Eu amava Alvo Potter e isso estava cada vez mais difícil de esconder.

Pov: Rose

Estava terminando de me arrumar quando Cordélia entrou no quarto.
– Não acredito que vai a um encontro desse jeito. - Comentou analisando meu vestuário.
– Não é um encontro, Cordélia, na verdade só estou indo porque você não me deixou escolha. - Afirmei.
– Rose, ele é um escritor lindo que aparentemente está interessado em você, qual é o seu problema?
– Ele não está interessado em mim, só acha que eu tenho uma história de vida fascinante que poderia virar um livro.
– Como ele sabe disso? - Questionou parecendo surpresa.
– Deve ser dom de escritor, você simplesmente olha pra pessoa e diz " essa tem uma história incrível para contar" - Falei revirando uma gaveta a procura do meu celular.
– E por que não conta a ele? Sua história daria um bom livro. - Disse se jogando no sofá.
– Você sabe que eu não gosto de ficar recordando o passado. - Suspirei. - Seria doloroso demais ter que reviver cada lembrança que eu jurei a mim mesma que iria esquecer, além do mais mesmo que eu pedisse para ele manter minha identidade em sigilo eu correria risco de ser descoberta.
– Você sabe o que eu penso dessa sua vida em anonimato, é como eu sempre digo, não da para se esconder para sempre.
– Você está certa, mas enquanto eu puder prefiro que seja dessa forma.
– Rose você é incrivelmente teimosa. - Afirmou.
– Bom, eu já vou indo, fica de olho na Marge e qualquer coisa me avisa, ok?
Ela assentiu e eu sai correndo porque já estava um pouco atrasada.

O café Trieste era um dos melhores da cidade e para minha sorte ficava apenas à dois quarteirões da minha casa. Assim que cheguei percebi que o local estava cheio, procurei por Scorpius, mas não o encontrei em lugar algum.
" Ótimo, ele não veio" pensei.
– Boa noite, Rose. - Ouvi aquela voz rouca e rapidamente reconheci.
Quando me virei ele estava lá segurando uma rosa vermelha e tinha um belo sorriso no rosto.
– Sei que não é um encontro nem nada do gênero, mas achei que seria cortês lhe trazer alguma coisa. - Ok, esse cara só pode ter saído de um filme.
– Obrigada. - Peguei a rosa e ele me conduziu até uma mesa de dois lugares.
– Confesso que fiquei bastante surpreso quando sua amiga ligou, aliás, ela é muito simpática.
– Cordélia é maravilhosa.... - Comentei.
Um silêncio se estabeleceu entre nós e já estava ficando bastante desconfortável quando ele resolveu quebra-lo.
– E então, Rose, me fale um pouco sobre você.
– Prometeu que não iríamos conversar sobre a minha vida.
– Verdade, me desculpe. - Disse coçando a nuca.
– Mas tenho certeza que deve ter histórias maravilhosas para contar.
– Na verdade nem tantas.
– É um escritor famoso com diversos livros publicados e que provavelmente já esteve em vários países, não tente me convencer de que leva uma vida sem graça. Me conte de suas viagens...
– Tudo bem, nos últimos três meses estive morando em Paris.
– Paris? - Inquiri maravilhada. - Sempre tive vontade de conhecer a França.
– Garanto que é um lugar belíssimo, mas sinceramente, não chega aos pés de Londres. - Confessou.
– É inglês, Scorpius?
– Sim, passei toda a minha infância aqui e depois que meu pai morreu me mudei para a Alemanha onde residi por dois anos e comecei a escrever.
– Sobre o que escreve? - Inquiri.
– Escrevo dramas e alguns romances.
– Romances? Tipo aquelas histórias bem água com açúcar que só existem em filmes?
– Não, romances da vida real com pessoas de verdade.
– E por acaso algum de seus livros conta uma história sua?
– Na verdade não, como eu disse não tem nada de excepcional na minha vida, mas acredito que tenha na sua... - Falou me encarando fixamente. -Desde que pus meus olhos em você nada me tira da cabeça que tem uma história fascinante para contar, Rose.
– Eu posso até ter uma história fascinante, mas garanto que não é bonita. - Disse desviando o olhar.
– Me desculpe por insistir, mas é que nunca tive um pressentimento tão forte em relação a alguém. Você chamou minha atenção, é uma mulher linda e jovem, mas seus olhos são frios como os de alguém que já sofreu muito.
Eu estava sem palavras. Esse homem é simplesmente inacreditável.
– Sei que não da para confiar em alguém que você ao menos conhece e é por isso estou determinado a conquistar sua confiança. - Afirmou.
– Isso tudo só por que está interessado na minha história?
– Não, isso tudo porque eu estou interessado em você.
Eu ia falar algo quando a garçonete apareceu para anotar os pedidos. Optei por um café expresso e Scorpius pediu um capuccino italiano, assim que a moça se retirou ele tratou de mudar de assunto.
– Posso lhe fazer uma pergunta?
Eu assenti.
– Se eu lhe desse um dos meus livros, você o leria?
– Claro que sim. - Afirmei. - Seria um prazer.
– Ótimo, então posso lhe dar uma cópia de Rua 12 amanhã enquanto caminhamos pelo centro da cidade.
Eu arqueei as sobrancelhas e não pude conter o riso.
– Muito esperto, Malfoy, mas esse truque é velho.
– Pelo menos funcionou?
– É, acho que sim. - Respondi com um pequeno sorriso.
A garçonete voltou com nossos pedidos. Tomamos o café e conversamos um pouco, depois que terminamos, Scorpius pagou a conta (eu queria pagar a minha parte, mas ele não deixou) e eu já estava me preparando para ir embora quando ele se ofereceu para me dar uma carona.
– Não precisa. - Afirmei. - Eu moro perto daqui.
– Por favor, eu insisto.
Por fim acabei aceitando, estávamos na rua do meu prédio quando eu percebi uma movimentação estranha.
– O que será que está acontecendo? - Perguntei.
De repente, um caminhão de bombeiros passou por nós e eu comecei a entrar em desespero. Desci do carro e fui correndo até o meio da multidão, quando pude ver qual era o motivo daquela agitação, senti minhas pernas tremerem e o pânico tomar conta de mim. Aquele era o andar do meu apartamento e estava em chamas. Eu estava completamente apavorada quando algo me veio à mente.
" Marge e Cordélia estão lá"


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