The A Team escrita por Clarice Reis


Capítulo 7
Propostas


Notas iniciais do capítulo

Gente eu fiquei muito feliz quando vi os comentários de vocês, ainda não consegui responder todos, mas até amanhã respondo. Bom, capitulo curto porém essencial, espero que gostem.



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Capitulo 6

Pov: Cordélia

As últimas palavras de Rose ainda martelavam na minha cabeça. Primo? Isso era definitivamente impossível. Eu me lembro que ela sempre comentava sobre um primo carinhoso e atencioso,e pelo amor de deus convenhamos que ela não pode estar se referindo a Alvo Potter. Rose sempre me contava histórias sobre os verões que passava na casa da tia, ela sempre falava sobre os primos com um sorriso no rosto. Me lembro que depois que tudo aconteceu, antes de ela sair de casa de vez, ela pensou em conversar com os tios sobre o ocorrido, explicar a situação, mas acabou desistindo com medo de que a julgassem assim como seu pai fez e simplesmente foi embora sem ao menos se despedir.
– Rose, se o Alvo é mesmo seu primo você devia falar com ele. - Afirmei.
– Sabe que eu não posso, ele não seria capaz de entender e além do mais você sabe que para ele e todo o resto da família eu estou morta. - Ela falou cabisbaixa.
– É nessa sexta, não é? - Questionei.
Rose assentiu e eu percebi uma lágrima escorrer pelo seu rosto. Eu a abracei, sabia que ela estava frágil e precisava de alguém para conversar.
– Quer que eu vá com você? - Perguntei.
– Não seria muito incomodo?
– Claro que não, Rô. - Disse sendo sincera.
Fez- se silêncio por algum tempo até que Rose murmurou.
– Eu sempre digo a mim mesma que no próximo ano será diferente, que eu não vou mais chorar, mas sempre acaba desse jeito. - Falou enxugando as lágrimas.
– Foi uma coisa horrível, Rose, não da para fingir que não aconteceu. - Comentei. - Mas você sabe o que eu acho sobre a história com a sua família, você não pode simplesmente se esconder para sempre, uma hora a verdade vai aparecer.
– Eu sei disso. - Ela suspirou. - Mas não sei se eu agüentaria encarar todos eles com a culpa que eu carrego, depois de tudo que meu pai falou, as vezes me questiono se eu não sou realmente culpada...
– Rose foi um acidente, não foi culpa sua. - Falei pegando em sua mão. - Seu pai foi um imbecil por te dizer aquelas coisas, mas pense em sua mãe, imagina o quanto ela sofreu...
– As vezes, eu penso em voltar somente para vê-la. - Confessou.
– E por que não volta? - Inquiri. - Não pode deixar o medo te dominar, tem que começar a pensar na sua felicidade.
– Eu sou feliz. - Disse com um pequeno sorriso. - Você e Marge são minha família e isso basta para mim.
Suspirei. Rose Weasley era uma pessoa bastante cabeça dura. Levantei e fui até a cozinha pegar um copo de água quando me deparei com um pequeno cartão em cima do balcão.
– Rose! - Chamei.
Ela apareceu na cozinha rapidamente.
– De onde conhece Scorpius Malfoy? - Perguntei.
– Sabe quem ele é? - Questionou encarando o cartão.
– Só um dos melhores escritores da atualidade, ele já publicou vários livros e é famoso por seus contos baseados em histórias reais.
– Ele me parou no meio da rua, disse que queria tomar um café comigo. - Falou dando de ombros.
– Do nada? E o que você disse? - Inquiri.
– Que ia pensar...
– O que? - Indaguei. - Liga para ele agora.
– Não vou fazer isso Cordélia, eu mal o conheço.
Tirei o celular do bolso e comecei a discar o número que estava escrito no cartão. Rose ao perceber o que eu estava fazendo quase se jogou em cima de mim tentando me impedir.
– Não faz isso. - Disse com um tom de voz ameaçador.
– Tarde demais.
O telefone chamou duas vezes até eu ouvir uma voz masculina do outro lado da linha.
– Alô?
– Oi, aqui quem fala é a Cordélia e eu sou amiga da Rose.
– Olá Cordélia. - Cumprimentou. - Posso ajudá-la?
– Sabe, eu liguei porque a Rose é meio tímida e estava com vergonha de marcar de se encontrar com você.
Minha amiga estava furiosa e eu sabia que depois que desligasse teria que correr se quisesse continuar viva.
– Bom, me diga que horário é melhor para ela.
– Pode ser hoje a noite. - Olhei de soslaio e vi Rose fazer um sinal como se dissesse que eu estava morta.
– Então combinado, onde nos encontramos? - Questionou.
– No café Trieste.
– Ok, então diga a Rose que estarei esperando às 19:00.
– Ok, tchau.
Desliguei o celular e saí correndo pelo apartamento com Rose atrás de mim.
– Idiota, por que você fez isso? - Ela gritou enquanto tentava me alcançar.
– Você precisa sair um pouco, além do mais, ouvi dizer que ele é um gato.-Falei procurando algumas fotos no Google. - É, ele é realmente um gato.
Ela parou e se sentou no sofá.
– Bom, agora que você já marcou eu não posso fazer nada.
– Quer ajuda para se arrumar? - Perguntei bastante animada.
– É só um café, Cordélia, não preciso me produzir toda. - Disse revirando os olhos.
– Pelo menos uma maquiagem leve. - Insisti.
– Tá bom. - Falou se dando por vencida.

Pov: Holly

Alvo Potter é indiscutivelmente um idiota. Ele não é capaz de perceber meus sentimentos e por isso acaba me magoando quando fala de outras garotas.
" Isso é culpa sua, se você contasse tudo estaria resolvido" Uma voz na minha cabeça disse.
Suspirei. Não é tão fácil, uma amizade como a dele é única e eu prefiro estar ao seu lado apenas como amiga do que perdê-lo.

Depois do banho de piscina voltamos para o quarto e tiramos um cochilo. Assim que acordei, olhei para o lado e constatei que ele dormia tranqüilamente, tentei me levantar mas senti seus braços envolvendo minha cintura.
– Fica aqui. - Ele murmurou ainda de olhos fechados.
– Já está tarde, eu tenho que ir.
– Dorme aqui, você sabe que minha mãe não se importa.
– Alvo, é estranho eu ficar deitada na mesma cama que você e ficar vindo dormir na sua casa.
Ele abriu os olhos e se sentou na cama.
– Por que isso agora? - Inquiriu.
– Eu só acho que passamos a impressão errada agindo desse jeito. - Falei cabisbaixa.
– Desde quando se preocupa com que os outros pensam? Holly, nossa vida não é da conta de ninguém.
– Eu sei...
– Então deixa de besteira, deita aqui e vamos conversar como sempre fazemos. - Disse com um sorriso.
Me deitei ao seu lado e fiquei encarando o teto.
– Fui ao Sept Péchés essa semana. - Comentou. - Sabe, ultimamente nem sexo tem me animado.
Não pude deixar de corar com o comentário e Alvo percebeu.
– Eu sempre me esqueço que estou falando com uma virgem. - Falou passando a mão pelo meu cabelo. - Até quando pretende esperar?
– Até a pessoa certa aparecer. - Disse sem encará-lo.
– Sabe, acho que devia pensar melhor sobre isso.
– Como assim? - Questionei.
– Dizem que a primeira vez dói muito e sei lá, acho que seu eu fosse mulher iria querer me livrar logo disso para quando achasse a pessoa certa poder sentir prazer e também proporcionar, e não ficar sentindo dor.
– Pode até ser, mas não da para chegar para um cara qualquer e pedir para ele tirar sua virgindade. - Falei sarcástica.
– Se você quiser, eu posso te ajudar com isso.


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