The A Team escrita por Clarice Reis


Capítulo 3
Encontros


Notas iniciais do capítulo

ooi gente, aí está mais um capitulo, espero que gostem. Por favor comentem para eu saber o que vocês estão achando.



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Capitulo 2.

Acordei com os raios de sol invadindo meu quarto. Constatei que tinha dormido debruçado sobre a bancada (o que me rendeu uma bela dor nas costas), olhei para todos os papéis rabiscados e pela primeira vez em meses podia dizer que gostei de algo que eu escrevi. Fui até o banheiro e depois de fazer minha higiene pessoal segui até a sala de estar onde encontrei Anthony lendo o jornal.
– Bom dia. - Ele me cumprimentou.
– Bom dia. - Respondi ainda um pouco sonolento.
– E então, como foi a noite?
– Eu tenho algumas coisas para te contar depois.
– Já andou aprontando,Scorpius? Que eu me lembre você era bem certinho...
– Não é nada disso.
– E então do que se trata? - Questionou curioso.
– Eu conheci uma pessoa e....
– Espera aí, em UMA noite em Londres você já arranjou uma garota? Cara, esse negócio de ser escritor é uma boa jogada, vou sugerir isso para uns amigos meus.
– Anthony....
– Mas sério, como ela é? Pegou o número dela? Onde se conheceram?
– Dá pra parar de falar? Já tinha me esquecido o quanto você é tagarela. - Disse já perdendo a paciência.
– Ok, pode falar.
– Eu não a conheci exatamente.
– Como assim? - Perguntou confuso.
– Eu a vi e.... Não sei como explicar, mas eu sinto que ela pode me ajudar com o novo livro, eu consegui escrever ontem alguma coisa que preste depois de muito tempo por causa dela.
– Scorpius, isso é loucura, você nem sabe quem ela é.
– Por favor, me ajude a encontrá-la.
Ele suspirou.
– Sou seu melhor amigo, estou contigo para qualquer coisa. Mas e então, por onde começamos a procurar?
– Bom, ela se apresenta todas as noites no Sept Péchés.
– Como é? Scorpius, me diz que você não se apaixonou em um bordel. - Ele disse com um olhar incrédulo. - Porque eu não sei se você sabe, mas é um lugar bastante inconveniente para se apaixonar.
– Eu não estou apaixonado, apenas curioso. - Afirmei.
– Tá, de qualquer forma nós vamos lá essa noite tentar descobrir alguma coisa, ok?
Eu assenti.
– Bom dia rapazes. - Lily Luna apareceu no topo da escada.
– Bom dia meu amor. - Anthony foi até onde ela estava e lhe deu um beijo.
– Dormiu bem, Scorpius? - Ela perguntou de forma bastante gentil.
– Ah sim. - Mentira. - Foi uma noite bastante agradável.
– Que ótimo. Já tomaram café? - Perguntou.
– Estávamos te esperando. - Anthony respondeu.
– Então vamos logo, devem estar morrendo de fome.
O café da manhã foi tranquilo, pela primeira vez consegui realmente conversar com Lily e tenho que repetir minha pergunta. " Como o Anthony conseguiu uma garota dessas?" Ela é inteligente, gosta de ler e está cursando direito em Oxford e o Anthony é... Como posso dizer? Bom, ele é o Anthony.
– Bom dia pessoal. - Alvo apareceu terminando de guardar as coisas em uma mochila.
– Bom dia, Al. Vai tomar café com a gente? - Lily perguntou.
– Não vai dar maninha, já estou atrasado.
– Então pelo menos pegue alguma coisa para ir comendo no caminho.
Ele pegou uma torrada e saiu em disparada pela porta.
– Esse garoto está sempre atrasado. - Comentou revirando os olhos.

Alvo Potter:

Peguei meu carro na garagem e saí dirigindo em alta velocidade, não podia chegar atrasado de novo. Estava na metade do caminho quando para a minha "sorte" tive que parar por conta do trânsito.
– O que foi que eu fiz para merecer isso? - Perguntei batendo a cabeça no volante.
Fiquei olhando para os lados impaciente até que uma pessoa parada no ponto de ônibus me chamou atenção.
– Vai perder a hora, Parker. - Gritei.
Ela desviou os olhos do livro que estava lendo e assim que me encarou deu um sorriso debochado.
– Não que você não esteja na mesma situação,não é, Potter?
Ela se levantou e veio passando pelo meio dos carros até chegar a porta do carona.
– Sabe, não se deve entrar no carro das pessoas desse jeito. - Falei.
– Cala a boca. - Ela disse revirando os olhos.
Holly Parker é minha melhor amiga desde os tempos de escola, ela é a única pessoa para quem eu posso contar tudo e que eu sei que vai guardar meus segredos.
– E então, como foi noite passada? - Ela perguntou.
– Você sabe que foi boa. - Disse dando um sorriso malicioso.
– Mas é claro, como todo bom domingo Alvo Potter vai ao Sept Péchés atrás de mulheres.
– Você ainda tem esperança de que eu passe as noites de domingo fazendo outra coisa? - Questionei.
– Quando você fala desse jeito o pouco de esperança que eu tenho desaparece.
– Eu sou um caso perdido, Holly, achei que já tinha entendido isso.
– Eu não acho que você seja um caso perdido. - Ela falou me encarando. - Só acho que precisa encontrar a pessoa certa.
–Vamos mudar de assunto, ok? E então, o que está lendo?
– Algumas poesias...
–Acho que depois vou te apresentar um amigo do meu futuro cunhado, ele é escritor e tenho certeza de que vocês iam se dar bem.
– Pelo menos eu ia poder discutir sobre literatura com ele, já que com você é impossível.
Eu esqueci de comentar que Holly é apaixonada por leitura. Livros de romance, ficção, fantasia, poesia e até didáticos, ela lê de tudo.
– Você sabe que eu não tenho paciência para ler.
– O nome disso é preguiça. - Falou enquanto ajeitava seu cabelo. - Você fez o trabalho de anatomia, né?
– Que trabalho? - Perguntei começando a ficar desesperado.
– Aquele que o senhor Buttler passou há mais de duas semanas.
– Eu esqueci totalmente. Ai meu deus, o que eu faço? Esse é o único professor da faculdade inteira que me detesta, ele não vai acreditar em nenhuma desculpa que eu der.
– Relaxa Alvo. - Ela disse rindo do meu desespero. - Eu tinha certeza que você tinha esquecido, por isso coloquei o seu nome no meu.
– É sério? Holly, eu te amo muito. - Falei lhe dando beijos por todo o rosto. - Nunca mais me deixe falar nada de mau a seu respeito ok?
– Hmm, tá bom, da próxima vez que a gente brigar eu vou me lembrar disso.
Ficamos conversando amenidades por mais um tempo até que conseguimos sair do trecho em que estava tudo parado, depois de mais uns 10 minutos chegamos a faculdade.
– Acho que ainda da pra entrar. - Ela disse pegando sua bolsa.
– Me espera. - Eu falei travando o carro.
Fomos correndo até a nossa sala e assim que abrimos a porta todos os olhares recaíram sobre nós.
– Senhor Potter e senhorita Parker, atrasados de novo.
– Desculpe professor. - Dissemos em uníssono.
– Sentem-se logo.
Sentamos nas nossas cadeiras de sempre (que eram uma do lado da outra) e começamos a anotar o que estava escrito no quadro quando de repente a porta foi aberta. Era o reitor.
– Bom dia a todos, eu gostaria de apresentar a vocês a nossa nova aluna, ela veio transferida de Paris e espero que seja muito bem recebida. Pode entrar, Cordélia.
Quando a garota surgiu na porta eu tenho certeza que meu rosto ficou branco. Aquilo definitivamente não era possível.
– Alvo, o que foi? - Holly questionou preocupada.
– Eu conheço essa garota.
– De onde?
– Ela estava no Sept Péchés ontem à noite.


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