Let it be escrita por Algodão doce


Capítulo 22
Will, a baleia


Notas iniciais do capítulo

Hey! Olá de novo pessoinhas! Já peço desculpas pelo mini capítulo :(
Tenho algumas... Informações nas notas finais. É que não queria deixar essa nota inicial gigantesca, então leiam lá, ok? Mas só quando lerem o capítulo! Não é nada demais, só sobre algumas coisitchas da história. Uma coisitcha, na verdade. Bem, boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/499462/chapter/22

Eu realmente não imaginava que a discussão entre o Marcos lindo que é a cara do Zac Efron e que tem um namorado realmente incrível que infelizmente tinha compromissos para o resto do sábado e o Rafael irritante que aparentemente me odeia e acha que eu sou uma tonta e usa muito gel no cabelo praticamente bom bril ia ser mais do que insultos verbais. O Marcos é do tipo que tem classe, não se deixa afetar facilmente. Mas também, ninguém é de ferro. Quando os dois se atracaram, o Jake e o resto dos meninos tiveram que segura-lós para que o dia não terminasse com uma SAMU sendo chamada. Porém, internamente eu estava louca para que o Marcos desse uns socos naquele metido cheio de mimimi. De qualquer forma, resolvi fazer a boa garota que é intermediária entre conflitos e fui conversar com os dois. Separadamente, é claro. Comecei com o Marcos.

– O que aconteceu? – perguntei, realmente curiosa.

– Ele disse que eu era um Bambi e que estava dando em cima dele! – o Marcos respondeu. – Como se eu fosse fazer isso! Eu não sou gari para ficar catando lixo, né amoré? Mas aquele imbecil preconceituoso continuou me insultando! Pode isso?

– Não, não pode isso. Vou conversar com ele, ta? – obtive um suspiro cansado como resposta, e fui atrás do Rafael. Eu queria mesmo era terminar logo tudo aquilo, de ser a Julieta do Jake e tal, mas agora tínhamos algo para resolver. Eu tinha algo para resolver. Fiquei um pouco satisfeita ao encontrar um Rafael boladão encostado em um dos pilares estilo Grécia antiga do salão. Talvez ele esteja arrependido, certo? Bem, tomara que sim.

– Ah, qualé. – o Rafael falou, antes mesmo de eu chegar perto de onde ele estava. – O Jake te mandou aqui? Ele acha que a loirinha dele pode resolver meus “problemas”? Vocês dois são ridículos.

– Ei! Eu não sou a loirinha de ninguém! – protestei – E você que é ridículo! Mas gostei de você ter admitido que tem um problema. E eu posso resolve-ló sim, aliás. Sabe, já passei por isso e é fácil depois que você se acostuma...

– Do que está falando? – o Rafael perguntou, aparentemente aturdido.

– Você está afim do Marcos, ué! Eu gostava do Bruno, mas desiludi depois que soube que ele tinha um namorado. A história deles é tão fofa, nem tem conto!

– Não conta mesmo! – ele interrompeu. – Eu não estou afim de ninguém, sua tonta. E quer saber? Estou indo embora. Vocês podem terminar as gravações aqui, vou ser até generoso. Mas sem mim.

– O que? Você não pode! Você é o pai da Julieta! Aparece nas próximas cenas! Não temos ninguém para te substituir, e além disso o trabalho vale nota! Vamos falar para a professora e você vai ficar com um zero super redondo na sua média de atividade. Quer saber, vai. Tomara mesmo que você se dê bem mal nessa matéria. Humf.

Sim, eu fiquei estressada. Mas nem me importava mais. Era bom mesmo que aquele Rafael chatonildo fosse embora. Até uma criança atuaria melhor que ele. Ei, espera.

– Ei, garoto! – gritei para o Rafael, antes de ele sair do salão. – Vamos precisar das roupas.

Ok, eu não disse isso esperando que ele realmente deixasse as roupas conosco. Tipo, eu esperava, mas imaginava que ele iria ao banheiro se trocar ao menos. Realmente. Foi uma visão nada legal: Um garoto gorducho e nada bronzeado apenas de cueca Box indo em direção a porta do salão de festas. Oi? Ele iria mesmo sair na rua assim? Ai meus duendes!

– O que você disse? – o Jake perguntou, surgindo do nada.

– Nada de mais, eu acho. Ah, e você vai lá pegar o figurino. – falei, apontando para o centro do salão.

– Ué, você é a figurinista.

– Sai dessa! – respondi. – E vamos precisar de um novo Capuleto.

– Certo. Tipo, pra agora.

– Exatamente! Ele acabou de estragar tudo! Minha visão, o vídeo...

– Vamos para a cena da sacada e depois decidimos isso.

– Não quero ter que bancar uma garota fofinha e meiga de novo. Principalmente uma garota fofinha, meiga e com péssimo talento para escolher caras.

– Há-há. – o dragão ocidental falou, antes de o Marcos anunciar que iríamos voltar a gravar. Finalmente.

Eu tive que ficar em cima da sacada, enquanto o Romeu falava baboseiras lá embaixo. “Mas silêncio! Que luz se escoa agora da janela? Será Julieta o sol daquele oriente? Surge, formoso sol, emata a lua cheia de inveja, que se mostra pálida e doente de tristeza”. Haviam dito para eu fazer cara de garota apaixonada. Ótimo. Então teve a parte em que eu e o Romeu íamos nos casar (pois é, somos rápidos), mas rolava um monte de coisa lá que impediu que tudo acontecesse. Havíamos arranjado um novo pai para mim: Um cara de terno e gravata que estava casualmente andando naquela rua à passeio. Falamos com ele e ele simplesmente aceitou fazer papel de papai! O figurino coube certinho nele, sorte nossa. O Rafael está mesmo precisando de dieta.

Já era noite, então a parte em que eu morria, não de verdade, ficou para o dia seguinte. O Jake e a mãe dele iam me dar uma carona até minha casa. Era obvio que eu não estava confortável com aquilo, mas meus pais estavam ocupados fazendo sei lá o que sei lá onde. Coloquei minha roupa normal e tirei o vestido longo cor de rosa – não nessa ordem. Nas próximas gravações que eu usarei o outro vestido, um azul bebê de mangas compridas, também longo, que na verdade é da mamãe, mas ela não precisa saber que eu vou usar. A gola dele cobre todo o pescoço, ou seja, a única parte visível de todo o meu corpo será meu rosto e minhas mãos. Meu cabelo estará preso apenas no alto da cabeça, com cachos de babyliss.

A Mel dessa vez irá me maquiar, ela não pode hoje porque ia fazer o próprio trabalho com as amigas monstrinhas dela. A mãe do Jake chegou, estávamos esperando do lado de fora. O dragão ocidental se sentou no banco de trás, aparentemente para que ficássemos próximos um do outro e tal. Então sentei ao seu lado, a contragosto.

– Oi, All! – a mãe dele falou, com um grande sorriso no rosto. Aqueles dentes brancos dela me dão inveja. Aposto que nenhuma cáriezinha medonha já habitou aquela boca. Aquele motorzinho do mal dói para caramba, sério! Escovem bem os dentes, crianças.

– Oi, senhora... – Hã, como é mesmo o nome da mãe do Jake? – Senhora! – completei, com um sorriso, como se o todo tempo todo eu só quisesse ter dito aquela palavra.

– Ah, senti a sua falta! Pensei que depois do que aconteceu você passaria a visitar mais o Jake! – ela continuou, ainda rindo, como se os Beatles estivessem lhe dando um disco autografado e beijinhos na bochecha.

– O que... O que aconteceu? – perguntei, pensando no que ela poderia estar falando. Ai minha nossa.

– Hum, acho que eu não deveria ter tocado no assunto... Estou indo pelo caminho certo? O Jake me disse seu endereço quando me ligou, mas nunca estive por essas ruas antes.

– Que assunto?! – praticamente gritei, mas me recompus. – Sim, sim, é o caminho certo.

– É algo particular. – o Jake interrompeu.

– Não é algo particular se me envolve! – falei - Vou processar vocês!

Ninguém falou mais nada. A mãe do Jake só ligou o som, e uma música bem legal se espalhou pelo carro. Mas eu não queria músicas, eu queria respostas!

– Acho que conheço essa música de algum lugar. – eu disse.

– Do meu celular. Pink floyd, Wish You Were Here. Estávamos ouvindo perto da biblioteca, no dia em que nos beijamos.

Comecei a tossir desesperadamente. What??? O que estava mesmo rolando ali?

– Aconteceram outras coisas nesse dia também. – acrescentei rapidamente, quando parei de tossir. – Sabe, o Will, a baleia, finalmente deu seus primeiros passos.

Foi a primeira coisa em que eu pensei, ok? To ligada no fato de que baleias não andam! Agora me diz: Se um cara totalmente lindo e sem noção dissesse para a mãe dele que beijou você, o que você faria? Baleias. Sempre funciona.

– Bom para o Will. – o Jake e a mãe dele falaram ao mesmo tempo.

– Vocês são esquisitos! – comentei.

* **

O vídeo ficou realmente incrível. Gravar a parte final, cheia de mimimi, foi realmente trágico: Tivemos que fazer uns cinco takes até dar certo. Mas, como sou linda, maravilhosa e uma ótima atriz, acabou tudo bem. Agora restava apresentar o vídeo para a sala. Ótimo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Ô eu aqui de novo ^-^
Bem, a capa dessa história é ~provavelmente~ temporária desde que eu comecei a escreve-lá. Então eu pensei que talvez uma de vocês, leitoras lindas e maravilhosas, pudesse fazer uma nova para mim! Claro que receberiam algo em troca, o que quiserem! Pensei que talvez pudesse dar um prêmio do tipo um personagem que vocês dessem as características e eu inserisse nessa história, um momento de fofura entre o Jake e a Alice da maneira que vocês queiram, até uma short fic especial eu faria! Ou podia divulgar uma fanfic da alma caridosa que fizer a nova capa para mim. Se mais de uma pessoa se dispor, o que me deixaria muito muito feliz, terei que escolher a melhor, é claro. Mas poderia dar o "prémio" para ambas! Caso alguém se interesse ou comente aqui ou me deixe uma Mensagem privada, please!
Ta, agora me digam: O que acharam do capítulo? O Jake e a mãe dele são fofos, né? Haha. Beijoooooos :)