Let it be escrita por Algodão doce
Notas iniciais do capítulo
Oi! Vou começar essa nota inicial agradecendo as minhas leitoras, pessoas incríveis e maravilhosas. Primeiramente as “novatas”: Naomi Lawliet (que espero que já tenha chegado a esse capítulo, haha), Susannah Grey (meu Deus, obrigada pela linda recomendação! Eu amei amei amei! Fiquei muuuuito feliz quando a vi! Obrigada mesmo *-*) e Yasmin Roos (Continue aí, hein? Fico muito satisfeita em saber que esteja gostando!). Agora as que estão comigo e com a Alice desde o comecinho da história... Primeiro a Irwin, que foi a primeira a comentar a história, quando ainda se chamava Mrs Grier aqui no nyah, seriamente, um muito obrigada. E tem também a Lola Andrade, a primeira a recomendar a história (foi a primeira recomendação de toda a minha curta história aqui no nyah! Eu pirei totalmente! Obrigada!). E é claro que eu não podia me esquecer da Gleyce Kelle, que se eu me lembro bem também mudou de apelido nesse período, e cujo comentários sempre me inspiraram e foram tipo assim, awnt!!! Bem, obrigada a todas vocês, e obrigada as pessoas que passaram por aqui e por algum motivo resolveram abandonar a história – não que esse obrigada sirva de alguma coisa – e obrigada também aos meus possíveis leitores fantasmas, mesmo que tipo, vocês devessem mesmo comentar alguma coisa, estão perdoados! Ou quase. COMENTEM, POXA! Ta, é isso. Achei que era importante agradecer, então... Valeu cambada! Agora sim, boa leitura.
Domingo fui ao zoológico com os meus pais (uma girafa mastigou meu cabelo! Longa triste história) e na segunda-feira eu tinha curso de inglês – seria meu primeiro dia de aula – mas tive que ir ao dentista. Adivinhem só. Eu, com meus dentes fabulosos e perfeitamente alinhados, comecei a sentir um dor horrível na minha boca. Dor de dente. O dentista de cabelo grisalho e barba num estilo meio papai Noel disse que eu tinha uma cárie. Fique tipo “what?!”.
– Você tem escovado seus dentes direitinho? – ele perguntou.
– Ah, é claro. Todo dia limpo eles com cocô de rinoceronte. Por isso são tão branquinhos! – respondi, mas tudo que ganhei foi um olhar assustador da mamãe. – Brincadeirinha! É claro que sim. Todo dia. Depois das refeições.
– Vou cuidar disso.
– Você vai usar o motorzinho do mal. – falei.
– Ah, você nem vai sentir.
Mas é claro que eu ia sentir. Os médicos sempre dizem isso. “Nem vai doer, querida”, mas é claro que dói. De qualquer modo, deveria ser melhor que a dor de dente.
* * *
– Ei, gata – ouvi alguém chamar. Era o Jake. Haha.
– Me chame assim de novo que eu quebro todos os seus dentes. – resmunguei.
– Eu estava só brincando. – ele disse. – Estressadinha.
Não respondi. Eu estava sim estressada. Por causa da girafa, da cárie, e porque era uma terça-feira e eu ainda teria uma manhã toda com aulas chatas. Mas é claro que o Jake não estava disposto a me deixar em paz.
– Você tem um segundo? – ele perguntou, se pondo ao meu lado e segurando uma das minhas mãos com seu braço não engessado. Mas, para sorte do dragão ocidental, não bato em pessoas feridas. A menos que elas mereçam muito.
– O que é?
– A professora de português passou um trabalho ontem, em grupo. Espero que não fique chateada por ter te colocado no nosso grupo... A Mel se ofereceu, é claro, mas achei que talvez fosse perigoso você e a Athena trabalhando juntas. – ele deu um risinho.
– Hã, obrigada, eu acho. Quem mais está no grupo?
– Humm. O Eduardo, o Gabriel...
– Resumindo: Muitos nerds. – eu disse.
– Quase isso.
– “Quase”. – repeti – Ta. E sobre o que é o trabalho?
– É um vídeo. Sobre algum livro que nos inspirou.
– Ah, é claro. Vai ser tão fácil. – comentei, revirando os olhos. – E então, já decidiram?
– Os meninos pensaram no guia dos mochileiros da galáxia. Mas acho que a professora não vai gostar muito... Então cogitamos Harry Potter, mas achamos que sua opinião é importante também.
– Eu não leio. – respondi.
– Mas você já leu alguma coisa. – ele retrucou.
– Ta, que seja. Eu acho que a culpa é das estrelas é um livro bom, apesar de que ele me deu muitas ideias... Hã, complicadas?
– Nossa, isso foi super entendível. Olha, marcamos de conversar no recreio. Seria muito humilhante para você sentar com a gente?
– Seria, se eu ainda tive reputação. Mas eu sou só uma garota loira metida com tendências violentas. O que eu quero dizer é que provavelmente será mais humilhante para vocês do que para mim.
– Lanchar com uma garota extremamente bonita e divertida? É, é bem humilhante.
Então, o dragão ocidental simplesmente soltou minha mão e... Fugiu? Totalmente absurdo! Como assim? Ridículo e infantil. Humf. Ele disse bonita? Cara. Acho que preciso seriamente de terapia.
* * *
Então, me sentei com os garotos no recreio. O Eduardo eu já conhecia, de um dia em que estive entediada na biblioteca e ele meio que me fez companhia, o Gabriel e o Luan também, já que eles são meio que “namorados” da Marina e da Isabel, umas nerds quase fofas, mas havia um menino com cabelo lambuzado de gel e olhos incrivelmente verdes que eu nunca tinha visto mais gordo. Ele se apresentou como Rafael.
– Temos que decidir sobre o trabalho. – o Jake falou. E como eram garotos que estavam reunidos, todo mundo começou a falar super alto e ao mesmo tempo, enquanto eu esperava que eles se cansassem e terminava meu suco de laranja. Só demorou uns três minutos.
– Ta legal, agora que todos já calaram a boca – eu disse – Tenho ideias também.
– Oi. – o Eduardo disse.
– Hã, oi. – respondi. – Bem, eu pensei que talvez devêssemos inovar ao fazer o vídeo. Porque imagino que a maioria das pessoas vai ficar na frente de uma parede de cor clara e desatar a falar sobre o livro lá e tal, o que tipo, é muito entediante e chato. Então poderíamos tentar entrar na história sabe? Como uma interpretação! Poderíamos atuar ou coisa assim.
– Não entendi nada. – o garoto de gel no cabelo falou.
– Eu acho que o que a Alice quis dizer é que deveríamos fazer mais do que apenas contar a história do livro quando formos gravar o vídeo. – o Jake explicou para o tal Rafael.
– Mas precisamos saber sobre qual livro vamos falar primeiro. – o Luan disse.
– Eu voto em Percy Jackson! – o Eduardo exclamou.
– Talvez Romeu e Julieta. – sugeri. Aí, todos simplesmente ficaram completamente em silêncio, o que me deixou um pouco constrangida.
– É, Alice... – o Jake começou – Eu acho que talvez seja um pouco...
– Foi uma ideia idiota. – o Rafael cortou.
– O que, vocês têm vergonha? Acha que as pessoas vão ficar pensando tipo “caramba, aqueles caras ali são fãs de Shakespeare e Romance”. Sabe, eu não me importaria com isso. Sou profissional em não ligar para a opinião dos outros. – nessa parte, lancei um olhar frio para o Rafael – Além do mais, acho que a professora ia amar.
– Eu gostei. – o Gabriel finalmente disse.
– Pode ser. – falou o Luan.
– Ainda acho que é uma ideia ridícula, mas se todos estão do lado da loirinha... – disse Rafael. Foi muito legal o ver engolindo suas contestações.
– Tudo bem. Mas se formos tipo, atuar, teremos que escolher um Romeu. – o Jake falou.
– E quem vai ser a Julieta? – perguntei, e então todos me olharam como se eu fosse maluca. – Não vou ser a Julieta!
– É claro que você vai ser a Julieta. – o Luan disse.
– Porque algum de vocês não se veste de garota? Eu empresto um vestido meu. Vocês vão adorar o ventinho! – comentei.
– Nem pensar. A ideia foi sua, além disso. – o Rafael falou.
– Ta, que seja. – respondi. – Mas quero que o Jake seja o Romeu.
Eles exclamaram um “ê” prolongado, e senti meu rosto esquentar. Ok, eu e o Jake daríamos uma palhinha como Romeu e Julieta. Ótimo.
– Posso cuidar do figurino. – continuei. – Vamos precisar de alguém para fazer o cenário e o roteiro. Teremos que ter figurantes também. Acho que posso conseguir alguns. O Rafael pode ser o meu pai, o Sr. Capuleto, e acho que o Gabriel podia fazer o Sr. Montecchio, pai do Romeu. E você pode ser o padre, Luan.
– A garota é mesmo fã de Romeu e Julieta. – o Rafael disse. – Acho dá para eu ficar no cenário.
– É, eu também. – o Jake falou, e o Gabriel disse que ajudaria os dois. Então o Luan ficou com o roteiro. Ia ser difícil, exigiria muitos “atores” e muito trabalho duro, mas eu sabia que ficaria incrível. Tocou, sinalizando que o intervalo havia acabado, e todos se dispersaram. Antes que o dragão ocidental sumisse, eu o chamei para conversar. Sobre o trabalho, é óbvio.
– Quero te pedir um favor. – eu disse.
– O que?
– Vamos ter que editar o vídeo e tal no final, então pensei que talvez você pudesse fazer isso. E que talvez pudesse cuidar da trilha sonora?
– Ah, é claro. Vai ser uma honra, Julieta.
– Nem vem com essa. – falei.
* * *
Já sabia quem contratar para serem os figurantes. Procurei a anãzinha, Martha, por todo lugar da escola, mas não a encontrei. Então deixei para depois. O Bruno e o Marcos também arrasariam no vídeo (aposto que todas as garotas da sala vão babar!), e liguei para eles, que toparam na hora. O Pedro do meu condomínio também topou participar, mas mesmo assim ainda precisaríamos de algumas outras pessoas. Tive uma maravilhosa ideia, na verdade. Quando cheguei à minha casa fiz todo o meu ritual diário (almoçar, tomar banho, trocar de roupa) e fui atrás de jovens adolescentes com vontade de participar de vídeos escolares. Primeiro, fui conversar com minha vizinha de verdade, Alissa. Ela tem uns treze anos, eu acho, e gosto do fato de o nome dela ser tipo uma derivação do meu. Ela é meio gótica e tem mechas roxas no cabelo originalmente preto. Seria meio difícil encaixa-lá em uma adaptação de um clássico, mas isso era algo para se pensar depois. A mãe da Alissa, Marina, abriu a porta.
– Oi?
– Oi! Eu sou a Alice, vizinha de vocês. Gostaria de conversar com a Alissa, ela está?
– É, está. – a Marina respondeu, em seguida gritando “Alissaaaa”. A Alissa apareceu. Apresentei-me novamente a ela, e expus minha proposta.
– Ta, que seja. – a Alissa respondeu. Gostei dessa garota. Praticidade. É isso aí.
Bem, eu ainda teria um dia cheio.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Já estou imaginando a All e o Jake em cenas românticas, hahaha. Vai ser fofo? Bem, eu espero que sim! Gostaram?
XOXO