Divergentes - A Luta escrita por Everlak


Capítulo 8
Secrets And Pain


Notas iniciais do capítulo

OI!!! Gente, meus leitores queridos estão me abandonando... Isso me entristece bastante... Mas Enfim, tenho de continuar pelos restantes neh? E pelo simples desejo e alegria de escrever. Bem este Capitulo é bem triste, eu acho. Preparem os stocks de lenços e por favor não me matem.



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Tobias me segura fortemente em seus braços e me retira dali. Começo a ouvir o tumulto que casou quando nó entramos no campo de visão dos outros alunos. Marlene retira as coisas de cima da manta no chão e Tobias me deposita lá. Senhora Brooke, logo chega ao nosso lado carregando uma maleta de primeiros socorros. Ela segura meu pé gentilmente retirando a sapatilha. Ela observa a mordida.

– Venenosa? – Tobias pergunta.

– Felizmente não – Todos ao meu redor suspiram aliviados.

A professora trata então do meu pé enquanto todos tagarelam à minha volta me dando dor de cabeça. Todos menos Tobias que está de olhar fixo no meu pé. Eu começo a pensar o realmente aconteceu naquele rio. De onde viera aquele jacto de água. Na hora pensei que tivesse sido algum dos garotos ou Eric mas não. Me lembro das expressões tão surpresas quanto a minha. E porque Will e Uriah foram atrás da cobra? Não fazia sentido. E para além disso, onde estava Eric. Tão depressa o vi com já não o via mais. Fiquei tão tonta que tombei a cabeça para o chão.

– Tudo bem Tris? – Chris perguntou cautelosa. – Esforço um sorriso e ela se acalma.

– Eu acho que deveríamos voltar. – A senhorita Brooke fala acabando de tratar a mordida.

– Não, não! – Eu nego – Eu estou bem, de verdade. Não se preocupe.

– Tudo bem então… - Ela se levanta e reporta tudo aos outros monitores.

– Tris o que tu viste? – Tobias pergunta antes que os restantes se aproximem.

– Que raio de pergunta! Vi uma serpente tentando -me matar e vocês chegarem e afugentarem ela. – afirmo não entendendo o porque da pergunta.

– Hum, certo. – Ele não parecia satisfeito mas não falou mais nada. Possivelmente porque Marlene já estava se sentando ao meu lado.

– Meu Deus amiga! Como estás? – Ela me abraça forte e eu sorrio pela demonstração de afeto.

– Está tudo bem, foi só um susto…

– Foi mais que um susto. – Tobias se intromete – Ou esqueceu que foi mordida?

– Não esqueci não. – faço carranca – Como poderia se você esta constantemente me lembrando?

Ele olha para mim como se me estivesse a avisar para não provocar ele. Eu não estava nem aí. Ele respirou fundo e saiu dali para sei lá onde. Hoje todo o mundo parecia alterado.

–Qual o problema dele? – Chris pergunta.

– Sei lá eu. E acho que já tenho minha dose de problemas para ainda ter que me preocupar com os dos outros. – Aponto.

– Ohhh meu anjo! Me desculpa! Eu devia ter esperado por você – Ela se martiriza.

– Ei, eu mandei você correr certo? – Ela assente. – Então não se preocupe.

– Minha menina! – Marlene se junta ao abraço de urso e eu começo a ficar sem folego.

Vejo Uriah, Will e Molly voltando. Espera! Molly não estava com eles, estava? Eu agora só sei que nada sei. As meninas me largam e Uriah se senta à minha frente me dando mais um abraço.

– Como está? – Eu bufo.

– Serio, eu vomito se mais alguém me perguntar se eu estou bem - resmungo

– Você não pode nos censurar por nos preocuparmos com você! – Ele retruca e puxa-me para seu colo.

– Tem razão, me desculpa – Faço beicinho e ele segura meu queixo, seu polegar brincando com meu lábio inferior.

– Não tem problema não, Bea. – Ele me dá um selinho e eu repouso com a cabeça apoiada no seu peito.

Um pouco mais afastado vejo Tobias discutindo com Molly de forma efusiva enquanto ela mostrava indiferença à discussão. Parecia entediada. Logo vejo Will chegar perto dela, colocar as mãos nos seus ombros e a empurrar. Tobias os separa mas Will continua brigando com ela. Saída não sei de onde, aparece a psicóloga da escola, Susan, que os mandou sossegar e passou um raspanete a todos eles. Achei a cena um tanto macabra porque parecia que ela não estava ralhando como professora ou psicóloga mas como uma mãe faz com seus filhos. Imediatamente ela olhou para mim como se conseguisse ouvir meus pensamentos e mandou os três dispersar. Ela também saiu do meu campo de visão rapidamente.

Os professores estavam planeando uma caça ao tesouro no bosque mas após o incidente decidiram mudar os planos e prepararam um torneio de futebol. Não me deixaram participar ainda que eu alegasse estar bem pelo que me sentei de volta a empanturrar-me de bolo de chocolate e limonada. Os meus amigos formaram uma equipa e ninguém os batia. Eles eram incríveis. Uriah era bastante rápido, movendo-se com destreza. Tobias era forte, qualquer remate que fizesse entrava. Os goleiros nem se metiam à frente para intercetar a bola, com medo de se magoarem. As meninas os acompanhavam. Marlene jogava bem também enquanto que Christina se mantinha longe da bola. Will foi colocado à baliza e fazia um excelente trabalho. Claro que eles ganharam o torneio. Eu batia palmas, torcendo por eles e bebendo um gole de limonada sempre que marcavam. Quando demos por ela, já era noite.

Nos recolhemos de novo nos autocarros e novamente dei por falta de Eric. Ao entrar perguntei à senhora Brooke e ela havia dito que ele teve uma emergência de trabalho e pegou um táxi. Então, não havia nada de tão estranho nisso.

Quando ia deslizar para meu banco ouço:

– Ei! Beatrice! Vai fazer um striptease de novo? Eu pago mais para ser um strip privado! – Um garoto mais à frente gargalha. Uriah e Tobias se levantam em direção ao garoto. Vejo Will também se postando atrás deles. Porém eu intercedo o caminho deles. Coloco as mãos no peito de Uriah o travando.

– Deixa! – Eu mando. – Eu não ligo.

– Ahh mas ele não vai ficar a rir de você, não mesmo! – Tobias se pronuncia.

– Eu já falei para deixarem quieto! – Elevo ligeiramente a voz.

Contrariados eles voltam aos seus lugares ainda faiscando raiva em direção ao garoto que se escondeu no assento. Eu passei por Uriah roçando minhas pernas nas dele devido ao ínfimo espaço e ele me agarra a cintura e puxa para baixo ficando no seu colo, meu peito batendo no dele.

– Uriah? – Ele olha para mim sorrindo maliciosamente. – Estamos num autocarro cheio de adolescentes!

– E eu não ligo – Ele me empurra para meu lugar, me encostando contra a janela e me beija com paixão.

– Uriah – Peço novamente quando interrompemos o beijo ofegantes.

– Tudo bem – Ele se endireita no banco e eu me deito no seu ombro olhando pela janela a noite escura.

Quando percebo, estamos de novo em frente ao colégio e o moreno me dá a mão para sairmos do autocarro. Entro novamente no carro de Uriah mas dessa vez vou no lugar de pendura. Olho as horas quando Uriah liga o carro e pouso o celular ao meu lado no banco. Todos no carro estão sonolentos pela corrida durante o torneio de futebol. Desse modo, a maior parte deles estavam quase dormindo. Uriah se mantinha firme ao volante. Pouco depois chegávamos em frente a meu prédio.

– Bem, esta é minha paragem. – Faço uma tentativa de gracejar. Ele sorri para mim. – Eu ia perguntar se queres subir mas acho que aqui as belas adormecidas não gostariam disso.

– É, eu acho que não – Ele ri com vontade. – Talvez para a próxima. Boa noite.

Ele me acaricia meu rosto e me beija a testa carinhosamente. Eu pego a bolsa aos meus pés e a cesta do piquenique e saio do carro. Mal eu passo a entrada do prédio me lembro que deixei o celular no banco.

– Droga! – Vocifero. Subo até meu andar e abro a porta com as minhas chaves.

Ao entrar, quase dou um passo para trás ao ver a entrada de minha casa toda destruída. Adentro com calma e me dirijo para a divisão mais perto, a cozinha. Também ela está toda revirada, prato e copos partidos, cacos pelo chão, cadeiras tombadas…. Agarro uma faca por precaução e pouso as bolsas. Caminho para a sala quando ouço barulho do quarto da minha mãe. Corro para lá e vacilo com horror. Eric está com uma faca, um facão, maior do que o meu. Ele está sobre a minha mãe a agarrando.

– Diz-me!! Agora!! Tu sabes! Onde está? – Ele Gritava furioso para minha mãe.

– Eu não sei nem te diria se soubesse! – Ela cospe para ele. Eric ruge de raiva e olhar de minha mãe cruza com o meu com preocupação. Ele empunha o facão no peito de Natalie e eu grito em sintonia com minha mãe. Ele dá conta da minha presença.

– Tu! – Antes de ele sequer reagir eu disparo para fora. A meio do corredor ele me puxa para trás pelos longos cabelos e eu caio desesperada no chão. Eu arranho o chão tentando me impulsionar para a frente mas ele me agarra. A faca dele trespassa minha perna. Eu grito de dor. A faca que eu tinha na mão avançou um pouco para a frente e eu me estico para a alcançar. Meus dedos tocam o metal e agarram. Me viro para cima e espeto no seu ombro. Ele recua um pouco e eu me levanto aa correr para sair dali para fora e pedir ajuda. Nesse momento eu percebo que nunca terei a tal conversa com minha mãe sobre sexo, nunca a encontrarei de novo ao chegar do colégio. Eu acabara de perder o último elemento da minha família. Eu estava sozinha no mundo.

– Ah não mocinha você não vai! – Ele fala ameaçador e tenta puxar-me para dentro. Eu grito na esperança que algum vizinho ouvisse. – Cala a boca. Esteve todo o tempo na minha frente e eu nem reparei!

– ME SOLTA! – Grito sem mesmo perceber o que esteve na frente dele. – Você matou minha mãe!!!!

– Como você fez aquilo? – Ele aperta mais forte meu braço.

– Fiz o que? – Choramingo.

– Aquilo! No lago! – Ele me abana com violência.

–Eu não sei o que está falando! – Falei devagar o olhando diretamente. Isso o enfureceu ainda mais. E zás. O facão rasgou meu braço direito e eu acabei deixando cair a faca. Dobrei-me sobre mim mesma tentando aplacar a dor em meu braço e em meu tornozelo. Eu chorava de dor mas não só física. Eu chorava por minha mãe.

– Você sabe! Todos os experimentos que seu pai fez… Nunca pensei que ele metesse sua preciosa filhinha no meio – Ele afirma com um sorriso nojento- Eu estava enganado.

– Me solta! – Grito de novo. Ouço o celular de minha mãe tocar lá dentro. Celular que ela nunca iria atender de novo. O celular tocava incessantemente. Eric ainda me agarrava.

– Não! Você vem comigo. – Ele me puxa tentando descer as escadas mas eu faço pressão para me manter no ugar. Não iria a lado nenhum com ele!

Ouço a porta do átrio se abrir e Uriah aparecer no meu campo de visão.

– Ei! Bea! Você deixou seu… - Sua voz animada vai desaparecendo num murmúrio ao perceber a cena perante ele e minha expressão de pânico. – Bea?

Uriah corre em direção às escadas e o Eric, vendo –se encurralado me empurra com força e eu acabo rolando pelas escadas abaixo enquanto ele escapa.

– Will, Tobias! – Ele grita enquanto me ampara quando chego ao final das escadas. Eles logo aparecem correndo, Molly atrás dele. Eles saltam por cima de mim correndo escadas acima atras de Eric.

Sinto minha consciência desaparecer enquanto Uriah me chama desesperado. A sensação de sono é maior que a dor e sinto meus olhos se fecharem..

– Tobias! Temos que a levar a ele! – Eu não sabia quando os outros haviam voltar.

– Você sabe que não podemos! Ele não estará de acordo! – Ouço ele responder.

– Não me parece que ele gostará de saber que nós a deixamos morrer – Uriah fala com uma voz diferente, quase choramingando.

– Então porque não a levamos simplesmente para o hospital? – Voz de garota. Molly.

– Ela não sobreviverá se a levarmos ao hospital – Sinto uns dedos no meu pescoço. – É a única solução.

– Eu concordo com Will. – Tobias fala. – Estamos perdendo tempo. Ele Terá que se submeter.

Depois disso eu não tenho consciência de mais nada.


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Notas finais do capítulo

Chegamos!! Então? Espero não ter ameças de morte nos comentários ok? kkkk Mas ainda quero e gostaria de receber comentários!! Beijos fofos!



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