Divergentes - A Luta escrita por Everlak


Capítulo 25
Because of you!


Notas iniciais do capítulo

Heyyy
Demorei mas cheguei!!!!
Bem, cá está mais um capitulo!
Enjoy!



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– Droga! – Levantei a cabeça num rompante atraindo a atenção dos garotos. – Susan não me respondeu quando diz uma pergunta e não a senti mais. Pensei que fosse porque ela tinha algo mais em mãos mas… e se eles também sofreram um ataque?

– Pode ser – Uriah confirma pesarosamente – Mas também pode não ter acontecido nada com eles. Não tem como saber, Tris.

A sua resposta não me reconfortou. Pelo contrário, me fez desatar a correr em busca deles para ter certeza que estavam bem.

Ouvi os rapazes atrás de mim me chamando de volta mas eu os ignorei. Não deixaria meu irmão à sua própria sorte, não mesmo. Eu corria sem rumo mas isso era melhor do que ficar parada à espera dos acontecimentos. Uma outra explosão irrompeu na floresta e, apesar de não estar ao seu alcance, acabei por cair com o impulso.

– Não…. – Gemi.

Eu não sabia se a explosão tinha apanhado algum de nós. Uriah estaria bem? Will? Caleb? Minha cabeça estava prestes a ela própria explodir. Meu corpo estava dorido por tudo pelo que passei esta noite. Eu não conseguia mover um único músculo sem sentir uma pontada de dor. Sentia minha garganta seca, tanto pela fumaça como pelo ar frio e seco. Meus lábios estavam crestados e sentia-me enregelada, mesmo com a correria. Eu mal sentia os dedos e meus dentes batiam com frio. Eu estava a ponto de me deixar desistir e ficar deitada naquele solo até que finalmente não sentisse mais nada. Enterrei minhas mãos entre as folhas secas e deixei minha consciência se desvanecer. Era tarde demais, eu não conseguiria sair dali sozinha.

– Você é uma menina esperta, Bea.

Eu olhei para cima e vi meu pai.

– Eu não sou Bea. Pensei que você já tivesse percebido isso. – Resmungo para ele.

– Minha querida, você tem que se levantar daí.

– Não consigo. – Choramingo. – Eu não posso ajudá-los. Eu sou uma imprestável.

– Não, você não é!

Ele se ajoelha a meu lado e acaricia meu rosto. Eu me recolho numa bola, agarrada aos joelhos. Eu não posso. Eu não consigo. Eu estava cansada, derrotada.

– Papai, eu estou muito cansada…

– Não pode desistir princesa. Uriah está à sua espera no lago para brincar.

– O quê?

Uriah? Lago? Mas nós não estávamos mais naquela clareira onde passávamos nossos verões. Não eramos mais crianças. Nossas vidas eram tudo menos uma brincadeira. Abri os olhos mas meu pai não estava mais ali. Aliás, nem eu estava onde caíra. Estava sendo transportada.

No segundo que percebi isso, reuni toda a força que consegui e comecei a debater-me. Assustado, meu oponente me larga no chão. Eu tento rastejar para longe mas ele me segura os pés e me puxa de volta.

– Me solta! SOCORRO! – Eu grito mas ele se debruça sobre meu corpo e tapa minha boca.

– Quieta Tris! – Ele grunhe e me vira para ele.

– Tobias? – Pergunto chocada. Mas o choque rapidamente dá lugar à irritação. – Me larga agora!

– Você está bem? – Ele questiona ainda sobre mim.

– Estou ótima, não pode ver? – Falo ainda me debatendo e ele cerra suas mãos em meus pulsos.

– Tris.

– É, estou péssima. Mas o que importa a você? – Digo rispidamente. – Me deixe em paz.

– Qual é o seu problema? – Ele pergunta irritado e se levanta.

– Nenhum. – Eu viro-lhe as costas e deambulo dali. – Tenha uma boa vida Tobias Eaton.

– Se é uma brincadeira, não estou achando a mínima graça – Ele diz.

Brincadeira? É ele que parece estar de brincadeira. Ele é bipolar ou qualquer coisa parecida. Só pode ser essa a explicação. Pois bem, seja o que for, eu não tenho tempo ou cabeça para lidar com isso agora.

– Para onde você estava me levando? – Pergunto, percorrendo o espaço até ele.

– Eu estava tentando levar você para um lugar seguro.

– Porquê? Não sou nada para você. – Replico.

– O que você está falando? – Ele percorre a mão pelos cabelos curtos visivelmente cansado.

– Não se faça de ingénuo. Não cai bem em você – Respondo. – Você me empurrou e desapareceu de vista. Peço desculpa se matei Molly mas ela estava prestes a matar você!

– Você entendeu tudo errado – Ele suspirou. – Eu sei que você não queria matar ela. Só fez o que foi necessário.

Eu estava à espera de ouvir que ele sempre amou Molly, que eu fui um erro, que me odiava. Mas aquilo? Foi bem inesperado. Se Tobias percebia que fora um infeliz incidente, porque teria fugido daquele jeito.

– Mas então…

Eu não terminei a frase mas ele entendeu onde eu quis chegar. Exausto como eu, ele se encostou a uma árvore enquanto eu me sentei na rocha perto dele.

– Não sei se Uriah ou Will já esclareceram para você mas Tori desapareceu pouco tempo antes que Molly pegou você.

– Você estava indo atrás dela – Concluí e ele assentiu.

– Eu assumi que fora Molly e corri à sua procura por essa floresta. Mas não encontrei ela ainda. Susan também não consegue sincronizar ela, o que é estranho.

Lembro quando Susan começou a comunicar comigo. Eu pensava que estava ficando louca. Mas o que é de realçar era que eu estava do outro lado do país e ela conseguiu alcançar-me. Então porque não conseguia com Tori?

– Ela ficará bem. – Tento tranquilizar Tobias.

– Eu não tenho certeza… Tori desenvolveu o dom à pouco tempo e não sei se ela consegue lidar com tudo isso.

– Ela é uma garota forte. Espera! Desenvolveu?

– É. Minha irmã tem os poderes naturais como Megan e as outras. Por isso não estava connosco na casa. Ela estava com as “Brujas” a aprender a desenvolver seus poderes e a controlar-se.

– Oh… - Eu consegui balbuciar. Já me perguntara porque passei tanto tempo sem a ver e agora entendia. - Como ela tem poderes naturais e você não?

– Não sei dizer. Aliás, nem Caleb consegue chegar a uma conclusão concreta. Talvez seja como a cor dos olhos ou cabelo. Você pode obter os olhos azuis de um pai ou castanhos de outro e seu irmão ocorrer o contrário. Tem relação com a genética acho.

– Entendo.

Mal profiro as palavras mais uma explosão ocorre, desta vez bem mais longe de onde estávamos. Com a distância a que ocorrera, consegui manter meus pés no solo firmemente. Estar sentada provavelmente terá ajudado. Olhei o horizonte e vi a bola de fumo se formar. Eu me sentia num ataque militar.

– Este bosque está todo armadilhado – Tobias diz como se não fosse algo óbvio.

– Nós temos que sair daqui – Afirmo.

– E os outros?

– Não podemos fazer nada por eles se estivermos mortos. – Destaco.

Ele pensa um pouco e começa a caminhar. O céu fica gradualmente mais claro, mas ainda não está claro o suficiente para vermos nossos próprios pés ou o que se estende à nossa volta.

– Você sabe para onde estamos indo?

– Nem ideia. Mas parados não encontraremos uma saída.

– Certo, vamos lá então. Me guie Tobias.

Eu não sei por quanto tempo caminhamos mas eu cada vez sentia mais como se estivéssemos andando em círculos e pela carranca de Tobias, podia perceber que ele sentia o mesmo. Essa noite parecia durar já uma eternidade e eu só desejava que terminasse por fim.

– Espere Tobias. – Falei, me apoiando com uma mão num carvalho. – Eu não posso mais.

Olhei para minhas pantufas completamente destruídas e esfarrapadas e levantei um pé nu só para comprovar que ele estava todo esfolado e vermelho pelos arranhões dos gravetos no chão. Tobias olhou na mesma direção e apressou-se a ver o estrago.

– Tem razão. Você não pode andar nesse estado.

Num segundo ele me coloca às suas cavalitas e dispara na sua velocidade sobrenatural. Comigo em suas costas, ele não tem que se preocupar em andar ao meu ritmo meramente comum. Eu fecho os olhos para não ficar tonta e aproveito para repousar um pouco, pois contínuo exausta. Vez ou outra sinto as folhas das árvores acariciarem meu rosto à medida que passamos mas nem isso me incomoda. Eu só queria mesmo um descanso.

– Droga!

Tobias grunhe e quando abro os olhos para entender do que ele está falando, meu corpo embate no chão com violência. Zonza e com dores, não consigo perceber o que se passa à minha volta. Apenas consigo ver três vultos deitados a meu lado.


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Notas finais do capítulo

Gente, eu percebi que apesar do vosso apoio incondicional (MINHAS LEITORAS LINDAS), vocês ficaram desiludidas com o término da fic.
Portanto eu tenho uma suspresinha. Eu escrevi um tempo atrás uma fic de Divergente one-shot e irei publicá-la para vocês. É ligeiramente deste estilo, apesar de ser narrado por Tobias. Próximo cap dou mais detalhe e o link da nova/velha fic.
E aí? Estarão interessadas?http://fanfiction.com.br/historia/586019/Perfect_Life/
BEIJOS FOFOS!