Divergentes - A Luta escrita por Everlak


Capítulo 22
The choice!


Notas iniciais do capítulo

Heyyy!!!
Olhem quem voltou rapidinho!!!!
Justificativa? Quero terminar o mais rapidamente a 1ª temporada para poder editar e tals para mandar para editoras antes de começar a publicar segunda temporada.
Por falar nisso, cadê as recomendações? Vá eu pedi 10. 5 já estão, só falta metade gente! Força!!
PS.: TÍTULO DA 2ª TEMPORADA NAS NOTAS FINAIS!



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Deambulo na sala de espera do hospital nervosa. Ainda não sabemos nada sobre Marlene. Quando aparecemos na enfermaria, dona Rosalina percebeu que não era algo a se ser tratado numa enfermaria então nos encaminhou para o hospital. Apesar de eu me sentir bem, a senhora disse que era melhor eu ir também, pois os sintomas podiam aparecer mais tarde devido à pouca quantidade de bolo que ingeri, comparado com Marlene. Ainda não tínhamos resultados alguns, mas estava bem claro que a causa fora aquele bolo. Meus amigos estavam ali comigo, assim como Tori. Após Tobias me mandar descansar um pouco, sentei-me entre ele e Tori. Ele m enroscou em seu abraço, para me fazer ficar mais confortável. Ele estava ainda preocupado com minha saúde, ainda que o medo tivesse dito que eu estava livre de qualquer perigo.

– Ei! – Tori sussurrou para nós dois, para que Christina não fosse capaz de ouvir. – Eu sei de tudo o que aconteceu lá em casa. Vocês acham que é Molly que está por trás deste incidente?

O corpo de Tobias ficou tenso. Não por pensar que ela poderia ter-me magoado novamente. Ele não queria acreditar que ela tivesse qualquer intervenção nisso. Mesmo que eu também não acreditasse que foi ela, isso me incomodou.

– Não foi ela – Acabei por dizer. – O servente que me deu o bolo disse que fora um garoto. E a última vez que confirmei, ela só se transforma em animais.

– Ela poderia ter um cúmplice – Tori insiste. Parece que tal como eu, ela não era fã da garota. – Ou ter pagado a alguém para entregar o bolo.

– Ela não está envolvida nisso! – Tobias se pronunciou irritado. – Isto parece obra da Instituição, não dela.

– Pára com isso Tobias! – Tori se exaltou, chamando olhares curiosos. Ela se sentou novamente e retomou em tom ligeiramente mais calmo. – Eu já sei que você é muito protetor em relação a ela, mas abre os olhos, cara! Ela atacou sua namorada mais do que uma vez!

– Você sabe muito bem que… - Tobias começa mas Tori o interrompe.

– Tobias, nada justifica a atitude mimada e louca da Molly. Ela não pode estar sempre à espera que você esteja sempre presente para resolver os problemas dela!

Tobias se cala, olhando para longe. Eu, que estava no meio dos dois, fico completamente perdida. Eles estavam falando do quê?

– Eu vou ao banheiro – Falo, livrando-me dos braços de Tobias.

Saio dali o mais depressa dali e passo pelo banheiro sem abrandar o passo. Eu só queria ir lá fora, respirar ar puro e pensar. Quando as abro as portas de vidro da varanda espaçosa, um vento frio me envolve. Arrepiada, trago o casaco mais para junto do meu corpo e sento-me num dos bancos brancos com os joelhos junto ao peito.

– Eu sei o que você está pensando – Tori surge ao meu lado.

Eu olho para cima, para o seu rosto e parece que vejo solidariedade em seus olhos.

– Não me diga, você é psíquica? – Falo um pouco bruscamente de mais.

Ela ri baixinho e se senta ao meu lado.

– Quase. – Ela confessa – Eu posso ler auras. E mesmo que não pudesse, está na sua cara. Você é um livro aberto.

– Tão notório assim? – Dou uma gargalhada seca.

– Um pouco. Sua aura está escura. Você está ansiosa, preocupada. Na verdade, você está um turbilhão de sentimentos. – Ela diz, passando seus dedos pelos meus cabelos.

– Pudera! – Esbracejo. – Qual é a cena entre Tobias e Molly.

Ela para automaticamente de mexer em meus cabelos e suspira cansada. Percebo que ela não quer falar comigo sobre isso.

– Tem certeza que quer que seja eu a falar disso com você? – Ela pergunta, me dando a chance de voltar atrás.

– Como se Tobias me fosse contar alguma coisa – Replico.

– Justo – Ela concorda. – Então, os dois conhecem-se desde crianças. Viviam no mesmo prédio. A família da garota era destabilizada. Os pais não queriam saber dela, ela era apenas como um brinquedo para a mãe vestir roupas e mostrar para as amigas. E quando não estava fazendo isso estava em alguma viagem com algum novo affair ou assim. Então ela ficava na casa de Tobias durante esse tempo. Molly, tinha um problema, e queria sempre o amor que alguém não lhe podia dar. Como os seus pais, ou até mesmo dos pais de Tobias. Ela queria sentir-se amada a todo o custo, não percebendo que isso não era assim tão simples. Claro que a sua atitude birrenta e mimada não ajudava. Mas Tobias sempre teve compaixão dela e essa compaixão o cegou perante as atitudes dela. Ele sempre fica do lado dela. Como se fosse dever dele protege-la do mundo. Para ela, ele é o único capaz de lhe dar afeto e ela não deixará ninguém tirá-lo dela.

Quanto Tori acaba seu relato eu permaneço a olhar para ela, estática.

– Ela é como um furacão, destrói a vida de todo o mundo que se encontra na sua frente. – Tori explica.

– Então ela não irá descansar até que eu fique longe do mundo dela, de Tobias. – Eu percebo.

– Eu odeio dizer isso mas sim. – Tori fala num tom piedoso. – E não se deixe enganar. Se precisar escolher, Tobias sempre escolhe Molly.

* * *

Ao fim do dia, o médico vem até nós e dá a boa notícia de que em alguns dias, Marlene estará como nova. Seus pais dizem para irmos para casa descansar que eles ficarão a monitorizar a filha.

Eu subo para o meu quarto sem me despedir de ninguém, ainda atordoada com as palavras de Tori : “Tobias sempre escolherá Molly…”

Eu já meio que sabia de toda essa proteção dele para com Molly, mas ouvir outra pessoa confirmar isso, tornou tudo mais real.

Vou para o banheiro com o intuito de tomar um duche escaldante. A sensação da água na minha pele, sempre me acalma. Lavo meu corpo e meus cabelos calmamente, dando-lhes o tratamento que merecem. Quando saio do duche, seco meu corpo com a toalha felpuda e visto minha camisola de um rosa velho. Limpo o espelho embaciado e olho meu reflexo. Meu rosto tem um ar cansado, apesar de que ainda pareça bonito. Penteio meus cabelos cuidadosamente e sou uma secada geral com a toalha, deixando-o húmido.

Saio do banheiro ao mesmo tempo que Tobias entra no meu quarto. Eu faço de tudo para não olhar para ele e disfarço enquanto arrumo a pilha de roupa em cima da cama.

– Passa-se alguma coisa Tris? – Ele questiona quando passo ao seu lado até ao armário.

– Hum, não. Estou apenas cansada. – Minto, já a meter-me dentro dos lençóis e a deitar-me de costas para a porta.

Porém, Tobias não desiste e sinto o seu peso no colchão e seu abraço atrás de mim.

– Bea, tu não podes mentir para mim – Ele diz mas seu tom não é acusatório.

– Mas tu podes não é? – Aponto com um tom mais irritado do que queria.

– Vamos mesmo discutir novamente por causa da Molly? – Ele bufa.

– Se você fosse honesto desde o inicio, não precisaríamos discutir – Respondo, me encolhendo dentro dos lençóis.

– Mas se você já sabe de tudo, que suponho que Tori tenha contado, você sabe que não tenho qualquer interesse romântico nela! – Ele diz exasperado.

Eu me viro entre os cobertores para o encarar.

– Não é esse o ponto – Vocifero – O problema é que você não foi capaz de me contar. Eu tive que descobrir sua vida por outros! E como acha que eu me vou sentir quando você perceber que não pode continuar as duas? Porque é obvio que você sempre ficará do lado dela!

– Isso não é verdade… - Ele fala baixinho.

– Ah não? – Dou uma gargalhada meio histérica, meio psicótica – o que você fez quando ela trespassou suas garras de loba em mim? Hem? Ou quando ela mordeu meu pé? Sim, porque naquele dia em que eu descobri que fora ela, você não parecia muito incomodado com o que ela tinha feito comigo!

– Você está sendo injusta. – Ele fala finalmente.

– Não Tobias – Falo mais calma – Você é que está sendo injusto comigo. Por brincar com meus sentimentos. Eu ganhei essas cicatrizes graças a você, quando você está mais preocupado com os sentimentos da pessoa que me agrediu.

– Bea, você não acha que acusar a seu irmão e deixar que fosse expulsa foi fácil para mim? – Ele me questiona – E eu fiz por você! Porque não queria que você sofresse mais nas mãos dela. Eu escolhi você!!

Eu o encaro enquanto seus olhos faíscam. Ele me escolheu ao invés de Molly. Ele me escolheu.

Com um sorriso tímido, eu acaricio seu queixo. Ele relaxa um pouco ao meu lado e eu me aconchego mais nele.

– Prometes?

– Prometo Bea. – Ele sussurra antes de me beijar apaixonadamente. O toque de seus lábios nos meus me arrepia e deixa meu cérebro alerta.

Me seguro com todas as minhas forças para não atirar cadeiras por janelas ou algo parecido. Tobias deve ter percebido meu esforço pois eu se afasta ligeiramente para rir de mim.

– Tris, é só bloqueares o cérebro – Ele sussurra e morde meu queixo.

– Caramba, acho que não vai ser tão difícil desligar o cérebro – Falo ofegante com as investidas de Tobias. Procuro os seus lábios às cegas, meio absorta.

Sua mão sobe por minha coxa, levantando o tecido junto com ela. Eu esboço um sorriso tímido com seu atrevimento. Levada por impulsos, que é o problema de quando se desliga o cérebro, eu sigo o exemplo de Tobias e mordo seu maxilar enquanto adentro por sua camisa, acariciando seu torso perfeito. Ele se inclina sobre mim com um sorriso malandra, que me deixa ainda mais ofegante para saber o que ele está aprontando.

Porém alguém abre a porta e com o susto, minha mente liga e automaticamente vejo o porta-lápis em cima da escrivaninha voar para cima do intruso. Eu levo a mão à boca para conter as gargalhadas ao ver Will com os olhos arregalados pelo ataque.

– Caramba Tris, você faz sempre isso quando alguém entra no seu quarto? – Ele pergunta sem nem ligar ao facto de Tobias estar ali comigo. Também, ele está por cima dos lençóis e eu entre eles, então poderíamos estar simplesmente conversando.

– Não… - Penso ao lembrar que nada aconteceu quando Tobias entrou.

– Mas bem que seria um bom sistema de segurança – Tobias enfatiza.

– Seria mesmo – Will concorda. – Agora vem comigo Tobias. Caleb quer falar connosco.

– E eu? – Questiono.

– Só com os rapazes. – Will dá de ombros mostrando que não sabe do que se trata.

Tobias me dá um leve beijo nos lábios e se levanta.

– Oxalá não seja nada como regras de privacidade e meninos e meninas em divisões separadas da casa – Ele brinca, piscando-me o olho.

– Pelo nervosismo dele, eu diria que não é com isso que está preocupado…

Ouço Will dizer antes de fecharem a porta do meu quarto e me deixarem sozinha na penumbra. Me levanto da cama e vou até ao banheiro dar uma conferida no cabelo. Deitar com ele ainda meio molhado não é a melhor das ideias. Ao ver o estado deplorável, pego na escova e penteio meus cabelos o melhor que posso. Ao olhar no espelho vejo um novo brilho nos olhos, que ainda à pouco estavam baços. Feliz, saltito na direção da cama.

Ou era essa a minha intenção, se alguém não me prendesse contra si e tapado minha boca antes de um choque percorrer meu corpo através de uma arma de electrochoque.


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Notas finais do capítulo

U.U
QUEM QUER QUER QUEIMAR VIVA A AUTORA MALVADA? kkkkkkkk
E aí! Repito: Estão a 5 recomendações da 2ª temporada!
COMO PROMETI, CÁ VAI O NOME DA SEGUNDA TEMPORADA: " DIVERGENTES: O SACRIFICIO"



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