Divergentes - A Luta escrita por Everlak


Capítulo 17
Hunted


Notas iniciais do capítulo

OIII GENTE!
Eu queria desde já pedir imensas desculpas pelo atraso para postar e vou enumerar o porquê:
1º: Essa semana, as aulas da Universidade e com ela vários problemas como burocracia.
2º: Como vocês sabem (principalmente as meninas), mudanças são sempre dificeis, imaginem então fazer malas e desfazer elas para viver na residencia do campos da faculdade. Muito trabalhoso, então decidir o espaço com colega de quarto é um verdadeiro desafio ahahah
3º: Na Quarta-feira foi meu ANIVERSÁRIO!!! Como devem compreender dediquei todo meu dia somente a isso kkkkkkk
Então, mais uma vez peço desculpas.
E sem mais demoras, cá vai novo capitulo!!



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(LER NOTAS INICIAIS)

– Não é justo!

– O que não é justo?

Eu esbracejo, caminhando de um lado para o outro do terraço enquanto Tobias está muito descontraído, deitado num murinho, com os braços atrás da cabeça e óculos de sol.

– Isto! – Eu concentro meu olhar na caneta no chão a minha frente e balanço a mão, para cima e para baixo. Sem efeito. – Não está resultando!

– Continue praticando – Ele diz calmamente enquanto encara o sol.

– Jura? – Eu ironizo perdendo a cabeça – O que acha que estou fazendo nas últimas seis horas? Admirando a paisagem?

– Eu sei que sou uma bela paisagem então eu não ficaria surpreso com isso. – Ele abre um sorriso.

– Vá se ferrar! – Grito enquanto me recolho para dentro de casa largando a caneta ao seu próprio destino.

Eu batia os pés no chão tão pesado que parecia que um exercito estava caminhando a meu lado.

– Problemas princesa? – Cara implicou.

– Vá se danar! – Falo e continuo em frente. Avisto Uriah a sair do seu quarto e prestes a falar algo quando faço sinal para ele parar – Agora não Uriah.

Ele fica me encarando enquanto eu bato a porta do meu quarto. Nossa, quanta maturidade! Que se dane a maturidade, eu estou possessa. Desde o incidente naquela noite, nunca mais consegui fazer fosse o que fosse. E já se passaram duas semanas! Meus poderes com certeza tinham vida própria e se manifestavam quando eles queriam, não interessando a minha vontade.

– Legal, parece que eu sou um fantoche do meu eu interior! – Resmungo, sem muita ideia do que eu acabei de dizer.

– Tris? – Tobias chama do lado de fora.

– Ela não está aqui – Grito de volta. Ele não liga e entra.

– Ouve, você tem que ser paciente. Você acha que aprendemos a manusear nossos poderes do dia para a noite? Leva tempo… Aliás você tomou o soro recentemente então…

– Argumento inválido – Eu o interrompo.

– O quê? – Ele me olha confuso, o que eu quase acho piada.

– Eu tomei a fórmula quatro anos atrás. – Confesso. Ele arregala os olhos.

– Quatro anos?

– Yeah. Eu fui a primeiríssima a tomar. Então me poupe dessa historiazinha porque meus poderes já deviam estar polidíssimos a esta altura. – Eu cruzo os braços em uma pose de “Mais alguma coisa?”.

– Não está mais aqui quem falou – Ele se rende de braços no ar – Como estão Chris e Marlene?

– Ainda magoadas por supostamente ter abandonado elas. Elas não acreditam que eu subitamente tenha ficado doente mas o que eu poderia dizer? “Desculpem meninas, eu tive que fazer um desvio para lutar com um bando de caras que nem conheço. Oh e já falei que consigo mover objetos com a mente?”

Eu arqueio uma sobrancelha para ele.

– Uriah tem razão. Você é bem dramática.

– Blá blá blá! – Reviro os olhos – Agora cai fora que tenho que me arrumar.

– Para quê? – Dessa vez é ele quem arqueia a sobrancelha.

– Vou sair com um amigo, agora fora!

– Quem é? – Ele trava a porta antes que consiga fechar ela. Maldita rapidez!

– Não te interessa!

E com isso fecho a porta de vez. Corro para o banho. Eu não sei muito bem como aceitei o convite de Peter para jantar. Talvez por andar muito stressada e minhas amigas ainda não me falarem. A sério, é um crime tão grande assim faltar a uma festa de pijama? Pois então, eu acho que aceitei o convite de Peter para fugir de tudo isso. Sequei meus cabelos com a toalha enquanto remexo o meu closet, procurando algo para vestir. Soltei a toalha e peguei um vestido preto simples de alça e decote em V. Descalça, caminhei até minha caixinha de joias e coloquei um punhado de pulseiras que combinavam entre si e um pendente dourado em forma de flor super fofo. Em frente ao espelho escovei meus cabelos num bonito rabo de cavalo, com algumas mechas de cabelo cobrindo o elástico. Como não era algo formal, calcei umas sandálias em tom de menta, sem salto mesmo. Super confortáveis. Peguei um casaco da mesma cor, uma e uma pequena cross-body em cor pérola. Coloquei meu celular e outras coisas dentro e pousei na minha secretária enquanto voltava ao banheiro para decorar meus lábios com um tom nude e os olhos com um leve esfumado. Prontinho.

Desci as escadas aos pares e corri até à cozinha onde sabia que meu irmão estaria.

– Aqui Tris – Ele me viu e lançou as chaves do seu carro desportivo. Eu babava sempre que vi o carro na garagem e hoje Caleb fez a gentileza de mo emprestar. Um peujeot RCz super lindo, em branco e tejadilho preto.

– Thanks! – Agradeço. – Merda, esqueci a minha bolsa lá no quarto.

Ele ri da minha distração enquanto eu pulo até ao quarto. Assim que pego a bolsa, vou direto para a garagem e meto-me logo dentro do carro. Como eu adoro esse carro! Chego ao local combinado e tento encontrar uma vaga para estacionar o que não chega a ser difícil. Ao sair do carro avisto um Peter sorridente. Tranco o carro e me dirijo a ele.

– Então, qual o plano? – Pergunto quando estou a uma distância que ele me consiga ouvir.

Estamos num parque verdejante, bem bonito mas..não tem ninguém por aqui. Apenas um ou outro jogger que passa e um solitário homem com um carrinho de gelados.

– Eu não sei. Hum talvez você queira um gelado? – Ele pergunta encolhendo os ombros.

– Eu topo. – Eu afirmo.

Caminhamos lentamente até ao carrinho, onde o homem fica surpreendido por ter clientes.

– Eu quero um gelado de chocolate e você Tris?

– Framboesa. Eu quero de framboesa.

Peter faz questão de pagar os gelados. Enquanto ele o faz eu admiro o local. Ao fundo, do lado esquerdo tem uma lagoa onde eu gostaria de nadar se fosse verão. Do lado direito um intenso arvoredo cobre parte do lago e se estendia para fora do meu alcance visual. Era uma floresta, eu percebi.

– Vamos sentar ali, naquele banco – Sugiro. Ele acena em concordância.

– Então, você gostou daqui? – Ele questiona.

– Sim, é lindo. Essa lagoa é impressionante – Afirmo.

– Tem os seus encantos – Ele concorda com um olhar sonhador. - Aqui, tire sua bolsa do seu ombro.

– Hum, tudo bem – Eu tiro achando que ele estava pensando que ela me estava deixando desconfortável.

– Muito melhor. – Ele afirma com um sorriso encantador – Aqui é ótimo para correr. Quão depressa você corre?

– Eu não sei…

Bem, duas semanas atrás eu diria que era uma lástima mas após as sessões de treino com Will e um irónico Tobias, acho que estou bem melhor.

– Corra – Ele falou calmamente sem olhar para mim.

– O quê? – Perguntei confusa.

– Ora, eu não vou pegar uma divergente sem um pouco de diversão – Ele fala com um sorriso envenenado. – Eu gosto de caçar.

– D-divergente? – Engasgo.

– Divergente, mutantes, o que vocês quiserem ser chamados – Ele revirou os olhos como se estivéssemos tendo uma conversa normal.

Eu tento pegar minha bolsa mas ele a afasta de mim.

– Nah nah. – ele balança a cabeça e depois seu rosto fica vermelho de fúria – CORRA!!

Eu vejo atrás dele, outros se aproximarem. Largo o sorvete num ato involuntário e desato a correr para o lugar mais próximo que possa me dar cobertura: A floresta.

Vamos ser honestos, correr de vestido e sandálias não é o ideal, mas acho que não posso fazer nada quanto a isso agora. Eu tento desviar-me dos obstáculos mas ainda assim sinto meus braços serem arranhados pelos ramos mais baixos das árvores.

– Beatrice – Cantarola Peter – Onde está você? Me mostre do que você é capaz.

As palavras deles me incentivam a correr mais depressa apesar do meu folego estar escasso. Que droga! Porquê eu? É obvio, sou a mais nova da “matilha”, a mais frágil, mais fácil de apanhar. Pois bem, me recuso a não dar luta.

– Me deixe adivinhar – Ele continua – Você tem super força? Super agilidade? Ou é como seu irmão com um poder de cura?

Eu engulo em seco ao ouvir ele falar de meu irmão mas não vacilo. Eu continuo mesmo quando senti minha perna oscilar de encontro ao chão. Provavelmente torcera-a mas não tinha realmente para pensar nisso. Porque eu não poderia ter um daqueles poderes telepáticos para avisar que preciso ajuda ou algo tipo o bat signal? Em vez disso tenho um poder que não pode valer de muito agora e para além disso parece que ele está em “manutenção”… Eu me escondo atrás de uma árvore tentando recuperar a respiração e olho o estado do meu tornozelo. Ele está vermelho e prestes a ficar inchado.

– Droga! – Grunho baixinho.

Uma mão tapa minha boca e eu entro em alerta e tento me debater. Ele me apanhou, eu penso de imediato.

– Pare quieta – Alguém ordenou. Para minha surpresa era uma voz de garota.

– Ela está com medo. Eu sinto-o. Ele está com medo de ser capturada. – Uma outra voz feminina.

– Oh vá lá, não é preciso ser um génio para saber que ela está com medo – Barafustou a outra.

– Chega! – Uma das garotas entra no meu campo de visão. A garota de cabelo verde, a Lyra.

Que ótimo, só me faltava esta! Ela se aproxima de mim e se abaixa, analisando o meu pé.

– Sanitatum… Sanitatum – Ela murmura de olhos fechados com a palma da mão virada para o meu pé.

Eu tento perguntar o que ela está fazendo uma das outras me mantem de boca tapada. Meu tornozelo aquece um pouco e depois disso não sinto mais dor. Olho arregalada para ela. Lyra faz sinal para a garota atrás de mim e ela solta-me.

– Como você fez isso? Você também tem poderes? – Interrogo. Ela dá um meio sorriso.

– Podemos dizer que sim, mas não o tipo de poderes que você tem. Digamos que os nossos são naturais.

As outras duas se aproximam dela. E agora percebo que o termo bruxas pode aplicar-se mais a elas do que as pessoas imaginavam.

– Mas…. – Eu tento mas a loira, Megan (lado esquerdo) faz sinal para eu parar.

– Sem tempo. Eles estão se aproximando. – Ela parece ouvir algo que eu não consigo.

– Como sabe?

– Eu estou sentindo seus medos – Ela fala casualmente como se fosse algo normal e começa em retirada.

– Tarde demais. – Miriam, a morena fala de olhos vidrados na arvore atras de mim – Eles nos pegarão.

– Droga! – Lyra bufa. – Megan, explore seus medos. Miriam, cobre a garota.

Miriam agarra meu braço e me puxa para trás de um rochedo, me obriga a sentar e volta para perto das outras, mas numa posição defensiva na minha direção. Nem uns cinco minutos depois aparece apenas um dos caras, provavelmente mais rápido que os outros. Ele dá um riso malicioso.

– Olhem só quem eu encontro! – Ele ri – “Las Brujas”.

– Pode rir por enquanto – Lyra fala sombriamente enquanto ela e Megan começam a circular em volta dele. Ele engole em seco. – Porque depois do que fizermos com você, não terá mais motivos para sorrir novamente.

– O que você faria se eu fosse nesse exato momento atrás de sua namorada? – Miriam pergunta com uma voz estranhamente doce e suave. – Oh sim, eu sei quem ela é e sei exatamente onde ela está. Ela ligou para você dizendo que ia para casa de sua amiga Sonya estudar e ficar por lá até amanha. Você quer saber o quão depressa chego lá? Quer saber como eu mataria ela? Se eu teria misericórdia? Bem eu dou suas respostas. Rapidamente, lentamente e não.

– Por favor, não a mate! Não me mate! – Ele gaguejou aterrorizado.

– Você me entendeu mal. Eu não vou matar você – Ela piscou os olhos para ele. Ela aproximou-se dele e sussurrou – Você já está morto. Morto de medo.

E desse jeito, o cara cai morto no chão. Eu olho chocada.

– Lyra! – Miriam chama – Você tem 15 segundos antes de os outros aparecerem.

– Quantos? – Ela olha para trás, em direção da morena.

– 15 – Ela murmura tocando suas têmporas.

– Eu não consigo sentir tantos ao mesmo tempo – Geme a loira.

– Deixa comigo. – Lyra falou. – Vou mandar eles para a terra dos pesadelos.

Quando avistei o grupo, a uns 15 metros, a garota de cabelos verdes levanta progressivamente os braços para cima enquanto alguns dos inimigos ficam com o olhar perdido e apavorado. Lyra sorri satisfeita com seu trabalho mas logo seu sorriso se esvanece. Metade do grupo continua em frente.

– Truque velho bruxa. – Peter aparece rindo – Usar compulsão para implantar imagens falsas nas nossas mentes já não é novidade. Lamento terminar com sua diversão mas alguns de nós já estão preparados para isso.

Eles avançam com toda a força e velocidade enquanto as garotas recuam.

– Megan? – Miriam e Lyra chamam.

– E-eu não consigo encontrar nada. Só o vazio – Ela responde atrapalhada.

– Esse truque de usar nossos medos contra nós também já não resulta bruxinha. – Peter continua com um sorriso debochado no rosto.

Eu sinto raiva crescer contra ele. Eu me levanto do esconderijo, cega de fúria.

– Olhem, a pequena Tris resolveu juntar-se à festa.

Três olhares me encaram em reprovação.

– Veja se conhece esse truque Peter! – Grito para ele, deixando a raiva tomar conta de mim.

Eu grito e sinto o ar movimentar –se à minha volta. Quando abro os olhos eu vejo um anel de fogo separando-nos do bando de Peter. Não era isso que eu estava à espera. Estava contando com fazer uma arvore cair em cima deles ou algo do género, não criar fogo.

– Você controla os quatro elementos – Lyra pareceu admirada e um tanto entusiasmada.

– Eu o quê? – Pergunto.

– Água, terra, ar e fogo – Miriam esclarece.

– Papo ótimo mas vamos sair daqui – Eu falo nervosa.

Elas concordam e saímos dali rapidamente.

– Isso não vai ficar assim Tris! – Peter grita furioso – Eu vou caçar você até ao fundo do inferno!

(LER NOTAS FINAIS)


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Notas finais do capítulo

Quero saber o que acharam babes!
E já que eu revelei bastante nesse capitulo (incluindo o outro poder de Tris) e como essa semana fiz anos, eu quero recomendaçõe como presente!!
Caso contrário, nada de proximo capitulo MUHAHAHAHA
#Eusendomaléfica#entrandonoespiritodehalloween Hihihihihihiihihih
Beijos fofos!!!

P.S. Obrigada pela preocupação Irys Nathalia!!

Miriam: http://www.vogeek.com.br/wp-content/uploads/2013/10/Halloween-Black-Milk_03.jpg
Lyra: http://www.vogeek.com.br/wp-content/uploads/2014/05/Black-Milk-Witch-Please_12.jpg
Megan: http://www.vogeek.com.br/wp-content/uploads/2014/09/Black-Milk-Pulp-Horror_03.jpg (da esquerda)



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