Divergentes - A Luta escrita por Everlak


Capítulo 16
I found Myself


Notas iniciais do capítulo

HEEEYYYYY!!!! ANTES DE MAIS NADA E PORQUE É MUITO IMPORTANTE:
1º: Eu estou postando mesmo com o pulso magoado devido ao meu acidente, então considerem.me uma autora dedicada.
2º: Muito obrigado às leitoras Cahh e Marife que deram a esta história, recomendações lindissimas ( Qual será a próxima leitora?)
3º: Preparem-se para o capítulo.
4º: ENJOYYYYYYY



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– Hey garota! – Uma voz me chama. Como sei que não é Molly imagino que é Cara.

– Me deixe! – Resmungo. São seis e meia da manhã!

– Exatamente. Está atrasada. – Eu me ergo o suficiente para a ver e não vejo nenhum sinal de que está me zoando.

– Atrasada para o quê exatamente?

– Para o treino – Fala aborrecida. – Você pensa o quê?

– Eu não penso nada – Me acanho na cama.

– Se vista. Will está à sua espera. – Eu assinto e ela desaparece.

– Visto um moletom e uma T-shirt simples. Afinal, eu não o que ela quis dizer exatamente com treinamento.

Ao sair do meu quarto, vejo Will.

– Está pronta? Venha comigo. – Ele sorri. Bem, pelo menos não é Cara.

– O que iremos fazer mesmo? – Questiono – Eu estou completamente às escuras.

– Bem, você já sentiu na pele os ataques certo? – Eu assinto – Bem, nós tentamos usar o mínimo possível de nossos poderes, principalmente num confronto com eles.

– Para eles não saberem as potencialidades? – Tento adivinhar.

– Exatamente. Quanto menos souberem, melhor.

– Então eu terei que aprender autodefesa? É isso? – Até que não é uma má ideia, penso.

– Algo assim. Mas hoje apenas treinaremos a sua corrida e velocidade. – Explica

– Corrida e velocidade? – Pergunto de sobrancelha arqueada.

– Não faça essa cara – Tobias aparece na nossa frente com um sorriso irônico. Boa, ele está rindo de mim. – A primeira regra é saber fugir.

– Você com certeza não tem esse problema – Saliento ao lembrar sua velocidade sobre-humana.

– Está errada. Eu tento que controlar essa velocidade para não deixar os outros para trás. Nós somos uma equipa. – Conta.

– Entendi.

– Bem, eu farei uma corrida com você Tris. – Will esclarece. – Para ver como você se porta. E não se preocupe que eu não tenho super velocidade.

– Eu irei apenas observar – Tobias se senta numa caixa alta de metal.

Nós estamos no telhado, com vários obstáculos. Obstáculos……. Boa, uma corrida de obstáculos. Oremos para que eu simplesmente não caia sobre meus próprios pés. Eu faço um pequeno aquecimento e Tobias tenta disfarçar uma gargalhada mas falha tremendamente.

– O que foi? – Exijo.

– Nada não mas você acha que numa situação real os maus da fita darão um tempo para você fazer um aquecimentozinho? – Ele ironiza. Eu só olho em frente o ignorando e analisando o caminho à minha frente. Will desata a correr sem me avisar e eu prontifico-me a segui-lo. Tenho que admitir que até é divertido, apesar de estar sendo observada. Óbvio que não tenho a agilidade de Will mas acho que estou-me aguentando bem. Após um salto por cima de um muro de altura considerável, sinto que vou cair mal. Mas no ultimo segundo, consigo me equilibrar sobre meus pés. Porém, Will percebe meu momento de hesitação e trava à minha frente.

– Acho que para primeiro treino, está bom. – Ele ofega ligeiramente.

Eu? Parece que o ar não quer passar simplesmente e quando Tobias se aproxima de nós dá-me umas palmadinhas nas costas. Eu tusso e olho irritada para ele. Mas ele apenas pisca o olho.

– E-eu preciso comer – Resmungo para ninguém.

– Eu também. – Will sorri. – Vamos lá.

– Will?

– Diga Beatrice.

– Qual seu poder? – Sim, eu sou curiosa.

Ele olha para Tobias como se estivessem a trocar um segredo e sorriem em cumplicidade.

– Eu sou uma espécie de fonte de energia. – Ele informa – Digamos que aqui em casa nunca falta energia.

Ele estala seus dedos e vejo faíscas percorrer sua mão. Assustada, eu dou um salto para trás. Os dois garotos riem-se da minha reação.

– Relaxa, está controlado. Não é como se você me tocasse e levasse um choque. – Ele esconde um sorriso – A menos que eu queira.

Recomeçamos a andar até à cozinha. Os dois vinham a falar de qualquer tarefa de biologia que tinham que entregar hoje. Ao chegar perto, senti um cheiro magnífico vindo da cozinha. Quem estará cozinhando? Como uma criança que vê uma loja de doces, eu desato a correr e encontro Uriah e as garotas sentadas na mesa tomando o café da manhã. Decidida a perdoar Uriah, sento-me ao seu lado, o pegando de surpresa.

– Bom dia – Falo com um sorriso.

– Bom dia – Responde ainda um pouco atordoado.

Eu olho para a mesa onde tem desde panquecas, waffles, rabanadas, cereais, bolo de chocolate…

– Tivemos visita hoje! – Will fala esfregando as mãos.

– O que você quer dizer? – Pergunto na hora que Caleb entra.

– Minha namorada é que prepara todas essas guloseimas para eles Bea.

– E onde ela está? – Questiono mas ela logo aparece abraçando meu irmão por trás. Eu abro a boca em choque.

– Doutora Susan? – Quase me engasgo. Essa é nossa psicóloga da escola...

– Me trate apenas por Susan por favor – Ela incentiva.

– Era você na minha cabeça? – Eu ainda estava um pouco atordoada.

– Sim… - Ela parece arrependida – Eu sinto muito, eu não queria invadir sua privacidade mas nós queríamos assegurar que você estava bem.

– Está tudo bem – Garanto - Afinal você me salvou de umas boas.

Os dois se juntam a nós e eu confirmo o que eu já achava. Susan é uma pessoa meiga, amorosa. E pelo olhar dela, percebo como ela sente um tremendo carinho por Caleb. Quando terminamos, colocamos a louça suja na máquina e nos aprontámos para a escola. Cara está no primeiro ano de faculdade então não virá. Os restantes de nós vai no carro de Tobias, fora Caleb e Susan.

Mal Tobias parou o carro saltei para fora, agradecida pelo ar fresco que corria. Enquanto percorríamos a distância até à entrada, percebi alguns olhares… Olhares invejosos eu diria. Mas dirigidos a quem?

– Que aula tem agora? – Uriah perguntou.

– Francês… - Suspirei. – Vejo vocês no almoço.

Segui em direção ao meu armário e logo minhas amigas me encontraram.

– Beatrice, você já ouviu os rumores? – Mar Perguntou de olhos brilhantes.

– Estão dizendo que você foi acolhida como o novo elemento o quarteto fantástico e que se tornará cheerleader! – Christina não se conteve.

– O quê? Isso é absurdo! Eu não vou me juntar às cheerleaders e eu estou apenas vivendo com meu irmão. – Esclareço.

– Que vive com as pessoas mais populares e fantásticas da escola! – De verdade que não estava percebendo o entusiasmo delas.

– E daí? – Interrogo.

– E daí? – Christina repete chocada.

– Isso a coloca bem no topo da pirâmide junto deles querida! – Mar completou.

– Para mim isso é tudo baboseira! – Afirmo.

– Ei, Beatrice! – Vejo uma menina chegar perto. A cheerleader que me chamou a atenção quando Molly me emprestou seu uniforme. – Eu vou dar uma festa de pijama esta noite. Você quer vir? Suas amigas estão convidadas também.

Eu estreito os olhos na direção dela. Mas a garota limita-se a sorrir, mostrando seus dentes perfeitos.

– Obrigada, mas não estamos interessadas. – Falo sem animosidade. Mar me dá um encontrão propositado.

– Ela está brincando. Sempre muito engraçada ela. Mas é claro que nós vamos. – Marlene sorri da mesma maneira que a garota.

– Boa! Apareçam a partir das nove! – A miúda acena e desaparece no meio da multidão.

– Mas o que foi isso? – Aposto que minha expressão demonstra irritação.

– Você sabe quem ela é? É Savannah Wright! Seu pai é um dos mais influentes empresários de Chicago!

– E? Eu não dou a mínima para quem ela é! Tenho coisas mais importantes para tratar do que uma festinha de garotas. – Bufo.

– Ahh não seja chata Tris! – Chris faz biquinho e eu acabo rindo.

– Tá bom, tá bom….

* * *

– Eu pensei que Molly também viesse. – Indago enquanto Uriah dirige até casa de Savannah.

– Ela nunca aceita os convites. Não podemos nos dar a esse luxo às vezes.

– Isso foi o que tentei dizer às meninas mas elas nem me ouviram. – Esbracejo teatralmente.

– Você consegue ser bem dramática quando quer, sabia? Desde criança que você é a rainha do drama. – Ele ri.

– Será esse meu poder? Ser “Drama Queen”? – Desvaneio.

– Eu acredito que não. Quero dizer, se esse realmente é seu poder, é o pior poder de todos os tempos – Ele Zomba. – E o poder mais irritante, sem dúvida.

– Ah é? E qual é seu poder senhor sou o máximo?

–Bem eu tenho super velocidade tal como o Tobias mas não só. Eu Consigo emergir uma esfera protetora.

– Uau! Para quê aprender auto defesa se você tem esfera protetora? – Pergunto.

– Não é tão fácil assim. Só a consigo criar quando estou muito concentrado e convenhamos que o meio de uma luta não é o melhor local para nos concentrarmos.

– Talvez apenas precise de treino. – Sugiro.

– Talvez – Ele confirma.

– Há quanto tempo você tomou a fórmula?

– Por volta de um ano. Susan e Tobias foram os primeiros.

– Meu irmão diz que apenas dá a fórmula a quem está em risco de vida. – Murmuro baixinho – O que aconteceu com eles?

– Seu irmão conheceu Susan em meio dumas pesquisas dele. Ela estudava na faculdade e eventualmente acabou ajudando ele. Eles foram aproximando-se. Um dia deu-se uma explosão na divisão das ciências. Ela foi apanhada no meio da explosão. Sua pele foi destruída, seu batimento cardíaco era mínimo, estava às portas da morte. Seu irmão não aceitou bem e numa última tentativa, deu a fórmula a ela. Ela foi se recuperando e o resultado é o que você vê hoje.

– É impressionante… - Digo pensativamente.

– É mesmo. Tobias não foi nenhum acidente. Ele tinha uma Leucemia em estado muito avançado. Não havia dador possível. Seu irmão teve compaixão e o ajudou também.

– Oh meu Deus! – Sussurro.

– Ele ficou tão agradecido que jurou ficar do lado dele.

Eu fiquei a pensar nisso. Eu também ficaria agradecida. Afinal, era quase como que Caleb tivesse devolvido a vida a ele…

O celular de Uriah começa a tocar furiosamente e sem desviar o olhar do volante, ele o pega e olho rapidamente o visor.

– Droga! – Ele geme e vira violentamente o volante para inverter o sentido de marcha. Com o movimento eu bato com a cabeça no vidro.

– Auch! Isso doeu! – Queixo-me.

– Desculpa Bea! – Ele pede.

– O que aconteceu?

– Problemas. Foi isso que aconteceu.

Ele prega a fundo no acelerador e parecemos voar no asfalto. Assustada eu me agarro dos lados do assento. E me encolho com os joelhos para cima. Ele conduz por ruelas da cidade. Aproximamo-nos de um centro comercial já fechado, eu diria que já abandonado à bastante tempo. Ele passa pelas barreiras de estacionamento já quebradas e pára o carro mesmo em frente a uma das entradas. Ele desliga o carro e olha na minha direção.

– Nem se atreva a sair desse carro! Me ouviu bem? – Eu assinto e logo o perco de vista. Maldita super velocidade.

O que será que está acontecendo lá dentro? É mortificante ficar aqui sentada, alheia tudo. Por um tempo eu fico mudando de posição, me assustando com qualquer sombra. Mas depois tudo se complica. Eu ouço um barulho horrível de algo a bater na parede a meu lado, como um baque, um corpo… Eu salto dentro do carro, dando com a cabeça em cima e sou um gritinho estrangulado. Coloco as mãos no peito, arfando. O que está acontecendo lá dentro? Algo ruim, com certeza. Eles não podem esperar que eu fique aqui sentada enquanto eles podem possivelmente estar em risco. Mais barulhos do interior. Eu bato os meus pés no chão nervosamente. Mais barulho, eu começo a roer as unhas. Quando ouço novamente, eu tomo coragem e saio do carro em direção ao prédio. Eu sigo os sons e caminho cautelosa. Então eu os encontro. Acho que esta era a antiga zona de restauração. Estão todos aqui desde Molly a Susan. E com eles, uns caras nada amigáveis em confronto. Como precaução, escondo-me atrás de uns dos vários pilares do espaço. Vejo Molly em metamorfose de puma ou jaguar, eu não sei dizer ao certo. Ela está cercada por três dos caras de preto. Mas em sua forma, nenhum se atreve realmente a aproximar demasiado, dando-lhe manobra para atacar.

Caleb e Susan estão costas com costas, Enfrentando os seus oponentes. Um dos caras vai em frente em direção a Susan e de repente cai no chão com as mãos na cabeça, expressando desespero.

– Faça parar! – Ele grita. Susan dá um pequeno, quase impercebível sorriso vitorioso. Eu entendo, ela manipulou a mente dele, fazendo-o ver o que ela bem entendesse. Pelos vistos, não era uma paisagem agradável.

Ouço um grito sufocado e olho na outra direção. Tobias. Ele e Uriah estavam correndo à volta dos oponentes os deixando tontos, mas um deles não se deixou enganar e com reflexos super rápidos, apanhou Tobias pelo pescoço. A seguir apenas vejo ele voar pelos ares na minha direção. Eu dou um grito e corro para o lado, mesmo quando Tobias bate no pilar e o despedaça. Eu o olho horrorizada mas ele logo está de pé. E me olhando. Não só ele me olha. Alguns dos caras também me notam. Droga! O que Uriah me tinha dito para fazer mesmo? Ah é… Ficar no carro quieta. Eu precisava aprender a seguir ordens.

O homem corre na minha direção. Tobias olha para mim, que estou de olhos esbugalhados e sem reação, e para o homem. O homem está cada vez mais perto. Tobias corre na minha direção e me bloqueia o cara, caindo os dois a alguns metros, com um estrondo. Eu continuo quieta sem saber o que fazer. Infelizmente outro vem na minha direção e me atira contra outro pilar que está intacto. Sinto o ar fugir dos meus pulmões e as costelas protestarem. O canalha sorri para mim.

– Carne fresca hem? – Ele me cheira o pescoço. - Eu não lembro de você. E acredite, eu lembraria.

Eu tento em vão libertar-me mas ele segura-me contra a parede com o braço bloqueando a zona da clavícula. Eu procuro qualquer coisa ou alguém que me possa ajudar.

– É um desperdício eu ter que matar alguém como você, mas eu estou apenas fazendo meu trabalho. ..

Eu não percebo logo o que ele está dizendo até ao momento que ele me começa a estrangular com suas próprias mãos. Eu entro em pânico. Os outros estão demasiado ocupados para me conseguirem ajudar. Eu vejo no pilar ao lado um extintor de incêndios com um martelo ao lado para quebrarmos o vidro que protege o extintor.. Se eu ao menos pudesse alcança-lo… Eu estico meu braço mas está muito longe. Eu dou uma joelhada nas pernas do cara e ele libera um pouco meu pescoço, o suficiente para eu respirar mas não para eu conseguir me libertar. Eu me concentro em tentar alcançar o martelo, enquanto o homem começa a recuperar a postura. E foi então que aconteceu. Eu olhei para minha mão e lá estava o martelo. Sem hesitar eu o acerto com toda minha força, na cabeça do homem à minha frente. Ele cai inconsciente à minha frente. Eu arregalo os olhos para minha mão e depois para o local do extintor. O martelo já lá não está… Eu olho em volta e vejo Tobias em problemas. Eu corro até ele e volto a usar o martelo na cabeça do oponente que cai sobre Tobias. Quando ele me vê , sua expressão é atónita. Um outro inimigo vem até nós. Eu me concentro no extintor atrás dele. Eu levanto a mão e guio o extintor até ele. Tobias me olha, mas em posição defensiva, pronto a lutar. Vemos nesse momento o extintor se mover a toda a velocidade contra o oponente, batendo no seu tronco tão forte que ele cai no chão também inanimado.

– Mas o que…. – Tobias parece confuso.

– Eu não sei – Confesso. Eu não tenho ideia do que acabei de fazer, acho que foi puro instinto, quase como o instinto animal de Molly.

– Bea? – Caleb me chama. Eu olho para ele e vejo ao redor que todos os adversários foram contidos. E pelos vistos, pelo olhar abismado que todos me lançam, viram o que acabou de acontecer. – Seu poder acabou de se revelar.


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Notas finais do capítulo

E aí???? GOSTARAM???
Espero receber mais recomendações lindas e magnificas!!!
PEQUENA CONFISSÃO: ESSE NÃO É O UNICO PODER DE TRIS UASHUASHUASHUAHS
Beijos fofos!!!



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