Divergentes - A Luta escrita por Everlak


Capítulo 12
What doesn't kill you


Notas iniciais do capítulo

Heyyyy!!! VOLTEI!!! Boa leitura!



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Viro e reviro na cama. Não consigo dormir de jeito nenhum. Me sento na cama e vejo Chris na cama ao lado, de barriga para baixo, dormindo como um anjo. Sinto uma certa inveja dela por isso. Ela decidiu ficar comigo na casa de Marlene. A mãe desta acolheu-nos melhor que bem e me disse a mim que eu poderia ficar enquanto minha mãe não voltasse. Tive que inventar que minha mãe estava fora em trabalho. O que diria? Que ela morreu dois dias atrás? Não, eu não podia. Coloquei meus pés no chão, sendo recebida por um calafrio gelado. Deixei as pantufas de lado. Percorri o corredor em pés de lã para não acordar ninguém. Desci as escadas e fui até à cozinha. Como Marlene e sua mãe falaram para ficar à vontade para pegar qualquer coisa, eu abri o frigorifico. Eu estava com tamanha fome e sede que minha garganta arranhava. De olhos bem atentos, vi o que tinha dentro. Tinha desde bolo de chocolate, leite, lasanha do dia anterior, fruta…. Mas nada me parecia apetecível. Nem o bolo de chocolate, coisa que eu adorava. Abri todos os armários que estavam bem recheados também. Frustrada comigo mesma peguei apenas uma garrafa de agua. Mal comecei a beber, tive que depejar para fora. A água teve o efeito de fechar e arranhar mais minha garganta. Soltei a garrafa em cima da bancada olhando para ela em choque. Agarrei um pequeno prato e coloquei nele uma fina fatia de bolo de chocolate. Levei uma garfada à boca mas o resultado foi o mesmo. Parecia uma reação alérgica aos alimentos. Tossi com força, para limpar as vias respiratórias. Corri de volta ao quarto e me deitei na cama, olhando para o teto. Ainda sentia uma irritação incómoda na garganta. Olhei para o lado de Christina. Ela dormia ainda. Um vento percorreu à minha volta eriçando meus pelos do braço. Percebi a janela aberta, fazendo as cortinas brancas esvoaçarem sem controle. Resmungando, me levantei com o intuito de a fechar. Estava prestes a o fazer quando reparo num carro azul em baixo. Era o carro de Uriah. O que ele estava fazendo aqui? Um fogo parecia subir por minha traqueia. Espontaneamente levei minha mão ao local abri a boca procurando buscar ar. Ele saiu do carro e me viu. Sem perceber ou ignorando o meu estado, ele sinalizou para eu descer. Mal me virei e cortei o campo visual dele, o fogo amansou. Eu podia ignorar ele e ficar bem ou descer e provavelmente sofrer aquela dor desconhecida. Resolvi descer. Talvez ele me pudesse dar respostas. Peguei num casaco de malha branco e desci sem me importar em trocar minha camisola de seda azul pelas coxas por uma roupa mais contida. No andar de baixo, peguei uns sapatos de bailarina de Marlene e saí. Ele estava encostado ao capot quando me aproximei. Ele não sorria.

– O que você está fazendo aqui? – Eu interrogo.

– Não é obvio? – Rebate. Eu arqueio uma sobrancelha em desafio.

– Não para mim. – Ele se endireita e o fogo volta. Eu me encolho sobre mim mesma ligeiramente.

– Eu queria te ver – Ele fala ignorando meu estado.

– Uriah – Balbucio – M-me aj-juda.

Ele finalmente olha realmente para mim. Ele enruga a testa.

– O que está acontecendo?

– Acha que eu sei? - Grito. Cada passo que ele dá na minha direção, é uma golfada de fogo em mim.

Tento me endireitar de novo. Então olho nos olhos de Uriah, tão negros como eu me lembrava. Um clique se aciona. Eu jogo minhas mãos no seu abdómen, agarrando sua camisa com força. Ele continua não sorrindo, sem alguma expressão. Olha para minhas mãos e depois para meu rosto. Ele segura meus quadris e me aproxima dele. Eu dou um grito. Eu estava esperando mais dor. Mas quando sua pele tocou a minha, a dor recuou um pouco. Só um pouco mesmo. Me segurei mais perto dele, mais contato físico entre nós. Ele continuou quieto e calado, só me observando. A dor recuou um pouco mais. Sem aviso prévio ele me levantou pelas coxas, encaixando-me no seu quadril. Eu dei um suspiro de alívio que facilmente podia ser confundido com prazer.

– Melhor? – Ele perguntou com seu hálito fresco a fazer cocegas no vão dos meus seios. Toquei minha testa na cabeça dele, respirando com dificuldade. Senti sua boca me tocar, desde meus seios até meu pescoço. De imediato, puxei a cabeça para trás. Sua mão subia pela minha coxa, levantando a camisola.

– Eu ainda te odeio – Suspiro. Ele não responde nem parece incomodado com o que eu disse. Ele me morde e eu gemo novamente. Em contrapartida, a dor cada vez é menor. Como se seu corpo estivesse sugando ela.

Olho através do moreno e vejo alguém. Tobias. Ele anda descontraidamente até nós, de mãos nos bolsos e olhos presos em mim. Me sinto ruborizar perante a situação. Ele fica bem próximo a nós e sussurra algo a Uriah. Este assente e me pousa no capô do seu carro.

– Até mais! – Ele diz, batendo no ombro de Tobias e me acenando. O quê? O que está acontecendo aqui? O fogo regressa e eu gorgolejo por ar.

– Shhhhh – Tobias tranquiliza passando seu polegar por minha bochecha. – Você irá ficar bem.

Uma lágrima se solta e ele a beija. Seu pequeno toque é como gelo, que combate o fogo. Ele se coloca por cima de mim no capot e me beija nos lábios. Um beijo simples, apenas um toque mas perante a reação que isso me causa enrolo minhas pernas nele e aprofundo o beijo com urgência. Ele não se opõe e aperta minhas coxas com vontade. Eu interrompo o beijo para respirar enquanto reviro os olhos pelo turbilhão de sensações. Eu tira meu casaco e beija meu ombro. Suas mãos percorrem minhas costas até se situarem no meu bumbum. Eu me seguro em seus ombros, espetando minhas unhas. Ele agarra a camisola e a tira de uma vez só me sentindo demasiado nua perante ele, retiro seu casaco e sua camisa. Ele segura meu pescoço me encontrando para um beijo sôfrego. Não resisto a passear minhas mãos ávidas pelos seus abdominais. Algo me toma por inteiro e reviro meus olhos enquanto meu corpo se dobra para trás.

Me sento novamente de olhos arregalados. Mas eu não vejo Tobias em lado nenhum. A brisa já não embala meus cabelos. Percebo que estou na cama, completamente transpirada. Olho para o lado e vejo Chris dormir tranquilamente de barriga para baixo. Que raio de sonho eu tive. Ainda estou tremendo. Todas as emoções e sensações foram tão reais que eu ainda não acreditava que era um sonho. Desci até à cozinha para beber. Abri o figorifico e peguei uma garrafa de água. Bebi metade dela de uma vez só. Percebi um bolo de chocolate e me estava a dar água na boca. Peguei um pouco, comi e drenei o resto da agua. Voltava calmamente para cima quando vi o pai de Marlene descer.

– Problemas para dormir querida? – Ele perguntou amavelmente.

– Pesadelos – Esclareci.

– Ahh é uma droga não é? – Sorriu. – Um resto de boa noite.

Eu assenti e subi. Ao entrar no quarto senti uma corrente de ar. A janela estava aberta. Andei a passos largos até ela. Ao fechar vi um carro azul e dois garotos. Uriah e Tobias. Recuei da janela para não ser vista. Peguei no celular que repousava no criado mudo e digitei uma mensagem para Tobias.

“Posso saber o que estão fazendo os dois aí debaixo da minha janela?”

A resposta não demorou dois segundos a chegar.

“Você não deveria estar dormindo? Descanse que nós estamos cobrindo você”

Me esgueirei até à janela.

– Caiam fora agora! – Sussurrei. Os dois olharam para cima.

– Não!

– Tobias, juro que se não se forem agora, eu chamo a policia. – Ameaço com o celular na mão.

– Não! – Ele teima. Eu grunho vencida e fecho a janela com violência desnecessária e salto para a cama tentando dormir mais um pouco.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?? Me contem tudo!! E já Sabem! 10 comentários ou digam adeus à história- BEIJOS FOFOS!!



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