Divergentes - A Luta escrita por Everlak


Capítulo 11
Indestructible


Notas iniciais do capítulo

Hey! Olhem eu aqui com um capitilo fresquinho!! Bem, Bom proveito!



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Quando desço do carro de Tobias, Marlene me espera. Atrás dela está Christina. Tobias me chama de dentro do carro.

– Beatrice, faça o que fizer, não saia de casa, não dê sua localização e fique fora de problemas.

– Não vou ficar aqui como uma prisioneira! – Declaro.

– Não foi uma opção. Foi uma ordem – Seu tom foi frio. Bufo e vou de encontro às meninas. Ouço o carro arrancar e quando olho ele não está mais lá.

As meninas me conduzem para dentro da casa de Mar. Ela vive numa das casas vitorianas em linha. Todas são similares, com alguns ajustes que seus proprietários fizeram em cada uma. Todas eram brancas com telhado esverdeado, com uma janela no sótão. As casas tinham dois andares. Quando entramos pude logo notar o hall de entrada. Suas paredes eram revestidas por vidro colorido vermelho que espelhava ligeiramente o espaço. No lado esquerdo estavam duas cadeiras de estampa xadrez e o chão com detalhe pistache. Do lado contrário estava um aparador em preto metálico com uma jarra de gardénias. No fim do hall, a separar o mesmo com a sala de estar estava uma divisória, uma parede de vidro e água que realmente me fez abrir a boca. Sentia na pele os reflexos que os dois elementos combinados faziam na minha pele, como um aquário enorme.

Do primeiro relance que tive da sala vi uma poltrona egg vermelha. Tive a sensação que a sala era um pé direito alto, com um teto elevado. Neste espaço as paredes eram brancas. A parede direita, era completamente ocupada por uma quadro de proporções gigantescas, em tons de bege e dourado. A iluminar o espaço, um pendente em reda preta. Vasos grande e pretos ladeavam a janela monumental. Uma felpuda alcatifa da mesma cor ocupava o centro. Um trio de espelhos ocupavam um espaço na parede da frente. Sofás em tom nude estavam cobertos com almofadas em várias cores e padrões dando um toque de cor à divisão. O que eu não tinha percebido até ao momento era uma espécie de vidro espelhado que era a televisão.

Mar me levou escadas acima e abriu a primeira porta à esquerda. As paredes eram num tom de castanho pálido. Com filas de fotografias espalhadas na lateral. Do teto saiam iluminárias chinesas em tom de rosa. Sua cama e mesa de cabeceira eram um só, tendo a cabeceira cobrindo todo o lado direito da cama. O edredão era com as laterais azuis e às bolinhas brancas e cor-de-rosa. Suas almofadas, algumas iguais ao edredão, outras cor-de rosa velho. Em frente à janela estava uma secretária acrílica e uma cadeira plástica transparente. Em cima da secretária, livros organizados, um porta-lápis, uma necessaire de maquilhagem e um Notebook Fúchsia. No canto afastado do quarto, uma estante branca e um puf azul bebé se localizavam. Na penteadeira em frente à cama estava um espelho de estilo vitoriano, todo trabalhado, em prata. Achei o espaço divino.

– Nossa, como eu queria um quarto desses… - Christina se atirou para a cama. A mesma balançou para todos os lados. O que me fazia suspeitar se não seria um colchão de água.

– Você nunca veio aqui? – Questionei com estranheza. Elas duas eram amigas desde sempre.

– Diversas vezes! – Marlene respondeu – Mas toda a santa vez fala o mesmo.

Mar revira os olhos o que me faz sorrir.

– Mas você tem realmente um quarto fantástico! – confesso.

– Sim, eu acho. – Ela dá de ombros desvalorizando. – Beatrice…

– Ahh não – Eu sabia que elas estavam a roer as unhas de impaciência e curiosidade.

– O que aconteceu?

– É serio, se me fizerem falar agora, vou desatar num pranto. – profiro sentindo já as lagrimas queimarem.

– Mar, deixa ela se recuperar. Tenho certeza que irá nos contar quando estiver pronta.

Eu assinto fungando levemente.

– Parte do problema, - Eu resolvo falar apenas de pequenos pedaços da história. – Eu meio que terminei com Uriah.

As duas me olharam histéricas. Eu suspirei e me deixei cair no puf azul.

– O que? Porque? – Marlene puxou a cadeira para meu lado e Chris se sentou no chão.

– Ele me mentiu. Não uma mentirinha inocente – Fechei os olhos para controlar o fluxo de emoções – Me mentiu sobre algo que ele sabia que significava tudo para mim.

– Sobre o que ele mentiu?

Essa a pergunta que eu queria evitar mas eu acho que não faria mal algum contar a elas.

– Sobre meu irmão… - As duas estavam atentas às minhas palavras.

– Você tem um irmão mais velho não é? – Chris se lembrou da nossa conversa no bar exterior da escola.

– Sim. Mas ele havia desaparecido sem deixar rasto. – Vi compaixão no olhar das duas. – Nunca mais soube dele. Uriah era meu amigo e sabia como eu tinha ficado perdida com o sumiço. As todo esse tempo ele sabia a localização de meu irmão e nunca contou para mim.

As duas se entreolharam e ficaram em silêncio uns minutos. Uma lágrima teimosa escorreu pelo meu rosto e Marlene a travou com o polegar.

– Não fique assim… - Ela sussurrou – Ele deve ter uma explicação…

– Se tinha uma, ele não a deu para mim. – Falei resignada.

– Sei o que te vai fazer sentir melhor! – Chris se colocou de pé. – Darei duas opções.A escolha é sua Tris!

– Desembucha – Qualquer coisa que me distraísse, eu toparia.

– Primeira: Compras! – Bateu as palmas – Segunda: comédia romântica pipocas e muito alimento açucarado!

– Compras! – Respondi sem pensar.

– Então vamos! – Mar se levantou e pegou as chaves do carro – Uma ótima oportunidade para experimentar meu carro novo!

– Você pode para de me lembrar que você é rica e eu pobre? –Chris cruzou os braços.

– Claro, como se você fosse pobre… - Marlene revirou os olhos.

– Que carro é? – Interrogo.

– Um BMW M6 Gran Coupe azul elétrico. – O sorriso estampado no rosto de Marlene é contagiante.

– Espera! Tenho que mudar de roupa… - Me lembro.

Elas me olham e nem dez minutos depois estou pronta. Uso roupa do closet enorme de Mar. Uma saia rodada azul, um top com busto e mangas rendados, pink heels, e uma mochila preta e rosa velho. Um relógio branco e dourado e uns brincos compridos pretos e brancos da chanel. Me passa um batom rosa claro e voilá.

Corremos escadas abaixo com excitação ao rubro. A ultima vez que fui às compras foi à dois meses para a festa de Peter.

– Entre na carruagem majestade. – Chris faz –me uma vénia e entro no lugar de pendura enquanto que ela se senta atrás.

– Prontas para a melhor viagem da vossa vida? – Mar grita. Chris faz um barulhão em resposta e Mar liga o rádio.

(Sugiro deixarem a musica tocar até ao fim do capitulo. A música conjuga bem ao restante capitulo)

I’m goingbackwords trought time

At the speed of light

I’m yours, you´re mine

Two satellites,

not alone

no, we’re not alone!

Elas cantam, gritam, bem animadas e tentando me animar. Mas a musica não tem nada de divertido mas elas não parecem se importar. Começo a mexer o corpo no pequeno espaço.

– Espera! – Grita Mar por cima do som. Ouço um som metálico e o teto do carro se retrai o deixando descapotável. Fecho os olhos enquanto me cabelo esvoaça no ar quente. Me levanto no carro me movendo lentamente enquanto a música toca. Lanço a cabeça para trás, aproveitando o momento.

– Vai Tris! – Chris encoraja e eu sorrio bobamente ainda mantendo os olhos fechados. Meu corpo balança para fora com violência, como um embate.

Aterro no meio do terreno ao lado da berma. A uns dez metros do carro. Ouço o carro chiar e travar. Conto o tempo que elas demoram a chegar até mim pelas batidas lentas do meu coração. Sinto meu corpo todo quebrado. Mas não sinto dor.

– Tris? – Não são as meninas. – Caramba! Eu não falei para você não sair de casa!

Tobias se baixa para me pegar.

– N-não… - Babucio. – Acho que tenho algo quebrado.

Suas mãos correm habilmente por todo meu corpo. Ele enruga o nariz.

– Tris, você não tem apenas um corte no ventre. Nada quebrado. – Ele fala delicadamente tocando o ponto. Eu não sinto nada.

– Não… Eu sinto algo quebrado … - Choramingo.

– Onde? – Interroga – Onde sente estar quebrado?

– Esse é o problema… Eu não sinto nada de nada…. Eu…

– Você acha que quebrou a coluna vertical – Ele deduz. Eu aceno com lagrimas nos olhos. – Tris eu virar-te de costas ok? Não te mexas.

Ele começa a virar meu corpo e depois toca minha espinha desde a nuca até baixo enquanto espero o veredito dele em desespero.

– Está coluna está bem Tris – Ele me roda de volta e coça o queixo. – Se coloque de pé.

– Não consigo – Respiro com violência.

– Tenta, eu te ajudo. – Tobias envolve minhas mãos nas suas e me puxa para cima até que fico sobre meus pés. Dou um passo, ele ainda me segurando. – Está tudo bem Tris. Foi apenas o trauma. É comum as pessoas não sentirem nada após um choque desses. Os nervos não processam tão depressa a informação ao cérebro nos fazendo sentir impotentes.

Ele me abraça, aconchegando minha cabeça em deu feito.

– As meninas? O que aconteceu? – Atropelo as perguntas.

– Vocês foram abarroadas para fora da estrada. Você foi projetada.

– Eric?

– Provavelmente…

– Eu não sei o que ele quer de mim!

– Eu tenho uma ideia… - Murmura com o olhar o distante.

– Me conte! – Ordeno

– Não posso. – Ele abana a cabeça. – Vamos, elas estão desesperadas à sua procura.

Subimos o terreno por entre as arvores e vejo o carro a uns 30 metros à frente. Elas logo nos vêm e correm para nós. As duas me dão um abraço de urso. Chris se vira para Tobias e dá-lhe também um abraço o apanhando de surpresa.

– Obrigada Tobias! Por resgatar ela – Ela choraminga.

Tobias assente enquanto Marlene anda à minha volta à procura de sequelas.

– Beatrice de quem é esse sangue? – Ela questiona pegando no tecido rasgado e ensanguentado do Body.

– É meu… - Pareceu mais uma pergunta que uma afirmação. – De quem seria?

Sem aviso prévio ela levanta o body para cima para averiguar.

– Não é não! – Ela me olha. Tobias toma o lugar de Marlene a empurrando ligeiramente para o lado. Ele mesmo me puxa o tecido para cima, me deixando incomodada. Olho para baixo e onde tinha o corte não tem nada para alem de sangue e sujeira. O moreno toca minha pele com o polegar, confirmando. Sinto um arrepio.

– Nada… - Ele murmura e puxa meu tecido para baixo. – Vocês três! Voltem imediatamente para casa!

Ele ordena nos apontando o indicador.

– Sem compras então? – Chris desanimou.

– Sem compras – Ele falou e entrou no seu Opel. Ligou o carro, fez inversão de marcha e acelerou até ao limite me deixando ali desnorteada.


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Notas finais do capítulo

E então??? GOSTARAM??? Espero que sim!
Agora, não se esqueçam, 10 COMENTÁRIOS OU NÃO TEM CAPITULO NOVO! SWEET KISSES
(UMA RECOMENDAÇÃO VALE 10 COMENTS, SÓ DEIXANDO A DICA) quanto mais depressa batem a meta mais depressa posto o próximo que já está prontinho a postar!



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