Divergentes - A Luta escrita por Everlak


Capítulo 1
Novo Mundo - Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Bem, esta é minha primeira fic de Divergente! Então espero que vocês gostem. Beijos



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Eu me chamo Beatrice e acabei de aterrar com minha mãe e meu padrasto em Chicago. Se eu queria estar aqui? Não. Se era absolutamente necessário? Bem, minha mãe dizia que sim. Eu simplesmente ainda não percebia o que se estava a passar. Eu estava alienada desde que meu pai morreu e meu irmão desapareceu faz quatro anos. A minha vida havia sido drenada junto, eu era apenas como um cadáver ambulante. Minha mãe nunca quis me falar o que estava acontecendo, nem agora que haviam invadido a nossa casa e tentado me levar à força.

FLASHBACK ON

- Mãe, cheguei! – gritei do hall de entrada quando cheguei. Deixei as botas pretas bem no meio do corredor e subi as escadas. Que sabe eu teria sorte e Eric caísse nelas. Não me interpretem mal, eu não sou obcecada nem nada mas eu tinha um pressentimento de que meu padrasto não era quem dizia ser. Sempre fazia perguntas sobre meu irmão o que me fazia ficar desconfortável. Ele desapareceu quando tinha dezoito anos e eu catorze. Nunca soubemos realmente o que aconteceu. Se fugiu, se foi raptado… Era doloroso pensar nele mas Eric não parecia importar-se com isso. Então agora eu andava sempre com meus phones de ouvido para que quando fosse necessário, poder ignorá-lo. Cheguei ao meu quarto e comecei a despir-me. Peguei num vestido simples e confortável e o coloquei. Ouvi Eric a chegar a casa. Saí do meu quarto e passei pelo quarto intocável de Caleb. O abri, procurando sentir um pouco dele. Me deitei na sua cama e agarrei-me à sua almofada.

- Caleb, porque me deixaste aqui? – Pergunto perdida nos meus pensamentos. Minha mãe falava que eu estava sendo paranoica mas eu acho que a morte do meu pai e o desaparecimento de Caleb estavam relacionados. Como eu não sei mas eu sentia. Uma onda de reconforto passou por mim e eu estremeci. Isso foi super estranho. Fechei os olhos e o vi. Caleb. Cerrei com mais força os olhos. Uma garota ao lado dele, não uma garota, uma jovem mulher. Não identificava onde ele estava mas podia dizer que estava longe. Abri os olhos assustada. O que foi isso? Eu realmente tinha que parar com essa obsessão. Me levantei mais que depressa. Mas uma tontura se apoderou de mim e eu estava com a sensação de que ia cair. “Beatrice, sai daí agora!”. Olhei em volta à procura da voz. Eu estava a ficar louca.

- Mãe! Mãe! – gritava enquanto descia as escadas desajeitadamente – Eu vou sair…

Não terminei a frase porque três homens de preto entraram pela minha casa e taparam minha boca enquanto pegavam em mim. Minha mãe apareceu vinda da cozinha e começou a gritar. Um dos homens a agarrou fazendo-a ficar em silêncio. Apontou uma faca em meu pescoço e olhou para minha mãe. Eu estava em pânico.

- Me diga agora onde estão os ficheiros ou pode dizer também adeus à sua filha. Não acha que basta ter perdido um filho, quer perder também o outro? – O cara falou. O que ele estava a falar? Meu irmão estava morto? Não! Não podia ser verdade.

- Eu não tenho ficheiros nenhuns! Quantas vezes tenho que falar isso para vocês? – Minha mãe gritou num misto de raiva e medo.

- Até que fale a verdade! – O homem falou ameaçadoramente. Vejo Eric no topo das escadas correndo na nossa direção de arma em punho. Atira sobre o cara que me segurava e nos outros dois. Sua mira fora impecável e eu olho arregalada para os corpos no chão. Ele me agarra o braço e me puxa para fora de casa seguido pela minha mãe.

- Para onde vamos? – ele não abranda o passo e me ignora. Eu me desenvincilho do braço dele. Ele bufa frustrado.

- Para bem longe daqui!

FLASHBACK OFF

Tudo isso resultou nesse momento. Agora estava longe do lugar onde cresci. Não vou dizer que deixei amigos para trás porque isso não é verdade. Eu havia-me isolado completamente de todos. Agora eu agradecia por isso. Não sentiria falta de ninguém, só do lugar. Saí do aeroporto e senti o vento frio passar pelo meu corpo. Eu estava apenas com o vestido fino e umas sandálias. Só tivera tempo de pegar alguns pertences, enfiar tudo numa mochila e partir. Eric já tratara tudo pelo caminho, arranjara casa, me inscrevera numa escola… alugou um carro no aeroporto e falou que depois compraria um para mim também. Eu apenas encolhi os ombros indiferente. Entrei no carro, coloquei meus fones e me deixei levar pela música.

- Chegámos! – Ele falou. Retirei os fones e olhei pela janela. Não era uma casa, era uma mansão. Achei um exagero mas me mantive calada. Desci do carro e entrei na casa. Subi as escadas e encontrei um quarto com paredes brancas, cama preta e dossel vermelho. Eu queria esse quarto. Atirei a mochila para cima da cama e olhei pela varanda. Prédios e prédios e mais prédios! Vi um edifício todo de vidro e me encantou a forma como o sol refletia nele. Reparei tratar-se de um centro comercial. Peguei minha bolsa dentro da mochila, minha carteira e meus óculos de sol. Aproveitei que os dois estavam vendo a cozinha e saí sem ser vista. Corri pelas ruas, tentando encontrar o prédio. Finalmente consegui.

Eu parei na entrada a admirar o edifício. Comecei a caminhar em direção ao interior ainda distraída. Senti meu corpo bater contra uma parede e cair no chão. Minha cabeça doía, talvez pelo impacto com o chão.

- Auu…. – Choraminguei. Senti dois braços me segurarem e levantarem.

- Você realmente devia ver por onde anda – Um garoto lindo sorria para mim. Moreno, bem encorpado, e com olhar cativante.

- Eu realmente devia – ele gargalhou e se afastou um pouco de mim, se encostando na parede e cruzando os braços.

- Hum, você não anda comigo no colégio… - Ele constata.

- Eu cheguei aqui hoje, nem sem em que colégio vou estudar. – dou se ombros – Bem obrigada. Eu tenho que ir.

- Claro. Cuidado com as paredes – ele sorri e se afasta. Uma garota aparece vindo de algum lugar e o abraça dando um selinho nele. Garota bonita… Morena, alta com olhar provocante. Um casal bastante fofo. Parei de olhar e comecei a procurar roupas novas, eu não troxe grande coisa comigo. Ao final de algum tempo resolvi voltar para casa. Já tinha peças suficientes por agora. Esperei por um táxi. Estava anoitecendo e não queria andar por aí sozinha. Alguém cai sobre mim. Só não caio porque me agarra. Eu dou um gritinho esganiçado assustada.

- Você outra vez? – o moreno me encara incrédulo e abre um sorriso tímido – Dessa vez a culpa foi minha, me desculpa.

- Tudo bem! Onde está sua namorada? – As palavras saem-me da boca sem que consiga contê-las.

- Namorada? Ah, a Molly? Não é minha namorada, ela é… - ele tenta encontrar as palavras certas e eu começo a gargalhar.

- Eu entendi – sorrio e um táxi para em minha frente. – Adeus….

- Tobias! – ele esclarece. – Até à próxima…

- Beatrice. – Entro no carro e recosto a cabeça fechando os olhos.


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Notas finais do capítulo

Sem comentários, sem próximo capítulo! Beijos fofos