Gotta Be Brave escrita por Batsu


Capítulo 8
Entendendo


Notas iniciais do capítulo

Eu disse para poucos leitores (nem sei se foi aqui, deve ter sido no ss) que com sorte, postaria até quinta-feira. Well, na quinta tinha 1k de palavras escritas, aí ontem eu juro que ia terminar, mas fiquei a tarde inteira quebrando a cabeça pra poder instalar o The Sims 4 pirata HUEHEUHUE e nem terminei, fui terminar hoje de manhã~
É muito estranho postar assim, sem enrolação sabe?! ahuahu mas cá estou eu, né!
Ô gente, eu fico muito feliz com todos os reviews que vocês deixam, sério!! Agradeço a todo o apoio que ganho, mas tem tanta carinha nova nos favoritos e nos acompanhamentos, seria mais legal ainda se esse pessoal aparecesse ç.ç
Mas tá, o capítulo não teve muitos "momentinhos", mas gostei principalmente do final, espero que vocês gostem também u3u



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Nami alcançou o companheiro na água apenas com o mergulho impulsionado. Agarrou sua camisa azul e puxou-o até a superfície se esforçando em manter ela e ele flutuando juntamente. Tiveram a sorte de não encontrar pessoas por perto, mesmo tendo ótimas praias a população local não achava adequado banhar-se nelas.

— Idiota. — a ruiva atirou o corpo molhado de Luffy na areia, se jogando ao lado do mesmo. Em um único movimento, socou o peito dele para que pudesse cuspir toda a água que entrara em seus pulmões.

— O-obrigado Nami! — tossia e choramingava quase ter morrido. — Mas não consegui pegar o colar... — sentou-se ali mesmo, apertando a garganta e forçando-a para tirar aquele gosto salgado horrível.

— Sem problemas... — cobriu os olhos do sol com o antebraço esquerdo.

Ela estava cansada, inspirava profundamente dizendo a si mesma que fizera um bom trabalho. Conseguiu agarrar Luffy antes que fosse mais afundo no mar, mas nadar contra as ondas até chegar à areia não foi tão fácil quanto esperava. Estavam numa espécie de píer antes do capitão cair, os lugares ficavam sobre uma plataforma revestida de papel e a praia era a pelo menos cinquenta metros de distância dali, ela realmente teve trabalho para chegar onde estavam.

— Nami, acho que tem gente nos observando. — abaixou o chapéu encobrindo seu rosto.

— Ninguém por aqui entra na água Luffy, apenas os ignore. — suspirou.

— Você tá brava comigo? — apoiou o tronco com os braços, sentando-se em seguida. — Você parece nervosa. — torceu os lábios num biquinho engraçado.

— Não... — a ruiva piscou algumas vezes, entendendo o que levara o capitão a pensar tais coisas. Ela estava mesmo cansada, gostaria de poder se esticar numa cadeira do navio e aproveitar o sol do meio-dia, ou então jogar-se naquela maravilhosa cama de casal de seu quarto e tirar uma longa soneca. — Não estou brava com você, de maneira alguma. — sorria fraco. — Apesar de você ter sido um babaca por ter deixado meu colar novo cair, ainda não estou brava com você.

— Antes você ficava brava comigo porque eu respirava do seu lado. — o moreno desviou o olhar, com medo de agora sim ter a irritado.

— Luffy, o que você fez pra mim foi tão legal, que não vou conseguir ficar brava com você por algumas horas. — Nami voltou a cobrir os olhos com o braço, esperando que aquele mormaço quente secasse o mais rápido possível suas roupas.

— Só algumas horas?!— Luffy bufou, caindo ao lado da navegadora apoiando sua cabeça com os braços.

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Usopp andava de um lado para outro, batendo os pés freneticamente ainda sem saber o que fazer. Estava preocupado com o que ouvira minutos mais tarde, sobre Zoro ter sido capturado. Aquilo matutava em sua cabeça, e o fazia roer as unhas. Se Zoro fora capturado, como estaria o resto da tripulação? Não via ninguém a pelo menos meio dia.

Decidiu sair da viela que entrara para pensar e ter suas crises sozinho, achara um bom lugar para se distrair ali. Virou à esquerda, continuando na calçada. Havia poucas pessoas por onde caminhava, o que era realmente estranho levando em conta a movimentação da ilha quando chegaram.

Encarava cada um que passava por si, buscando encontrar algum rosto conhecido, e foi com isso que notou um símbolo peculiar do outro lado da rua.

— Mas o que... — atravessou correndo, deparando-se com um muro rabiscado.

Entre horas desenhadas e frases que ele julgava se referirem ao toque de recolher, a caveira pirata de seu bando se destacou. Traços tortos e coloridos sem o mínimo esforço arrancaram um sorriso aliviado do atirador. Escorregou os dedos pelo muro, sorrindo em seguida.

— Luffy passou por aqui! — sussurrou voltando a andar com a cabeça mais leve.

Shima-shi era tão curiosa quanto sua principal matéria-prima. Como todos a conheciam: a maior exportadora de papel do Novo Mundo; lugar de pessoas de alta classe, na maioria das vezes donos de pequenos comércios que trabalham com o papel produzido por ali mesmo; odiava turismo.

O homem responsável pelo atual maior cargo de responsabilidade da ilha, simplesmente odiava turismo. Shima-shi apesar de ter uma beleza natural característica, não era conhecida por ter uma boa recepção quanto aos turistas, pelo contrário, se sequer um visitante aparecesse, ele seria tão mal recebido ao ponto de nunca mais querer voltar e contar aos seus amigos e familiares que não visitassem o país do papel. Os moradores eram mesquinhos, não queriam ter a formosura e os segredos da ilha roubados por quem quer que seja.

Piratas não se incomodavam de passar por ali, conheciam bem como as coisas funcionavam e mesmo que desejassem saquear algo, corriam o risco de serem pegos pela alta segurança das lojas e de seus donos. Nami bem entendia isso.

Apesar de tudo, Shima-shi era um ótimo lugar para se viver, mas se tornava um verdadeiro inferno após a meia-noite.

— O senhor deseja alguma coisa? — a atendente perguntou ao narigudo, esperava ele se decidir enquanto ajeitava os babados de seu avental.

— Sogeki-sama, para você. — tomou uma pose de peito estufado, encenando um personagem que se parecesse mais com seu atual traje. — Água. — a mulher encarou-o para checar se ele tinha a moral de falar assim, desculpou-se e saiu envergonhada por ter agido mal em frente alguém tão importante.

Riu do que fizera, disfarçando enquanto abaixava o chapéu de gala.

Não demorou em que uma taça de água lhe fosse entregue, segurou-a com o mindinho levantado, ainda fazendo graça em ser alguém respeitável por ali. Alguns cochichos pelo bar se iniciaram, mulheres interessadas se manifestavam e alguns homens reclamavam de riquinhos como o tal Sogeki-sama que frequentavam bares de baixo nível, próximos da pior divisa da ilha.

Ibrahim explicara ao atirador que Shima-shi era divida em áreas, chamadas divisas. A divisa por aonde a tripulação aportara outro dia, era a mais importante, a divisa central. Apesar de ela não ficar exatamente no centro da ilha, era a principal área onde transmitia o aspecto de riqueza e poder aos navegantes do mar, era por onde marinheiros e piratas avistavam Shima-shi. Usopp estava entre a divisa leste e a sul, sendo a sul proibida para moradores comuns pelo governante. Basicamente, lá se encontrava todos os podres do país, inclusive as fábricas de produção ilegal.

O narigudo se atentou a uma conversa ao seu lado, onde um homem grande e bem vestido reclamava de um casal de uma ruiva bonitona e um cara violento de chapéu de palha. Mais uma vez sorriu, era ótimo estar bem camuflado entre a população local.

|x|

— Luffy! — Nami gritou pela terceira vez, empurrando o moreninho de cima de si. — Que mania chata a sua, não sou travesseiro nem cama! — ainda se encontravam deitados na areia da praia, o sol estava mais baixo, a ruiva julgou ter passado algumas horas desde que saíram da água.

Hm Namiiiii — fazia birra falando tudo arrastado, ainda sonolento por ter sido acordado de maneira pouco sutil.

— Sem resmungar! Precisamos procurar os outros, levanta vai! — desferiu um chute fraco em sua barriga, apressando o rapaz.

Saíram da praia batendo as roupas contra o ar, removendo toda a areia ao qual ficaram expostos mais cedo. A ruiva estava incomodada com aquilo, realmente não fora uma boa ideia se deixar levar pelo cansaço e permanecer quase uma hora inteira deitada num lugar público daqueles. Ela não tirou mais que uma soneca, enquanto Luffy conseguiu até sonhar com sua idolatrada carne.

A paisagem de onde andaram antes do ocorrido com o colar não mudou em muita coisa, as poucas pessoas daquela área eram como todas as outras, esnobes. Suas roupas ainda eram a única coisa que os fazia parecer algo próximo aos moradores da ilha, tirando o fato de estarem visivelmente abarrotadas, mas isso era apenas um detalhe.

O clima pouco úmido e pesado do lugar ainda era o mesmo, coisa que Nami ainda não fazia ideia do porque em certas partes da ilha se tinha a sensação térmica de estar mais quente.

Andavam distraidamente quando um homem grande esbarrou neles, e não se preocupou em pedir desculpas.

— Ei idiota! — Nami gritou imediatamente. — Deveria pedir desculpas e... Zoro?! — se surpreendeu assim que ele virou-se para tirar satisfações. — Não era pra ficar se perdendo por aí! — voltou ao mesmo tom de antes.

— Zoro!

— Tch — resmungou virando a cara enquanto a ruiva gritava em seu ouvido. — A tripulação inteira na ilha e encontro logo com a bruxa.

— Estávamos procurando por você! — Luffy parecia feliz de reencontrar seu espadachim. — Nos separamos em duplas, Robin foi com Franky, Sanji com...

— Com o Franky?! — interrompeu-o incomodado. — Vamos procurá-los então, Brook está na fábrica com problemas também.

Nami congelou com o que ouvira. Estavam tão preocupados com Usopp e Zoro sumidos, que não se lembraram de Brook! O músico se separou do grupo no mesmo dia em que ela assaltou a loja juntamente com Franky, depois disso não ouviram mais sobre o esqueleto.

— Que fábrica? — perguntou intrigada.

— Ah, não faço a mínima ideia. — ele coçou o ouvido com o mindinho, não se importava mesmo com a situação.

Depois de alguns socos que Luffy acabou levando junto sem saber o motivo, Zoro explicou que logo na primeira noite na ilha, decidiu dormir em uma praça. Algum tempo depois de uma buzina tocar atrapalhando seu sono, acordou em uma pilha de papel sem saber onde estava. Ele saiu para explorar o lugar e acabou encontrando Luffy e Nami. A navegadora só pôde lamentar pelo esverdeado, aquele tinha nascido com defeito e não poderia ser trocado.

Mas aquela história sem pé nem cabeça que ele contara, acabou servindo de algo. Fez Nami chegar à conclusão que todos que fossem encontrados após o toque de recolher, seriam levados para algum lugar de desova, ou talvez, para o lixão da ilha. A única coisa que estava confusa ainda, era o porquê de Brook ter ido parar em uma fábrica, e porque logo Zoro sabia disso.

— Nós podemos comer quando?

— Luffy, não faz nem duas horas que almoçamos. — a ruiva respondeu de olhos fechados enquanto caminhava, estar com Luffy era um desafio a sua própria tolerância.

— O caminho para a fábrica é por ali, vamos. — Zoro apontou para a esquina ao qual tinham acabado de vir.

— Não é não seu burro! — Nami segurou-o pelo ombro, gritando mais uma vez. — Você não sabe nem onde nasceu, é uma idiotice deixar você nos guiar! — suspirou nervosa, estava com dois idiotas sem saber o que fazer para ajudar Brook.

Estavam andando em círculos por culpa de Zoro, estava na hora de arriscarem e perguntarem algo para algum morador, caso contrário, não ficariam sabendo de nada por ali. Uma brilhante ideia pareceu se acender na cabeça da navegadora. Seria difícil de engolir e atuar, mas um companheiro estava em perigo e isso era mais importante que seu ego inflado. Agarrou o braço de Zoro contra si mesma, sorrindo diabolicamente.

— Zoro, agora somos casados!

|x|

Robin estava convicta do que acabara de descobrir; as divisas de Shima-shi eram classificadas por seu grau de alta sociedade e por suas atividades ilícitas praticadas. Quanto mais bonita, bem cuidada e protegida, a divisa seria próspera e sem quaisquer problemas entre moradores. As divisas mais pobres costumavam ter podres por seus arredores, e quando fosse tomada pela ganância de quem morava por ali, nem a segurança responsável por manter tudo pacífico se importaria. A ilha não era conhecida por assaltos e assassinatos frequentes, quando acontecia era uma surpresa para todos. O que dominava ali era a corrupção, o desejo e a luxúria de esbanjar dinheiro corroíam a alma dos habitantes do país. Todos os comerciantes ansiavam de alguma forma aumentar suas vendas e aqueles donos de fábricas de papel, abusavam de formas sujas para a produção de seu material.

As árvores não eram mais um bem protegido ali, quem defendia a natureza era expulso da ilha por ir contra o regime. E tudo o que faziam de errado, ficava em absoluto silêncio.

Aqueles que foram despejados de suas casas por desobedecerem ao toque de recolher, não tinham mais vez na ilha, viravam ninguém e suas próprias famílias os rejeitavam. Porque ninguém era louco o suficiente para ir contra ao sistema de governo, e não estavam dispostos a acolher aqueles que foram.

Brook contou tudo animadamente, apesar de ter sofrido pelo pouco tempo que ficou na fábrica. Fora capturado nos primeiros minutos depois que se separou de todos pela sua aparência peculiar. Fugiu com a ajuda de Zoro, apesar do espadachim nem imaginar isso.

— Yohoho, lá parece ser o inferno! — terminou citando algo que Franky e a arqueóloga não imaginavam.

— Huh?

— É muito quente. Só de chegar à divisa da fábrica principal, você já começa a soar.


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Notas finais do capítulo

Teve gente nos comentários que achou mesmo que o Zoro tinha sido pego HAUAHUAHAUHU olha, ri bastante :'D
APOSTO QUE NINGUÉM LEMBRAVA QUE O BROOK EXISTIA!!! Nem eu quase tava lembrando dele na história hue aí fui olhar meu rascunho e vi que tinha uma função pra ele na ilha e foi tipo, lembrei na hora certa! kkkkkk
Ao pessoal que gosta de LuNa, estou com mais três oneshots sendo preparadas, e uma possível long nos rascunhos, acho que antes da próxima atualização de GBB vou estar postando uma one que está em processo de revisão já, espero que vocês acompanhem também ahauahu
Então né, deixa eu ir agora, não tenho nada de importante pra fazer nessa vida, mas não dá pra ficar batendo papo nas notas :v
Até mais~



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