Survivor escrita por Gabhi, Bravery


Capítulo 6
Dom ou Maldição?


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi gente *-*
(Peguei mania do Leo. e.e (sim, bomdialeo))
Eu... não tenho muito o que falar. Além que o por do sol está MUITO lindo *0* Meu Deus, amo minha casa nova, a vista daqui é liiiiiiiinda demais *-*
Eu estou cheia de trabalho. Tenho apostila pra fazer (105 paginas ao total) seminário amanhã, trabalho de Arte e eu tenho mais uns 4 trabalhos pra pegar amanhã ¬¬' Mas, enfim.
O cap. será focado em uma visão do passado, ok? Para entender melhor, flashback, etc. *-*
Boa Leitura!



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1911

Mamãe, por favor mamãe, não! – uma pequena garota de cabelos enormes e castanhos gritava sem parar, esticava os braços o máximo que podia para tocar sua mãe. – Não deixe eles me levarem, por favor, mamãe, eu quero ficar com você!

Nós estaremos juntas querida. – A mulher soluçou enquanto segurava um lenço contra o rosto. – Quando você for curada.

Mamãe, por favor!

A mulher não aguentou e escondeu o rosto no peito do marido. Maurício Brandon acariciou o braço da mulher e assentiu para os dois homens vestidos com ternos brancos que seguravam sua pequena filha.

Podem levá-la. – disse baixo enquanto as lágrima escorriam por seu rosto. Alice berrou o mais alto que pode enquanto a amarravam em uma maca dentro da enorme vã branca, Cristina Brandon berrou mais e tentou correr até a filha, mas seu marido a segurou. – Ela estará segura com eles, querida. – disse ele em seu ouvido, tentando acalmá-la. – Se a deixarmos conosco, será morta. Ela ficará bem.

Alice... – soluçou a mulher enquanto observava carro ir embora e deixava apenas uma nuvem de poeira. Maurício puxou sua esposa para dentro de casa e juntos choraram por ter a única filha levada ao hospício.

Tudo porque Mary Alice Brandon foi abençoada pelas bruxas com o dom de ver o futuro. Mas, na realidade, tudo aquilo era uma maldição para uma criança de dez anos.

1916

A fechadura estalou enquanto mexiam nela, assustada, Alice pulou em sua cama e arregalou os olhos. Quando percebeu que a porta se abriria, Alice fechou seu caderno e pegou a folha ao seu lado, então fingiu que continuava a desenhar um vestido.

Mary Alice. – Eleonor Torres disse baixo enquanto entrava no quarto, dois enfermeiros estavam atrás de si, como segurança.

Apenas Alice, por favor. – A pequena ergueu o rosto e encarou a mulher vestida elegantemente em sua frente. Respirou fundo e tentou ajeitar o cabelo curto espetado, em vão. Jamais seria apresentável para aquela mulher.

Mary Alice, venho informar sobre seus pais, são más notícias.

Mesmo sabendo de tudo que ocorreu e aconteceria, Alice se sentiu abalada enquanto a mulher despejava, sem dó, os acontecimentos de sua família; Seus pais e sua pequena irmã de 2 anos haviam sofrido um terrível acidente de carro enquanto voltavam do cinema. Embora nunca admitisse, Alice odiava e invejava sua irmã mais nova, Clarisse, mas saber que a pequena que sequer conhecera havia morrido, Alice chorou em sua cama por alguns minutos.

Alguns enfermeiros em breve voltarão para arrumá-la, terá um julgamento em questão financeira, herança e seu estado mental.

Sem mais nada, nem falsas condolências, Eleonor e os dois enfermeiros foram embora. Alice ouviu o barulho da fechadura se trancando novamente e respirou o pouco ar puro que vinha da janela fechada com grades bem acima de seu quarto. Após se recompor, abriu o caderno e observou as duas folhas desenhadas.

Na primeira, havia o túmulo de seus pais. O de sua irmã pequena estava ao lado de sua mãe. E, ao lado desses, havia um pequeno buraco reservado para onde Alice em breve estaria. Do outro lado da folha, estava desenhado um elegante tribunal. As pouquíssimas pessoas sentadas não tinham foco, apenas pessoas sem sexo, cor ou qualquer noção de quem eram.

Em pé na mesa esquerda, estava Alice, um advogado da família e sua psiquiatra. Do lado direito estava sua única parente viva; Sua tia Miranda, o advogado de sua tia e o diretor do hospício. Na frente, meio desfocado, estava desenhada a mesa do júri e o juiz batendo o martelo condenando Alice a mais anos presa em um manicômio considerada como insana.

Embora haja uma grande melhoria no estado mental de Mary Alice Brandon, não há garantias de que ela estará bem por conta própria. Como declarado, sua tia e única parente viva, Miranda Brandon Sullivan, não têm condições de cuidar da sobrinha. Por ser de menor e estar em análise, Mary Alice Cullen será enviada ao “Sweet Dreams Asylum” até atingir a maioridade ou conseguir uma aprovação médica sobre sua saúde mental.

Alice suspirou e abaixou a cabeça enquanto as palavras, já escutadas em seus sonhos, ecoavam pela sala do tribunal. Após todos os procedimentos formais, os enfermeiros guiaram Alice para fora do Tribunal. Sem se despedir de sua tia – cuja fez de tudo para ficar com a casa e boa parte do dinheiro – Alice se deixou ser levada de volta ao lugar onde estava desde seus dez anos, após desconfiarem de seus sonhos que previam o futuro e seus atos de loucuras em relação á isso.

Dessa vez, não podia ficar naquele lugar que logo depois foi considerado um paraíso para ela. Fez suas malas e foi visitar o pedaço de inferno que havia na terra.

1922

Alice gritou e tentou puxar as correntes da parede, mas era impossível. Seu rosto e corpo estavam todos arranhados e o seu vestido branco estava sujo e rasgado. O lugar era horrível, duro e fedido. A comida do asilo vinha com cabelo, unha e temperos nojentos. Havia ratos, baratas e o cheiro de fossa era enjoativo.

Por todos esses anos desde que pisou nesse lugar morto, Alice colocou uma ideia definitiva em sua mente; morrer. Ela sonhou diversas vezes com o momento em que alguém quebrava seu pescoço e tudo parecia calmo, paz. Por semanas desenhou as partes confusas de seus sonhos; roupas completamente diferentes e pessoas distintas, então começou o sonho com a mulher de capa preta, começou a morte e os remédios pesados, os tapas dos enfermeiros o castigo na solitária, as baratas em seu quarto.

Em questão de meses, Alice havia se tornado uma garota completamente insana, confusa entre a realidade e sonhos, presente e futuro, estava louca com aquela nojeira, queria morrer para se libertar e muitas vezes foi presa por tentar suicídio.

Dessa vez, havia tentando se enforcar com uma camisola, agora tinha as mãos e os pés amarrados por correntes que se esticavam até uma cama de colchão duro, uma garrafinha de água e um prato vazio com formigas neles.

Fechou os olhos e mais uma vez teve a imagem da mulher de capa negra. O vestido era cor de vinho e longo, a capa preta cobria quase todo seu corpo e tinha uma touca, os cabelos eram castanhos. Apenas isso que Alice conseguia ver, tudo preto, algum sorriso malicioso. Ao mesmo tempo que ela parecia um diabo, poderia ser um anjo.

O barulho na fechadura despertou Alice de seu sonho e ela se endireitou no chão. Devagar, a porta de ferro foi empurrada e o enfermeiro moreno suspirou com o esforço.

Aqui está ela. – disse baixo.

Alice sorriu enormemente ao ver a mulher que entrava, identica ao seu sonho. Os saltos fizeram barulho enquanto ela se aproximava. Ao se debruçar na frente de Alice, o capuz caiu e revelou o rosto delicado da mulher, os olhos castanhos brilhavam. Era jovem e bonita, estava ali como um anjo salvador ou uma ceifeira. Tanto faz, Alice gostava das duas opções.

Pequena Alice... – Disse baixo, a voz era como sinos tocando. Calma, suave e agradável, Alice gostaria de ouvir mais vezes. Tudo que ouvira desde que fora internada eram vozes carregadas de raiva, mágoa ou gritos irritados. – Você não me parece tão bem...

Alice se assustou com a mão erguida da garota, até se encolheu. Mas, após visualizar o rosto confuso da garota, Alice suavizou e deixou que fosse tocada no rosto. Fechou os olhos com a carícia. Aqueles dedos brancos e quentes deslizava na pele de seu rosto de forma suave e carinhosa, podia sentir a pele formigar. Era um toque de amor, desejo, compreensão.

Eu vim tirá-la daqui, pequena Alice, vim salvá-la deste inferno.

Era a melhor coisa que a pequena garota insana poderia ouvir.

Mesmo? – Questionou baixo e confusa. Na porta, o enfermeiro bufou com a demora.

Sim, pequena. O mundo real te espera, eu irei guiá-la para o paraíso, afinal, você já conheceu o inferno.

Alice sorriu animada e ergueu as mãos, mas as correntes a seguraram. Com um passe de mágica, a menina encarou as correntes e elas se desfizeram em cinzas. Atrás das duas, o enfermeiro exclamou surpreso.

Como... – ele começou a questionar, mas antes que continuasse, caiu em um sono profundo.

Quem é você? – Alice perguntou enquanto massageava o pulso liberto. A garota sorriu animada e segurou a mão suja da pequena.

Sou Isabella Swan, sua salvadora...


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Notas finais do capítulo

Eai, gostaram? Sei que me foquei bastante na Alice, mas é que eu acho o dom dela tão interessante :3
Eu tenho que terminar de escrever, tenho ideias para outra fic também e para a continuação desta. *-* Então... é isso.
Desculpem ir bem rápido nas notas, infelizmente estou bem ocupada. :S
Bom... comentem meus lindos. Recomendem, acompanhem, façam minha alegria, por favor. Isso motiva *-*
Beijos e até, provavelmente, sexta!!



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