https://www.youtube.com/watch?v=G5GBMF4xQww (Avril – I Miss You)

Ninguém soube dizer o que era mais assustador, os 6 corpos em chama ou o grito de Isabella.

Stefan puxou Katherine para longe do fogo, arrastando Elena consigo. Jeremy deixou de acudir Bonnie para observar o que estava acontecendo, até mesmo a âncora paralisou e observou a cena.

– Não, não, não... – Jane Volturi caiu no chão, apavorada. Enzo correu para puxá-la para longe do fogo, no exato momento em que dois membros da guarda explodiram em chamas também.

– Jeremy, tire Bonnie daqui agora. – Elijah berrou por cima da voz de Jane, então se aproximou de Bella que estava paralisada. --Leve Elena com você.

Todos se preocuparam com o fogo no início, mas então a atenção caiu sobre Isabella.

Paralisada, apavorada. Seu corpo não se mexia um centímetro sequer, porém sua mente já fazia bagunça o suficiente. Palavras, vozes, lembranças, sonhos, momentos, sentimentos, revisão, erros. Tudo passava em sua mente. Uma parte de si se perguntava o que havia errado, o que estava acontecendo.

Eles pegaram fogo, eles pegaram fogo. Todos eles, Carlisle, Esme, Emmett, Rosalie, Jasper. Eles pegaram fogo, viraram cinza...

Fogo...

Fogo..

A âncora atrás de Isabella se remexeu inquieta, então abriu os braços, acolhendo algo invisível que Jeremy pôde ver perfeitamente. Os Cullens e os dois membros da guarda Volturi sendo acolhidos pela âncora, e então eles sumiram em uma fumaça azul que foi levada pelo vento.

– Eles... simplesmente pegaram fogo. – Rebeckah exclamou surpresa e então segurou o braço de Jacob.

– Os Cullens...

– Não... – Bella sussurrou. Jane parou de gritar e observou Isabella, caminhando incrédula para oque havia se tornado rapidamente cinzas. – Eles... estavam aqui, eles... não, eles não são cinzas. Eles estavam aqui eu juro não tinha problema, as bruxas! Não tinha problema, eu vi... Eu não deixei... eles... estavam aqui e... eles são cinzas e...

Se ajoelhou perto das cinzas.

– Não! Não, eles não são isso. Eles... eles estavam aqui e em um segundo eles... Não! - exclamava, apenas sua voz ecoando no silêncio dos outros. Ninguém ousava falar.

O feitiço havia exigido muito dela, e agora seu coração parecia saltar pela boca, a mágoa era demais para suportar. Lágrimas escorriam livremente por seu rosto.

– Eles estavam aqui... Eu os vi aqui, eles estavam inteiro eles... eles são... são isso?

Sua mão mergulhou nas cinzas quente e com pedaço de carne podre, algo nojento e fedido que Isabella olhava incrédula, os olhos brilhando de lágrima e a garanta doendo de tanto segurar o choro.

– Eu cheguei as bruxas, todas elas e não tinha... Eles estavam... não tinha problema, tinha dado tudo certo e elas estavam limpas, eu juro, pai eu juro. Eles... eles estavam aqui e então... e então... não! Eles estavam aqui e agora são... cinzas!

Enquanto Isabella murmurava palavras sem sentidos, Klaus urrou de raiva e segurou a bruxa mais próximas pelos cabelos, exigindo respostas. Elas, porém, eram inocente, mas não alterou os fatos, em questão de segundos todas elas estavam sem cabeça.

– Lorenzo! – Gritou irritado e com a boca pingando sangue, aproximou-se de Jane que ainda chorava. – Leve Jane para dentro e todos os membros, os acalme e ligue para a guarda Volturi. Quero o máximo de vampiros possíveis aqui, mataremos todas as bruxas desgraçadas. AGORA. Rebeckah, a matilha é sua.

Rebeckah relutou em sair de perto de Jacob, então Elijah resolveu ir em seu lugar. Embora seu peito clamasse para acolher sua pequena garota no chão, sabia que o ideal seria cuidar dos outros ao redor.

– Bella... – Damon se aproximou alguns passos, devagar e rezando para não levar choque. – Bells...

– Eles estavam aqui, eu juro, eu juro! Eles... eles estavam bem aqui Damon, e eu chequei tudo nas bruxas, eu juro que chequei!

– Eu sei...

– Não! Eles têm que estar aqui, eles estavam aqui. O Emmett, Emmett disse que iríamos para um cruzeiro e Jasper disse que me ajudaria a trazer Kol... E Rosalie... ela ia fazer mexas em meu cabelo, mexas azuis, Damon! Ela faria mexas azuis! E Esme faria um enorme jantar em família, Damon, ela faria um jantar em família e ela virou... virou cinzas e carne podre. Não, não, não, não!

Jane berrou o mais alto que pôde enquanto Enzo a erguia no colo, esperneou até se soltar e correu até Isabella, a abraçando.

– Mãe... eles morreram, mãe... – dizia entre soluços, mas Isabella não retribuía seu abraço. Alec foi até a irmã e os três ficaram ajoelhados no monte de cinzas.

– Eles estavam aqui, faríamos um jantar com todo mundo. E Rose pintaria meu cabelo. Eu juro, eu juro. – Bella soluçava enquanto se debruçava nas cinzas.

Damon se afastou alguns e olhou para Stefan como um pedido de ajuda, porém ele segurava Katherine que parecia horrorizada ao ver a filha no chão.

– Stefan. – Elijah o chamou da porta. – Traga Jane e Alec e deixe Katerina ver a filha.

Antes que pudessem agir, Isabella gritou, paralisando todos. Klaus correu de volta para o quintal e observou sua princesa afundando os braços nas cinzas enquanto gritava.

– Eles estavam aqui, eu juro, eu juro... – e voltava a gritar, tentando fazer com que os gritos levassem a dor em seu peito, mas nada poderia mudar.

Todos os momentos com os Cullens passavam em sua mente. A estupidez de Emmett quando humanos, o romance que nascia entre ele e Rosalie, as conversas amorosas com Esme, os estudos de Carlisle, as brincadeiras com Emmett e festa do pijama com Alice e Rosalie. Era um filme doloroso de assistir em sua mente, perguntava-se milhares de vezes onde errou e o que havia acontecido, mas nada justificava.

– Eu errei, eu errei, eu errei. Eu não chequei direito, eles estavam aqui e agora são cinzas...

Repetia, até que doeu demais para aguentar. Achou que sua cabeça explodiria também, mas não. Todos se afastaram quando o urro de Isabella fez a terra tremer e o vento intensificar, como se seus poderes estivessem descontrolados.

– Damon, quebre o pescoço dela, agora. - Elijah ordenou enquanto corria para perto de Bella, mas foi tarde.

Todos levaram um choque extremamente forte e foram atirados longe, inclusive Jane e Alec que caíram desmaiados. Duas árvores próximas pegaram fogo e antes que alguém pudesse fazer mais alguma coisa, tudo se acalmou como se nada tivesse acontecido.

A água do lago voltou ao seu devido lugar, o ventou voltou a ser apenas uma brisa e as árvores estavam como se nunca tivesse entrado em chamas. Todos que levaram choque se sentiram perfeitamente bem, como se a dor tivesse sido apenas uma ilusão, um pesadelo.

– Mas o que... --Katherine começou a exclamar, até olhar para frente.

Só havia as cinzas e sangue ali, tudo estava extremamente calmo porque Isabella não estava mais lá.

Ela tinha simplesmente desaparecido dali.

....

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As portas da boate se abriram com grande impacto, mas ninguém deu a devida atenção. O local era escuro e barulhento, apenas algumas luzes coloridas piscavam pelo salão, animando a dança entre adolescentes bêbados e excitados.

Isabella deixou que a porta se trancasse atrás de si e sorriu animada, os olhos brilhando em maldade.

Ninguém a notou, ninguém podia ver suas mãos sujas de cinzas e seu rosto manchado de sangue, estavam entorpecidos demais para se deparar com algo tão assustador e se prender a detalhes, e a iluminação precária auxiliava na alegria de Isabella.

O barulho da música eletrônica era alto, porém Isabella fez sua mente dolorida trabalhar para que aumentasse cada vez mais, quase estourando seus tímpanos.

Quanto mais barulho, melhor, não conseguirei pensar. Quanto mais gente, melhor, assim não irei me sentir vazia... Eu só preciso desligar. Foi o que concluiu para acabar com a dor.

Estava assombrada, assustada e tentava disfarçar isso. Forçava a acreditar que nada era real; seu passado, sua família, sua dor, seus poderes, sua perda. Nada disso era real naquele momento, tentou se concentrar no ritmo da música, nos corpos suados colados ao seu em uma dança excitante e estranha.

Uma garota parou em sua frente, bêbada. Esfregava seu corpo no de Isabella sem se importar, ria animada quando era tocada diversas vezes pela vampira

Quieta. Ordenou na mente da garota, segurou os cabelos artificialmente ruivos e deixou o pescoço branquelo a mostra, então o mordeu com a maior força que pode.

As duas caíram no chão, sendo sempre esbarradas pelos outros.

Isabella perdeu o controle, sugava sangue com mais intensidade, rasgava a pele cada vez mais até ter de cuspir ou mastigar pedaços de carne. No fim, a garota ficou com o pescoço e ombro destruído.

O prazer foi tanto que não resistiu. Assim que sentiu que a diversão acabou com a ruiva, avançou no primeiro garoto em sua frente e fez a mesma coisa com este.

E depois com todos os outros do salão.