Survivor escrita por Gabhi, Bravery


Capítulo 31
O Lobo Mal


Notas iniciais do capítulo

Oi gente.
Quem quer me bater por demorar? asuhaus Eu sei, mas é que tipo, eu meio que esqueço... e algumas vezes mal fico no note...Mas vocês também estou avacalhando nos comentários né? Está desanimando. :S
Bom, eu vou terminar de estudar asuhas
Boa Leitura!



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Os pássaros cantavam; alto e forte. Não parecia o canto alegre diário deles, mas sim um lamentar. O vento soprava suavemente, até parecia uma tarde normal na Mata Atlântica, entre Santos e São Paulo. Ninguém duvidaria do que houve ali.

Galhos se romperam conforme o peso das botas de couro, Tyler Lockwood soltou um suspiro enquanto pegava um pano para limpar sua mão ensanguentada. Derrabou toda a água de sua garrafa para lavá-la e então suspirou.

Encolhida ali no canto estava uma criança, o tecido branco manchado de sangue de 17 lobisomens inocente. Os cabelos louros estavam sujo de lama e embaraçados, acabando com as tranças perfeitas feitas apenas há algumas horas.

– Monstro, monstro, monstro. – Sussurrou em português, deixando Tyler confuso.

– Então, garota. – Lembrou-se vagamente da aula de português dada pelas bruxas. Se aproximou da garota que se encolheu mais, querendo entrar na árvore, coisa impossível para ela. – Você irá para Mystic Falls e encontrará seu Líder, Jacob Black. Diz o que houve e...

As palavras fugiam de sua mente, não conseguia se lembrar do que dizer. Deu de ombros e pegou em sua mochila papel e caneta. Escreveu rapidamente em algumas linhas e entregou a garota.

– Vá, agora.

Antes de ir, porém, a garota avançou em Tyler. Suas unhas eram afiadas e suas mãos fortes, conseguiu deixá-lo arranhado o máximo possível, mordidas venenosas foram destribuídas ao corpo de Tyler. Antes de se partir, como uma selvagem, ela esmagou o rosto do híbrido no chão e disse uma palavra que ele entendia;

– Vingança.

Após isso, sumiu entre as árvores.

O híbrido demorou alguns minutos para se recuperar e esconder os corpos mutilados da antiga tribo Quileute, a favorita de Isabella e dos Mikaelson. Então caminhou por duas horas até a estrada e pegou seu carro estacionado. A bruxa loura ligou o morto e soltou um suspiro.

– Como foi com os cachorros?

– Recado dado, Milayde. Agora vamos embora, Brasil não se tornou meu país favorito desde este assassinado.

– É apenas um passo para sua vingança, Tyler.

A bruxa sorriu e voltou a dirigir, rumo a cidade grande.

– Oh, lar doce lar! – Isabella exclamou quando soltou sua mala no chão. Estava tão acolhida naquela casa do lago que mal notou a tensão ali. – É uma delícia estar em casa. Eu preciso de minha cama. Não, um banho antes. É, um ban... O que houve?

Jacob estava no sofá, os olhos vermelhos e o rosto marcado pelas lágrimas. Parecia extremamente magoado, irritado, incrédulo.

– Oh, quando terei paz? Só morta? Sinceramente, acho que não evitarei meu trágico destino. – Bella largou tudo que tinha nas mãos e se sentou ao lado de Jacob. – E então?

Ele não disse nada, apenas abriu sua mão e deixou que Isabella pegasse a pequena bola de papel. Desenrolou-a e leu, com raiva

As bruxas mandam um recado; você é vulnerável, Isabella. Bem, o que houve não é das bruxas, mas meu. Diga a Klaus Mikaelson que o que é dele está guardado, destruirei todos que estão perto dele. E você está bem perto de desaparecer.

Tyler.

– Ah, mas aquele híbrido infernal...

Antes que terminasse sua fala, Isabella já corria para fora de casa. Jacob decidiu que o melhor era segui-la e tentar impedir o que quer que fosse.

– Hum... ok, é um filme! – Caroline exclamou rindo das caretas de Stefan; – É O UP!

– Acertou, sua fez de se humilhar em publico.

Era uma noite agradável. Bonnie, Elena e Caroline havia matado algumas aulas para ficarem junto dos Salvatore, Matt e Jeremy pegaram uma folga no Mystic Grill enquanto Damon e Stefan os recebiam para uma noite do pijama. Todos pareciam felizes, até mesmo Damon e Elena no mesmo lugar. A única irritada era Katherine que tentava dormir no andar de cima e não conseguia por causa do barulho.

– Hum... ok. – A loura se desenrolou da coberta e ficou de pé, então parou alguns segundos para pensar sobre o que poderia fazer. Antes que começasse sua mímica, a porta da sala foi brutalmente arrancada e despedaçada contra a parede.

O vaso de cristal, droga! Damon pensou irritado, então estremeceu quando o fogo se tornou azul. Isabella...

– Onde ele está, Barbie? – Gritou irritada enquanto se aproximava, os olhos brilhando de ódio. – Onde está seu ex namorado patético?

– O que houve? – Caroline perguntou surpresa, logo não conseguia respirar com o aperto de Isabella em seu pescoço.

– Diga-me onde Tyler está antes que eu te parta em milhões de pedaços!

– Isabella, acalme-se e explique o que houve. – Stefan tentou dizer, estremecendo com o sufoco de Caroline. Tinha medo de tocar sua antiga amiga, a jaqueta de couro dela se desfazia com algumas chamas verdes, ela parecia estar quente demais para ser tocada.

– Onde ele está?!

– Ela talvez conte se você deixá-la respirar. – Katherine disse com cuidado enquanto amarrava o hobbe vermelho, então se aproximou alguns passos. – Você está irritada.

– Katherine, não é só porque é minha mãe que eu tenho medo de matá-la. Ou fique quieta, ou seu coração ficará entre meus lindos dedos.

Dito isso, Bella soltou Caroline, que caiu ofegante e esfregando o pescoço dolorido. Elena tentou tocá-la, mas foi arremessada contra a parede.

– Onde está o híbrido?

– Eu não sei!

– É óbvio que sabe, ainda brinca na indecisão sobre Klaus e o idiota do Tyler, devo mencionar; futuro defunto. Onde Tyler está?

– Bella, pare. Caroline não sabe sobre Tyler desde que ele se foi atrás de vingança contra Klaus. – Stefan tentou dizer, mas as mãos de Katherine o fez recuar alguns passos. Ainda em silêncio, ela balançou a cabeça negativamente e apontou pra Isabella.

– Eu vou matá-lo, despedaçá-lo inteiro. Não vou parar até que ele esteja morrendo lentamente em minha frente, cada respiração será um pedido de morte, ah, será a pior tortura que alguém já enfrentou na vida!

– Ela não está te ouvindo. – Katherine por fim sussurrou. – Está com o olhar perdido.

Todos começaram a notar esse detalhe. Isabella gritava com o nada e chutava o vento como se ele fosse algo físico, Caroline se afastou lentamente sem que fosse lançada com fúria para algum canto. Todos se reuniram longe de Isabella, deixando-a destruir a sala.

– Ela está quebrando minha mobília! Eu paguei honestamente por aquela mesa. – Damon soltou um suspiro agoniado, então encarou Stefan. – Precisamos fazer alguma coisa.

– A mobília é tão importante assim? – Elena perguntou confusa, então se calou quando a cortina começou a pegar fogo. – Ei, ela está sangrando no nariz!

– Loura, eu te juro... - Bella agora caminhou lentamente até Caroline e ficou próxima o suficiente para que seus narizes se encostassem. – Quando eu encontrar Tyler, será a pior coisa que uma pessoa sentirá. Você o encontrará, para mim, o buscará nem que isso acabe com sua vida. E quando encontrá-lo, entregará a mim.

– O quê? – Exclamou confusa, mas a sanidade de Isabella não podia ser questionada agora. Estava louca e assassina, qualquer um que a contrariasse, perderia a cabeça. Literalmente.

– Chega de show, Isabella. – Klaus entrou rapidamente, irritado. Atrás de si estava Rebeckah e Jacob. – Acho que você precisa descansar para voltar a pensar direito.

– Foi por sua culpa! - Ela gritou, jogando sua fúria sobre o híbrido. – Tyler Lockwood matou todos eles para se vingar de você, Niklaus.

– Ele está te arruinando por causa das bruxas que você arrumou, querida.

– Ele os matou... Os lobos... ele os matou!

– Eu sei, querida.

– Os lobos não fizeram nada, Niklaus. Por que eles morreram?

– Bryanna morreu, a garota do recado. Ela... se matou. – Elijah entrou anunciando, magoado. Ver o corpo frio de uma garota tão jovem pendurado por uma corda lhe deixou abalado. Ele se aproximou de Isabella, mas logo percebeu que no momento tudo que ela precisava era de Klaus.

– 18 pessoas inocentes.

– Eu sei, eles eram nossos lobos, Isabella. Nossa família.

– E agora estão mortos! Quanto mais faltam? Só na América Latina há mais de 50 lobos! E se contarmos os da África, aqui do país e da Europa... cerca de 120 lobos morrerão por minha culpa!

– Ninguém morrerá, Isabella, ninguém mais.

– Você disse isso depois que Kol foi embora. Ela atacará vocês também.

Klaus soltou um suspiro e segurou o rosto de Isabella. Lembrou-se da criança que chorava a noite querendo a mão, e então corria para sua cama e dormia ali, enroscada a ele e com os olhos inchados, pedindo para que lhe fizesse um cafuné e cantarolasse algo. Era o olhar magoado daquela criança, sua criança. Seu coração doeu cada vez mais forte a cada batida, sabendo que sua criança estava quebrada em sua frente e não tinha muito o que fazer ali.

– Eu prometo, Bella. Eu acharei Tyler Lockwood e essas bruxas malditas e todos eles serão tão despedaçados que ninguém encontrará todos os pedaços. Cada pessoa morta será vingada, e todas essas bruxas malditas aprenderam que ninguém mexe com a filha de Klaus Mikaelson.

– Caroline te odiará. – Bella pensou, afastando-se para secar as lágrimas.

O híbrido olhou para sua loura com um sorriso. Todos eles estavam assustados e um tanto comovidos com a cena, mas isso apenas o divertia. Após uma longa encarada, voltou o olhar para sua filha.

– Terei a eternidade para conseguir seu perdão, mas não perderei um segundo para conseguir sua vingança.

A beijou carinhosamente na testa e a recebeu em um abraço. Ainda encarava Caroline, tentando fazer um pedido de desculpa silencioso, a loura apenas desviou os olhos para Jacob que ainda estava abalado. Parecia tão magoado que qualquer um de bom coração gostaria de abraçá-lo até a dor sumir. E quem fez esse papel foi Rebeckah, puxando Jacob para longe dali.

– Passe um tempo com sua mãe, estarei ocupado matando meu pequeno híbrido.

A ira de Klaus voltou no momento em que ele soltou Isabella, parecia estar tão irritado que ninguém poderia detê-lo sem perder o coração. Ele caminhou para fora tão rápido quando entrou.

Elijah demorou para ir, olhou de Isabella para Katherine várias vezes até ter certeza de que esse era o momento certo para mãe e filha. Com um olhar piedoso, Elijah foi embora atrás do irmão, querendo encontrar a vingança que Isabella tanto precisava.

– Se sentindo melhor? - Damon perguntou ao se sentar perto de Isabella, ignorando o olhar magoado de Elena sobre si.

– Minha cabeça vai explodir. – ela sussurrou enquanto se encolhia mais entre o cobertor. – Desculpe pelo vaso de Cristal.

– Eu roubo um de outra loja ou... – Antes que terminasse a fala, Isabella estendeu a mão e um vaso idêntico ao despedaçado surgiu. Isso a fez resmungar de dor e xingar-se mentalmente, mas deixou Damon com um sorriso – Ou minha amante pode materializar um, incrível! Acha que consegue uma porta.

– A não ser que queira comprar um sofá novo por o antigo ter sido sujo com um cérebro derretido.

– Eu chamo um pedreiro amanhã. E talvez uma faxineira.

– Eu posso lidar com isso. – Bella acenou, mas sequer cogitou a ideia de fazer isso agora. Se encostou em Damon e respirou fundo. – Leah, a líder desse grupo brasileiro, era uma grande amiga. Estava comigo há mais de 200 anos. Eu a encontrei, desesperada por ter matado o pai alcoótrada após uma tentativa de estupro. A ajudei com a maldição. Ela tinha apenas 9 anos quando aconteceu, foi tipo... Uma filha.

– Eu sinto muito, de verdade.

– Eu sei que não. Você está abalado por seus outros problemas; Elena descobriu, você é uma má influência, seu amigo só fala sobre Jane.

– Você chegou apenas um dia e sabe de tudo?

– Algumas horas, pra ser sincera e minha primeira notícia foi o massacre da tribo brasileira.

– E como sabe? – Damon perguntou enquanto a ajeitava mais em seus braços. Elena decidiu que ver aquilo era o suficiente e começou a arrumar sua bolsa para ir embora.

– Hum... Eu li a mente dele quando o arremessei na floresta. Ele tentou me impedir de vir até aqui e queria perguntar sobre Jane.

– Oh, ele está bem?

– Claro que está. Enzo ama um pouco de dor, nada que não esteja acostumado.

Damon sorriu levemente e a acariciou no braço, então seu olhar foi para Elena que colocava a blusa.

– Desculpe por ela. – Bella sussurrou, seguindo o olhar de Damon. – Sei que a ama.

– É complicado.

– Não queria magoá-la, Elena.

A duplicata terminou de se arrumar e olhou agora para Isabella, ignorando a dor de vê-la agarrada com seu ex-namorado.

– Ok, na verdade eu quis, mas era uma espécie de vingança e você já teve dor o suficiente.

– Sinto muito pelos lobos, mas quero que saiba que não deixarei Tyler morrer.

Bella apenas sorriu divertida e fez uma flor aparecer, entregou a Rosa branca para Elena.

– É um símbolo de paz. Você terá que enfrentar a perda de mais um amigo, Elena. Mais um funeral para ir. Mas acredite, depois disso, tudo o que você já sofreu será compensado.

– Um final feliz? – Perguntou sorrindo um tanto irônica, mas aceitando a flor de bom grado. – Duvido que isso aconteça em minha vida.

– Sua vida está longe de acabar, mas tudo o que você sempre sonhou desde pequena, pode se realizar. Mesmo depois desse show de horrores e dessa falta de fé. Tudo que você precisa agora é acreditar.

– Obrigada por isso, e aproveite meu ex-namorado.

– Eu gosto de você assim, afiada. – Bella sorriu mais devagar e se ajeitou em Damon, fechando os olhos. – Eu gosto de pessoas que lutam pra viver e pra proteger alguém que ama. Você é uma, Elena. E por gostar de você é o que te manterá salva, já disse isso.

– Achei que quisesse me matar, por Kol. – Sussurrou, o que fez Isabella abrir os olhos novamente. Damon remexeu desconfortável, mas parecia que não existia naquela conversa, era apenas um telespectador.

– E quero, mas não vou. Minha vingança é te fazer observar seu amigo lobisomem morrer sem poder fazer nada. É te mostrar o quão fraca também é e se lembrar de todas as perdas que já teve, todos os desastres. Depois disso, você perceberá que é realmente uma sobrevivente e digna de ter seu prêmio no final. Agora, vá embora. Eu preciso descansar antes que desenvolva um tumor cerebral.

Elena entendeu os olhos fechados de Isabella como uma despedida. Mandou um olhar magoado para Damon e rapidamente foi embora, passando pelos destroços da antiga porta de madeira e indo em direção ao seu carro. Queria voltar para a faculdade, para sua vida quase humana.

No caminho, uma esperança brotou dentro dela. Ela queria acreditar que o que Isabella se referia era que Elena poderia, finalmente, voltar a ser humana. Embora doesse saber que Tyler realmente morreria no final das contas, ter vida humana – e de forma um tanto egoísta de pensar – faria com que tudo que ocorreu fosse algo mais fácil de superar.

Katherine observou sua filha nos braços de Damon. Estava sozinha ali na sala bagunçada observando o casal dormir. Debi & Loide levaram a Âncora para casa e Caroline chorava no quarto de Stefan.

Tudo o que Katherine queria era o abraço de Stefan, uma orientação sobre sua filha. Relutou várias vezes antes de dar o primeiro passo, mas logo caminhou com firmeza até sua filha.

Se debruçou e congelou quando Damon se remexeu, apenas para encontrar uma posição que o fazia roncar. Velho hábitos não morrem. Pensou com um sorriso, então acariciou o rosto de sua filha.

Vê-la magoada foi devastador, sua criança estava magoada. Não podia dizer que a amava demais, afinal, não a conheceu direito. Mas era sua filha, sangue do seu sangue. Criança que amou desde que soube o que havia em seu ventre e que sua perda foi a coisa que mais magoou Katherine.

– Vou tentar consertar isso, princesa. E nós seremos uma família de verdade.

–-Eu posso te ouvir, mãe. – Isabella sussurrou, ainda de olhos fechados. – Eu já tenho uma família de verdade, mas não significa que não te queira em minha vida.

– E-eu... – Katherine gaguejou, Isabella apenas sorriu e se aconchegou mais em Damon.

– Acho que o sofá é grande o suficiente para três, não acha?

Pensando por alguns segundos, Katherine decidiu que não tinha problema em tentar. Se espremeu entre os braços de Damon e abraçou Isabella.

– Agora sim me sinto segura.

E após dizer isso, caiu em um sono profundo. Katherine a admirou por alguns minutos, então a abraçou mais forte e decidiu se entregar ao sono, sentindo uma felicidade carinhosa pela primeira vez em seus 500 anos.


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Notas finais do capítulo

E ai, gostaram?
Gente, por favor, não me desanimem. Comentários é importante e eu já estou bem desanimada, por favor. :S É uma gratidão né?
Até sexta ou coisa do gênero... beijos.



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