Survivor escrita por Gabhi, Bravery


Capítulo 30
A Louca e o Masoquista.


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, como vão? kk
Feliz dia dos Pais atrasado. e.e O meu foi legal... Meu pai veio na minha casa e ficou fazendo coisa de pai-esposo... Furando a parede pra colocar cortina, o quadro da Avril, as portas do armário, gaveta do guarda-roupa... kkkkkkkkkkkkk Mas demos um microondas pra ele u.u PENSA NA ALEGRIA DO VELHOTE. "MEU DEEEEUS UM MICROONDAS, OOOOOOOOOH EU GANHEI UM MICROONDAS" Sério, nem minha mãe ficou tão feliz com a geladeira nova '-'
Enfim, enfim. '-' Eu to cheia de lição (nããão ç.ç) segunda semana de aula e já estou contando segundos para as férias ç.ç
Ok, parei. '-' Boa Leitura.



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Enzo estava esgotado. Encolhido num canto da cela, Jane e Caroline quase tiveram pena dele. A Barbie loura estava ainda mais encolhida em outro canto, embora não recebesse nenhuma onda de dor, os gritos de Enzo já era o suficiente para torturá-la.

– Dormiu? – Jane Volturi perguntou, claramente preocupada. Poderia estar horas ali, durante dias o torturando, mas o sorriso de moleque e os olhos brilhantes a havia encantado; Enzo era irritante quando queria, mas extremamente atraente com aquele sotaque.

– Se você quiser mais alguma rodada, porém podemos estar sem uma cela nos separado... sem roupas tão afastada.

Sorrindo quase que aliviada, Jane enviou uma pequena onda de dor, mas Enzo estava tão fraco que apenas soltou um resmungo. Estava prestes a perder a consciência, mas não queria dar a impressão de ser fraco.

– Por favor, pare com isso... – Caroline pediu baixo, mas seu olhar era vago. Queria abraçar Enzo, podia sentir o cheiro das lágrimas dele. Masoquista! Idiota! Estúpido, tenho vontade de cortar sua língua maldita.

– Calada. Tenho uma consideração por Klaus, mas posso muito bem quebrar essa minha linha de respeito e fazê-la conhecer o que seu amigo ali suporta.

Vendo que não teria mais tanta diversão, Jane soltou um suspiro e saiu batendo o pé. Após alguns segundos de solidão, Caroline se aproximou do corpo de Enzo, ele estava com os olhos fechados e a respiração irregular, parecia exausto.

– Você poderia simplesmente... ficar calado. Isso só te prejudica.

– Eu vivi com dor, Loura. Minha vida miserável foi marcada por dor. – suas palavras se arrastavam, quase que não podia identificá-las.-- Quando você se acostuma com algo, mesmo que seja ruim, é difícil deixá-la ir embora.

Vendo-o tão frágil, seu coração se derreteu. Continuava idiota, sorria de leve com o mesmo jeito despojado, mas parecia tão frágil e tão carente que não resistiu e o acolheu em seus braços. Enzo sorriu com aquele calor. Era o primeiro abraço sincero que recebia após muitas décadas, já que nem mesmo Damon havia o abraçado. Estava tão acolhido que queria ficar acordado e aproveitar a sensação de paz.

– Loura, ás vezes algumas coisas estão quebradas demais para serem concertadas.

E após dizer isso, caiu no sono. Caroline o apertou mais e desejou que pudesse curar a dor de Enzo, mesmo ele sendo estúpido, era um bom rapaz e, assim como todos que conhecia, havia sofrido demais.

...

– Damon? – Katherine bateu na porta duas vezes.

Olhando-a daquela forma, Damon sequer poderia reconhecê-la como vadia egoísta. Continuava com os cabelos enrolados, mas tinha uma simplicidade no olhar que nem Elena, em toda aquela inocência, tinha.

Soltou um suspiro e agarrou a bolinha de ping-pong entre os dedos, então encarou Katherine.

– O que é?

Sem esperar por um convite, Katherine entrou e se jogou ao seu lado, na cama. Damon estranhou, mas achou melhor não comentar.

– Eu preciso de um favor seu.

– E por que eu faria? – Voltou a jogar a bolinha pro teto.

– Bem, considerando certas circunstâncias, sou sua sogra. E sua cunhada. E já fui sua amante. Temos um laço interessante.

Pensar naquilo o fez estremecer e perder o foco da bolinha, fazendo-a deslizar para longe de si. Olhou para Katherine com um ar desdenhoso.

– Não que eu ligue para esses laços, mas são complicados demais para serem discutidos. E eu não lhe devo favor.

– Deve, sim.

– Não, Katherine. Tudo que você fez foi quebrar meu coração.

– Para proteger o meu.

– Claro, egoísta. – resmungou e virou o rosto para o teto.

– Sinto muito por Elena. – Ela disse, mas depois soltou um riso sarcástico. - Não, não sinto. Foi uma alegria ouvir tudo aquilo. Eu contei 5 tapas.

Damon quase pode sentir o rosto arder de novo, seu coração ainda parecia pesado no peito. Queria jogar Katherine longe, mas sabia que era melhor escutar o que ela queria dizer.

– Bem, eu vou ser direta; preciso que convença Isabella de arrumar uma forma para que eu possa ser vampira novamente. E de me deixar lembrar do encontro.

– Sua filha, se vire, Katerina.

– Damon, Damon, você transa com ela. Faça-me o grande favor, sim?

– Irá sumir de minha vida, tipo, pra sempre?

Se encarando, os dois acabaram por sorrir.

– Você não viveria sem mim, Damon.

O silêncio reinou por dois minutos, apenas trocas de olhares e lembranças de um passado juntos. Até que Damon suspirou e voltou a encarar o teto.

– Verei o que posso fazer.

– Sabia que podia contar com você.

– Agora, me deixe em paz e volte a curtir com Stefan. Suas... Always gonna be Stefan.

Katherine soltou uma gargalhada e então se debruçou sobre Damon, ficando com o rosto bem próximo.

– Eu amo seu irmão, Damon. Sempre amei seu irmão, meu coração, meu corpo, minha alma clama por ele. Elena ama qualquer um que seja bom, mas também amou Stefan. Porém, isso não quer dizer que ela não te amou de verdade, e que eu não te amei.

– Eu não que...

– Eu amei você, Damon. – Katherine o silenciou com o dedo. Restava apenas ouvir, então. – Meu corpo clamou por você e em vários momentos achei que eu queria mais você do que Stefan. Sua maldade, sua inteligencia, ironia... Tudo que você é me encantou. Mas somos iguais demais para servir.

– Não preciso levar dois foras em uma semana, Katherine, aliás, um que nem pedi. – Damon tentou dizer, mas foi calado, dessa vez, com um selinho. Arregalou os olhos, surpreso.

– EU ainda amo você, Salvatore. Chego até cogitar em te convencer a fugir comigo e aproveitarmos o mundo, mas então Stefan vem em minha mente e meu coração acelera. E, o pouco que eu sei sobre Bella, é o suficiente para ter certeza de que ela é tão egoísta quanto a mim e a Klaus, ou seja, você é dela e apenas dela. Não mexerei com fogo, e estaremos felizes o suficiente para nos preocuparmos em aquecer mais.

Com um sorriso malicioso, Katherine se afastou.

Damon pensou em como ela parecia mudada, porém igual. Era como se estivesse mais frágil, porém segura de si mesma. Agradeceu internamente por Stefan ter aquela bondade e acreditar no melhor das pessoas mais impossíveis que existiam.

...

– Uau, chego para salvá-la e vejo agarrada com outro, acho que devo ir embora e dar-lhes privacidade. - A voz de Klaus despertou Caroline.

A loura achou que era um sonho – e, oh, que belo sonho – mas ao sentir o incômodo em sua garganta e o cheiro de colônia masculina, soube que era real.

Levantou-se rapidamente e sorriu ao ver Klaus ali, vestido com a mesma jaqueta de couro e uma incrível camiseta do AC/DC – coisa que nunca o imaginou usando – e com aquele mesmo sorriso sarcástico. Quase se esqueceu da grade que os separava. Antes que se desse conta, estava segurando as mãos deles sobre a brecha.

– Klaus! Você... veio me salvar!

– Sabe como funciona os contos de fadas, mas seu cabelo não é grande o suficiente para jogar da torre.

Caroline riu animada e o viu abrir a cela. Sem se controlar, empurrou o portão com força – pouca, já que estava com sede e fraca – e o abraçou apertado. Sem hesitar, Klaus retribuiu o abraço.

– Quem te enviou... mas como você...

– É, Isabella me contou sobre isso, conversei com Aro e ele lhe deixou sair.

Sorriu ainda mais animada e deu outro passo para fora, então se lembrou de Enzo.

– Espera, vou acordá-lo.

Porém, a mão do Original a deteve.

– Eu disse você.

– O quê? Não saio sem ele! – Voltou para dentro da cela e tocou Enzo, o acordando.

– Jane gostou do brinquedo, deixe-o aí, é peso morto.

– Não, não é.

– Princesa...

– Não o deixarei, Klaus. Prefiro ficar aqui.

Teimosa... pensou irritado, mas abriu a porta da cela e indicou o caminho. Com dificuldade, Caroline ergueu Enzo semiconsciente e o arrastou escada abaixo.

Haviam vampiros ali, conversavam e andavam animadamente pelo castelo, arrumados ou com capas negras. Alguns estavam sujos de sangue e riam animadamente.

– Isso é meio estranho.

– Só para quem não convive aqui.

Viraram dezenas de corredores, passaram por centenas de portas e ainda parecia longe do fim. Minutos pareceram uma eternidade até finalmente saírem do castelo pelos fundos. O sol já estava se pondo e a lua já brilhava em um canto. Caroline agradeceu por estar finalmente livre.

– Ele está livre, pode largá-lo agora. – Klaus olhou pelo canto do olho a dificuldade que Caroline tinha de carregar Enzo, mas ela permanecia firme e decidida a levá-lo consigo.

Foi tão fácil sair com Klaus... Ah, liberdade!

– Não. - disse convicta. – ele vai conosco, pode ir, se quiser.

– Salvei sua vida, princesa, terá que me retruibuir.

Um tanto perplexa com o sorriso malicioso, Caroline quase deixou Enzo cair, mas finalmente haviam chego em um carro alugado de Klaus.

Enquanto tinha a cabeça encostada no vidro, Enzo conseguiu abrir os olhos e visualizar o castelo. Parecia mais um pequeno ponto preto e de cabeleira loura, mas Enzo reconheceu rapidamente Jane Volturi, sua torturadora bonita e brilhante. Ela quase parecia magoá-la por vê-lo partir sem poder fazer nada.

Uma onda agradável de choque o percorreu, era quente e tranquilizadora. Sabia que tinha vindo dela, podia sentir a energia dela dentro de si. Mandou-lhe um sorriso antes que o carro se virasse e garantiu a si mesmo – e de certa forma para ela – que não demoraria muito para se encontrarem, mas dessa vez de forma mais agradável para Enzo.

...

Bonnie deu um pulo da cama, assustada. Olhou para o quarto vazio e escuro e soltou um suspiro aliviado.

Malditas bruxas! Exclamou irritada. Estivera presa em um sonho em que dezenas de bruxas tentava convencê-la a virar-se contra Bella, mas não seria o suficiente. Podia não concordar com a matança que Bella fez ao longo da vida, mas estava certa em se proteger. Não aceitaria, de forma alguma, que as bruxas a convencesse de fazer algo errado apenas por serem bruxas. Sua personalidade era maior que seu poder, era nisso que acreditava.

Decidiu que era melhor tomar um copo de água, então se levantou e foi até a cozinha. Tinha medo de acordar alguém, mas sua boca estava tão seca que quase esqueceu que todos eram vampiros.

Estava tomando o segundo copo de água quando Kol apareceu do seu lado, a assustando.

– Kol... – o cumprimentou baixo, com medo de acordar alguém e parecer uma louca.

– Eu realmente a amei. – ele olhava para a torneira que pingava levemente. Ergueu os dedos e colocou-o embaixo das gotas, vendo-as passar por ele. – Eu poderia ter assumido algo, entende? Nós criamos Jane e Alaric juntos, eu a ajudei a encontrar os Cullens e a introduzi-la na família. Poderia ter pedido a mão dela, quando crianças, eles me chamavam de pai e a ela de mãe;

Bonnie não impediu o sorriso sincero ao ouvir aquilo. Crianças era seu ponto fraco; as adorava! Imaginar Isabella, a garota que as bruxas julgavam tão cruelmente, com crianças, a deixou com ponto positivo.

– Éramos uma família, vivemos como uma família. Era estranho quando nos separávamos, mas eu sabia bem que sentia mais saudade do que ela. Mas ela conheceu Damon em 1864... Eu vi meu mundo desabar e nem me importei quando Klaus me empalou novamente.

– Ela se apaixonou por ele.

– Ela o amou, é diferente.

Bonnie decidiu puxar uma cadeira e se sentar. Não tinha sono e a casa parecia calma o suficiente para conversar com um fantasma.

– Bella conheceu Damon e queria se divertir, entende? Manter um laço com a mãe, de certa forma. Mas só quando ela bateu os olhos nele, dava pra perceber que era algo mais forte que isso, ela se interessou nele de uma forma que... Não sei explicar, ele parecia ser uma casa pra ela. Durante os quase dois anos juntos, foram festas, amores, sexo, sangue e declarações, como se eles precisassem de um ao outro para viver.

– E você foi deixado de lado...

– Eu a tinha, sei que ela me amava, mas não era tão forte assim. Eu soube que as bruxas queriam caçá-la, por isso ela teve que deixar Damon. Aliás, por isso que ela deixava todo mundo. Preferia estar sozinha a ter quem morresse por ela. Mas, mesmo assim, criava laços. Resgatava pessoas, participava das festas natalinas e de Ações de Graças, mandava presente e passava algum tempo conosco.

– Ela foi sua alma gêmea, seu final feliz.

Kol assentiu de leve. Falar aquilo era gostoso, gostaria de ser escutado e Bonnie era uma boa ouvinte.

– Mas não fui o dela. Fui a vida dela, feliz, mas ela ama Damon. Tudo nos dois se encaixa, como se fossem feitos um para o outro. Ele só não se lembra que a melhor época da vida dele foi ao lado dela, e que é amargurado assim não por Katherine, mas por ter sido abandonado por Bella no exato dia em que disse que a amava.

– Era uma fraqueza, amá-la era perigoso.

– Quando ele disse aquilo, ela correu para mim. Foi doloroso saber de tudo, mas gratificante. Era terrível vê-la magoada, mas maravilhoso saber que teve uma época em que foi plenamente feliz. Quando as bruxas torturam Damon em busca de Bella, ela decidiu apagar sua presença e deixá-lo sofrer por um passado idiota, então Klaus acreditou que me manteria bem empalado e ela ficou sozinha novamente.

Bonnie balançou a cabeça e matou uma formiga que estava na mesa.

– As bruxas... eu acreditava que a maioria era boa, que não haviam problemas e que queriam manter a ordem, mas tudo não passa de vingança passada e inveja!

– Nem todas tem seu coração, pequena bruxa. – Kol brincou com um sorriso. Naquele segundo, entendeu porque Bella podia amar Kol, ele tinha um sorriso infantil que poderia ter fazer sentir a pessoa mais especial do mundo, aliviar as coisas. Ela poderia amá-lo se ele não tivesse agido como vilão e se seu coração não clamasse por Jeremy.

Alguns segundos após um silêncio tranquilo, Kol projetou uma cadeira, na qual se sentou. Olhou para Bonnie sério e soltou um suspiro.

– Agora, falando em coisa séria... preciso falar o que descobrir espiando as bruxas e sobre seu grupo; Salvadores de Mystic Falls.

Com outro suspiro, Bonnie endireitou a postura e esperou que todas as notícias a dominassem.


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? *-* Eu tenho que fazer a apostila de Geografia e e História. E as perguntas do livro de História, e ler o livro de Português. '-'
E tem mais um monte de coisa ç.ç vida difícil. ç.ç
Bom, é isso. '-'
Comentem, recomendem, acompanhem... Amo vocês!!!



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