Survivor escrita por Gabhi, Bravery


Capítulo 15
Coração de Gelo


Notas iniciais do capítulo

Oooi gente :3
Brasil ganhou gente, *0* MAS AQUELES FRUTOS DO MAR ESTAVAM MUITO BRUTOS, que isso minha gente? Pra que tanta violência? ¬¬' Eu fiquei feliz que ganhou, mas é uma pena saber que grande parte das coisas de lá são compradas :( Quero dizer, favorecida.
Enfim. @.@
Eu chorei escrevendo o final da fic. Quero dizer, ainda to no final do cap. Faltam uns 2 caps pra escrever ainda e.e
Ou seja, terá cerca de 42 cap. *-* Que emoção! e.e
'-'
Boa Leitura meus lindos!



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Dezembro de 1505

A neve caía suavemente pela aldeia. Isabella estremeceu sob seu casaco escuro e Elijah se aproximou, a abraçando.

Qual é a casa? – Perguntou ao olhar por todas as casas morro abaixo, havia uma entre tantas que Katherine estava hospedada. Seu pulso estava acelerado e ela não conseguia parar quieta; conheceria a mãe em poucos minutos, algo esperado por todos seus 21 anos.

Aquela. – Elijah apontou para uma casa pequena que tinha fumaça da lareira. Suspirou ao encarar o rosto animado da garota e a beijou suavemente no rosto. – Bella... Não tenha tanta expectativa. Katherine...

Eu sei, eu sei. Uma vadia, manipuladora, egoísta, vampira sanguinária, fugitiva e muitas outras péssimas características. Eu só... Só estou com frio.

Klaus revirou os olhos e começou a descer o morro coberto de neve. Não concordava completamente com a ideia de deixar Isabella conhecer Katherine; além do perigo emocional que Katherine poderia proporcionar a sua filha, Klaus queria matar Katherine há tanto tempo e agora teria que se controlar.

Elijah, Isabella e Klaus desceram o morro devagar e com cuidado, a neve se soltava e quase derrubou Isabella diversas vezes.

Minutos depois, finalmente chegaram na parte reta da aldeia. O cheiro de comida fez com que o estômago da humana roncasse, mas Isabella estava animada demais para se preocupar com comida, correu até a porta da casa de Katherine e suspirou.

para uma novata, ela tem uma mente brilhante para se esconder. – Klaus sussurrou para Elijah, que apenas assentiu e voltou seu foco á Isabella.

Tremendo, a garota se aproximou mais dois passos da porta. Antes que sua mão tocasse na madeira, ela se afastou. Virou-se nervosa para seus criadores e respirou fundo.

Eu... Ela está mesmo aí? – Perguntou nervosa.

Elijah suspirou e assentiu. Podia ouvir Katherine escrevendo em um de seus cadernos e a empregada na cozinha.

Isabella voltou-se para a porta e ergueu a mão coberta por uma luva roxa escura, tremendo e indecisa, bateu três vezes e de forma suave.

Eu não sei se ficar aqui é uma boa recepção. – Klaus disse, preparado para sair. Isabella virou-se assustada e de olhos arregalados.

Não! Por favor, eu preciso de você aqui. – Isabella segurou as mãos de Klaus, o encarando. Klaus suspirou e assentiu.

O barulho da porta fez com que Isabella se assustasse e voltasse sua atenção ao que estava fazendo naquele lugar tão longe de sua casa. Uma mulher magricela e grisalha abriu a porta, encarando confusa o trio que estava em sua varanda.

Pois não? – Perguntou com a voz baixa e um leve sotaque Britânico.

Hum... Olá, eu quero falar com Katherine Pierce. – Isabella disse e depois mordeu os lábios com nervosismo. Não era a melhor forma de abordar Katherine, mas não sabia como fazer. Estava se sentindo nervosa após tanto tempo de autocontrole e confiança.

Quem é você?

Sou Isabella. Isabella Swan. Diga a ela que sou filha de Aaron Swan.

A mulher assentiu e fechou a porta após pedir “Licença”.

Katherine nos sentiu. – Klaus suspirou enquanto andava para a parte de trás da casa. – Não fuja, Katerina, venho em paz!

Fique aqui. – Elijah disse a Isabella e depois correu.

Katherine segurou as barras de seu vestido e correu o máximo que pode. Os pés descalços tocavam a neve e se prendiam, mas Katherine conseguia se desviar rapidamente dos Originais.

Katerina! Não viemos matá-la! – Elijah berrou enquanto jogava um punhado de neve na cabeça de Katherine. – Trouxemos sua filha!

Mas Katherine não se deixou abalar, continuou tentando fugir.

Droga, como pude deixá-los chegar tão perto? Desgraçados! Pensou irritada.

Antes que se desse conta, algo a atingiu nas costas e esmagou seu rosto contra a neve. Segundos após o choque da queda, Katherine percebeu que era Klaus a segurando.

Eu estou morta. Fui pega pelo maldito...

Pela primeira vez, Katerina, não vim para matá-la, embora queira fazer. – Sussurrou em seu ouvido, então a fez ficar de pé, agarrando seu braço.

Me deixe ir, Mikaelson!

Não, sua filha quer te conhecer, por que acha que ainda não arranquei seu coração? - Rosnou irritado. Elijah se aproximou e retirou a neve que estava em suas vestes.

Perdão pela neve em sua cabeça, Katerina. Mas não sabia ao certo como pará-la. – Elijah disse com um sorriso simples. Katherine passou a mão por seus cabelos cacheados e ajeitou sua trança lateral, então soltou-se de Klaus e encarou os dois.

O que querem de mim? Já não me tiraram o suficiente? – Perguntou um tanto irritada, mas o olhar duro de Klaus a fez se calar e encolher levemente.

Trouxemos sua filha. – Elijah mandou um olhar de alerta para Klaus, o fazendo se acalmar, então voltou a olhar para Katherine. – Isabella. Ela quer te conhecer.

Minha... minha filha? – Assustada, Katherine se afastou dois passos e olhou de volta para o vilarejo. Ali, apenas um ponto preto no meio da neve, estava uma garota que se aproximava, lutando contra a ventania para subir o morro até os três vampiros. – O que você faz com ela?

Agradeça por ter sua filha aqui, Katerina. – Klaus soltou um resmungo, então se virou para o encontro de Isabella. – Vamos até ela.

Os irmãos desceram alguns passos enquanto Isabella se aproximava mais. Katherine fincou o pé no chão e ergueu o queixo, decidida.

Não.

Como? – Elijah se virou confuso, mas Katherine parecia determinada. Ela encarava a garota que subia com a expressão cansada. O vestido azul de Isabella estava coberto por uma enorme capa preta. O vento soprava sua toca e seus cabelos castanhos cacheados para trás. A garota parecia cansada ao tentar subir tudo aquilo, mas o esforço valia a pena.

Não quero conhecê-la.

Sua filha fez um inferno até me convencer de não matá-la e te encontrar, então diz que não a quer? – Klaus perguntou irritado. Já imaginava a reação de Isabella, queria evitar ao máximo. – Seja agradável, Katerina, Isabella é uma garota interessante e apaixonante.

EU não a quero. Foi um erro engravidar dela e você matou Aaron Swan. Eu tive um sentimento por minha filha quando ainda era humana, eu vivo bem sem ela, não preciso de uma humana para me atrasar.

Rígida, porém mentirosa. Katherine lutava ao máximo para se manter presa na neve e não correr até sua filha, abraçá-la e levá-la para bem longe do monstro que Klaus era. Mas não podia, Klaus provavelmente criava Isabella para destruí-la, Katherine não podia deixar que isso acontecesse com sua filha, ou com ela mesma.

Katherine, sua filha está aqui, ela se esforçou muito tempo para conhecê-la. Ao menos seja agradável.

me deixe ir. – Katherine pediu ainda olhando para Isabella. O nariz e o queixo eram idênticos ao do pai, mas os olhos e os cabelos eram de Katherine, com toda certeza.

Os dois se calaram quando Isabella finalmente se aproximou. Ela estava cansada, pálida e tremendo. Suas mãos agarravam o manto negro de forma nervosa e ela batia os dentes por conta do frio. Mesmo querendo levá-la dali e aquecê-la, Katherine se manteve séria.

Katerina, ou... mãe. – Bella disse baixo e com um leve sorriso nos lábios. – Desculpe assustá-la, Klaus não fará nada de mal...

Cale-se. – Katherine rosnou, apertou mais o nó em seus dedos. – Eu não preciso ouvi-la.

Como? – Isabella exclamou confusa, fez uma careta que provavelmente aprendeu com Klaus ao longo dos anos. – Eu só...

Acha mesmo que me importo com você? Bem, eu não me importo. Então, volte a sua vida miserável e não venha atrás de mim. Se não fosse por você, estaria bem segura de Klaus.

Você está segura de Klaus porque eu pedi para que poupasse sua vida. – Isabella exclamou irritada. O nervosismo começava a fazê-la estremecer. Deveria ter comido antes de vir, certamente. Pensou de forma banal, tudo para não se concentrar na dor da rejeição.

E o que você esperava? Abraços, choros, tranças no cabelo e conversa sobre garotos? Sinto desapontá-la, filha, mas isso nunca vai acontecer.

Não esperava por isso, mas por algo mais agradável que essa sua atitude. - Isabella se aproximou mais alguns passos, mas Katherine se afastou. - EU sei como você é, mas pode demonstrar estar feliz, Klaus não vai matá-la.

Não me preocupo com Klaus, eu não quero conhecê-la. Quando minha família a levou embora, deixei que tudo que pudesse sentir por você morresse. Não há espaço para te amar, Isabelly.

É Isabella. – Bella sussurrou, nervosa. Klaus pensou em atacar Katherine, mas Elijah estendeu o braço, impedindo-o – Katherine, eu estou aqui agora, pode deixar os sentimentos maternais voltar. Podemos trançar cabelos e conversar sobre garotos.

Katherine riu e se aproximou de Isabella. Estava tão próxima que quase podia tocá-la. Seu autocontrole parecia pouco, mas não a abracia ali. Não mostraria uma fraqueza.

Você só esta viva por Klaus quer usar algo contra mim, mas essa ele perdeu. De novo. Não me importo com você, Isabella. Nunca me importei e nem me importarei. Eu acreditei que você estava morta e ficará assim para mim, não faz diferença vê-la aqui.

Isabella se afastou surpresa. Sabia que Katherine poderia ser a pior pessoa que fosse, mas não imaginava que seria chutada dessa forma.

Você ainda não me conhece. Nós podemos...

Não me importo com o que Klaus libere – Katherine sorriu de forma sarcástica. – Mesmo se ele não fosse um certo empecilho em minha vida, eu não gostaria de conhecê-la. Se eu quisesse, teria te procurado. Mas, querida filha, eu nunca fiz. Nunca me importei com você, não vou começar a me importar só porque bateu em minha porta.

ótimo. – As lágrimas já escorriam livremente pelo rosto de Isabella. Katherine tentou rir com desdém, mas saiu apenas um engasgo qualquer. Manteve a postura e encarou Isabella com indiferença. – Pode fugir, viva sozinha por aí então, Katerina. Fuja sem nunca ter um lugar para ficar.

Achou que iríamos ter algo... Você não me conhece. – Katherine soltou um riso. Isabella se virou de costas e fungou.

Não Katherine, eu te conheço. E você é um monstro, pior do que julga Klaus de ser. Elijah, por favor, apague a memória dela e a deixe ir.

Katherine arregalou os olhos. O desespero bateu em seu peito. Não posso esquecer da minha filha, não posso. Encontrarei uma forma de encontrá-la, mas não agora.

Não! – Katherine exclamou, mas Isabella continuava de costas e com a postura ereta.

Por que não, Katerina? Você disse que não faço diferença de qualquer forma. Elijah, por favor.

Antes que tentasse correr para salvar suas lembranças, Elijah a tomou nos braços. Com um olhar, Katherine tentou pedir para que ele não fizesse isso. Havia sofrido tanto ao procurar em todos os orfanatos que sua filha poderia ter sido enviada e não ter registro algum, ao pensar que estaria realmente sozinha e que tantas coisas ruins poderia ter acontecido com sua preciosa e não ter feito nada. E agora, mesmo tendo que fingir odiá-la, Katherine estava com sua pequena em sua frente. Parecia bem cuidada, porém magoada. Não queria esquecer de sua filha.

Elijah... – tentou dizer, desesperada, mas o original a segurava com certa raiva.

Quebrou o coração de sua filha, Katheirne. Não imaginava que se tornou um monstro assim.

Não...

Mas antes que pudesse lutar mais, Elijah a fez esquecer do encontro dessa tarde. Colocou em sua mente que Klaus se aproximava e que tinha que correr para o mais longe possível. Obediente, Katherine agarrou seu vestido e correu pela neve, desaparecendo em questão de segundos.

Bella? – Elijah se aproximou da sobrinha, mas parou ao perceber que ela estava segurando a raiva. – Vamos pra casa, você precisa se esquentar.

Eu achei que ela me aceitaria, apesar de tudo.

Eu disse que ela era um monstro. – Klaus parou em sua frente e acariciou o rosto de sua princesa, vê-la chorando cortava-lhe o coração. Até ele que a criou com propósito de matá-la, era encantado por ela. Vê-la magoada o deixava inquieto.

Eu amei minha mãe, achei que... que ela me receberia e que... mesmo que fosse estranho e... – Isabella não conseguiu terminar de falar, os soluços a interromperam enquanto o choro se tornava mais forte. Com um suspiro, Klaus a envolveu em um abraço carinhoso. Não abraçava alguém há muito tempo, raramente isso ocorria. Mas ao vê-la tão magoada e indefesa não sbaia mais como agir, um abraço parecia o certo.

Acolhida nos braços do pai, Isabella chorou por alguns minutos. O vento se tornou mais forte e Elijah os aconselhou a sair dali, porém Isabella se afastou e balançou a cabeça.

Me dê seu sangue. – Isabella pediu á Klaus, séria. – E vão embora. Eu encontrarei o caminho de casa.

Já conversamos sobre sua transformação – Elijah tentou ser cauteloso. – Não será agora, muito menos aqui e depois disso.

Não, tem que ser aqui e será aqui. Caso não me salve, eu morrerei de frio aqui.

Isabella... – Klaus a alertou, mas a garota apenas um mandou um olhar determinado. – Vamos para casa.

Eu fui criada para matá-la, Klaus. Você deixou bem claro. Mas Katherine me matou, eu tinha um propósito de encontrá-la, era o sentido de minha vida humana. Ele acabou aqui, exatamente aqui, então eu quero morrer aqui e começar uma vida nova.

Não foi fácil, mas após alguns minutos de discussão, Klaus rasgou a manga de sua blusa e mordeu seu pulso. Antes que pingasse sangue demais, Isabella drenou o máximo que podia. Sua boca tinha gosto metálico, mas era suportável e quase agradável.

Quer que eu... – Klaus perguntou apontando para o pescoço de Isabella, mas a garota balançou a cabeça.

Só... vão embora. Eu os encontrarei logo. – disse enquanto retirava o manto negro e sentia o vento cortando seus braços nus.

Após um olhar apreensivo, os Mikaelson desceram para o vilarejo. Isabella deixou poucas lágrimas escorrerem enquanto tremia de frio, até que tudo foi se acalmando e ela se deitou na neve gelada. Por vários momentos, tinha pensado em desistir e ir se aquecer, poderia fazer tudo diferente depois. Mas não tinha forças para sair.

Horas se arrastaram até que seus órgãos fossem congelando, tudo que pensava era em como Katherine havia sido fria e indiferente. A expectativa de conhecer sua mãe foi grande demais e isso a matou, a congelou por dentro.

Antes que finalmente caísse na inconsciência, Isabella conseguiu sussurrar para si mesma e para o frio mortal que a envolvia.

Eu amo você Katerina, e sempre a amarei.

Em poucos minutos, seu coração foi congelado pelo inverno que Katherine havia deixado para Isabella.


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram??? *-*
Eu to animada, vou continuar escrevendo hoje, assim termino a fic e muitas outras virão! Podem ter certeza kkkkk - mas a maioria será Original u.u
Bom, meus lindos, não se esqueçam de preencher o campinho aqui embaixo com a opinião sincera de vocês.
Até quinta!!! *-*