Os Encantos De Anúbis escrita por Sarah Colins


Capítulo 3
Capítulo 2 - Encantador até demais


Notas iniciais do capítulo

Oi amigos, tudo bem!?
Capítulo novo pra vocês! Quase não consegui terminá-lo a tempo de postar hoje. É que comecei em um emprego novo essa semana e fiquei com meu tempo reduzido pra escrever a fic. E como sabem eu escrevo duas agora, ou seja, tô ferrada! kkkkk Mas não deixarei nenhuma na mão. Posso demorar mais pra escrever, mas continuarei postando :D
Boa leitura!!



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Tomei o cuidado de ligar para Rick e alertá-lo de que não poderia haver nenhuma manifestação “mágica” na Casa do Brooklyn naquela tarde. Certo, tenho que explicar duas coisas antes de continuar a contar sobre esse inusitado dia. Primeiro, Rick é um dos veteranos que já está conosco há mais tempo. Ele é quem fica responsável por tudo quando nem eu nem Carter está presente, inclusive ele até dá algumas aulas. Pois bem, por isso eu liguei especificamente para ele. A outra coisa que preciso explicar é porque eu havia pedido aquilo. Bom, porque eu estava levando duas amigas minhas da escola, humanas comuns, para fazer um trabalho em casa. Você deve estar pensando agora: mas que estupidez trazer pessoas de fora para a Casa do Brooklyn! Na verdade se você pensou isso você não me conhece, ou então está subestimando minha inteligência!

É claro que eu sei que não deveria levar ninguém para lá, a não ser que seja um mago novato procurando abrigo. Não venha querer ensinar o padre a rezar a missa! Eu mesma criei diversas regras para impedir isso. Mas você também tem que entender que quando se tratam das minhas amigas de escola, dizer não é algo praticamente impossível! Elas descartaram todas as opções que eu dei: biblioteca, escola, a casa de uma delas. Estavam convictas que queriam fazer o bendito trabalho na minha casa. Tentei explicar que eu não morava numa casa comum, inventei que era uma espécie de “pensão” onde vários estudantes órfãos moravam. Ainda assim elas quiseram ir e insistiram muito. Me senti tentada em lançar algum feitiço e tentar induzi-las a mudar de ideia, ou sei lá, causar um terremoto para elas voltarem correndo para suas casas. Mas a verdade era que precisávamos fazer o trabalho de uma vez, eu não podia ficar sem aquela nota. Ironicamente eu não ia muito bem em história.

Sendo assim, não tive escolha, eu as levei para a Casa do Brooklyn. Rick ficou meio apreensivo quando lhe expliquei a situação, mas não argumentou. Eu sabia que não seria fácil para ele tentar controlar dezenas de aprendizes que estão doidos para usar seus poderes o tempo todo. Mas também sabia que ele era super responsável e compreensivo. Tinha sorte de ter um amigo como ele. Eu só não contava com... Bem, depois vocês vão saber, não vou estragar a história contando a “melhor” parte antes da hora.

Continuando então, eu Lacey e Rebeca, minhas amigas da escola, fomos para a Casa do Brooklyn. Confundi suas mentes com um feitiço para elas não reparem que acima do antigo prédio não havia aparentemente nada. Entramos e foi como eu previ. Elas seguraram o fôlego e em seguida emitiram sons de surpresa e admiração. Disseram que eu devia ser rica por morar em um palácio daqueles e ficaram me fazendo um monte de perguntas. As quais eu driblei de forma eficiente falando do trabalho eu tínhamos para fazer. As levei até a biblioteca e agradeci a Rá por não encontrar nenhum de nossos aprendizes no caminho. Rick devia tê-los levado para algum cômodo afastado ou para um passeio externo.

Tentei achar algo que servisse como mesa naquele imenso acervo. Era patético um lugar daquele não ter uma mísera mesa. Como eu nunca havia percebido isso antes? Bom, provavelmente era o fato de que, sempre que tínhamos que consultar algo ali, nunca tínhamos tempo suficiente para parar e procurar uma mesa para poder analisar o que quer que fosse. Achei algumas caixas de concreto e as cobri com uma toalha. Colocamos nossos materiais em cima do suporte improvisado, enquanto as garotas ainda analisavam o ambiente boquiabertas. Revirei os olhos sem que percebessem e em seguida propus que começássemos a fazer o projeto logo, já que tínhamos muito trabalho pela frente.

– Uau, deve ter uns 50 mil livros nessa biblioteca! - exclamou Rebeca girando em volta do próprio corpo e olhando para as altas estantes abarrotadas de volumes.

– Pois é... - resmunguei fazendo força para não comentar o fato de elas terem me ignorado. E na verdade tinha muito mais de 50 mil livros, só não podia dizer isso a elas porque o número era absurdo. Somente com muita magia caberia tanta coisa ali.

– Acho que nem vamos precisar do meu computador, podemos fazer a pesquisa nos livros mesmo...

– Não! - interrompi Lacey falando um pouco alto demais, depois tentei disfarça - Não, gente, não podemos usar os livros. É que... Bem, eles são muito antigos, não vão servir.

– Mas Sadie, nosso trabalho é de história, quanto mais antigos os livros melhor - contrapôs Lacey acabando com a minha justificativa furada e me deixando um pouco irritada.

– Sei disso - respondi - Mas mesmo assim eles não vão servir. É que são todos sobre mitologia egípcia - e incrivelmente eu não estava mentindo dessa vez - Meu tio Amós é obcecado pela cultura egípcia por isso tem essa coleção de livros.

– Está bem, entendi - se deu por vencida Lacey.

Então por fim puxamos as cadeiras para nos sentarmos e começarmos a trabalhar. Tivemos algum progresso e em certo ponto eu até cheguei a achar que aquela tarde terminaria sem que nada mais desse errado. Só que eu me esqueci que sou uma Kane, o que significa que quando algo pode dar errado, pode ter certeza que vai dar! Agora sim posso contar o que aconteceu, aquilo que eu não previ e que Rick também não pode prever pois o coitado nem sabia dessa possibilidade. Anúbis resolveu dar o ar da graça. Literalmente né, porque ele sempre está uma graça. Mas isso não vem ao caso. O fato é que ninguém além de mim sabia que ele estava “parcialmente” morando na Casa do Brooklyn, muito menos que ele tinha um quarto só dele ali. Pois é, por isso cabia apenas a mim lembrar do fato de que ele, por acaso, poderia aparecer. E não precisei de nem dois segundos para constatar que sua chegada arruinaria totalmente meus planos de terminar aquele trabalho de história.

– Boa tarde meninas - cumprimentou meu namorado com seu sorriso lindo de sempre.

Em qualquer outra ocasião eu teria ficado feliz com sua chegada, mas bem, não era o caso. Logo eu apenas fiz um leve aceno de cabeça em resposta a ele.

– Ahm... Quem é?... - balbuciou Rebeca.

– Tarde é... Boa tarde...? - tentou Lacey, mas falhou assim como a amiga.

Eu não podia acreditar! As duas haviam perdido a capacidade de raciocinar. E tudo por culpa da aparência incrível do deus da morte. Fechei a cara na hora e fiz questão de deixar bem claro o quanto eu não estava aprovando aquela situação. Anúbis obviamente logo percebeu e tentou se retirar. Mas já não adiantava. A atenção de minhas amigas estava toda voltada para ele e elas jamais conseguiriam voltar a se concentrar no projeto.

– Esse é meu namorado, Anúbis - o apresentei, já sem saber muito o que fazer. Pensei que talvez o nome dele soasse entranho para pessoas comuns, mas minhas amigas pareceram não ligar muito para isso - E essas são minhas colegas da escola, Lacey e Rebeca.

– Muito prazer meninas - a simpatia e o carisma dele me davam nos nervos. Isso, claro, porque não estavam sendo dispensados a mim. Porque ele tinha que ser tão educado e charmoso com elas? Nem as conhecia, e provavelmente nunca conheceria se eu não tivesse sido tão estúpida de trazê-las para cá.

Ok, ok, podem dizer que sou uma namorada louca e enciumada. Vocês estão certos. Eu reconheço, estava ardendo de raiva só de minhas amigas terem tido o privilégio de vê-lo e dele estar se dirigindo a elas. Sei que soa possessivo e doentio, mas era a verdade. Entretanto o ciúme ainda não era a “coisa” predominante na cena. Não para mim. Eu estava muito mais nervosa e frustrada por Anúbis ter, apenas com sua presença, acabado com meus planos de ter uma tarde comum e normal para variar. Fazer meu trabalho de história em paz com minhas amigas da escola. Tá, eu sei que ele não tinha feito de propósito, mas isso não diminuía minha raiva e não mudava o que acontecera.

– Não quero atrapalhar vocês - falou ele enfim quebrando o silêncio - Então já vou indo, podem continuar com o trabalho.

– NÃO PRECISA! - gritaram Lacey e Rebeca juntas.

Anúbis e eu ficamos extremamente sem graça com aquela atitude, mas ao que parecia elas não. E então, com a iminente possibilidade de Anúbis ir embora, minhas amigas pareceram recobrar inteligência e começaram a falar sem parar.

– É sério, não está atrapalhando mesmo! - exclamou Rebeca entusiasmada.

– É, pode ficar! - completou Lacey - Alias se quiser pode nos ajudar no trabalho. Ou se não quiser pode apenas ficar olhando...

Mas que diabos era aquilo? Ela não tinha ouvido que ele era meu namorado? Estava dando em cima dele tão descaradamente que eu esperava que não. Ao mesmo tempo que eu estava odiando-as por cobiçarem Anúbis, estava querendo atrair a atenção delas de volta para mim, afinal eram minhas amigas. E além disso, precisávamos mesmo fazer aquele trabalho. Mas, como eu já havia concluído há muito tempo, tudo já estava arruinado. Ainda assim, tentei apelar para o bom senso delas, ou pelo menos para seu senso de “vou me ferrar na escola se não conseguir uma boa nota nesse trabalho”.

– Acho melhor ele não ficar - falei com um tom sério pouco comum a mim - Precisamos nos concentrar no projeto ou não vamos conseguir termina-lo hoje.

– Ah qual é, Sadie? Não seja chata, deixa ele ficar - Lacey falou sem se dar ao trabalho de olhar pra mim. Seus olhos e os de Rebeca não desgrudavam do deus da morte.

– É, ele não vai atrapalhar em nada - reforçou Rebeca ajeitando o cabelo e suspirando.

Não estava mais aguentando aquilo. Respirei fundo e engoli todas as palavras de descontentamento que queria soltar. Engoli a raiva. Não ia adiantar brigar com ele, nem com elas. Eu só iria fazer o papel da “namorada ciumenta” e passar como a chata da história como Lacey havia dito. Ainda que nada daquilo fosse culpa minha e eu me sentisse totalmente no direito de não estar gostando nada da situação. Ainda assim, apenas me calei e me sentei. Meu olhar cruzou brevemente o de Anúbis e percebi que ele parecia preocupado e sem saber o que fazer. Era estranho ver essa expressão em seu rosto. Desviei o olhar rapidamente, pois não queria que ele visse em meus olhos que eu estava, além de irritada, um pouco magoada.

– Perdão, meninas, eu tenho mesmo que ir. Adeus.

E ele foi mesmo. Sumiu, ironicamente, como num passe de mágica. Ao saírem do “transe Anúbis” minhas amiga pareceram um pouco constrangidas com o comportamento que tiveram segundos atrás. O que piorou quando elas viram a minha cara. Não consegui encará-las, tampouco discutir com elas. Apenas sugeri que deixássemos para continuar o trabalho outro dia e elas pareceram satisfeitas em pegar suas coisas e irem embora. Nem mesmo as levei até a porta. Só torci para que encontrassem o caminho sozinhas e não ficassem perdidas por ai. Dei uma olhada no projeto inacabado a minha frente e dei um longo suspiro. Me levantei e comecei a juntar meus materiais e guardar na mochila.

– Eu sinto muito mesmo - a voz de Anúbis me pegou de surpresa vindo do fundo da biblioteca e eu quase dei um salto - Me desculpa, Sadie. Sabe que eu não tinha a intenção de atrapalhar nada, né?

– Não importa - respondi sem levantar os olhos para olhá-lo, continuei guardando minhas coisas - Agora já foi...

– Eu sei, mas realmente sinto muito, jamais imaginei que causaria tanto transtorno...

– Não é isso, ok? É só que... - parei a frase no meio, pois quando levantei os olhos e olhei na direção de sua voz ele havia sumido de novo.

No mesmo instante comecei a me sentir mal. Que droga, eu havia sido muito estúpida. Ele estava se sentindo realmente culpado afinal e eu nem tive tempo de tentar concertar o que disse. Não que eu não estivesse ainda com um pouco de raiva pelo que aconteceu. Mas eu sabia que realmente ele não teve a intenção de causar problemas. Logo eu não podia deixa-lo achando que estava brava nem magoada com ele. Era apenas aquela “situação” toda. No fundo a culpa era toda minha. Eu havia trazido minhas amigas pra casa achando que não haveria nenhum problema. Ai que ótimo, agora eu me sentia 1000 vezes pior. Desisti de guardar o resto das coisas. Larguei minha mochila na cadeira, o restante das coisas na mesa e fui para meu quarto. Precisava distrair um pouco a minha mente senão iria começar a chorar. Então fiz aquilo que sei fazer de melhor: dormi.

Por sorte eu tinha o meu precioso travesseiro mágico que impedia que meu bá saísse voando por ai e me impedisse de descansar a mente. Também não queria correr o risco de ele ir atrás de Anúbis. Mesmo que eu no fundo quisesse vê-lo, falar com ele e acertar as coisas, eu sabia que não era o momento. Era melhor deixar os ânimos esfriarem. Dormi profundamente durante o que pareceu ser uma era inteira. Acordei me sentindo muito mais cansada do estava antes de adormecer. Isso sempre acontecia quando eu dormia durante o dia. Fui ao banheiro e lavei o rosto tentando despertar melhor. Dei uma ajeitada no cabelo e sai. Resolvi voltar para a biblioteca para pegar minhas coisas e guardar o trabalho mesmo estando pela metade. Não seria legal se algum acidente acontecesse com ele. E estando na Casa do Brooklyn, sempre há essa possibilidade.

Fui até a biblioteca com passos super lentos e desanimados. No caminho percebi que Rick já havia liberado os aprendizes de qualquer que fosse o “castigo” que havia inventado para manter a casa vazia enquanto eu estava com minhas amigas. Fiz uma nota mental para lembrar de agradecê-lo depois. Pena que não serviu de nada. Eu ia ter que acabar finalizando o trabalho sozinha para compensar o fracasso daquela tarde. Logo que cheguei perto da “mesa improvisada” percebi algo diferente. Alguns dos materiais que eu tinha certeza que havia guardado na mochila mais cedo estavam agora em cima da mesa. Fora que os papeis do trabalho estavam todos organizados e o cartaz enrolado e preso com um elástico. Definitivamente alguém havia mexido ali. Mas quem? E o mais importante, porque?

Peguei o calhamaço de folhas e logo notei que estava muito mais grosso do que deveria. Não me lembrava de termos escrito tanto. Não demorou para eu perceber que alguém havia, não só continuado o que começáramos, mas também concluído o trabalho. Estava tudo ali. Tudo pronto! Em seguida peguei o cartaz e o abri. Ele também estava pronto. E estava ótimo por sinal. E nem sequer havíamos começado a pensar nele. Mas que diabos era aquilo? Num passe de mágica tudo ficara pronto? Sim, devia ser exatamente isso. Antes de ele aparecer eu já tinha deduzido. Anúbis foi mais cauteloso dessa vez e não me deu um susto. Chegou na biblioteca como uma pessoa normal e não simplesmente se materializando no ar. Ele me olhava com expectativa. Talvez esperando que eu lhe agradecesse por ter feito o trabalho por mim. Podre deus da morte, mal sabia o que lhe esperava.

– Você não podia ter feito isso - falei

– Porque? - perguntou ele sem entender.

– Porque isso era meu trabalho da escola. Estou tentando levar isso a sério ok? Sem truques, sem mágica. Se eu não posso fazer um feitiço para terminar o projeto, você também não pode. Sabe, não é justo! Os outros alunos deram duro para fazer seus projetos, e o meu foi terminado provavelmente com um simples aceno de cabeça...

– Espera, o que te faz pensar que eu tenha usado meus poderes para fazer o seu trabalho? - ele estreitou os olhos e se aproximou, o que me fez prender o fôlego.

– Porque foi isso que você fez - respondi como se fosse tão óbvio que ele só podia estar me enrolando com aquela pergunta. No segundo seguinte, ao analisar melhor a expressão dele, eu já não estava tão certa daquilo - Não foi?

– Não - disse Anúbis com um resmungo indignado em seguida, mas também percebi que ele se divertia um pouco - Olha Sadie, não é só porque não preciso fazer nada além das minhas atribuições como deus da morte que eu seja um completo idiota. Conheço um pouco de história, afinal tenho alguns milhares de anos. Não foi assim tão difícil terminar seu trabalho e acredite, eu o fiz da mesma forma que você teria feito. Pesquisei, escrevi e até usei canetas coloridas para fazer o cartaz, o que certamente não foi algo do meu agrado, mas achei que fosse adequado a um grupo formado por garotas...

– Está bem, já entendi. Me desculpe - o interrompi ainda um pouco confusa com toda a explicação dele - E não seja idiota, é claro que eu não te acho um idiota. Quero dizer, não nesse sentido, de não ter capacidade de fazer o trabalho “com as próprias mãos”. Eu só achei que você escolheria fazer tudo ficar pronto sozinho. Mas já vejo que enganei. Então, obrigada por terminar o trabalho. De verdade, eu não sei como iria fazer tudo sozinha.

– Não foi nada. Era o mínimo que eu podia fazer depois de aparecer de surpresa aqui a tarde e arruinar tudo...

– Você não arruinou tudo... - falei mais para confortá-lo porque na verdade ele tinha sim arruinado tudo. O problema era que não tinha sido culpa dele.

– Não precisa tentar amenizar as coisas. Eu sei que foi minha presença que não permitiu que você e suas amigas terminassem o projeto. E peço desculpas, não tive a intenção de atrapalhar. Se eu soubesse que estavam ocupadas eu juro que nem passaria perto da biblioteca. Eu sou novo nessa coisa de “ser humano”. Ainda preciso de prática, você terá que ter paciência comigo. Mas olha, prometo que tentarei ser mais cauteloso.

– Você é encantador, Anúbis!

– Sou é?

– Sim, até demais! Por isso minhas amigas não conseguiram tirar os olhos de vocês. Mas não se preocupe, eu não o culpo por isso. Você com certeza não sabia que causaria problemas quando escolheu adotar essa forma humana - sorri e vi o alívio no rosto do deus ao ver que eu não estava brava com ele - E fica frio, eu sei que ainda vai levar tempo para você pegar o jeito nessa coisa de “ser humano”. Mas logo você aprende. Hoje foi uma valiosa lição: As garotas normalmente perdem a capacidade de raciocinar diante de um garoto tão bonito, então se elas estiverem estudando ou fazendo algo que exija certo esforço mental, não apareça perto delas.

– Lição aprendida - confirmou ele como se tentasse memorizar minhas palavras - Não acha que talvez seja melhor eu adotar outra forma? Uma menos “atraente”, não sei...

– Nem sequer pense nisso, Anúbis! - descartei a possibilidade na mesma hora - Eu gosto demais dessa sua forma, jure que não irá se desfazer dela!

– Ok, eu juro - respondeu ele rindo.

E nos beijamos por cerca de um minuto sem parar. Aquele episódio com minhas amigas e o trabalho havia sido tenso, mas no final acabou tudo bem. Na verdade foi realmente como aprender uma lição, eu ficava satisfeita em ver que Anúbis havia passado no “teste”. Claro que ainda faltava muito para eu poder sair com ele por ai sem medo de cometer nenhuma gafe. Mas era um começo. O levei para meu quarto naquela noite. Ficamos vendo tevê e comendo pizza. Quando ficou tarde ele foi para o seu “quarto secreto” e eu quase não consegui dormir sabendo que meu namorado estava dormindo no quarto ao lado.


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Notas finais do capítulo

Comentários?! :D
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