Os Encantos De Anúbis escrita por Sarah Colins


Capítulo 15
Capítulo 14 – Tudo resolvido, ou quase isso...


Notas iniciais do capítulo

Oi amigos, tudo bem?! ^^
Aviso que já defini que a fic terá 16 capítulos ao todo. Então o próximo já o penúltimo.
Boa leitura ;)



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– Ei, fica fria, Seshat – tentei acalmar a deusa inquieta dentro de mim – Não há motivo pra tanta hostilidade, ok? Já hospedei uma deusa antes e sei que não pode fazer nada contra mim enquanto estiver ai dentro. Agora preste atenção, preciso que me ajude com...

– Posso não poder fazer nada contra você. E você pode até me prender aqui pelo tempo que quiser. Mas não pode me obrigar a ajudá-la com nada – Me interrompeu a deusa ainda parecendo bem irritada. Pelo jeito não ia ser fácil convencê-la a colaborar – Então é melhor você ir desistindo e me mandando de volta agora mesmo!

– Não farei isso – retruquei, deixando o tom amigável de lado e adotando um mais sério e firme – Olha, não foi nada fácil encontrá-la, muito menos convocá-la até aqui. E acredite, eu não faria isso se não fosse realmente necessário. Claro que não posso obrigá-la a me ajudar, mas ao menos ouça a minha história.

– Não creio que consiga me convencer, qualquer que seja sua história, garota – desdenhou Seshat – Mas está bem, vá em frente.

– Ok – respirei fundo para não xingá-la naquele momento. Eu ainda precisava ser no mínimo educada se quisesse ter uma chance de contar com a ajuda dela – Andei pesquisando sobre você e vi que tem um histórico muito bom em convivência com os humanos. E eu conheço um deus que está tendo alguns problemas tentando viver como mortal. As emoções e sentimentos estão deixando-o confuso e perdido. Ele quer aprender a lidar com isso, mas está sendo mais difícil do que esperava. Então eu pensei que, como você já tem mais experiência no assunto, poderia tentar dar uns conselhos a ele, ou sei lá, pelo menos contar como você fez para se dar tão bem aqui entre os humanos...

– Tá, tá, já chega, não precisa terminar. Já entendi seu problema. Quer dizer, o problema desse tal deus aí...– me interrompeu de novo ela – E veja bem maga... como é mesmo que você disse que se chamava?

– Sadie...

– Sadie, claro. Veja bem, maga Sadie, como deve imaginar eu não saio por ai prestando favores a deuses. Como você bem disse, eu estou acostumada a lidar com humanos. E pra falar a verdade eu prefiro mil vezes eles do que os imortais. Aliás, faz um tempo que não falo com nenhum dos deuses egípcios, e não pretendo abrir uma exceção apenas para atendê-la – explicou Seshat acabando com minhas esperanças – Mas para que não diga que sou má vou te dar um conselho. Não deixe que nenhum deus metido a besta lhe diga o que fazer. Mande-o procurar ajuda em outro lugar.

– O problema é que ele não pediu para eu fazer nada – confessei – Na verdade ele nem sabe que estou aqui, nem que convoquei uma deusa para tentar ajudá-lo. Ele provavelmente não me deixaria fazer isso, se soubesse. Não ia deixar eu me expor ao perigo dessa maneira. Mas eu não me importo, porque nada é mais importante para mim do que a felicidade e o bem-estar dele – falar daquilo deve ter me deixado tão vulnerável que acabei soltando tudo, até coisas que talvez não devesse – E não sei como eu faria para viver sem ele, então estou fazendo isso por mim também...

– Espere, então está querendo dizer que você tem sentimentos por esse tal deus? - perguntou a deusa da escrita agora parecendo interessada no assunto.

– Eu o amo. E suponho que ele também me ame, já que está disposto a enfrentar tudo isso por mim – admiti, já que não fazia mais sentido esconder nada.

– Interessante – murmurou Seshat em minha cabeça, e ainda que eu não conseguisse vê-la fisicamente, podia sentir que estava com uma expressão pensativa naquele momento – Bem, maga Sadie, parece que hoje é o seu dia de sorte. Vamos lá, me leve até seu amado, vou fazer o que me pediu.

***

Não sei o que levou Seshat a decidir me ajudar. Pode ter sido minha melancolia que a deixou com pena. Pode ter sido que eu a tenha deixado tão entendiada que ela resolveu acabar logo com aquilo para eu poder mandá-la de volta. Pode ser também que ela simplesmente decidiu deixar a bondade tomar conta de seus atos. O mais provável, no entanto, é que ela tenha se identificado com minha história com Anúbis, já que, como eu havia lido naquele livro antigo, ela já tivera diversas histórias de amor com mortais. Mas sinceramente, eu estava alegre demais para me importar com aquilo. Seja por qual motivo fosse, eu ia conseguir o que eu queria. Ia conseguir dar um brilho de esperança ao meu amado, como havia dito Seshat.

Quase corri até o quarto dele. Abri a porta e o encontrei sentado na beirada da cama, vestindo apenas uma calça jeans escura, sem camisa e com o cabelo bem bagunçado. Era muito injusto com o resto do mundo ele estar tão irresistivelmente lindo sendo que era evidente que tinha acabado de acordar. A princípio, Anúbis me olhou sorrindo. Mas logo em seguida seu sorriso se desfez e ele enrugou a testa. Foi aí que eu me lembrei que, por ser um deus, ele provavelmente conseguia enxergar que eu estava hospedando uma deusa dentro de mim. E claro que aquilo devia parecer muito estranho para ele, já que na noite anterior eu era apenas eu. Depois de ficar confuso com a “visita” inesperada que eu trouxe ao seu quarto, o deus da morte pareceu ficar profundamente envergonhado. Foi até procurar a camisa e a vestiu, para meu descontentamento. Não me importaria de ficar admirando-o daquela forma enquanto conversávamos.

Ponto de Vista de Anúbis

Eu estava olhando para Sadie, mas não via apenas ela. Havia outra pessoa. Uma deusa. Tinha quase certeza de que a conhecia, mas não me lembrava seu nome. Primeiro me senti confuso, e depois envergonhado por estar daquele jeito na frente de uma “quase” desconhecida. Aquilo devia ser uma reação bem humana. Sentir vergonha de expor o corpo para alguém estranho. Os deuses não se preocupavam muito com esse tipo de coisas. Me vesti rapidamente e depois voltei a encarar Sadie. Ela tinha uma expressão cautelosa enquanto a deusa parecia um pouco entediada. Não demorou para eu me dar conta de que a deusa estava hospedada dentro de Sadie. O que, em vez de explicar, tornava as coisas ainda mais sem sentido. O que ela estava fazendo ali. Será que Sadie sabia que estava sendo usada como hospedeira. Da última vez que isso aconteceu, ela demorou para descobrir. Mas na época era apenas uma adolescente que tinha acabado de saber que descendia dos faraós egípcios. Mas se ela sabia da presença da deusa, então porque estava com um sorriso tão grande no rosto?

– Anúbis, já deve ter percebido que não estou só – começou a dizer a maga, confirmando minhas suspeitas – Essa que está comigo é Seshat, deusa da escrita. Eu a convoquei e deixei que se hospedasse no meu corpo para que ela pudesse falar com você. Tenho certeza que o que ela tem a dizer vai te ajudar muito.

– Espera aí, você convocou e hospedou uma deusa só para que ela me ajudasse? - perguntei incrédulo. Saber que ela tinha feito algo tão perigoso por mim não era nenhum pouco agradável – Como sabia que daria certo? Você podia ter causado um desastre, sabia?

– Mas não causei – reclamou ela sem perder o otimismo – O importante é que deu tudo certo e ela concordou em falar com você. Então, por favor, apenas escute o que ela tem a dizer. Senão todo o meu esforço vai ter sido em vão – Eu conhecia aquele tom de voz. Ela estava apelando para o emocional. Eu deveria considerar um jogo sujo já que atualmente eu estava com sérios problemas para enfrentar qualquer emoção. Mas só conseguia sentir que não havia nada que eu não fizesse se ela me pedisse daquela forma.

– Amor, eu aprecio seu esforço. Mas acho que não vai ser necessário... Precisava falar com você...

Só o que eu queria naquele momento era estar a sós com Sadie para dizer que tudo havia mudado dentro de mim. Depois daquela noite em que nos amamos da forma mais humana possível, eu senti que poderia conseguir enfim entender e lidar com meu lado humano. Desde que tinha acordado àquela manhã era só o que eu pensava. Eu sabia que não precisava mais procurar a ajuda de nenhum deus. Não precisava ouvir nada que Seshat tinha a me dizer. Tudo o que eu precisava para ter sucesso eu já possuía. Com Sadie ao meu lado eu realmente me sentia capaz de tudo. Desde que ela me deixasse amá-la para sempre, eu poderia lidar com absolutamente qualquer coisa. No entanto, ela estava ali, brava e confiante, trazendo o que acreditava ser a solução para os meus problemas. Até mesmo um deus poderia entender que seria muita falta de educação recusar aquela ajuda. Então, mesmo sabendo de tudo isso, eu mudei de ideia e resolvi deixar que ela me colocasse em contato com a tal deusa.

– Bem, esquece – acrescentei – Podemos conversar depois. Estou te ouvindo, Seshat, pode falar...

– Anúbis – começou a dizer a deusa através de Sadie – Confesso que estou surpresa. Quando a maga Sadie me disse que estava apaixonada por um deus, eu jamais adivinharia que era você. Mas considerando a questão das dificuldades com os sentimentos humanos, até que faz sentido...

– O que quer dizer com isso? - perguntei. Passar muito tempo entre os magos na Casa do Brooklyn havia me ensinado a desconfiar de qualquer criatura imortal.

– Bem, até onde eu sei você nunca havia tido contato com nenhum mortal. Digo, pelo menos com nenhum vivo – corrigiu-se ela – Além disso, sua fama nunca foi de ser exatamente um deus sociável. Não me leve a mal, caro deus da morte. Eu não o conheci bem de perto, mas ouvia os boatos. Mas o que quero dizer é que é normal passar pelo que está passando. Para qualquer deus seria assim, por mais que ele fosse o mais simpático e extrovertido dos deuses.

– Certo – comentei, ainda desconfiado – Talvez não esteja tão errada assim quanto a minha “fama”. Mas então, o que pode me dizer sobre a vida entre os mortais? Existe algum segredo, alguma dica que possa me dar para eu me dar bem?

– Infelizmente, não – suspirou Seshat – Não existe nenhum segredo, ou uma fórmula mágica para que um deus consiga viver entre os humanos e como um humano. O problema é que os deuses não tem ideia de como fazê-lo, porque nunca precisaram se preocupar com isso. Um deus não vive, ele apenas existe, por toda a eternidade. Não tem que se preocupar com a morte, nem com doenças, nem com a velhice. E claro que entre os deuses existe o sentimento, o amor, a amizade, assim como também existe o ódio, a raiva e etc. Mas a forma de sentir é completamente diferente. E no seu caso, Anúbis querido, não havia sequer a experiência de laços afetivos “divinos”, não estou certa? - concordei com a cabeça e ela continuou - Então receio que tudo tenha se tornado duplamente mais difícil para você.

– É... isso eu já havia percebido – resmunguei.

– Mas não fique desanimado. Você tem o melhor dos incentivos para conseguir se dar bem: o amor. Se uma mortal conseguiu despertar esse sentimento em você, então quer dizer que você está mais do que qualificado para esse propósito. O único conselho que posso te dar é que deve aprender a viver, assim como todos os seres humanos fazem: vivendo. Também não é fácil para eles, ao contrário do que pode parecer. É preciso se acostumar com essa nova realidade. Terá que abdicar de muitas coisas, aprender a se ver como um mortal. Com o tempo vai sentir que isso vai se tornando mais fácil, até que vai se sentir completamente confortável entre os mortais. Vai se tornar algo natural, entende? Não vai mais entrar em colapso só porque brigou com ela, nem vai querer matar ninguém se sentir ciúmes. E a melhor pessoa para te dar apoio agora é Sadie, então confie nela e tudo ficará bem.

– Uau, acho que provavelmente você tem razão – falei impressionado. Mesmo que o que a deusa Seshat disse não parecesse nada demais, fez uma grande diferença. Acho que eu precisava que alguém, de preferência um deus mais experiente, me dissesse aquelas coisas. Então mesmo que eu achasse que já não precisava da ajuda dela, fiquei agradecido – Não sei nem como te agradecer – completei.

– Não precisa – garantiu ela – Se esforce para ser um bom “humano”, e faça essa moça feliz, que já é o suficiente – ela sorriu e então falou para si mesma, quer dizer, depois percebi que estava falando com Sadie – Acho que já pode me mandar de volta agora, não é?

– Ah sim, claro! - respondeu Sadie se sobressaltando – Foi mal, estava tão entretida na conversa de vocês que não percebi a minha deixa – ela riu – Bom, então vou tratar de devolver essa deusa para o lugar dela – ela se inclinou para frente como se fosse me dar um beijo, mas depois pensou bem e recuou. Certamente achou que seria estranho me beijar enquanto Seshat ainda estivesse hospedada nela – Vamos deixar isso para depois, ok? Eu já volto...

E ela me deu as costas com um aceno e deixou o quarto. Eu sabia que Sadie provavelmente tinha a situação sob controle e que sabia o que tinha que fazer para se livrar da deusa. Mesmo assim eu estava preocupado com ela. Ainda não estava exatamente confortável com o que ela fez. Se arriscando dessa forma só para me ajudar. Sendo assim resolvi segui-la. Eu não ia me meter nem tentar interferir. Somente queria observá-la. Só para ter certeza de que tudo correu bem durante o ritual de expulsão. Esse não era nem de longe tão complicado quanto o de convocação. Mas eu já sabia que não podia ignorar meu instinto protetor em relação a ela. Com o tempo, assim como explicara Seshat, ficaria mais fácil lidar com ele. De longe, persegui Sadie pelos corredores da casa até que chegamos aos porões. Ela entrou em um quarto de vassouras escuro. Caminhei sem fazer barulho, como já estava acostumado a fazer sempre, e fiquei próximo ao batente da porta. Não assomei a cabeça para espiar, apenas fiquei ouvindo ela pegar alguns instrumentos e se preparar para o encantamento.

– Cara maga, antes que expulse de seu corpo – disse Seshat dentro da cabeça de Sadie – Tenho que lhe dizer mais uma coisa.

– Você quer que eu chame Anúbis de novo? Esqueceu de lhe alertar sobre alguma coisa? - perguntou a Kane, e eu me preparei para desaparecer caso ela resolvesse sair do quarto de repente.

– Não, prefiro dizer isso apenas a você – acrescentou depressa a deusa – Escute, se eu te ajudei e falei com Anúbis, é porque acredito que relacionamentos amorosos entre deuses e mortais podem dar certo. Acredito no poder do amor verdadeiro e que ele os fará superar qualquer adversidade. No entendo, devo alertá-la que, por mais que pareça eterno, esse tipo de amor é traiçoeiro. Ao contrário de Anúbis, você não viverá para sempre Sadie. E uma hora ele irá perdê-la. Você morrerá e então sua alma vagará até o Reino dos mortos, onde descansará por toda a eternidade. E mesmo sendo o deus da morte, ele perderá contato com você para sempre. Essa talvez seja a faceta mais cruel do amor entre mortais e imortais. Mas não digo isso para desanimá-la. Ainda pode viver seu amor com toda a intensidade que quiser. Mas esteja preparada, porque o desfecho dele pode não ser tão bonito.

– Entendo – murmurou Sadie, soando um pouco perturbada – Bem, obrigada pelo alerta. Nós vamos saber lidar com isso quando chegar a hora. Sei que não sou eterna, mas amarei Anúbis por toda a eternidade, mesmo que já não seja nesse mundo.

– É muito bonito ouvir isso, maga Sadie. É muito bom saber que ainda existem sentimentos fortes e verdadeiros como esses aqui na terra.

E depois disso, Sadie começou a recitar o encantamento. Estava tão atordoado com o que Seshat dissera que quase esqueci de prestar atenção para ver se tudo saia bem. Percebi uma luz forte vindo de dentro do cômodo e em seguida um baque, que significava que Sadie havia caído desmaiada no chão. Sabia que era um efeito normal da expulsão de um deus ela ficar desacordada por alguns segundos. Então só espiei um pouco pela fresta da porta, e depois me retirei. Andei a passos rápidos até meu quarto. Não ia demorar para Sadie recobrar a consciência e vir me procurar. Ela não sabia o que eu tinha ouvido, então não podia ver minha cara de preocupação. Outra habilidade humana que eu ainda não dominava: fingimento. Era extremamente difícil agir e se expressar como se estivesse sentindo uma coisa, quando na verdade estava sentindo algo totalmente diferente. Mas eu não sabia ainda o que faria a respeito, então não tinha escolha senão fingir que nada tinha acontecido.

Depois, quando tivesse um tempo sozinho eu refletiria sobre a questão. Claro, porque o que Seshat falou era muito grave. Eu jamais havia pensado a respeito, mas ela tinha toda razão. Por mais que eu me adaptasse a vida humana, e conseguisse ser feliz com Sadie, aquilo não duraria para sempre. Eu, por outro lado, sim, duraria para sempre. E isso era um problema gigantesco. Porque deixava a certeza de que cedo ou tarde, ou muito tarde, eu teria que perdê-la. E se tudo que aconteceu até ali serviu para algo, foi para me mostrar que não posso viver sem ela. Tudo que estou fazendo é para ficar ela. E de repente, minha perspectiva do futuro é que ela é mortal e um dia não estará mais comigo. Não devia pensar nisso agora, afinal tínhamos muito tempo ainda pela frente, mas não havia como. Eu tinha que dar um jeito naquilo!

– Aí está você – disse a voz de Sadie, tão doce como jamais tinha ouvido. Me virei para vê-la correndo em minha direção. Tentei sorrir de forma convincente enquanto abria os braços para recebê-la – Por fim, só nós dois! Hoje é com certeza o melhor dia da minha vida em... em muito tempo! - Seu abraço foi tão efusivo que nos derrubou sobre o colchão. Fiquei deitado com ela por cima de mim.

– Sério? - perguntei tentando soar descontraído – Mesmo a deusa tendo dito que ainda terei muito tempo até me acostumar com toda essa coisa de viver, sentir e agir como humano?

– Mesmo assim – retrucou ela fechando a cara, mas depois sorriu – Se esqueceu da parte que ela disse que é um processo natural e que você tem o melhor dos incentivos?

– Ahhh é mesmo! - fingi que havia me esquecido mesmo, mas na verdade eu só estava fazendo tipo. Encher o saco dela ainda era meu passatempo preferido – A propósito, obrigado.

– Não precisa me agradecer – disse ela enquanto passava a mão pelos meus cabelos – Mas vem cá, o que você precisava me dizer, hein?

– O que eu precisava te dizer? - dessa vez eu realmente não me lembrava do que ela estava falando.

– É... aquela hora em que coloquei você para falar com Seshat. Dai você disse que não era necessário, e que precisava falar comigo. Mas então logo depois aceitou ouvir o que ela tinha para dizer e tal... - relembrou ela – O que tinha para falar comigo?

– Bom, na verdade, não sei mais se vem ao caso dizer – ponderei enquanto ela me lançava seu olhar mais analítico – Mas está bem... Eu queria te falar que eu não precisava mais da ajuda de ninguém. Depois do que vivemos ontem a noite, me sinto capaz de fazer qualquer coisa. Desde que eu tenha o seu amor, nada vai me parar. Você pode achar que é uma tremenda idiotice, mas é a verdade.

– Por que acha que eu acharia uma idiotice? - reclamou ela, mas estava sorrindo – Isso é... é lindo, meu amor.

– Eu te amo, Sadie – respondi quase como um suspiro de alívio – E se você me ama também, isso é o bastante para mim...

– Eu te amo também – acrescentou ela antes de me calar com um beijo.

E enquanto nos beijávamos, rolamos pela cama algumas vezes. Até que nossas roupas foram ao chão e mais uma vez ela me deixou amá-la fisicamente. Me deixei consumir por aquele momento e me desfiz nas mãos dela. Mas no fundo da minha mente, a chama da preocupação e do medo ainda estava acesa.


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Notas finais do capítulo

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