Os Encantos De Anúbis escrita por Sarah Colins


Capítulo 14
Capítulo 13 – Eu me rendo aos encantos


Notas iniciais do capítulo

Oi amigos o/ tudo bem?! ^^
Capítulo novo pra vocês! Não sei não, mas acho que vão gostar muito desse rs
Boa leitura ;)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/498741/chapter/14

– Anúbis espere, volte aqui – gritei quando ele começou a se distanciar de mim depois de ter soltado minha mão – Aonde está indo? - tive que correr para alcançá-lo.

– Não sei – respondeu parando de andar e virando na minha direção. Seus olhos, porém, fitavam o nada, completamente perdidos – Para qualquer lugar. Não importa... Desde que seja longe de você, desde que seja longe de qualquer ser humano.

– Por favor não diga uma coisa dessas – o repreendi, mas de forma amigável. Não queria pressionar ainda mais o deus - Você vai voltar comigo para Nova York. Vamos recomeçar nossa busca e...

– Não posso, Sadie. Não posso fugir do meu destino – ele coloca as mãos na testa como se estivesse sentindo uma forte dor de cabeça – Você não entende. Se eu ficar perto de vocês, se eu tentar viver entre os humanos vou acabar como Jamires. Não quero isso...

– Mas é claro que não vai ficar como ele – insisto tentando ser dura com ele para fazê-lo entrar em razão – Não pode dar ouvidos àquelas idiotices. Além do mais, não é porque Jamires fracassou que isso também vai acontecer a você.

– Ah é, e como é que você sabe? - debochou ele visivelmente abatido.

– Por que você tem algo que ele não tinha.

– O que?

– Você tem a mim – ele me lançou um olhar profundo e de repente comecei a me sentir sem graça pelo que havia dito – E Carter, e tantos outros amigos na Casa do Brooklyn – completei antes que aquilo ficasse constrangedor demais. Anúbis ficou me olhando com aquele olhos tristes de sempre, mas dessa vez carregados de dúvida, medo e confusão. Depois ele baixou o olhar e ficou mirando o chão. Era horrível vê-lo assim e não saber o que fazer para ajudar – Ei, não se preocupe, tudo vai ficar bem.

Segurei os ombros dele, acariciando levemente, tentando confortá-lo. Aquilo não pareceu suficiente para Anúbis que me puxou para seus braços. Deixei minhas defesas baixarem por um momento e devolvi o abraço com todo calor e ternura possível. Não estava nos meus planos ter nenhum tipo de contato físico tão próximo, nem nenhuma demostração de carinho com Anúbis. Pelo menos não tão cedo. Mas eu não podia simplesmente me esquivar dele quando estava evidente o quanto precisava de apoio. Estava travando outra guerra interna dentro de mim, mas dessa vez não era entre o orgulho e o medo e sim entre o coração e a razão. E meu coração me dizia que no fundo eu também queria aquilo, aquela proximidade. Queria tê-lo de volta comigo o mais rápido possível. Por outro lado minha cabeça dizia para ter cuidado, para me manter longe ou eu poderia me machucar muito de novo. Em meio a tudo isso era difícil definir o certo a se fazer. Mas a necessidade de ajudá-lo ainda estava falando mais alto que tudo.

Tentei acalmá-lo o máximo que pude e o convenci a voltar comigo para o Brooklyn. Já era de noite naquele hemisfério e os corredores estavam vazios pois todos já deviam estar na cama. O que foi ótimo porque pude acompanhar o deus da morte até seu quarto sem que ninguém cruzasse nosso caminho e quisesse saber o que aconteceu. Quando chegamos ao quarto ele se despediu e desejou boa noite, mas eu não estava certa de que seria prudente deixá-lo sozinho ainda. Tinha medo do que pudesse fazer. Tinha medo de que resolvesse sumir novamente e dessa vez nunca mais voltar. Uma pontada de dor aguda em meu peito me fez ver o quanto aquela ideia era terrível. Então eu pedi para entrar e ficar um pouco com ele. Anúbis deu de ombros e deixou a porta aberta para eu passar enquanto ia em direção a sua cama. O segui e me sentei ao seu lado no colchão.

– Vai pode dizer. Eu arruinei tudo não foi? - perguntei para quebrar o silêncio, mas também porque eu me sentia realmente culpada com a fracasso da nossa missão.

– O que? Não, de jeito nenhum. Você só estava tentando ajudar – respondeu ele olhando para mim – Não tinha como você saber o que íamos encontrar.

– Eu sei, mas isso não muda o fato de que meu plano falhou catastroficamente – dei um riso desanimado, desviando o olhar do dele. Era difícil me concentrar na conversa quando ele me olhava, seja da forma que fosse.

– O problema não foi o plano. O problema não foi nem o deus Jamires – externou Anúbis como um lamento – O problema foi que não estávamos prontos para encarar a verdade. Estávamos esperando encontrar a solução para o meu problema, mas em vez disso encontramo a comprovação de que sou um caso perdido.

– Você não é um caso perdido, por favor não diga isso – implorei porque não conseguia vê-lo impotente e derrotado daquela forma – Escute, nem sabemos ao certo o que aconteceu com Jarimes, e como ele chegou àquele ponto. Nós o procuramos porque achamos que ele tinha se dado bem entre os humanos, mas estávamos enganados. Mas isso também não quer dizer que todos os deus terão o mesmo destino que ele se tentarem viver como humanos. Não pode perder as esperanças...

– Estou tentando não perder – suspirou ele – Mas receio que esteja sendo um pouco mais difícil do que eu pensei...

– Bem, ninguém disse que seria fácil... Mas não está sozinho nessa – coloquei minha mão sobre a dele em cima do lençol – Estou aqui para te ajudar.

Ele deu um sorriso tímido que quase me fez engasgar com minha própria saliva e depois segurou meus dedos com a mão. Olhou para nossas mãos unidas e depois olhou para mim. Vi diversos sentimentos de uma só vez naquele olhar: gratidão, carinho, ternura, admiração, amizade, afeto, paixão. Era um olhar tão intenso que não consegui sustentá-lo por muito tempo. Virei o rosto para o lado e tentei controlar minha respiração. Anúbis não estava querendo colaborar muito com a minha tentativa de manter o controle, pois segurou meu rosto e virou minha cabeça em sua direção, me forçando a olhar para ele de novo. Ele tinha o polegar na minha bochecha e os outros dedos, passando por baixo de minha orelha, enterrados em meu cabelo. Sua outra mão continuava apertando meus dedos de forma gentil e acariciando-os. Eu jurava que minha cabeça tentava raciocinar, mas os gritos do meu coração eram altos demais para que ela conseguisse se concentrar.

– Você sabe que estou fazendo tudo isso só por você, não sabe? - perguntou ele com a voz baixa demais para ser apenas uma pergunta casual.

– Eu não... você não devia... - tentei falar mas não consegui formular nenhuma frase que fizesse sentido.

– Mas é claro que devia – respondeu o deus como se tivesse entendido o que eu queria dizer – Que outro motivo eu teria para querer deixar o familiar e seguro Reino dos mortos e vir me aventurar aqui na terra entre os mortais?

– Anúbis, não – soltei meus dedos e tirei sua mão dele do meu rosto, levantando da cama e me afastando alguns passos – Acho que você está se precipitando. Não pode fazer isso apenas por mim. Tem que pensar no que é melhor para você também... - disse sem pensar direito no que dizia. Eu provavelmente estava me contradizendo, e certamente estava indo contra a minha vontade. Na verdade eu queria que ele ficasse, sim, queria que ficasse comigo. Mas não podia simplesmente admitir isso, não seria bom para ele nem para mim. Pelo menos era o que eu achava.

– O melhor para mim é ficar com você – falou ele convicto se levantando e indo até mim – Disso já não tenho mais nenhuma dúvida. Você sabe muito bem que tentei me afastar e te deixar para sempre. E olha o que isso fez comigo, quase me destruiu... Não sei o que teria sido de mim se você não tivesse ido me resgatar. Me desculpe Sadie, mas essa é a verdade. Você é a razão dessa tentativa insana de aprender a ser um humano. Se estou travando a pior das batalhas comigo mesmo e com todos esses sentimentos e emoções que parecem que vão me despedaçar, é porque eu te amo mais do que qualquer coisa. Portanto, não importa o que aconteça, nem o quão difícil seja. Ainda que pareça que perdi as esperanças, eu não vou desistir. Não vou porque sei que vai valer a pena... - ele ficou o mais perto de mim que conseguiu sem me tocar.

Não queria dizer que foi fácil simplesmente ceder ao impulso e me jogar nos braços de Anúbis. Na verdade eu queria dizer que tentei lutar contra essa vontade tremenda de beijá-lo. Que tentei dar ouvidos a razão e ao menos pensar no quanto aquilo estava errado. Mas eu não podia mentir para mim mesma. Sabia que não havia pensado nem meia vez antes de fazer o que fiz. Não liguei para que consequências os meus atos trariam. Simplesmente cedi ao meu instinto que dizia que eu tinha que tomar o que era meu. Na hora Anúbis ficou surpreso demais para reagir. Quando se deu conta meus lábios já estavam nos seus. Mas no segundo seguinte ele já estava retribuindo ao beijo com movimentos lentos e intensos. Aquele corpo era tão real que eu quase não me lembrava que ele não era um mortal comum como eu. Era tão firme e quente que não podia evitar querer me agarrar a ele.

Ficamos nos “agarrando” e nos beijando por um longo tempo, até que o apoio de nossos pés sobre o chão pareceu não ser mais suficiente para suportar nosso peso. Ou então eram nossas pernas que estavam fraquejando diante das intensas sensações que atravessavam nossos corpos. Anúbis me empurrou compra a parede ao lado da cama e eu apoiei as costas nela. Enquanto recuperava parte do fôlego que havia perdido, ele beijou a linha do meu maxilar e desceu pelo meu pescoço. Sua boca percorrendo uma trilha irregular sobre minha pele. Eu sentia que iria incendiar a qualquer momento. O calor que vinha de dentro de mim era muito forte. E por mais que os toques e beijos dele me deixassem ainda mais quente, eu não queria que parasse. Queria me queimar com ele naquela fogueira que estávamos acendendo. Meus pensamentos não faziam o mínimo sentido, mas eu não estava ligando para isso.

De alguma forma fomos parar em cima da cama. Deitados um ao lado do outro. Eu com as costas mais apoiadas no colchão e ele inclinado sobre mim, ainda me beijando. Dessa vez não travei nem tive nenhum ataque quando ele começou a tirar a minha roupa. Deveria me sentir envergonhada por ele estar prestes a me ver nua, mas não me senti assim. A ideia de ele me ver completamente descoberta, exposta e vulnerável era tão interessante que me enchi de excitação. Eu me sentia tão sua naquele momento que parecia que aquilo não era nada demais. Ele poderia me ver e me apreciar o quanto quisesse. E eu queria poder vê-lo e apreciá-lo também. Ele não ficou me olhando muito tempo, mas logo deixou que suas mãos deslizassem para as partes recém-descobertas do meu corpo. Sem nenhum pudor ele me explorou devagar, me fazendo arfar e me contorcer um pouco com o prazer que sentia.

Em seguida ele se endireitou ao meu lado, enquanto eu permanecia deitada de barriga para cima. Anúbis começou a tirar as próprias roupas, de forma mais apressada do que havia tirado as minhas. Antes que ele voltasse a se inclinar sobre mim eu me apoiei em um dos cotovelos para chegar mais perto dele e poder tocá-lo. Ele ficou surpreso com a minha atitude mas não me impediu de continuar. Contornei com a ponta dos dedos os músculos de seus braços e do seu peito e abdome. Não imaginava que ele fosse tão definido daquele jeito. Consigo ver o quanto ele se excita com o meu toque e aquilo me dá ainda mais vontade de acariciá-lo. Desço a mão pela sua barriga até chegar ao seu órgão sexual. Aquilo parece ser demais para ele suportar, porque me faz parar em seguida e se posiciona em cima de mim.

Agora estamos os dois nus e sinto quando ele solta o peso de seu corpo sobre o meu. O contato prolongado de sua pele sobre a minha é inebriante. Eu então o envolvi com os braços enquanto ele me beijava. Senti suas pernas afastando as minhas uma da outra, até que ele ficou entre elas. Anúbis parou de me beijar um momento e ficou me olhando. Perecia que queria verificar minha reação a ele. Ver se estava tudo bem, se eu estava de acordo com o que estava fazendo. Era adorável porque eu sabia que ele também não sabia muito bem o que estava fazendo. Era tão inexperiente quanto eu. Mas aos pouco e com cuidado foi se ajeitando em cima de mim, encaixando nossos corpos da melhor maneira para poder começar. E então começou a se introduzir no meu corpo aos poucos, mas quando chegou em certo ponto eu não consegui suportar a dor e dei um gemido em protesto.

– Me desculpe, eu te machuquei? - perguntou ele me olhando preocupado. Parecia estar fazendo um esforço enorme para controlar seus instintos e se manter parado.

– Não, tudo bem. Isso é normal... Quer dizer, para as garotas dói mesmo, pelo menos na primeira vez... - expliquei a ele sem saber se ele já sabia daquilo ou não.

– Er, eu sei amor... Mas quero tentar minimizar isso – respondeu ele corando um pouco – Se doer muito você me fala e eu paro, ok?!

Assenti com a cabeça e ele voltou a me mexer, indo um pouco mais fundo. Espremi os lábios para reprimir um grito. Ele viu minha careta de dor então parou novamente, mas eu o incentivei a continuar. Não vou dizer que não era ruim, mas era suportável. E ao mesmo tempo em que doía, eu também sentia um prazer muito grande com o corpo dele roçando no meu. Logo ele tinha ido até o final e então começou a ir e vir num ritmo constante, fazendo amor comigo de forma lenta e depois mais rápido. Eu tinha fantasiado aquele momento da minha vida por várias vezes nos últimos anos. Muitas delas com o próprio Anúbis. Mas nenhuma chegou nem perto da realidade. A intimidade extrema junto com a maravilhosa sensação física, mais o sentimento de amor intenso que eu sentia por ele eram a combinação mais perfeita do mundo.

Depois que terminamos ficamos deitados, eu com a cabeça apoiada em seu peito e o braço em volta de sua cintura, só ouvindo o barulho de sua respiração. Permanecemos assim, acordados sem dizer nada por um longo tempo. Não havia necessidade de dizer nada, afinal. Puxamos as cobertas para cima de nós e continuamos enroscados um no outro. Em pouco tempo eu adormeci e meu bá não decidiu voar para nenhum lugar naquela noite, mesmo estando livre para isso. Por algum motivo preferiu permanecer onde estava. Quem sabe fosse porque sabia que aquele era o meu lugar. Tive o sono mais tranquilo e intenso da minha vida.

***

Me levantei na manhã seguinte decidida a renovar as esperanças do meu namorado. Bem, não sabia ainda se ele era mesmo meu namorado de novo. Apesar do que havia acontecido entre nós, não tínhamos falado sobre o assunto. Mas não importava. Eu faria de tudo para vê-lo confiante de novo. Para que ficasse mais animado com a perspectiva de ter uma vida como mortal. Foi muito difícil me levantar da cama e deixá-lo sozinho lá. Ele não ia gostar de acordar e não me encontrar ao seu lado. Quem sabe o que poderia pensar, poderia achar que eu tinha me arrependido de ter transado com ele. E claro que aquilo não era verdade. Nossa primeira vez não poderia ter sido melhor. Apesar de nosso futuro ainda ser incerto, eu sentia que jamais me arrependeria do que fiz. Escrevi um bilhete dizendo que precisei sair com urgência para resolver um problema, mas que mal podia esperar para voltar aos seus braços. Acho que isso era suficiente para deixá-lo tranquilo, pelo menos até eu voltar.

Fui até a biblioteca e comecei a vasculhar os arquivos mais antigos. Aqueles a que só recorríamos em último caso. Peguei um título que contava a história de alguns dos deuses mais velhos do Egito. Hut-Hor, a deusa do amor, Nut, deusa do céu, Rá, o deus Sol, e até Bastest estava lá. Folheei o pesado exemplar até me deparar com a história da deusa Seshat. Conhecida como deusa da escrita, ela teve ao longo de sua trajetória no Egito antigo uma atuação constante junto aos humanos. Junto aos faraós. E ao contrário de Jamires ela sempre pareceu lidar bem com sua humanidade. E não haviam espaços em branco, todo o passado de Seshat era bem conhecido e documentado. Ela até mesmo havia se apaixonado por um mortal e vivido uma intensa história de amor que só acabou com a morte do amado. Ela ficou arrasada mas se recuperou e voltou a se relacionar com mortais diversas outras vezes. E sempre pareceu lidar muito bem com as emoções humanas. Ela era a prova de que Anúbis não era um caso perdido como dissera. Eu precisava encontrá-la.

Fui novamente procurar meu tio Amós para pedir ajuda. Ele estava fora da Casa do Brooklyn dessa vez. O encontrei em um café próximo. Estava reunido com outro mago mais velho. Não sei o que discutiam, mas não devia ser nada tão importante já que meu tio parou a conversa para me atender. O levei para fora do lugar para conversarmos a sós e expliquei minha situação. Ele disse que conhecia a história de Seshat e que até onde sabia tudo que havia no livro era verdade. Quando perguntei como chegar até ela ele ficou um pouco relutante em me dizer. Eu o pressionei até que ele me disse que só havia duas formas de chegar até a deusa. Indo até o Duat novamente, ou então fazendo um ritual de convocação, assim como meu pai fizera na pedra de Roseta. Neste caso ela teria que encontrar alguém em quem se hospedar, e no caso teria que ser eu.

Aquilo não foi nenhum pouco animador. A ideia de ter que voltar ao Duat não era nenhum pouco agradável, muito menos voltar a hospedar uma deusa. Não tinha boas lembranças da experiência. Infelizmente no momento parecia ser a forma mais rápida e fácil de conseguir entrar em contato com ela. Tio Amós disse que estava me dando aquelas informações porque confiava em mim. Porque sabia que não faria nada de forma imprudente. Prometi que não ia me meter em confusões e agradeci pela ajuda antes de ir embora. Voltei a casa do Brooklyn e tentei evitar encontrar Anúbis. Eu tinha que conseguir fazer o tal ritual antes disso. Se ele me encontrasse e descobrisse a minha ideia, certamente tentaria me impedir. Voltei a biblioteca para pesquisar sobre os rituais de convocação de deuses. Por incrível que pareça existe uma infinidade deles por ali. Os magos devem gostar mesmo de trazer os deuses até o mundo mortal. O problema era que todos aquelas ritos tinham um aviso bem grande alertando para o perigo que se corria ao tentar fazê-lo.

Eu confiava no meu potencial para feitiços o bastante para não me intimidar com isso. E a minha vontade de ajudar Anúbis ainda era maior do que qualquer coisa. Então eu apenas anotei o que iria precisar e deixei a biblioteca. Encontrei tudo no depósito e na cozinha. Depois procurei um lugar bem vazio e escondido da casa para fazer o tal ritual. Eu estava nervosa mas ansiosa também. Preparei os ingredientes e comecei a recitar o encantamento. Depois de alguns minutos uma fumaça branca e espeça começou a sair do vaso de pedra a minha frente. A fumaça tomou a forma de uma mulher e depois veio em minha direção como um espectro, só que bem mais rápido. Senti o peso do meu corpo aumentar e uma voz estranha tomar conta da minha cabeça. Logo entendi que Seshat havia se hospedado em mim. Tentei me concentrar para ouvi-la de forma clara na minha mente. Eu tinha que ser amigável para que ela cooperasse comigo.

– Quem está ai? - perguntou a voz grossa da deusa parecendo bem irritada.

– Oi, eu sou Sadie Kane, eu a convoquei e agora você está hospedada no meu corpo – falei em pensamento para ela, tentando ser simpática – preciso de sua ajuda.

– Minha ajuda? - ela pareceu ultrajada – Que jovenzinha mais presunçosa você! Vai se arrepender por ter me trazido a força dessa maneira!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam da primeira vez deles?
Curtiram ou querem que eu pegue mais leve? kkkk
Preciso saber a opinião de vocês ;)
.
Curtam minha página no Facebook para acompanhar os capítulos novos:
http://www.facebook.com/pages/Sarah-Colins-fanfics/540662009297377
Mande-me uma pergunta: http://ask.fm/SarahColins
.
beijos ;*
@SarahColins_