Os Encantos De Anúbis escrita por Sarah Colins


Capítulo 11
Capítulo 10 – Tendo uma ajudinha familiar


Notas iniciais do capítulo

Oi amiiiigos, tudo bem!? ^^
Depois de uma semana de jejum de fic, estou de volta o/ A espera valerá a pena, podem apostar! rs
Boa leitura ;)



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Osíris era um dos deuses egípcios com quem eu mais simpatizava. Até porque, ele estava sendo hospedado eternamente pela figura gentil e familiar do meu pai. Em qualquer outro momento eu teria adorado receber aquela visita. Menos naquele. E não era só pelo fato de que namorava, ou costumava namorar, seu “subordinado”. Pensando bem, era exatamente por isso. O sangue sumiu do meu rosto quando imaginei que ele podia já saber de tudo. Claro! Ele sabia que Anúbis estava frequentando menos o universo dos deuses e mais o universo dos mortais. Então no mínimo devia saber que ele estava “vivendo” na Casa do Brooklyn e possivelmente sabia o motivo disso. Droga, droga, droga! Tudo o que eu não precisava naquele momento era levar uma bronca do meu pai. Ainda mais uma que tivesse a ver com o meu namoro com o deus da morte.

Julius me lançou um sorriso contido enquanto eu o olhava perplexa e imaginava todas aquelas coisas. Ele se sentou no parapeito da janela como se fosse um ser completamente ordinário, enquanto fez um sinal para que eu me aproximasse. De repente me lembrei do que Anúbis dissera, sobre os deuses no geral estarem tendo mais facilidade para viajar pelo Duat e aparecer no plano humano. Só então eu me dei conta do quanto era estranho e inédito Osíris estar ali na minha frente naquele momento. Eu, porém não fiz nada além de andar até perto dele e me sentar na beirada da cama. Senti que devia dizer alguma coisa, um cumprimento ou pelo menos um: “o que faz aqui?”, mas não consegui dizer nada. Apenas fiquei olhando para ele esperando que falasse.

– Você cresceu, filha – começou ele – Está uma mulher. Não é mais a minha garotinha – sua voz era carregada de nostalgia e afeto.

– Sempre serei sua garotinha – lhe devolvi o sorrio, mas ainda me sentia ansiosa para saber o que ele tinha vindo fazer ali. Não podia ser apenas uma visita corriqueira.

– Tem razão, isso não vai mudar só porque você está amadurecendo – Julius baixou o olhar e conteve um sorriso – Não vai deixar de precisar dos conselhos do seu velho agora que está crescendo, certo querida?

– Certo... - confirmei de forma pouco convincente. Aquela conversa estava me deixando ainda mais tensa. Onde ele queria chegar?

– É muito bom saber disso. Por que acho que posso te ajudar e muito com o seu problema – ele media bem as palavras e me olhava com cautela.

– Meu problema? - tentei me fazer de desentendida, mas tinha quase certeza de que sabia do que ele estava falando.

– Seu problema com seu namorado – respondeu meu pai como se fosse a coisa mais normal do mundo. Como se estivéssemos falando das minhas notas ruins na escola.

– Como sabe que tenho um namorado? - tive que perguntar – Ou melhor, tinha...

– Sadie, sou um deus – afirmou ele como se aquilo explicasse tudo – E além do mais, estou entre as poucas pessoas que conhece bem Anúbis e faço parte de um grupo ainda mais seleto que são as pessoas em quem ele confia. Sendo assim, não foi difícil ficar sabendo, ele mesmo me contou.

– Ele te contou? - eu estava estupefata. Jamais imaginei que ele contaria ao meu pai que estávamos namorando, nem mesmo tinha ideia de que ele e Osíris eram assim tão próximos. Pensei que apenas trabalhavam juntos e nada mais.

– É claro que eu teria preferido que você tivesse me contado – continuou o deus dos mortos – Mas isso não vem ao caso agora. O que importa é que quero ajudar você.

– Pai, não me leve a mal, mas... Não acho que você possa me ajudar muito – falei dando um sorrisinho sem graça.

– Vou ter que discordar, querida. Por que eu, mais do que ninguém, sei pelo que Anúbis está passando nesse momento.

– Pelo que ELE está passando? - me senti no direito de ficar indignada. Ele falava do deus dos funerais como se ele fosse a vítima da história – Pelo que eu sabia não há nada de errado com ele além de uma presunção imensa e uma crise doentia de ciúmes.

– Está enganada, Sadie – disse Julius adotando um tom mais sério, mas ainda me olhando com afeto – Anúbis está passando por coisas muito mais sérias. Coisas que para você, como mortal, é difícil compreender.

– Aposto que eu entenderia se ele tentasse me explicar. Mas ele não quis exatamente conversar das últimas vezes que nos vimos...

– Sei que está irritada porque ele a magoou, filha. E acredite que eu mesmo teria acabado com ele por fazer isso com você, se não soubesse do que eu sei.

– E o que diabos você sabe? Ops, quer dizer... - fiquei calada enquanto o deus me olhava, me repreendendo. Mas depois ele riu.

– Não se preocupe, estou acostumado a ouvir coisas piores no Reino dos Mortos – comentou ele antes de responder minha pergunta – Querida, Anúbis é um dos deuses mais antigos apesar de sua aparência jovem. No entanto, ele pode ser considerado o menos “vivido” de nós. Durante boa parte de sua vida ficou confinado apenas ao mundo inferior. Vivia lá e não saia para nada. Tinha a oportunidade de ver e ouvir os mais diferentes tipos de almas serem julgadas, absolvidas ou condenadas. Mas apesar de assistir a muitas histórias humanas, ele jamais havia experimentado uma. Ele não tem a menor ideia de como lidar com emoções. Nunca havia tentado ter uma vida como mortal. Ao contrário dos outros deuses, ele nunca teve que lidar com os vivos, apenas com os mortos. Por isso quando o conheceu tinha aquele semblante tão triste e abatido.

– Espera, mas então porque ele... resolveu ficar comigo? - era estranho demais perguntar aquilo ao meu pai, mas tive que fazer. Aquela história estava me interessando tanto quanto estava me assustando.

– Bem, se tivesse me perguntado isso quando eu ainda era apenas um mortal, eu te diria que ele provavelmente se apaixonou e resolveu entrar de cabeça nessa, sem se importar com o que aconteceria com ele depois – respondeu meu pai, também parecendo constrangido com o rumo que a conversa estava tomando – Mas agora que sou praticamente um deus, por hospedar um de forma permanente, entendo que as coisas são um pouco mais complicadas do que isso – ele fez um pausa respirando fundo para continuar – Quando te conheceu, Anúbis não fazia ideia de que um deus poderia sim ter sentimentos por um humano. Então ele estava desarmado. A única intenção dele era te guiar em certos momentos para que você cumprisse a sua missão. E foi o que ele fez, e você e Carter derrotaram Apófis. Entretanto, ele não esperava que encerrar o contato que vocês tinham um com o outro fosse ser tão difícil...

“Ele não estava acostumado a isso. Perceber que sua felicidade estava dependendo de uma mortal. Que sua vida não estaria mais completa sem você. Ele demorou muito para aceitar. Eu o ajudei a entender que não adiantava fugir. O sentimento não iria embora. Dai ele se rendeu e foi então que vocês 'ficaram juntos'. Ele me contou logo em seguida, por afinal fui eu quem o incentivei. Não é a melhor coisa do mundo saber que sua garotinha está namorando, ainda mais um garoto alguns milhões de anos mais velho que ela. Mas decidi tentar não ser careta demais em relação a isso. Deixei que vivessem o amor de vocês em paz. E sinceramente achei que estivessem se saindo bem. Não que eu ficasse espionando nem nada, o próprio Anúbis fazia questão me contar coisas que eu preferia nem saber. Mas dai vocês começaram a ter problemas, não sei exatamente pelo quê...”

E era melhor ele nem saber mesmo que nossos problemas começaram quando Anúbis tentou me levar para a cama. Suspirei de alívio discretamente.

– O que sei foi que ele estava tendo uma série crise de identidade. Não sabia o que fazer e ficou algum tempo tenso e reprimido. Mais tarde ele apareceu muito irritado, parecia que queria descontar sua fúria em todas as almas que apareciam para passar pela balança no salão do julgamento. Ele não estava mais me contando tudo, então tive que ir investigar o que estava havendo. Percebi que vocês tinham brigado e que ele se sentiu ameaçado por um garoto novo da casa. E ai ele surtou...

– Sim, ele surtou e teve a atitude mais ridícula do mundo – acrescentei.

– Não vou dizer que não está certa. Realmente foi uma atitude ridícula, querida – interveio Julius calmamente – Mas eu não esperava menos de um deus que está experimentando pela primeira vez o lado traiçoeiro do amor. Ele jamais havia sentido ciúmes na vida. Jamais correu o risco de ter algo tão importante tirado de seus braços. Ele achou que qualquer coisa seria justificável com tal de não perder você. Não estou dizendo que deve perdoá-lo imediatamente e esquecer o que aconteceu. Mas deve entender pelo que ele está passando, e que não é nada fácil para ele lidar com tudo isso. Pense em como é difícil para você e multiplique isso por 1 milhão. É o que ele está sentindo. Acho que está quase perdendo sua sanidade... Sei que isso tudo também faz você sofrer querida, sei que gosta dele mais do que imagina. E é por isso que sugiro que dê uma chance. Não desista do que a faz feliz. Ninguém vai lutar por isso, se você não lutar...

– Mas pai... - eu tinha ficado com a cabeça baixa um tempo enquanto ele falava aquelas sábias palavras e não notei que ele havia desaparecido antes de levantar o rosto. Fiquei mirando o espaço vazio onde meu pai, o deus Osíris, havia estado há alguns segundos.

Ele tinha razão. Anúbis com certeza estava muito pior do que eu naquela história. Eu jamais saberia como era para um deus estar vivendo aquilo. Jamais poderia entendê-lo por completo. Mas isso não queria dizer que não podia ficar ao seu lado e ajudá-lo. Se existia alguma forma de Anúbis superar isso e voltar a ser o que era, eu não tinha dúvidas de que eu deveria estar envolvida. Fora eu que causara a coisa toda, afinal de contas. Em menos de um minuto já estava me sentindo completamente culpada por ter terminado com ele daquela forma. Tudo bem, a briga tinha sido feia, e ele realmente foi um idiota. Mas eu não sabia o quanto ele estava mal. Se soubesse jamais teria falado daquela forma. Eu tinha que consertar as coisas, ainda que não estivesse errada. Tinha que ajudá-lo. E dessa vez o meu orgulho não deu nem as caras. Não havia espaço para ele.

Anúbis provavelmente estaria querendo ficar o mais longe possível de mim naquele momento. Então onde eu o encontraria? Não consegui pensar em nada a princípio então comecei procurando-o pela casa. Seu quarto, como já imaginava, estava vazio. Revirei os outros cômodos. Todos mesmo, sem exceção. Até o porão e o banheiro dos meninos eu revistei. Deixei a Casa do Brooklyn de pernas pro ar antes de aceitar que ele realmente não estava em lugar nenhum por ali. Era inútil seguir procurando. Até porque, a promessa que ele me fizera não tinha mais sentido. Eu havia terminado com ele, então ele estava livre para ir embora sem se despedir. Podia sumir e não voltar mais. Aquele pensamento me causou uma pontada no coração, como se ele estivesse sendo cutucado por uma lança. Não dava nem para imaginar que eu poderia nunca mais vê-lo. Era uma perspectiva ruim demais para sequer considerar. Acho que eu começava a entender um pouco como ele havia se sentido quando me viu com Gus. Eu era mesmo uma estúpida!

Acabei voltando ao ponto onde havia começado a busca pelo deus da morte. Quem sabe ele tivesse resolvido aparecer em seu quarto mais uma vez. Quem sabe tivesse esquecido algo quando saiu e voltou para buscar. Aquela ideia era ridícula, na verdade. O que ele poderia precisar de tão importante que não poderia fazer aparecer um novo ou então mandar alguém para buscar, ou simplesmente trazer até onde quer que estivesse com o poder da mente. Eu mesma poderia fazer aquelas coisas se quisesse. E acredito que faria se estivesse realmente querendo evitar voltar a um determinado lugar ou ver uma determinada pessoa. E certamente esse era o caso de Anúbis. Não devia estar querendo me ver nem pintada de ouro. Antes de sair do quarto dele novamente, avistei um papel em cima da cabeceira da cama. Fui até lá e o peguei. Era uma carta. Na verdade estava mais para um bilhete. Um bilhete de despedida para mim...

Estou partindo. Sei que não é a melhor forma de fazer isso, mas não vejo outra maneira. Nossa relação jamais daria certo. Sei também que tinha prometido que não iria mais embora sem me despedir, e quero cumprir a promessa. Então espero que leia isso e que me perdoe. Você merece ser muito feliz com alguém muito melhor...

Com amor,

Anúbis”

Ele havia assinado, mas não colocou nenhum “destinatário” no bilhete. Não era preciso. Qualquer um, especialmente eu, saberia para quem ele havia escrito aquilo. Deixei um pouco minhas defesas baixarem e chorei. Chorei por sentir que ele havia desistido de nós. Que havia me deixado para sempre. A dor era forte e eu quase pensei em desistir também. Quase me convenci de que ele tinha razão. De que nossa relação jamais daria certo. Mas então lembrei do que meu pai me disse. Do quanto Anúbis estava afetado pelas coisas que estavam acontecendo dentro dele. A experiência do amor, dos sentimentos humanos que o estavam enlouquecendo. Isso me fez lembrar que ele não sabia direito o que queria. Definitivamente não estava fazendo o que achava melhor, nem o que achava correto. Estava só fugindo, tentando não encarar a verdade, estava tentando me proteger também, me proteger dele mesmo. Eu tinha que fazê-lo parar com isso.

Eu iria atrás dele até o fim do mundo se fosse preciso... Claro! Como não havia pensado nisso antes?! Era lá mesmo que ele estava. No fim do mundo. Conhecido também como o Reino dos Mortos, Mundo inferior, Inferno, ou como preferir chamar. É claro que Anúbis estava lá! Se meu pai tinha vindo me alertar é porque o tinha visto recentemente, e só pode ter sido lá! Fui para o meu quarto pegar minhas coisas, decidida a atravessar o Duat naquela mesma noite e encontrá-lo. Peguei minha bolsa e conferi se tudo estava lá dentro. Coloquei mais algumas coisas que achei que iria precisar. Depois fui até a cozinha pegar alguns suprimentos. Eu já estava pronta para sair quando percebi uma movimentação estranha vinda da sala principal. Uma agitação pouco comum para aquele horário. Fui dar uma espiada e percebi que Carter e Zia haviam voltado de sua viagem ao Egito.

– Maninha! - exclamou meu irmão ao me ver – Sentiu minha falta?!

– Nenhum pouco – e era verdade afinal. Tinha acontecido tantas coisas desde que ele fora que simplesmente não tive tempo de sentir a falta deles nem de pensar neles.

– Você me deixa tocado com uma recepção tão calorosa! - zombou ele vindo em minha direção com Zia. No caminho cumprimentavam alguns dos magos.

– E ai, o que estava pegando por lá? - perguntei me lembrando da urgência com que haviam saído alguns dias atrás – Tudo bem com sua família, Zia?

– Sim, tudo bem – respondeu ela – Quer dizer, foi bom nós temos ido. Eles estavam realmente correndo perigo. Mas conseguimos protegê-los e deu tudo certo.

– Que bom! – falei com sinceridade – Mas se resolveram tudo tão rápido porque demoraram tanto para voltar?

– É... bem – gaguejou Zia e eu percebi que minha pergunta de alguma forma a havia constrangido muito – Nós só... quer dizer, eu e Carter...

– Nós aproveitamos para fazer uma visita a Cada da Vida – interveio Carter rapidamente, como se salvasse a namorada de algum sério perigo – Só isso.

– Sei... - murmurei pouco convencida com aquela resposta. Mas decidi não importuná-los mais – Está bem, então. Sejam bem vindos de volta. Adoraria ficar e ouvir os detalhes da aventura de vocês, mas tenho que ir a um lugar... Então tchau!

– Espera ai, Sadie – chamou Carter quando eu já tinha dado as costas a eles. Revirei os olhos, bufei baixinho e voltei a encará-lo – Onde você vai?

– Não te interessa, seu enxerido! - respondi tentando parecer natural. Mas no fundo, sabia que se Carter descobrisse onde eu estava indo, me traria problemas.

– Mas é claro que me interessa. Esqueceu das regras dessa casa, que inclusive você mesma ajudou a criar? - ressaltou ele com um ar de superioridade que me irritava – Ninguém é proibido de deixar a Casa do Brooklyn, mas é obrigado a dizer onde vai.

– Por Rá, Carter, porque tem que ser tão insuportável? Mal chegou e já estou querendo que vá fazer outra viagem...

– Me diga de uma vez aonde está pensando em ir...

– Não estou pensando. Eu vou! - afirmei com convicção. Jamais deixaria ele me impedir – Vou até o Museu de arte encontrar Anúbis – menti, mesmo sabendo que eu era péssima nisso.

– Ahan, conta outra Sadie!

– É a verdade! - insisti.

– Mais é claro que não é! - rebateu ele muito seguro do que dizia. O que me fez hesitar – Primeiro, olha a forma como está vestida. Você jamais iria a um encontro assim. E pra que toda essa bagagem? Vão fazer um piquenique no meio da noite ou o que? E só para completar, já estou sabendo que você e Anúbis não estão mais namorando. Gus me contou.

– Mas o que?! - eu estava indignada - Aquele novato intrometido!

– Bem, agora se não se importa, gostaria que me dissesse a verdade – exigiu ele.

– Argh! Está bem! - concordei muito contrariada – Estou indo até o Reino dos Mortos procurar Anúbis. Ele foi embora desde que brigamos e tenho certeza que vou encontrá-lo lá. Preciso resolver nossa situação – respirei fundo e vi um vestígio de preocupação no olhar de Carter – Pronto, agora você já sabe! Então, até mais...

– Ei ei ei, parada aí! Não posso deixar que viaje pelo Duat sozinha!

– Ahhh não, nem pensar – já emendei, continuando a andar para longe dele – Não vou deixar que você venha comigo de forma alguma!

– Não me lembro de ter pedido sua permissão para ir – provocou Carter me alcançando e se colocando em meu caminho.

– É sério, maninho, não vá. Esse é um problema só meu, que tenho que resolver sozinha. Fique e cuide da Casa do Brooklyn, ok?

– Não vai dar, Sadie, sinto muito – disse ele irredutível – Posso deixar Zia tomando conta de tudo por aqui. Sinto lhe dizer, mas se está disposta a percorrer o Duat até o mundo inferior atrás do seu namorado, eu irei junto para protegê-la.

– Não preciso que me proteja. E é ex-namorado agora... - essa última frase soou tão triste que até eu senti pena de mim mesma.

– Que seja. É uma missão como tantas outras que já enfrentamos. E sei que terá muito mais chances de ter sucesso com a minha ajuda.

– Como se você achasse essa missão assim tão importante – zombei, erguendo uma sobrancelha e olhando para ele.

– Mas é claro que é – declarou Carter com um tom sério – Deus me livre ter que aturar você deprimida e mal humorada sem o seu amado deus da morte.

Dei um soco no braço dele por aquela brincadeira sem graça. Mas depois rimos e ele foi buscar sua bolsa, seu cajado e tudo o que eu já havia preparado para partir. Depois de tanto tempo eu e meu irmão iriamos enfrentar os perigos do Duat de novo. Eu quase senti uma pontada de nostalgia, mas ai lembrei que também fazia tempo que não corríamos um risco de vida como aquele, fazia tempo que não tínhamos que lutar e usar nossos poderes de verdade. Eu não podia dizer que estava com medo, mas esperava que ainda estivéssemos em forma.


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Notas finais do capítulo

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