P.O.V Scorpius

Fui me deitar aquela noite quase nas nuvens, Rose tinha aceitado ser minha amiga, eu ia ajudar ela a ter o ano mais divertido de todos e ainda quase nos beijamos, não me interessa nada a mãe dela estar na escola, eu estou bem ,é isso que importa. No dormitório eramos eu, Enzo, Alvo e outros amigos meus, mas todos ainda estavam curtindo a festa no salão comunal, eu resolvi ir dormir mais cedo, afinal esse ano não ia ter graça ficar bebendo e beijando as meninas, porque eu já estava afim de uma. Aos poucos o sono foi chegando, e desabei em um sonho muito confuso.

Caminhava em um labirinto de concreto, as paredes eram enormes e mal dava pra enxergar cada passo que eu dava, uma bola de luz flutuava e me guiava, como um fantasma, como uma alma. Eu não sabia se podia ou não confiar nela, apenas segui meus extintos e fui atrás, mas o Labirinto é grande e eu não sabia como chegar ao meio, tinha algumas curvas apertadas, em alguns corredores tinha buracos dos quais eu não conseguia enxergar o fundo, porem eu consegui chegar ao destino que eu queria e lá estava ela novamente, usava um vestido longo rosa claro, parecia um anjo, os cabelos ruivos enrolados delicadamente nas pontas. Assim que ela me viu, correu para me abraçar e não perdi tempo, beijei-a como se o mundo fosse acabar naquele momento, com tamanha intensidade e vivacidade, quando terminei, em volta as paredes do labirinto haviam caído, mas eu sabia muito bem que ainda tinham muitos desafios a serem seguidos, em volta da gente é um abismo sem fim, ela me olha sorridente e dizia:

―Acorda vagabundo!

Rose não disse nada, quem disse foi um Alvo sorridente me acordando, se demorasse muito pra descer perdíamos o café da manhã, olhei ao redor, Enzo estava penteando o cabelo enquanto as outras camas já estavam arrumadas e nossos companheiros de quarto não estavam mais lá, provavelmente haviam decido.

―Você ta muito apaixonado pela Rose não está? A pouco tempo, dormindo você tava falando o nome dela, ficava tipo assim : “Rose, minha flor, Rose, Rose”. Cara coitada da minha prima, você ta muito doente por ela. ― Alvo disse rindo e eu morri de vergonha, mas tinha que dar explicação para ele, ao menos ocultei o fato de que eu simplesmente não sei o que eu sentia pela Rose.

―Há cara para com essa, foi só um sonho bobo, parecia história de terror, nem sei explicar o que era aquilo não.

―Mais um sonho? Isso ai mesmo que você escutou Alvo, esse doido ta sonhando com essa Rose o verão inteirinho, ta obcecado por ela.―Enzo disse com convicção, Alvo me olhou como se eu fosse doido, talvez estivesse ficando mesmo, porque aquele menina de cabelo de fogo não saia da minha cabeça. Hoje não iria ter aula, iríamos organizar nossas aulas de acordo com as notas tiradas nas N.O.M’s, e eu tinha ido muito bem em tudo, pensei em ser curandeiro como meu pai ou em ser auror, mas um Malfoy dificilmente seria aceito. Enquanto não me reunia com Slughorn, para discutir sobre quais aulas eu faria, fiquei perambulando pela escola, depois do café da manhã, Alvo e Enzo haviam sumido, então resolvi procurar Rose, já que íamos ser amigos, poderíamos andar juntos, não foi difícil achá-la porque já imaginava onde estava, segui para a sala de Estudo dos Trouxas e acertei na mosca, ela saía vermelha e bufando de raiva, quase passou por mim sem perceber minha presença.

―Eai Rose, tudo legal? ― Perguntei tranquilamente.

―Só se for pra você, ai desculpa, é que eu fui falar com a minha mãe e ela disse que estava aqui porque simplesmente gostaria de passar seus conhecimentos aos alunos sobre o curioso mundo dos trouxas, que assim ela poderia vigiar eu e meu irmão de perto, mas eu não acredito em uma palavra dela sabe? Ta na cara que ela está escondendo alguma coisa, ela simplesmente disse que não queria mais falar sobre isso e me mandou ir falar com o Neville Longbotton sobre quais matérias eu vou fazer esse ano acredita?Mas eu não vou lá...

―Desculpa interromper, mas tem planos para hoje? Porque Enzo e Alvo sumiram, isso só pode significa uma coisa: FESTA!

P.O.V Rose

Acordei super de mau humor hoje, não dormi bem à noite. Levantei e vi que só eu tinha acordado, caminhei igual um zumbi até o banheiro, quando saí as meninas já tinham levantado e estavam conversando animadamente, quem acorda cedo e fica com esse humor todo?

―Nossa que cara é essa Rose?―Megan me perguntou.

―Cara de quem não ta nem um pouco a fim de levantar hoje. ―Disse terminando de me arrumar.

―Achei que umas beijocas no Malfoy iriam te animar to vendo que ele vai precisar fazer bem mais que isso. ―Disse Molly, fazendo todas as outras rirem.

―HAHAHA muito engraçadinha você Molly, mas para sua informação não aconteceu nada, somos só amigos. ―Falei com convicção.

―A ta bom, até parece que Scorpius Malfoy iria ser só seu amigo sem segundas intenções. ―Agora quem se manifestou foi Domique.

―Bom não quero ser mais uma daquela listinha. ―Disse abrindo a porta do dormitório― Meninas eu vou descer para toma café e vou tentar fala com a minha mãe ver o que aquela traidora tem a me dizer.

―Só lembra-se de depois nos contar. ―Falou Megan seguindo para o banheiro. Desci, tomei café e caminhei até a sala dos estudos trouxas, e lá estava Hermione, minha mãe, falando com alguns alunos do primeiro e segundo ano, na hora que ela me viu ela pediu licença para eles e veio até mim.

―Bom dia filha como esta? ―Fechei a cara para ela.

―Vai me contar ou não que esta acontecendo?―Fui bem direta e curta.

―Nada meu bem, só gostaria de passar meus conhecimentos trouxas para os alunos e vou poder ficar de olho em você e no Hugo.―Sério mesmo que ela pensou que eu iria acreditar?

―Você ta de brincadeira né mãe? Eu sou sua filha e do Ronald Weasley, sobrinha do tio Harry Potter, ta no meu sangue, não acredito em nenhuma palavra.―Ela respirou fundo.

―Por isso mesmo que não é bom saber de nada, o que senhora tem que saber são quais matérias vai fazer esse ano, e no que vai querer se formar, então eu sugiro que procure Neville para ajudá-la com isso, se tiver qualquer duvida pode me procurar, posso te recomendar livros se for preciso.―Sabia que não podia discutir com ela, me despedi e desci para vê se encontrava algum amigo meu, e falando em amigo...

―Eai Rose, tudo legal? ―Disse Scorpius atrás de mim

―Só se for pra você, ai desculpa, é que eu fui falar com a minha mãe e ela disse que estava aqui porque simplesmente gostaria de passar seus conhecimentos aos alunos sobre o curioso mundo dos trouxas, que assim ela poderia vigiar eu e meu irmão de perto, mas eu não acredito em uma palavra dela sabe? Ta na cara que ela está escondendo alguma coisa, ela simplesmente disse que não queria mais falar sobre isso e me mandou ir falar com o Neville Longbotton sobre quais matérias eu vou fazer esse ano acredita?Mas eu não vou lá... ―Comecei a falar rapidamente quando ele me interrompeu:

―Desculpa interromper, mas tem planos para hoje? Porque Enzo e Alvo sumiram, isso só pode significa uma coisa: FESTA! ―Demorei um pouco para processar aquela informação.

―Festa ? ―O perguntei, ele sorriu marotamente para mim.

―Sim, você disse que esse ano vai ser diferente então, uma boa hora de começar seria indo a uma festa, comigo é claro. ―Ele disse convencido.

―A claro até porque só existe você de homem nesse castelo ―falei irônica.

―Errado, existe vários, mas eu sou melhor que qualquer um deles. ―O encarei por um segundo.

―Sério isso? Faz assim "senhor melhor de todos”, vou achar minhas amigas, vou me arrumar, e enquanto isso descubra se realmente Alvo e Enzo estão mesmo planejando uma festa e me manda uma coruja avisando o horário e onde vai ser. ―Aceitei seu convite porque fiquei brava com a minha mãe, por não confiar em mim, melhor modo de todos seria me vingar quebrando um pouco as regras, afinal eu tenho sangue Weasley correndo em minhas veias. Vi o seu sorriso se abrir e seus olhos brilharem, ele deu um beijo no meu rosto e seguiu a diante enquanto eu fui, rapidamente procurar minhas amigas para falar da tal festa. Todo começo de ano quase sempre nos primeiros dias algumas pessoas comemoravam o começo do ano letivo fazendo algo do tipo de festa e dessa vez seria os meninos da Sonserina. Só de pensar em que eu poderia fazer, me dava até um pontada de nervosismo.