P.O.V Rose

Acordei com minha cabeça latejando,senti um cheiro de mofo com pó,sabia que o ambiente em que estava precisava de uma limpeza,senti meus pulsos apertados e doloridos,tentei com todas as minhas forças abrir os olhos,vi tudo borrado então a visão começou a ficar nítida,eu pude ver claramente aonde estava,em um quarto sem janelas,com algumas velas acesas ao redor,estava amarrada em uma cama,por uma corda,algo me dizia que tinha algum feitiço nelas,a lembrança me vem como um soco no meu estômago,alguém tinha me sequestrado,não sabia o motivo e nem o por que,tentei forçar meus braços para tentar forçar a corda que nem se moveu,prendi o grito que queria escapar pela minha garganta,mas tinha que tentar ser racional,quem esta me mantendo presa aqui,pensava que eu ainda estava desacordada,se eu fizesse um escândalo poderia aborrecê-lo seja lá quem for,respirei fundo.

Mantenha a calma!

Mantenha a calma!

Soltava essas palavras como mantra em minha mente,logo todos sentiriam minha falta e viriam me procurar,papai,mamãe,tio Harry,eu sei disso,tentei acalmar a mim mesma,vi a maçaneta girar,voltei a fechar os olhos.

―To vendo que eu deveria ter dado uma dose menor para essa traidora do sangue!―Era voz de uma mulher,que soou fria,então ela coloco um pano na minha cara com alguma coisa,como um fogo que rasga através do meu corpo,tossi e senti as lágrimas caírem sobre minha face,abri os olhos e a encarei com todo ódio e raiva que eu sentia por ela fazer isso comigo.

―Vejo que é tão corajosa e sem escrúpulo como seus pais.―Olhei bem para seus olhos,eram os mesmo que os de Susanna,porém cruéis,suas roupas estavam desgastadas e seu rosto muito mais velho e abatido,no fundo eu sabia quem era,Pansy Parkinson.

―O que você quer de mim?―Cuspi as palavras.

―Sua sangue ruim!Não basta ser uma filhote de Weasley se atreve a fala comigo dessa maneira,eu poderia matá-la agora mesmo,seria muito fácil,e o que sei sobre sua espécie é que nunca é simples matar um de vocês―Não,ela não vai conseguir me assustar,ela só é uma pessoa totalmente perturbada,não me admira que Susanna esteja tão desesperada para achar seu pai.Que motivo ela teria parar querer me ferir ou alguém da minha família depois de todos esses anos?

―Por que?―Perguntei mais mansa dessa vez,quem sabe assim ela não me conta.

―Por que?Só pode estar brincando,sua raça acabou com o futuro brilhante que teríamos se as trevas vencesse,se Voldemort estivesse no poder,mas não podemos ter tudo,só que vejo que tem a irritante inteligência da sua mãe sabe-tudo,aquela sangue ruim desprezível,não é esse o único motivo para eu ter que te matar,e sim como objeto de vingança para outra pessoa que precisa de você,vou estregar seus planos,assim me vingo da sua raça também,mato dois coelhos com uma cajadada só―Vi seu rancor e fúria de suas palavras.

―Você acha que saímos todos ilesos no passado?Tivemos muitas perdas principalmente em minha família,não sei o motivo para minha morte seja tão útil para você,mas isso não vai ficar por isso mesmo―Argumentei mesmo que seja em vão,eu sabia que ela estava determinada de alguma maneira,eu vi seus olhos que estão cobertos de escuridão,vi que para Susanna ainda tinha salvação se ela escolhesse outro caminho,pude ver a diferença dos seus olhares.

―Quem disse que eu me importo?Olhe a sua volta não me resto nada,só vingança,pelo que foi tirado de mim,não ligo se me matarem,se me prenderem ou ser beijada por um dementador,eu não tenho alma,tudo que eu quero é ir com isso até o fim.

―Por que ainda não me matou?―Estava brincando com o fogo?

―E eu sou o que para você mãe?Como eu fico?―Susanna entra dentro do quarto,olhei surpresa para ela,e pelo visto Pansy também.

―Susanna,o que esta fazendo aqui?―Ela perguntou no seu som arrogante,pelo que eu vi ela estava sozinha alguma coisa indicava que ela não seria tão forte o suficiente para enfrentá-la nem fisicamente ou emocionalmente.

―Não interessa mãe,por que você sequestrou a Rose?―Ouvi a risada terrível de Pansy que arrepiou todos meus pelos.

―Rose?Que dizer que vocês são amiguinhas agora?Eu sabia que você seria uma decepção mas não contava que seria tanto assim―Susanna apertou seus punhos,achei que aquilo poderia ter abalado ela,pelo contrário era como se ela já esperasse por isso em invés de ver tristeza,vi desprezo.

―Não importa,solte ela agora―Ela ordenou,Pansy deu outra risada maléfica,deu dois passos muitos rápidos em sua direção e deu um tapa na sua cara.

―Sua garota imprestável,deveria amarra você ao lado dela e te torturar como um brinquedo―Susanna,virou seu rosto,o tempo suficiente de pegar sua varinha rapidamente.

―Petrificus Totalus―Isso foi muito inteligente,uma distração,o corpo da Parkinson mãe bate no chão,Susanna usa outro feitiço para soltar minhas mãos,sinto um alivio no meus braços e pulsos.

―Temos que ir,não sei se ela esta sozinha nisso―Então uma onda de adrenalina passa por mim e esqueço de todas as dores que estou sentido,em um salto saímos correndo do quarto,fechamos a porta atrás de nós em silêncio caminhamos por um corredor estreito,ouvimos passos,então Susanna me empurra para dentro de um comodo,olhamos pela greta,e para minha surpresa,o professor Tony Roberts,entra no quarto em que deixamos Pansy.

―Temos que descobrir se ele esta ajudando nessa plano maluco ou se veio me ajudar―Sussurrei para Susanna,ela assentiu com receio,andamos até a porta nas ponta dos pés,e ouvimos:

―Não vou deixar estregar meus planos Parkinson,eu confiei em você,e só porque eu te chutei...―Oh,meu Merlin eles tinham um caso?Seus planos?O que isso tinha a ver comigo?,nada fazia sentido e todas as dúvidas me rodeavam,como Susanna sabia que a mãe dela tinha me levado?,tentei afastar as perguntas da minha cabeça e me concentrar na conversa deles.―Você não me deixa outra opção.

―Vai estar me fazendo um favor―Então para meu desespero.

―NÃO―Gritou Susanna entrando no quarto,entrei atrás dela.

―Expelliarmus!―O professor desarmou Susan,e logo em seguida,vi um clarão verde que me fez perder o ar e todos os sentido que ainda tinha sobre meu corpo.

―AVADA KEDAVRA―A maldição da morte,ele matou Pansy Parkinson,por que?,ouvi um grito de dor de Susanna,NÃO!NÃO!NÃO.Ela não era uma pessoa boa e tinha intenção de me matar,mas era a mãe dela.

―Estupefaça!―Dessa vez o feitiço me atingiu senti meu corpo sendo jogando contra a parede e bater minha cabeça com toda força,a escuridão me chama novamente.

Flashback On

Nem acredito primeira aula de Herbologia com o professor Neville,ele é amigo da família,me sentia nervosa,apesar de já ter dito poções como primeira aula,essa era a segunda do dia com Sonserina.

―Você acha vai ser muito estranho ter aulas com o Neville?―Perguntou Alvo ao meu lado.

―Acho que não Al,vai ser muito legal,eu já li que..

―A por favor Rose,sem assuntos nerds agora,vamos ocupar nosso lugares.―Entramos na estufa,todos já tinha escolhidos seus lugares por último ficou eu e Alvo,o que foi uma droga todos nos olhavam,só tinha lugar vago do lado de uma garota loira que eu conheci no trem,que dividia o dormitório comigo,do lado dela estava um garoto loiro,de olhos acinzentados,eu sabia quem ele era,Scorpius Malfoy,o garoto que meu pai me mostrou na estação de Kings Cross,aquele que disse para mim não ficar muito amiga,sabia da fama de sua família,aposto que ele não era muito amigável também,só que não tive escolha,a menina que eu agora lembrava seu nome Megan Clark,acenou sorridente para mim,devolvi timidamente,mas Alvo como foi mais esperto foi ao seu lado,o que me sobrou foi o menino que supostamente deveria me odiar,ou vice versa,fiquei ao lado dele,sem dizer nada.

Encontrei seu olhar no trem e na seleção das casas,foram poucas vezes,eu sou muito tímida,ele tem cara de ser um pouco fechado,as pessoas deveriam ter receio de falar com ele,eu tinha,não por medo,não seria intimidada por um garoto pelo nome dele ou por ele ser da Sonserina,acho que agora entendo por que fui para Grifinória.

O professor Neville deu algumas plantas para analisarmos,e saiu por alguns minutos,todo mundo explodiu em conversas se interagindo de alguma forma,só nos dois que ficamos em um silêncio terrível.

―Sou Scorpius Malfoy―Finamente ele disse baixo para ninguém ouvir,estendeu sua mão,avaliei com cuidado,mas peguei estava gelada,enquanto a minha permanecia quente,estremeci com esse toque.

―Sei quem você é,Malfoy―Disse firme,ele levantou uma sobrancelha.

―Rose Weasley,meu pai me falou tudo sobre você e sua família―Corei com essa informação,coloquei meus cabelos atrás da orelha,o que geralmente acontece quando estou nervosa,olho para minhas mãos,depois volto meu olhar para ele.

―Espero que sejam coisas boas,mas vindo dos Malfoys não me surpreenderia se fosse ruim.―Ele me observa com cautela.

―Prefiro tirar minhas próprias conclusões Weasley―Bastardo!Ele acha que eu não sou capaz de ver por mim mesma?,ele parece arrogante isso não seria pelo seu nome mas por sua pessoa.

―Pode ter certeza que eu também consigo ver por mim mesma Malfoy―Ele sorri.

―Veremos―Essa foi minha primeira conversa com o Scorpius Malfoy.