Qual é a cor do amor? escrita por hollandttinson


Capítulo 27
Thanks.


Notas iniciais do capítulo

Alguns de vocês conseguiram acertar quem tinha, finalmente, matado Hans Júnior, e eu até fiquei chocada, porque eu pensei que ninguém desconfiaria dessa pessoa, mas aqui vamos nós saber quem é:



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Levei Hans embora com uma alegria particular. Eu costumo levar muitos corpos, me sinto mais melancólica quando carrego corpos que foram assassinados. Carreguei muitos corpos por causa deste homem, e quase corri o risco de carregar os corpos das pessoas que eu já amei em toda a minha trajetória. Estou mais do que muito feliz e satisfeita por finalmente ter levado ele embora. Nunca mais ninguém iria colocar as vidas dos meus sobreviventes em risco. Nunca mais.

Rosa desceu as escadas do porão lentamente, seu corpo estava claramente pesado, e ela preferiu fingir que não se dava conta do que tinha acontecido, e foi na direção da filha, tirando-a do chão, percebendo o quanto ela estava machucada, e que o osso do seu joelho estava inchado. Rosa começou á chorar, abraçando a filha deitada no chão, já que Liesel não conseguia mexer a perna. Rosa chorava e pedia perdão, culpando-se por tudo o que acontecia. Quem podia culpá-la?

Marieta foi na direção de Rudy, tentando ajudá-lo á sair da cadeira, mas o corpo de Rudy estava tão dolorido, que qualquer movimento fazia com que seu olhos enchessem de lágrimas, e na terceira tentativa, ele não suportou e acabou desmaiando novamente, fazendo Marieta entrar em pânico, mas fingir que ele estava bem, tirando-o da cadeira e colocando-o no chão, deitado de lado.

Em alguns minutos, Ilsa voltou acompanhada de enfermeiros e da polícia. Rosa ficou tensa com a presença da polícia, mas eles apenas analisaram os corpos dos mortos, enquanto os enfermeiros colocavam os corpos de Rudy e Liesel para cima. Ambos tiveram de ser carregados, mas logo estava deitados em uma maca. Rudy recebeu uma aplicação rápida de morfina forte no corpo, no instante imediato que viram seus machucados exagerados, e foi levado primeiro para o hospital. Liesel foi logo atrás.

Hans, Max e Alex não sabiam de nada até então, e Marieta ficou encarregada de avisá-los. A polícia levou o prefeito preso, já que a casa era dele, e Ilsa como testemunha. Não fiquei muito tempo para saber o que mais fariam, estava preocupada em ver como cuidariam dos meus sobreviventes, era o que realmente me importava.

Quando eu cheguei no hospital Rosa estava sentada na sala de espera, não chorava mais, parecia em choque. Sentada ereta, segurando os joelhos com força exagerada, olhando para um ponto invisível. Imaginei que ela tivesse finalmente se dado conta do que tinha feito, e que em breve ela cairia num choro desesperado, como normalmente acontece depois de um choque desta magnitude. Pobre Rosa.

Continuei pelo corredor, á procura dos corpos de Liesel e Rudy. Era um hospital pequeno, então não tinha exatamente muita gente, foi fácil achá-los. Vi Liesel primeiro, ela estava deitada em uma maca, uma enfermeira estava colocando um curativo em seu nariz, enquanto outra estava analisando sua perna, confirmando com seu rosto o que todos nós já sabíamos: seu joelho estava quebrado.

Liesel estava tão exausta, mas não cessava de chamar por Rudy, seu falatório pareceu irritar um médico, que aplicou uma injeção em seu braço que a fez dormir em minutos. Olhei de cara feia para ele, e depois dei de ombros. Era melhor que ela estivesse dormindo, assim não sofria tanto pelos seus machucados.

Saí do quarto e fui atrás de Rudy, achando-o desacordado em outra maca. Ele estava sentado, sendo segurado por enfermeiros enquanto um médico limpava os cortes das costas dele, exibindo feridas abertas. Os cortes causados pelos açoites eram profundos, e quanto mais limpava, mais sangue jorrava. O médico balançou a cabeça para um dos enfermeiros, que prendeu a respiração quando percebeu o ferimento.

— Deus, como esse garoto sofre!- Disse o homem, lembrando-se de Rudy como o garoto que sobreviveu ao ataque na rua Himmel. Eu concordei com a cabeça, segurando meu coração na mão. Ele sofre tanto, o meu garoto!

— Vamos ter de fechar essas feridas de alguma forma.- O médico disse, pegando uma seringa e aplicando algo no braço de Rudy, deitando-o na cama novamente, percebendo o quanto o sangue de Rudy continuava á jorrar.- Vamos levá-lo á sala de cirurgia, você vá avisar á família dele sobre a cirurgia.- O médico pediu á um enfermeiro que obedeceu sem objetar. Eu observei o médico levar a maca de Rudy para um outro lado e suspirei, não tinha força para vê-los cortando a pele do meu garoto, voltei para a sala de espera.

Rosa estava chorando desesperadamente no ombro de Hans, que já estava ali com Alex. Alex estava tremendo como vara verde, percebi que ele estava tentando não chorar, mas que era muito difícil enquanto olhava para Rosa, vendo a mulher que matou o próprio filho, e perdeu a filha. Alex tinha sofrido tanto antes, não era justo que, depois de perder toda a família, ele ainda tivesse que perder Rudy. Porque tudo isso estava acontecendo com ele? Porque a vida era tão cruel com esse homem gentil? Santo Deus, quando ele vai começar á ser feliz de verdade? O coração dele não suportaria mais dor.

Me sentei ao seu lado, desejando poder ajudá-lo de alguma forma, mas eu estava tão destruída por tudo o que tinha acontecido hoje, que não tinha forças para me manter. Além disso, como eu o ajudaria? Estou cansada de ser inútil para eles.

O enfermeiro chegou, os três ficaram de pé imediatamente, olhando para ele. Ele suspirou.

— Quem de vocês está com o garoto?- Ele perguntou, Alex levantou a mão rapidamente, se aproximando do enfermeiro. Rosa se sentou e continuou chorando, mas Hans foi para o lado de Alex, colocando a mão no ombro dele, tentando dar força.

Amizade é isso, uma pessoa ferida querendo ajudar outra pessoa ferida. É importante deixar claro que Hans estava tão triste quanto Rosa, talvez mais. Ele tinha perdido a filha, perdeu o filho, e estava experimentando a sensação de perder a esposa, já que aparentemente Rosa demoraria muito para voltar á si. Ele só tinha Liesel e Rosa agora, ele não podia ser fraco, tinha de ser forte por elas. Admiro Hans por isso, eu no seu lugar desabaria. Como sempre faço.

— Você é o pai?- O enfermeiro perguntou á Alex, que concordou com a cabeça.- Bem, seu filho tem feridas abertas e profundas nas costas, levamos ele para uma cirurgia. A barriga do seu filho também tem as mesmas feridas, só que apenas algumas. As costas dele estão repletas! E um dos ombros. O nariz dele também está quebrado. Ele perdeu muito sangue e terá de ficar com conosco por uns dias, depois da cirurgia.

— Obrigado.- Hans respondeu quando viu que Alex estava com os olhos arregalados e a boca aberta, sem saber o que falar. Levou Alex de volta á cadeira, ele se sentou e Hans foi buscar um copo com água para ele. Alex bebeu sem realmente sentir o líquido, Hans olhou para ele com pena.- Perdão por isso, Alex. Eu... Se eu soubesse quem ele era, eu nunca permitiria que ele causasse tanto perigo e sofrimento á sua família.

— Ele daria um jeito.- Marieta disse, entrando na sala de espera acompanhada de Max, que não parou de andar até chegar á Rosa, quando se ajoelhou ao seus pés e começou á chorar em seu colo. Rosa acariciou o cabelo dele, começando á parar de chorar lentamente. Acho que ela já não tinha mais lágrimas.

Era sofrimento demais para mim, eu tinha que sair daqui um pouco. Saí do hospital, trabalhei incansavelmente, tentando esquecer deles, mas não importava o que eu fizesse, eu sempre voltava para Liesel e Rudy. Quando voltei, dois dias depois, fiquei aliviada em ver que o cenário tinha mudado.

Rosa ainda parecia estar em choque, mas não chorava mais, e estava cuidando de Liesel como se ela fosse um bebê recém nascido. Hans estava mais leve, sem carregar tanto peso nos ombros, agora que via que a sua filha estava bem. Alex ficou todos os dias no hospital, esperando por notícias de Rudy, mas não caiu em desespero. Sabia que seu filho estava bem e ia se recuperar, o susto tinha passado. Liesel foi liberada para casa no outro dia, apenas com um curativo no nariz e a perna engessada, usando uma muleta.

Marieta estava detida na delegacia como testemunha. Todos tinham concordado em não falar nada sobre quem matou Hans, e deixar que eles especulassem, ou, se fosse o caso, acusar o prefeito. Ele seria preso de qualquer forma mesmo, e matar um fugitivo era quase um favor ao governo, certo?

A pequena Rosa estava na casa dos Hubermann, ela é uma garota gentil e loira. Apesar de ter o pai que tem, e a madrasta que tinha, ela se parece mais com a Marieta gentil que conhecemos, e não sente falta do pai em momento algum, evitando conversas desconfortáveis.

Rudy ainda está sendo mantido dormindo por causa da dor. Eles fizeram vários pontos em suas costas, e ela está toda enfaixada o tempo todo. O nariz dele foi quebrado, mas um curativo está nele, tentando fazer com que as coisas melhorem. Estão todos aguardando que ele acorde, e eu dei a sorte de estar por perto quando aconteceu.

Ele abriu os olhos lentamente, se adaptando á luminosidade, e então mexendo a cabeça lentamente na direção da mão que segurava a sua, encontrando uma Liesel chorando ao seu lado, não de tristeza, mas sim de emoção. Liesel não podia se movimentar rapidamente por causa da sua perna, então a vontade de pular em cima dele teve de ser reprimida.

— Meu Deus, como eu esperei para ver esses olhos abertos novamente.- Alex falou, emocionado. Ele também estava chorando, e segurava a outra mão de Rudy, que olhou para o pai, esboçando um pequeno sorriso. Ele percebeu que sorrir doía seu nariz e fez uma careta.

— O que é isso na minha cara?- Ele perguntou, tentando enxergar o curativo. Liesel suspirou, limpando o rosto. Rudy olhou para ela, percebendo seus braços com marcas, que antes eram roxas, mas agora estão num amarelado, lembrando-se do capanga que a segurava, travando o maxilar. Todas as lembranças vagaram pelos seus olhos, inclusive a lembrança da dor.

— Você quebrou o nariz, por isso dói.- Ela explicou, ele concordou com a cabeça lentamente, percebendo que mexer o corpo também doía, fez mais uma careta.

— Tem alguma coisa que eu faça que não doa?- Perguntou, suspirou ofegante pela dor. Alex limpou o rosto, respirando fundo.

— Pelo que eu sei, eles injetaram tanta morfina nas suas costas, que você mal as sente. Foi a melhor solução que encontraram para que você não sentisse tanta dor, já que foram cortes profundos e... Enfim, a sua barriga não recebeu a mesma porcentagem de medicamentos, então é provável que você ainda sinta dor nela, mas em breve ficará melhor. Seu ombro vai doer superficialmente, mas você vai saber lidar com a dor dele. Mesmo assim, você ainda tem que ficar aqui por mais alguns dias.- Alex explicou lentamente, abrindo um sorriso para o filho, feliz por vê-lo bem. Rudy concordou com a cabeça, ignorando a dor em seu ombro e a tontura.

— Como você está?- Ele perguntou á Liesel, analisando seu nariz, que estava com um curativo menor do que o seu, as marcas nos seus braços e o gesso na sua perna. Ela deu de ombros.

— Muito bem, fui liberada ontem, não tive nenhum ferimento sério além da perna.- Liesel apontou para o gesso.- Quebrei meu joelho, vou ter que ficar com isso por 1 mês, no mínimo. A parte boa é que eu não posso ir para a escola.- Ela sorriu.

— E o seu nariz?

— Nada com ele. Foi um ferimento superficial, apenas um pequeno corte, mas já está ficando melhor. O curativo é porque eu fico meio tonta ás vezes.- Ela fez uma careta. Ele suspirou.

— Ele morreu?- Perguntou. Alex ficou tenso.

— Sim.- Liesel respondeu, fincando tensa também. Rudy respirou fundo, fechando os olhos e depois abrindo.

— E quanto á sua mãe?

— Ninguém vai dizer nada á polícia sobre isso. Para todos os efeitos, o culpado de tudo é o prefeito. Afinal, se ele não tivesse permitido que ele chegasse até aqui, nada disso teria acontecido.- Alex falou, a voz grave pela raiva. Rudy estreitou os olhos.

— E quanto á Ilsa?

— Ela está bem. Está esperando o julgamento do prefeito chegar, e em breve irá para Berlim. Por causa de todo esse problema, teremos um novo prefeito em breve. Eu disse á Max para se candidatar, mas ele não gostou da ideia.- Liesel deu de ombros, Rudy sorriu.

— Seria maravilhoso tê-lo como prefeito.- Ele disse, Liesel concordou com a cabeça.

— Temos uma nova hóspede, também. Desde que Marieta voltou, ela não saiu da delegacia, tem tanto o que fazer! Então a filhinha dela está na nossa casa. Ela estava dormindo na sua cama.- Alex disse, sorrindo serenamente para Rudy, que olhou para Liesel com os olhos estreitos.

— Pensei que Marieta seria presa.- Ele disse, Liesel negou com a cabeça nervosamente.

— Se ela não tivesse chegado, você e eu estaríamos mortos agora. Ela atrasou ele bastante, além disso, ela teria matado ele se mamãe não tivesse chegado. Ninguém contou nada á polícia.- Liesel deu de ombros. Rudy concordou com a cabeça lentamente, pendendo na dor. Rudy suspirou.

— Dói?- Alex perguntou, analisando o corpo enfaixado de Rudy. Eu suspirei, que tipo de pergunta é essa? Rudy negou com a cabeça.

— Só quando me mexo muito, mas vai melhorar. A dor existe pra me lembrar que eu estou vivo.- Ele abriu um sorriso. Alex concordou com a cabeça.

— Vocês nos deram um grande susto, sabiam? Quando Marieta apareceu na loja eu não soube o que fazer.- Alex balançou a cabeça, passando a mão nos cabelos grisalhos. Rudy suspirou, sua expressão triste.

— Eu achava que a gente ia conseguir.- Rudy falou baixinho. Liesel revirou os olhos.

— Nós conseguimos, Rudy! Estamos vivos! E nem precisamos fazer nenhuma loucura por isso.- Liesel sorriu. Rudy concordou com a cabeça lentamente, apertando a mão de Liesel fraquinho e piscando para ela, que sorriu.

— Como Rosa e Marieta souberam como nos encontrar?- Rudy perguntou, confuso. Alex balançou a cabeça.

— Marieta sabia, de alguma forma. Acho que ela tinha alguém para contar para ela. E Rosa estava passando perto da casa do prefeito quando ouviu os gritos de Frau Hermann.- Alex deu de ombros, Rudy concordou com a cabeça lentamente.

— Bem, acabou a hora da visita, eu tenho que voltar para casa. Volto amanhã para te ver.- Liesel disse, pegando a muleta e ficando de pé. Rudy analisou a forma como seu corpo parecia desconfortável daquele jeito, e fez uma careta. Liesel deu de ombros, se aproximou de Rudy e deu um beijinho nos seus lábios, acenando para Alex e saindo do quarto.

— Porque você não me contou?- Alex perguntou assim que Liesel fechou a porta. Rudy fechou os olhos com força. Tinha esperado que morreria, não tinha cogitado a ideia de ter essa conversa. Suspirou lentamente.

— Eu não queria... Ver você sofrer por antecipação.- Rudy disse lentamente, abrindo os olhos. Os dois estavam sofrendo, claramente. Os olhos de Alex tinha uma tristeza mista com a alegria de ver o filho bem, já Rudy estava triste e aliviado.

— E preferia que eu sofresse de infarto? Porque foi o que eu quase tive quando me disseram que você num hospital porque Hans Júnior tentou te matar.- Alex cruzou os braços, esticando as costas, parecendo um pai que vai dar o maior carão do mundo, seria engraçado, se eu não achasse fofo. Rudy apertou os lábios, ele também achou graça.

— Eu preferia que tivesse uma forma de fugir disso, e foi por isso que eu fugi. Max te deu a minha carta?- Rudy perguntou, Alex concordou com a cabeça, sorrindo para o filho.

— Ele me deu sim, e eu com certeza teria um infarto se tivesse lido antes de ver você. Ele só me deu a carta ontem.- Alex deu de ombros. Rudy revirou os olhos.

— Ainda não sei como Max teria lidado, se nós tivéssemos mesmo fugido.- Rudy deu uma risadinha, tentando imaginar. Alex suspirou.

— A ideia de fugir foi boa, filho. Mas, da próxima vez que alguém ameaçar matar você, por favor, me avise.- Alex pediu, piscando para o filho. Rudy riu.

— Deus me livre passar por isso de novo. Só Deus sabe a tensão que eu, Liesel e Max passamos com tudo isso. Horrível pensar que pode morrer á qualquer momento.- Rudy fechou os olhos com força, seu coração acelerou e depois se acalmou. Ele abriu os olhos e sorriu.- Mas pelo menos agora eu tenho várias cicatrizes.- Alex olhou para ele, olhos estreitos em confusão.

— E isso é bom?- Perguntou. Rudy riu e deu de ombros.

— Dizem que é sexy.- Ele disse, Alex revirou os olhos e riu.

— Sua namorada sabe que você quer seduzir outras garotas?- Alex perguntou, erguendo uma sobrancelha para ele. Rudy riu.

— Conto para ela depois.

(…)

Marieta deu seu testemunho na delegacia, e foi liberada rapidamente. Enquanto ia para a casa dos Hubermann, pensava no que diria. A essa altura todos sabiam de tudo, que ela era uma aliada de Hans Júnior, e que tinha entrado na casa deles para matar Liesel e Rudy. Marieta ficou ainda mais nervosa quando viu Max sentado na frente da casa. Eles ainda não tinham tido tempo para conversar, e ela sinceramente não queria que fosse agora.

Max ficou em pé rapidamente quando viu Marieta, enfiando as mãos nos bolsos e esperando ela chegar mais perto. Percebeu o nervosismo dela, e revirou os olhos.

— Não vou morder você.

— Eu mereço que você me morda.- Ela falou compreensivelmente. Ele concordou com a cabeça, suspirando.

— Tenho tentado dizer á mim mesmo que está tudo bem, que não é culpa sua, que foi tudo para proteger a Rosa. Mas... Não sou tão cínico assim.- Ele disse, cruzando os bolsos. Era notável que ele estava desconfortável por tratá-la assim, e era ainda pior saber que sentia algo por ela que não foi abalado pelo seu passado. Marieta suspirou.

— Eu sei que nada do que eu falar vai fazer com que você me perdoe, e não espero que o faça, eu coloquei a única família que você tem em perigo. Mas espero que você entende que eu colocaria o mundo em perigo pela minha filha. Não me arrependo de ter feito tudo por ela, mas me arrependo de ter chegado á este ponto.- Marieta falou sinceramente, e ele já tinha perdoado ela á muito tempo, só queria se manter firme. Max concordou com a cabeça.

— E agora você vai embora?- Ele perguntou, segurando a respiração. Era claro que ele não queria que ela fosse, amava a mulher á sua frente. Marieta suspirou.

— Sei que é o que você queria, mas eu já me instalei aqui, pretendo ficar até o ano que vem, pelo menos. Mas não se preocupe, não vou mais dar trabalho á você...- Ela ergueu as mãos, tentando ser o mais gentil possível com Max, nosso rapaz balançou a cabeça.

— Não me incomoda. Não quero que você leve Rosa para longe, ela é uma criança adorável. Você a educou muito bem, parabéns.- Max ergueu o queixo, Marieta sorriu.

— Obrigada.- Ela disse, se aproximando, e quando eu pensei que ela ia abraçá-lo ou beijá-lo, ela apenas entrou em casa.

(…)


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