Qual é a cor do amor? escrita por hollandttinson


Capítulo 26
I hate this man.


Notas iniciais do capítulo

Providenciaram o lencinho para o capítulo á seguir? Será necessário uso de alguns, talvez um pacote inteiro!



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Quando Rudy acordou, diferente de Liesel, e para a decepção de Hans, ele não se debateu ou começou á chorar e gritar, apenas suspirou, fechou os olhos, e depois inclinou a cabeça, tocando o ombro de Liesel, que chorava desesperadamente.

— Ah, vocês são tão fofos e patéticos.- Hans disse, com cara de nojo, cuspindo no chão, próximo ao pé de Liesel, que encolheu a perna rapidamente. Hans deu de ombros.- Agora que vocês estão acordados, vou chamar meus amigos... Não façam barulho.- Ele sorriu para eles, piscando.

Quando ele saiu, Rudy olhou para Liesel, suspirando. Ela olhou para ele também. E apesar de os dois estarem com as bocas vendadas, eles sabiam bem o que queriam dizer. Estava tudo bem, eles já esperavam por isso. Liesel estava em pânico, é claro, ela já tinha me visto de perto muitas vezes, sabia que quando eu chegava não era uma coisa boa, e estava cansada de coisas ruins em sua vida. Eu sinto muito, Liesel.

Rudy já tinha perdido tantas pessoas, ele só se importava com Liesel e seu pai agora. Liesel estava com ele, e Alex ficaria bem. E se não ficasse, Rudy não estaria aqui para ver. É egoísta, sabemos, mas quem pode julgar Rudy agora? Quem pode julgar o garoto que quer chorar como uma criança, mas está querendo ser forte pois a sua namorada precisa disso? Eu não ousaria.

Hans voltou com seus capangas, e Rudy prendeu a respiração. Não sabia o que aconteceria agora, mas sabia que não era bom, e estava com medo.

Cada cara ficou encarregado de um deles, o cara mais alto e forte ficou com Rudy, para o caso de ele tentar alguma gracinha. O outro ficou com Liesel, que mal tinha força para ficar de pé, de tão triste que estava. Liesel parou de chorar, estava tentando manter superioridade, mas era difícil quando via um cara rasgando a camisa de Rudy e amarrando-o de costas para Liesel, em uma pilastra de madeira. Hans riu, se aproximando de Liesel.

— Você deve estar se perguntando porque eu estou fazendo isso. Vou te explicar, porque eu gosto de compartilhar meus planos, e já guardei isso só para mim por muito tempo.- Hans disse, rodeando Liesel, analisando-a de cima a baixo.

Liesel prendeu a respiração quando viu o cara com Rudy pegar um cipó, percebeu Rudy ficar tenso quando entendeu o que ia acontecer. Sabia o que ia acontecer, e apesar de não querer ver, não consegui me afastar. Eu fiquei para ver.

— Quando eu vim ver minha família, á alguns anos atrás, eu praticamente fui colocado para fora de casa, lembra? Eu estava tentando convencer o meu querido papai de que ele era o lixo que ele realmente é, e bem, ele disse que tinha mais motivo para ter vergonha de mim do que eu dele. Mas veja só!- Hans riu, como se ele realmente estivesse certo.

O capanga de Hans lançou o cipó nas costas de Rudy pela primeira vez, o garoto gemeu baixinho, arqueando as costas. Liesel gritou, tentando correr na direção do namorado, mas o outro capanga estava segurando seus braços.

— E depois eu acabei descobrindo que ele tinha adotado a filha de comunistas. Sabia que eu odeio comunistas? Eu os odeio.- Ele disse, se aproximando de Liesel.

Eu pensei que ele fosse colocar a mão no seu ombro, mas ele deu um tapa audível no rosto dela. Ela gritou abafada pela fita, e Rudy também, quando ouviu o barulho. Porque se mexeu, Rudy levou mais uma surra. 7 cipoadas. Eu gemi, alguém me tire daqui, por favor.

— Desde o dia em que eu descobri que a filha de um comunista era mais bem vinda na minha casa do que eu, meu ódio por você começou, e foi ganhando proporções maiores ainda quando eu descobri que ele tinha entrado numa briga de rua, e que tinham anotado o nome dele. Sabia que foram atrás de mim? Me perguntaram porque o meu pai estava defendendo um judeu. Eu disse que ele era um bêbado asqueroso, sabe o quanto eu passei vergonha? Tudo depois que você apareceu.- Hans disse com nojo, cuspindo na cara de Liesel, que fechou os olhos e respirou fundo.

Seu rosto ainda estava ardendo, mas a raiva era maior que a dor. Rudy gritou, o cipó rasgou a pele do seu ombro esquerdo. Hans olhou para o som, sorrindo ao ver o sangue escorrendo. Liesel abriu os olhos e uma lágrima escorreu. Pobre Rudy. Pobre Liesel.

— Tive que dar um jeito de colocar ele no partido, e quando tudo parecia ter se resolvido, e eu pensei que ele tinha finalmente morrido, ele volta! E alguns dias depois, descubro que... Veja só, você deixou claro que a minha família tinha contato com judeus. Não basta ser filha de uma comunista nojenta, tem que amar judeus também? Parabéns, Liesel.- Ele disse, dando outro tapa no rosto dela.

As mãos do capanga seguravam os braços de Liesel com mais força, deixando-os doloridos. Rudy não parava de levar cipoadas, devia estar na 17ª agora. As costas dele estavam inundadas de sangue.

— Trudy me disse que estava morando com vocês, e eu tive que começar á fugir da polícia. Sabe o que é você ser tudo, alguém que é importante, e de repente ser o rato caçado pelo gato? Eu costumava ser o gato! Mas seus amiguinhos comunistas e judeus acabaram com a minha vida. Percebe que você está sempre ligada á tudo o que é podre?- Hans perguntou, se aproximando dela, pegando ela pelo braço e a arrastando para perto de Rudy, apontando para o garoto.

O capanga parou de lapiar as costas de Rudy para que eles se aproximassem, as lágrimas escorreram pelo rosto de Liesel encanto ela via as feridas. As costas de Rudy se mexiam enquanto ele chorava e respirava com dificuldade. Em alguns lugares a ferida era exposta, estava horrível. Eu queria vomitar.

— Minha irmã morreu, e quem estava lá? Liesel. Você voltou para cá, encontrou o seu namoradinho escroto.- Quando ele disse isso, acenou para o capanga que lapeou as costas de Rudy novamente, o sangue espirrou no rosto de Liesel, que tremia de tanto chorar.- Eu não podia aceitar que você estava feliz, Liesel. Não podia aceitar que você, a filha de um comunista, estava feliz aqui, com um namorado, enquanto minha irmã tinha morrido, e eu estava fugindo da polícia. Eu tinha que resolver isso, não acha?

Hans empurrou o corpo de Liesel para baixo de forma feroz e rude, fazendo com que ela caísse de joelho, rasgando o joelho direito rapidamente. O joelho dela estalou, ela gritou abafadamente. Hans balançou a cabeça, se afastando dela e indo olhar para Rudy. O meu garoto estava suado, mas o suor se misturava com as lágrimas. Os olhos de Rudy estava vermelhos, e ele estava com tanta raiva, tanto ódio e tanta dor. Eu não o reconhecia.

— Ah Rudy, o plano nunca foi machucar você. Mas você tem que entender que tudo o que se aproxima dela, é destruído. Minha família foi, você tem que ser também. Temos que ser justos.- A forma psicopata com que Hans falava me deixava ainda mais com novo. Rudy começou á respirar rapidamente, como um touro quando é atiçado por um tecido vermelho.

Hans sorriu, acenando para o capanga, que lapeou as costas de Rudy novamente, o menino fechou os olhos com força, uma lágrima grossa escorrendo por seu rosto. Que trabalho doentio o meu! Hans voltou para a frente de Liesel.

— Eu precisava fazer alguma coisa, mas eu ainda não sabia como sair sem ser visto. Muita gente me conhece por aqui... Então eu paguei minha antiga prostituta para matar vocês. Ela já tinha feito isso antes, eu sempre mandava ela matar pessoas por mim, assim eu não sujava as minhas mãos sempre. Ás vezes dá preguiça sabe? E Marieta é bem profissional.- Ele deu de ombros, olhando para o teto de forma lunática, lembrando de seus momentos com ela na cama, e como ela sempre fazia seu trabalho direito.- Temos uma filha juntos, coloquei o nome dela de Rosa, já que mamãe é a única digna de qualquer coisa. E depois a Mari começou á dar para trás, dizia que não queria mais essa vida, que a Rosa merecia uma mãe boa, acredita?

Hans segurou a mão do capanga que lapeava Rudy quando percebeu que o loiro não tinha mais força para ficar de pé.

— Tire ele daí, sente-o naquela cadeira e amarre-o.- O homem fez como ele mandou, sem a menor delicadeza, tocando nos pontos feridos de Rudy, fazendo com que tudo doesse mais. Hans olhou para Liesel.- Tive que chantageá-la com a nossa filha para que ela viesse para cá, e deu certo. Ela até arranjou um idiotinha para ajudá-la, mas eu tive que dar um jeito nele, não era muito confiável... Acho que o nome dele era Evan. Tanto faz.

Hans se aproximou de Rudy, que estava sentado na cadeira, as costas dele batiam na madeira enquanto o capanga o amarrava na mesma. Dava para ver o quanto doía, Rudy estava começando á sucumbir á dor, e Hans percebeu isso, se aproximando e dando um sorrisinho para ele.

— Não morra agora, eu quero vê-la sofrer um pouco mais.- Ele disse, acenando para Liesel, que se debateu no chão, sem conseguir mover o joelho quebrado, enquanto caia deitada, o capanga ao seu lado a manteve de joelho, magoando o osso quebrado, fazendo-a urrar. Hans sorriu.- Mas acho que ela não vai aguentar muito também.

Hans deu um soco no rosto de Rudy, bem no nariz. O sangue escorreu rapidamente, Rudy revirou os olhos pela dor, urrando e chorando. Hans se afastou, dando de ombros, esperava que o soco o fizesse desmaiar, mas Rudy estava aguentando bem.

— Voltando á nossa história. Eu tive que me livrar de Evan, e tive que vir aqui fazer o trabalho, não foi tão difícil entrar aqui quando eu descobri uns podres do nosso prefeito. Você sabia que ele é dono de um cabaré? Ele paga garotas de 13 á 17 anos para fazerem sexo com uns caras, algo do tipo. Já fui lá, são boas garotas. Se eu não matar você hoje, acho que você vai lá me dá uma graninha. Ou talvez meus amigos possam querer algo com você.- Ele piscou para o capanga atrás dela. Rudy se remexeu na cadeira, ignorando a dor terrível em suas costas por uns segundos. O capanga lambeu o rosto de Liesel, a garota fechou os olhos com força, enquanto sentia a mão de Hans apertar seu bumbum.- Ou quem sabe eu.

— Qual é, Hans, deixa essa pra a gente.- O capanga de Liesel pediu, analisando o rosto dela. Hans deu de ombros.

— Tanto faz. Vou matá-la. Mas, voltando á história... Eu entrei aqui, e Marieta parecia estar apaixonada pela droga daquele judeu. Juro que se fosse um pouco mais fácil, ele estaria aqui com vocês. Mas tudo bem, pego ele outra hora.

— E eu vou estar nessa né? Nunca soquei um judeu, e não gosto de socar alemães.- O capanga de Rudy falou, irritado. Hans piscou para ele, sorrindo.

— Foi fácil chegar até aqui. Vocês me deram todas as coordenadas ontem á noite, e eu aproveitei para mandar uma carta para o prefeito. E aqui estamos nós.- Hans abriu os braços, mostrando o lugar. Liesel revirou os olhos, seu joelho estava latejando.- Vou deixar você falar um pouco sobre o meu plano.- Ele disse, se aproximando de Liesel e tirando a fita, imediatamente ela cuspiu no rosto dele, e enquanto ele limpava o rosto, ela gritou:

— VOCÊ É UM MONSTRO! Eu tenho nojo de você! Mamãe vai ficar péssima quando souber o que você fez, Max sabe quem você é e ele vai contar á todo mundo!- Liesel gritou, Hans riu.

— Vai mesmo? Tive a impressão de que vocês fugiriam, procurariam a polícia, me denunciariam, e mandariam uma carta para eles. E que ele não devia, em hipótese alguma, falar sobre mim para nossa família.- Hans sorriu, vitorioso. Liesel prendeu a respiração, eu também. Ninguém sabia de nada, não tinha como escapar.

— Isso não vai ficar assim. Ele vai desconfiar quando não tiver notícias.- Liesel disse, sem confiança.

— É? Acho que ele não vai ter tempo para isso, se eu matá-lo antes.- Hans deu de ombros. Liesel começou á chorar.

— Meu Deus você é louco.

— É um dom.- Hans riu, se aproximando dela e socando seu nariz, como fez com Rudy. O sangue escorreu e ela pendeu para o lado, tonta. O capanga segurou-a.- Isso é para você aprender á me respeitar, sua porca imunda.

Hans se virou para o capanga, pegou um canivete no bolso e entregou á ele.

— Faça uma marquinha no nosso amigo Steiner.- Ele pediu, sorrindo para Rudy, que bufou, desesperando.

— NÃO! Por favor, ele já está muito machucado!- Liesel chorou, Hans fez muxoxo para ela.

— É mesmo? Acho que você não se importa. Ande.- Ele ordenou ao homem, que se aproximou de Rudy e fez um corte profundo na sua barriga, fazendo o rapaz se debater. Liesel chorava e pedia para ele parar. Tudo estava divertindo Hans, e eu estava chorando. Muito.

Rudy desmaiou quando o cara fez a segunda perfuração na barriga dele, e Liesel deu um grito desesperado. Hans revirou os olhos, se aproximando do menino e testando seu pulso.

— Não seja escandalosa, ele só desmaiou.

— Você vai matá-lo!

— O plano é esse, acha que eu estou aqui para brincar de pintar o chão com sangue?- Hans revirou os olhos.

Liesel não tinha mais força para chorar, ela estava deitada no chão agora, o capanga tinha soltado dela. Ela chorava tanto, sua garganta fazia uma barulho horrível, seu rosto estava vermelho pelos tapas, pelo sangue e pelas lágrimas. Eu tinha um coração antes, e agora acho que ele não existe mais. Não quero ter um coração, se eu tenho que sentir tanta dor.

— O que diabos...- Uma voz feminina invadiu o lugar, eu, Hans e todo mundo olhamos para a escada, vendo Ilsa paralisada no lugar. Hans revirou os olhos.

— Não quero plateia á mais, por favor, se retire.- Ele apontou para a porta. Ela viu Liesel e Rudy e abriu a boca, arregalando os olhos. Hans percebeu que ela não ia sair dali, e que ela já tinha visto muito. Olhou para o capanga que estava segurando Liesel.- Dê um jeito nisso.

— Corre, Ilsa, corra!- Liesel gritou, a mulher pareceu sair do seu transe quando ouviu a voz de Liesel, e quando o homem começou á ir em sua direção, e saiu correndo. Hans se aproximou de Liesel, pegando seu rosto com uma mão, levantando-a do chão pela cabeça, fazendo doer a cabeça, o pescoço, o joelho e todas as áreas do corpo de Liesel. Os olhos doentes e insanos dele a encaravam com ódio.

— Você quer mesmo complicar as coisas para mim, Liesel? Sabe que eu posso fazer o que eu quiser com o seu namoradinho, certo? E que vamos pegar a chifruda do prefeito e matá-la na sua frente. É isso que você quer?

— Vai matá-los de todo jeito, acabe logo com isso.- Olhamos novamente para a porta. Marieta estava ali, meu coração acelerou, ela estava segurando uma arma, mas não apontava para ninguém. Um sorriso psicopata, o sorriso de quando a conheci, brincava em seus lábios. Engoli em seco. Hans largou Liesel, deixando que ela caísse sem segurança no chão, Mari ficou tensa quando viu Rudy desacordado e ensanguentado na cadeira, mas disfarçou bem.

— Mari, senti sua falta, onde esteve?

— Precisava de um tempo para pensar. Fui para Berlim, encontrei nossa filha. Estou com ela agora, e só para você ficar sabendo: a polícia vem aí, então eu te diria para acabar logo com isso e fugir.- Ela cruzou os braços para ele, que riu.

— É mesmo?

— Sabe que vão matar você quando souberem de tudo.- Ela revirou os olhos. Ele deu de ombros.

— Não blefe comigo, Marieta. Conheço todos os seus truques.- Ele disse, ela deu de ombros.

— Se conhecesse saberia que eu não sumiria de verdade. Sinceramente, Hans, você já foi mais cuidadoso. A casa do prefeito? Você deixou tantas pistas para trás! Qualquer um que fosse esperto de verdade saberia que Liesel e Rudy estariam aqui, afinal ele é o único do partido que não foi preso ainda.- Marieta revirou os olhos. Bem, eu não sou tão esperta afinal, já que não pensei nessa opção. Liesel pensou o mesmo.

— Aparentemente você é a única esperta, é por isso que eu sempre te mantenho no meu time.- Ele sorriu para ela, se aproximando e beijando-a na boca. Quando ele tentou tirar a arma da mão dela, ela se afastou.

— Não, eu vou ficar com isso.- Ela sorriu, passando por ele e indo até Rudy. Ela prendeu a respiração quando viu os ferimentos.- Pretende deixar ele aqui por quanto tempo? Isso vai ficar podre em breve, seja lá onde você for jogar o corpo dele, eu diria para queimar, isso aqui ia feder muito.

— Corpo humano queimado fede mais.- Hans deu de ombros, enfiando as mãos nos bolsos. A conversa deles me deixava ainda mais nervosa. Quando é que ela vai atirar nele e salvar meus sobreviventes? Marieta deu de ombros e se aproximou de Liesel, a garota olhou para ela com ódio, ela piscou para ela, e Liesel estreitou os olhos, se entender.

— E ela? Vai deixar seus homens cuidarem dela? Liesel não é um exemplo de máquina do sexo.- Marieta disse, suspirando quando viu os machucados de Liesel de perto. Liesel ficou nervosa com o que ela disse, e Marieta deu de ombros. Hans riu.

— Na verdade, agora ela é. Ela e Rudy estavam transando ontem.- Hans deu de ombros. Marieta ergueu uma sobrancelha para Liesel, que fechou os olhos, constrangida.

— Parabéns para ela, até eu quero transar com o garoto. Olha só esse corpinho!- Marieta apontou para Rudy e fez uma careta.- Bem, não agora, mas antes sim.

— Veio aqui para conversar ou para me ajudar?- Hans demonstrou impaciência. Marieta deu de ombros.

— Não sei, o que eu ganho ajudando você?- Ela perguntou, se aproximando de Rudy novamente, mas ficando do lado do capanga de Hans, que a olhava de cima a baixo como se ela fosse um pedaço de carne, e ele um leão.

— O que você quiser. Tudo o que eu tenho está no nome de Rosa.- Hans deu de ombros. Marieta sorriu.

— Que bom.- Ela disse, se aproximando mais do capanga de Hans. Um tiro me fez pular, e o capanga de Hans estava caído no chão. Um tiro á queima roupa no coração. Marieta foi tão rápida que nós mal a vimos se mover. Eu estava chocada enquanto andava até o corpo do homem grande, pegando a seu corpo sem olhar para a sua cor, sem querer me distrair. Marieta apontou a arma para Hans, que riu.

— O que você está fazendo?

— Acha mesmo que eu vou deixar você fazer isso?

— Vai me matar?- Hans ergueu uma sobrancelha para ela. Marieta estava cínica, o rosto inexpressivo enquanto olhava para Hans.

— Sei que você não tem uma arma, chequei quando me abraçou. Também sei que, daqui que você cheguei perto de mim, minha bala vai te atingir primeiro. Acho que tenho vantagens.- Marieta deu de ombros.

— E a história de “minha filha merece uma mãe melhor do que isso”?- Hans perguntou, ficando nervoso. Eu engoli em seco, não faça isso, deixe-a matá-lo.

— Minha filha sentirá mais vergonha de mim se souber que eu deixei que o pai dela matasse duas pessoas inocentes e ficasse impune.- Ela disse, Hans engoliu em seco.

— Pare com isso, Marieta.

— O que? Vai dizer que eu não tenho coragem?- Marieta perguntou. Rudy começou á se mexer na cadeira, e urrou quando suas costas chocaram-se contra a madeira. Marieta fez uma careta.- Sabe que eu não gosto de tortura né? Isso aqui fede á gente morta e sangue!

— Se você quer mesmo me matar, porque não atira?- Hans ergueu uma sobrancelha para ela, Marieta sorriu. Mas, antes que ela puxasse o gatilho, Hans Júnior estava caído no chão, uma bala atravessou as suas costas, direto na coluna. Eu, Mari e Rudy olhamos para a porta de boca aberta. Sorri abertamente enquanto caminhava pelo porão, me abaixei sobre o corpo de Hans e peguei seu corpo.

— Finalmente.- Disse á ele. Hans sorriu para mim cinicamente, e deu de ombros. Soquei seu rosto, ele não se importou. Revirei os olhos. Odeio esse cara.

(…)


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Notas finais do capítulo

E aí gente, quem vocês acham que matou o Hans?



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