Como Ser Criado Por Um Maroto [SENDO REPOSTADA] escrita por MFR


Capítulo 9
Mas...




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– Ah, Draquinho... obrigado! – Agradeço sorrindo para o loiro, mas logo meu sorriso vai murchando - É, unh... É tão estranho ser grato a você, doninha... É, não faz parte da minha personalidade, não mesmo. Mas não importa o que importa é graças a você eu estou no time de quadribol! – Grito voltando a sorrir e entrando no salão principal deixando o loiro estático na porta.

Eu posso estar extremamente nervoso, mas eu não ia perder a chance de esfregar na cara de Draco que se não fosse por ele ter roubado o Lembrol de Neville eu não estaria no time de quadribol.

Sou um dos últimos da Grifinória a chegar, felizmente Hermione e Rony guardaram lugar para mim.

– Você demorou. – Rony diz enquanto eu me sentava.

– É que eu estou tão nervoso que eu não consegui achar meus coturnos. – Explico me servindo de um copo de suco.

– Não precisa se preocupar você ouviu o que Olívio disse, você tem um talento natural e é o melhor apanhador que ela já viu na escola. – Rony tenta me acalmar.

– E lembre que seu pai também era apanhador. Talvez ser bom esteja no seu sangue.

Suspiro

– É exatamente por isso que estou nervoso. Agora eu sei que tenho que ser tão bom quanto meu pai, ou melhor. Se for ruim vou decepcionar Sirius... E a mim e-e-e ao meu pai.

– Você só não está nervoso em jogar em público? - Hermione pergunta torcendo a boca.

– Eu sempre pratiquei esportes, já joguei partidas para mais de mil pessoas, esse não é o problema.

Abaixo a cabeça e percebo o que o copo em minha mão tremia, deixo o copo na mesa, não estava com fome mesmo.

– Harry, olha aqui. – Rony pede e eu obedeço, ele me agarra pelos ombros me balançando até que meus dentes batam – Você é muito bom, eu vivo vendo jogos profissionais, sei ver quando um jogado é bom e você é.

Fico meio bobo com a repentina explosão de Rony, mas fico ainda mais surpreso quando Hermione me puxa.

– Harry, se você conseguiu me proteger e ao Rony de um trasgo, um joguinho de quadribol não é nada demais. – Ela diz.

Sou puxado de novo por Rony.

– Pare de ficar preocupado em decepcionar seu pai e seu padrinho e foca em orgulha-los.

Solto meus braços que eles seguravam.

– Vocês são as pessoas mais legais que conheço, mas eu ainda esto... HEEEY! – Começo, mas sou puxado pela capa e arrastado para a porta do salão.

– Vamos, Harry, está na hora. – Olívio diz ainda me puxando.

– Me larga, Olívio! – Digo me soltando.

– Tá, tá, tá. – Ele concorda, começando a correr para o vestiário.

Sem opções eu vou atrás.

Está tudo bem, não é o seu primeiro grande jogo...

Claro que a é primeira vez que você joga esse esporte, o favorito de seu pai que morreu para te salvar...

Mesmo assim você treinou muito e todos dizem que você é bom...

Mas é claro que ninguém ia dizer que eu você ruim, você é Harry Potter...

Entretanto eles poderiam ter te tirado do time se você fosse tão ruim...

Podia ser muito tarde para trocar de apanhador...

Depois dessa minha discussão mental e quase nada motivadora eu termino de vestir meu uniforme e me direciono para saída do vestiário pegando a Nimbus 2000 no caminho. Para tentar me distrair eu começo a observar minha vassoura, linda, estilosa, brilhante, linda, moderna, perfeita, linda... Serei eternamente grato a professora McGonnagoll por ter me dado ela.

Ainda observando a vassoura eu entro na quadra.

Ergo a cabeça, olho para aquela centena de pessoas e, surpreendendo a mim mesmo, eu sorrio.

É um jogo, por que está tão nervoso? É só dar seu melhor, todos estão contando com você, você consegue!

Eu consegui! Com vinte minutos de jogo eu consegui!

Voo rápido com pomo seguro em meu punho.

– E Harry Potter pega pomo! GRIFINÓRIA VENCEU! – Lino Jordan anuncia para toda a escola.

Rindo eu dou algumas voltas pela campo.

– Isso! – Grito.

Estava tão aliviado que quase caio da vassoura - pela segunda vez em menos de meia hora.

...Por pouco eu não pulei da vassoura para pegar meus óculos que tinham escorregado do meu rosto pela velocidade. E não, não foi exatamente tão engraçado quanto parece.

Foi tão fácil! O apanhador da Sonserina não chegou nem perto do pomo! Só deu tempo para a Grifinória marcar um gol e Sonserina marcar dois!

– E um brinde à Harry Potter! - Jorge diz erguendo seu copo e sendo imitados por todos.

Como exatamente os Weasley's conseguiram bebidas para toda a Grifinória eu não sei. Mas pelo menos estava tudo ótimo.

A única coisa que me impedia de estar totalmente feliz era que eu mandara para Sirius uma foto que tiraram de mim com o pomo de ouro na mão e escrito atrás "entrei para o Time da Grifinória e venci o jogo"

Eu não sabia qual seria a reação dele, eu não contara que eu tinha entrado para o time. Só esperava não receber outro berrador.

Depois de beber mais alguns copos da bebida que eu não sabia o nome alguém grita meu nome. Vou até onde a garota que apontava para a lareira.

Aí eu vejo algo muito normal: a cabeça de meu padrinho flutuando em meio às chamas. E faço algo mais normal ainda: Berro pulando para trás, trompando com uma bandeja de bebidas e caindo em uma poltrona.

Todos ficam em silêncio.

– Sirius! - Grito.

O mesmo só revira os olhos, claramente bravo.

– O que eu falei sobre esconder coisas de mim? - Ele pergunta.

Algumas pessoas nos olham meio sem jeito. Entendam sermão de pais já é algo constrangedor e Sirius é o tipo de pessoa que marca presença, do tipo que assusta mesmo.

– Ãh... - Resmungo. Ótimo começo, Harry! Me levanto com dificuldade molhando ainda mais minha roupa. - Eu devia contar tudo o que acontecer.

– Certo. Então me explique como de repente a Morgana chegou em cada com uma foto sua jogando quadribol?

– Ãh... - Resmungo outra vez.

Sirius estala o queixo. E nesse momento que percebo o quão ferrado estou.

Você podia inundar o banheiro, colocar fogo no cabelo da professora, fazer as poções do seu professor explodirem que eu não me importaria, pelo contrario eu te daria mais ideias! Agora, entrar no time de quadribol e não me contar eu não aceito! ─ Sirius grita e eu aperto os olhos. As pessoas continuam em silencio enquanto eu fico com o rosto vermelho. - Vamos Harry me diga logo por que você escondeu isso de mim?

Tento falar, mas gaguejo. Sirius quase nunca, em onze anos, falou desse jeito comigo.

Respiro fundo, resistindo a vontade de jogar água na lareira para fugir do meu padrinho.

– Eu só queria ter certeza que eu era bom e que não ia te decepcionar. Que você me visse e não pensasse "Nossa, o Harry não joga nem um pouco como James, ele é horrível" - Respondo em português, com vergonha de admitir para todos.

Essa informação valeria mais do que muito ouro nas mão dos gêmeos Weasley’s.

Enfim...

O olhar de Sirius suaviza. Vejo algumas pessoas soltarem o ar.

– Ah, cegueta, como você é burro ás vezes. Eu nunca ficaria decepcionado, mesmo se você caísse da vassoura, aí eu pensaria "ele herdou o jeito de Lily".

– Isso significa que eu não estou de castigo pelo resto da minha vida? - Pergunto incerto.

– Depende de quanto tempo você demorou para pegar o pomo. - Ele diz sério, mas eu sabia que era só brincadeira.

– Vinte minutos. - Respondo.

– Ah, esse é meu filhote! - Sirius grita feliz, eu tinha certeza que se o corpo inteiro dele estivesse aqui ele me abraçaria. Ele começa a rir, mas parece finalmente perceber que estávamos no meio do salão comunal. - Unh, acho que estou atrapalhando a festa, não é? Acho melhor eu ir embora. Boa noite, grifinórios. - Sirius se despende dando uma última piscadela para mim e desaparecendo.

Mesmo ele sumindo todos ficam em silencio ate que Rony diz:

– Seu padrinho é estranho, mas é legal.

Só posso concordar.


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