Como Ser Criado Por Um Maroto [SENDO REPOSTADA] escrita por MFR


Capítulo 7
Snape




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Terceira aula, ainda era o primeiro dia de aula e eu já estava matando por um cochilo.

Poções parecia uma matéria interessante, mas Jorge e Fred disseram que Snape era o professor mais insurportavel que já pisara em Hogwarts. Bom, não parecia precisar de muito para um professor não gostar dos gêmeos Weasley, então era ver para crer.

Numa tentativa de não começar mal, eu e Rony chegamos a sala minutos mais cedo. Alguns alunos já esperavam o começo da aula - Sonserinos, bléh - e Hermione Granger lia o livro de poções de forma desesperada.

Vamos na direção da menina e nos sentamos com ela, afinal era o lugar mais distantes dos Sonserinos.

– Oi. - Cumprimento ela, algo me dizia para não atrapalhar sua leitura, mas Sirius me ensinou a ser legal com garotas.

– Ah, oi. - Ela diz meio surpresa, não havia nos visto.

Como ela voltou a ler acabo por seguir seu exemplo, Rony me olha escandalizado por mim estar estudando, mas o que eu poderia fazer? Ainda faltavam dez minutos para a aula começar, não tinha nada para fazer, e já que o professor prometia ser enjoado era melhor eu ler um pouquinho. Não que eu já não tenha lido todo o livro, eu li (como minha carta chegou quase seis meses mais cedo deu tempo de ler todos), mas era melhor refrescar a matéria.

Alguns minutos mais tarde professor Snape chega. Sua capa balançava tão alto em suas costas que me pergunto como não se prendeu na porta quando ele a bateu.

— Vocês estão aqui para aprender a ciência sutil e a arte exata do preparo de poções... — começou.

Enquanto ele discursava sobre as coisas importantes que ele poderia ensinar para os realmente interessados eu prestava atenção o olhando e o ouvindo atentamente, alguma coisa nele não me agradava e eu não estava falando de seu cabelo.

Quando ele enfim terminou seu discurso seus olhos crisparam nos meus e nos encaramos por meio segundo, mas tempo o bastante para eu sentir uma fisgada em minha cicatriz. Quem era esse homem?

– Chamada. - Ele anuncia e começa a ler os nomes da lista. Quando chega no meu nome um sorriso maldoso se espalha em sua boca. - Oh, Harry Potter, se não é nossa nova celebridade.

Seu tom arrogante me fez trincar os dentes e quase liberar o "meu outro eu". Não, eu não tenho um monstro selado em mim ou uma personalidade demoníaca, eu só sofro de duas personalidades que foram me impostas: a gentileza que herdei de minha mãe e o lado fruto dos genes de James Potter e a criação por Sirius Black, o primeiro era o que eu mais usava, pois era gentil, corajoso e responsável e o outro era uma personalidade mais audaciosa, criativa e forte, talvez até um pouco arrogante, eu não gostava. Na verdade, quem percebeu esses meus lados foi Sirius, se não fosse por ele eu nunca teria notado. "Eu particularmente prefiro o seu lado ""The Marauders"" mas você parece gostar bem mais do jeito Lily"" ele disse nomeando minhas personalidades.

Mas voltando ao que realmente interessa.

— Potter! — disse Snape de repente. — O que eu obteria se adicionasse raiz de asfódelo em pó a uma infusão de losna?

Eu já ouvira nas duas coisas, mas nunca ia me lembrar. O rosto de Rony ficou lívido, ele provavelmente sabia menos que eu, e Hermione ergueu sua mão.

– Não sei não, senhor. - Digo. Tentava mostrar o que sentia, eu realmente queria saber a resposta, não para me mostrar, mas apenas deixar claro que não sou um cabeça oca.

A boca de Snape se contorceu num riso de desdém.

—Tsc, tsc, a fama pelo visto não é tudo. Vamos tentar outra vez, Potter. Qual é a diferença Potter, entre acônito licoctono e acônito lapelo?

Outros nomes que eu me lembrava vagamente, talvez eu ate lembraria se não fosse os risos de Draco, Crabbe e Goyle. Hermione estava a ponto de se levantar para responder.

– Não me lembro, senhor. - Digo.

– Achou que não precisava abrir os livros antes de vir, hein, Potter? - Ele diz, eu poderia discordar, dizer que tinha lido, mas sabia que não adiantaria. - Sua última chance, o que é bezoar?

Sorriu ao mesmo tempo que Hermione se levantava doida para responder.

– Bezoar é uma pedra tirada do estômago da cabra, é um antídoto para a maioria dos venenos. - Respondo, eu nem precisaria ter lido o livro para saber, já que Sirius sempre teve alguns guardados em casa. Snape me olha desconfiado. - Algum problema, senhor?

– Sua resposta esta certa. - Ele diz.

Eu poderia, e devia, ter ficado quieto, mas não.

– Eu li o livro, só não decorei todo.

Alguns garotos riram, meus olhos encontraram os de Simas e este deu uma piscadela. Snape, porém não gostou.

— Vou descontar um ponto da Grifinória por sua impertinência, Potter.

As coisas não melhoraram para os alunos da Grifinória na continuação da aula de Poções. Snape nos separou e nos mandou misturar uma poção simples para curar furúnculos.

Caminhava imponente com sua longa capa negra, nos observando pesar urtigas secas e pilar presas de cobras, criticando quase todos, exceto Draco, de quem parecia gostar. Tinha acabado de dizer a todos que olhassem a maneira perfeita com que Draco cozinhara as lesmas quando um silvo alto e nuvens de fumaça ocre e verde invadiram a masmorra. Neville conseguira derreter o caldeirão de Simas transformando-o numa bolha retorcida e a poção dos dois estava vazando pelo chão de pedra, fazendo furos nos sapatos dos garotos. Em segundos, a classe toda estava trepada nos banquinhos enquanto Neville, que se encharcada de poção quando o caldeirão derreteu, tinha os braços e as pernas cobertos de furúnculos vermelhos que o faziam gemer de dor.

— Menino idiota! — vociferou Snape, limpando a poção derramada com um aceno de sua varinha. — Suponho que tenham adicionado as cerdas de porco-espinho antes de tirar o caldeirão do fogo?

Neville choramingou quando os furúnculos começaram a pipocar em seu nariz.

— Leve-no para a ala hospitalar — Snape ordenou a Simas.

Em seguida voltou-se zangado para o meu lado e de Rony, que estávamos trabalhando ao lado de Neville.

— Você, Potter, por que não disse a ele para não adicionar as cerdas? Achou que você pareceria melhor se ele errasse, não foi? Mais um ponto que você perdeu para Grifinória.

A injustiça foi tão grande que eu quase me voltei para discutir.

— Não force a barra — cochichou. — Ouvi dizer que Snape pode ser muito indigesto.

Suspiro me acalmando. Mas ainda estava morrendo de vontade de gritar todos os palavrões que eu conhecia, em português e inglês.


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Notas finais do capítulo

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