Como Ser Criado Por Um Maroto [SENDO REPOSTADA] escrita por MFR


Capítulo 31
A bronca do Século


Notas iniciais do capítulo

Bônus para Kayla Black Lupin

'Hei, Aluado,

Já faz algum tempo, logo será o aniversário de três anos de Harry. Queria que estivesse aqui, que o visse. Ele está crescendo tanto! É melhor que eu não diga onde estamos, para caso essa carta seja interceptada (me tornei super protetor depois que um bruxo tentou nos atacar) mas lembra que eu vivia dizendo que queria conhecer o país com as mulheres mais bonitas do mundo? Então, estamos nesse país.

Espero que esteja bem, se não, talvez você devesse vir ficar com a gente. Seria bom, a cidade em que estamos quase não tem bruxos e aqui "aluados" não são tão mal vistos quanto na Grã Bretanha, você não sofreria preconceito.

Se quiser vir, venha o mais cedo possível. Como eu disse, logo será aniversário do Harry, queria fazer algo especial para ele.

Tente não achar estranho que eu diga isso, mas... estou solitário, só vejo Harry e algumas mulheres, e não sinto nada por elas. Ainda dói não ter James perto, não ter você para encanar ou saber que Peter nos traiu.

Sobre Harry, ele está bem. Já está falando muito bem, tanto inglês quanto a língua daqui. Brinca e corre muito, gosta de andar de moto comigo e de puxar meu cabelo - um dia sem querer joguei ele no chão por ter puxado meu cabelo de repente, foi sem querer, mas ainda me dói pensar que podia ter machucado ele. - ele não tem amigos da idade dele, mas as vezes o levo para brincar no parquinho da cidade e sejam mais velhas ou mais novas ou tendo quase a mesma idade, Harry se dá bem com as crianças.

Virei um pai coruja, nem imagino ficar sem vê-lo por mais de algumas horas. É engraçado, eu sei, ainda mais vindo de mim. E confesso que prefiro passar uma noite calma cuidando e vendo Tv com Harry do que dormindo com uma linda mulher. Sim, antes eu queria vir para cá pelas mulheres, agora elas não tem nem metade da importância que meu filhote tem, pode rir, eu estou.

Onde moramos é bem calmo, não tem muitas festas, mas um bar/restaurante faz um caldo maravilhoso e a bebida de lá é ótima. Você devia vir aqui e provar, sério.

Queria mesmo que você viesse... Harry merecia uma festa surpresa tão boa quanto sua primeira.

Lembra dela?

Lily quase me estuporou por ter dado uma revista de mulheres seminuas para Harry, era só semi, mas confesso que se fosse outro fazendo isso agora eu matava.

Agora falando de algo mais sério, como anda por aí? A política deve estar uma droga por causa de Voldemort, e aposto que ainda tem muitos comensais soltos - as vezes tenho vontade de voltar e ajudar, mas acho que encontrei minha vocação em cuidar do Harry (eu sei que você está rindo).

Outro dia eu quase atropelei um veado quando dava uma volta pelas rodovias perto da cidade. Lembra da vez que você quase caiu em cima de James voando numa vassoura? Aquilo foi hilário.

Antes que você se preocupe com a minha sanidade, acredite, eu não estou depressivo. Não vivo só no passado e não penso só em Harry. Mas escrever para você é nostálgico, fazer o quê?

Espero que receba essa carta, Remus.

Até breve (eu espero).

Abraço,

Almofadinhas."'



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"Não quero fechar meus olhos / Não quero pegar no sono..."

Ok, Aerosmith, discordamos nesse ponto.

Diferente dessa banda lunática eu realmente queria dormir. Estava de castigo; sem televisão, sem vídeo game. Só pude ficar com meu tocador de música, e mesmo esse não estava servindo muito - Sirius pegou a maioria dos meus CD's. Também não podia jogar Quadribol ou visitar Rony, andar de cavalo só ao redor da casa e Sirius prometeu que não ia ensinar qualquer feitiço para mim nessas férias.

Então dormir ás quatro da tarde não me parecia tão ruim.

Se você não está entendendo nada talvez fique mais fácil com essa formula:

Harry James Potter + muito perigo numa câmara escondida = Sirius Órion Black muito irado. Se somar com 7,07 de Voldemort, você entenderá a minha situação.

Depois de tudo o que aconteceu na câmara, de uma conversa sobre quão leal e grifinório eu era, de ganhar um "pequeno" presente e de, claro, libertar certo elfo - acabei perdendo uma meia, mas tudo bem - a escola ganhou uma festa. Tenho certeza que a festa foi maravilhosa, no entanto eu não vira muito dela.

Logo após um belo e bem humorado discurso de Dumbledore - Grifinória venceu graças aos quatrocentos pontos que eu e Rony ganhamos - um maravilhoso jantar apareceu. Tudo muito bom, deliciosamente mágico. E mesmo com todo aquele escarcéu que só as quatro casas de Hogwarts conseguiam fazer, todos, a não ser alguns poucos que estavam muito entretidos na comida (Rony), ouviram a porta do salão ser aberta.

Por causa do castigo eu tive tempo de raciocinar, a única explicação plausível para a atenção de mais de duzentas pessoas ter sido direcionada para a porta naquele momento, era que nosso sentido mágico nos avisou do perigo.

Com o cabelo preso, a varinha colocada de qualquer jeito no bolso da frente e a respiração descompassada (é, ele correu, isso não é bom sinal) Sirius anda até pouco menos da metade da distância entre mim e a porta estampando um olhar sério demais.

Meu padrinho não é uma pessoa muito expressiva, só que eu conseguia ver por debaixo da seriedade em seu rosto... Depois de tudo o que falei aqui, está meio obvio como ele estava, não é?

Sirius faz um gesto de "Aqui" - muito parecido com o gesto que treinadores de cães usam - indicando que eu devia ir até ele.

Choramingo e antes que eu me levantasse percebo um olhar de "sinto muito" vindo de Gina - é Gininha, tente não ir para câmaras escondidas com bonitões mais velhos da próxima vez.

A distância entre mim e meu padrinho pareceu curta demais, mesmo com um monte de gente encarando meus passos, e assim que eu que fico em seu alcance um cascudo me acerta.

Sirius nunca foi de me bater, mesmo me criando no Brasil onde palmadas não eram mal vistas ele nunca chegou a levantar a mão para mim. Porém, cascudos como esse eram comuns depois de uma ou outra besteira.

"Ai" gemi esfregando o lugar que ele batera.

"Vem" Sirius mandou me dando as costas e seguindo para fora do salão.

"Mas..." tentei.

"Prefere que eu fale aqui?" ele perguntou sem parar de andar.

Não foi uma bronca bonita e muito menos curta - cerca de trinta a quarenta minutos.

No meio do salão de entrada, onde eu com certeza tinha alguém espionando, Sirius acabou comigo. Ele envolveu dês da minha simbologia da magia branca até o sacrifício de meus pais, falou da minha importância na vida dos outros e do risco de perder o futuro brilhante que eu tinha pela frente. Mas o que acabou comigo mesmo foi a preocupação que tinha em seus olhos, o relato do desespero que ele sentiu ao ouvir a história e ele se perguntando o que faria da vida se me perdesse.

No meio da bronca, eu já quase não me importaria em receber castigo se ele parasse de falar.

Enfim, Sirius me proibiu de ficar na festa e de faltar a qualquer aula até o fim do trimestre. Me aconselhou a aproveitar bastante as aulas do curso, pois eu não usaria magia em casa para nada. E realmente, minha varinha estava sendo mantida guardada no quarto de Sirius, sem poder ser usada para me ajudar nos serviços domésticos que ele me colocava para fazer. Infelizmente, estava tendo um surto de louça suja na mansão.

E por incrível que pareça, até a minha tradicional - e indesejada - festa de aniversário passaria em branco. Cheguei a pensar que a festa faria parte do castigo.

Suspiro me sentando.

Já que dormir não estava rolando talvez meditar desse certo - John devia se orgulhar do pupilo - mas minha cabeça estava cheia demais com os acontecimentos da câmara. Tom ditando nossas semelhanças, Rony sendo atacado e depois dormindo e (não ria) a melhor parte de tudo o que aconteceu na câmara: Gina me abraçando.

Eu disse para não rir!

Me levanto, quem sabe Sirius não ligaria se eu pedisse para Likin me fazer um dos seus enormes sanduíches?

Enquanto descia as escadas pulando estupidamente, reparo que já não achava a casa tãããão grande assim. Devia ser o costume.

Ao chegar no segundo andar percebo que a luz da biblioteca estava acesa. Como além de biblioteca era seu escritório, meu padrinho estava passando tempo demais lá. - Sim, Sirius trabalha, ainda que tenha bastante tempo livre, é ele quem cuida de todo nosso dinheiro aplicado. E não é nem pouco dinheiro e nem pouco aplicado.

Bato na porta antes de abri-la.

A maioria das paredes eram cobertas por estantes com livros, não era uma biblioteca grande. A mesa de Sirius ficava perto da sacada do cômodo, o seguimento de estantes era quebrado pela falta de uma essa parte da parede azul água era enfeitada por uma árvore genealógica bruxa, tinha dois sofás para leitura e dependendo da quantidade de luzes acesas o ambiente ficava bem iluminado. Claro, o detalhe mais importante do recinto estava bem no meio do lugar.

Dentro de uma caixa de cristal sobre um suporte de madeira vermelha, a espada de Godric Grifinória se encontrava segura. Depois de implorar até quase perder a compostura - embora por ela eu atravessasse essa barreira fácil - Dumbledore com um cálido sorriso me dera a espada. Jurei que cuidaria dela melhor do que qualquer outra pessoa cuidaria na vida. E lá estava ela, sendo mantida na biblioteca do meu padinho com um caminhão de feitiços protetores, esperando meu castigo acabar para que ela pudesse se mudar para o meu quarto onde seriamos felizes até que a minha morte nos separasse - se eu não fizesse questão de ser enterrado com ela, claro.

Sirius estava jogado em um dos sofás, dormindo com um livro caído em seu peito, a cabeça para um lado o quadril para o outro. Depois não sabe o porquê das costas doerem.

— Sirius. — chamo balançando-o. Normalmente eu tentaria arruma-lo sem o acordar, mas com um castigo tão pesado imposto a mim não perderia a chance de acordar ele.

Ele resmunga qualquer coisa e se arruma deitado. Não tinha mais a desculpa de impedir que ele ficasse com dor nas costas, o jeito era assumidamente o acordar para irrita-lo.

Começo uma seção de cutucadas gritando muitos "acordas". Depois de um momento ele já fica desperto tentando desviar das minhas cutucadas. O jeito que Sirius arruma para me parar é me agarrando pelos ombros e apertando.

Já nos encontrávamos rindo - coisa que não fazíamos dês da ultima vez que nos víamos antes da Câmara. Quando eu parava de rir ele fazia cócegas na minha barriga com uma mão enquanto ainda me segurava com a outra, e lá vinha outra rodada de risos.

Até parecia que eu tinha voltado aos cinco anos.

Já não aguentava mais rir quando ele parou de me fazer cócegas. Rimos um pouco cansados, mas logo perdemos a graça.
Um de seus braços ainda estavam em meus ombros e o outro envolve meu tronco sem me apertar e percebo que ele não mais me segurava, meu padrinho me abraçava.

A ultima pessoa que me abraçou foi a senhora Weasley agradecendo por salvar Gina, depois de encarar Lucius Malfoy (e ser defendido por Dobby) eu realmente queria um abraço do meu padrinho. Mas não, ele se limitou a me corrigir. Mesmo sabendo que ele tinha razão, eu me ressentia por ele não ter me dado nenhum crédito. Quer dizer, ele era meu pai, poxa! Não precisava e nem queria ser taxado de herói, mas... Mas a opinião dele era a mais importante para mim. Eu queria que ele pelo menos reconhecesse a parte boa no que eu fiz.

Mas não queria discutir agora de qualquer forma, então retribuo o abraço.

Admito, estava com saudade dele. Ficava meses na escola só nos comunicando por cartas ou pelo espelho encantado, eu queria era toque, jogar futebol, fazer guerra de cócegas. Com todo o castigo, porém, mal conversamos.

Sirius tinha que assegurar que eu estava arrependido e que eu levasse a sério o castigo e eu estava sentido por ele não entender o meu lado - além de um pouco envergonhado por ter o assustado.
Ainda abraçados Sirius começa a falar, completando com carinho a lição que ele começará aos gritos.

— Harry, — Sua a voz saía meio estranha por seu queixo estar apoiado em minha cabeça — eu sei que está bravo pelo castigo. Mas eu te amo e preciso que entenda, você é rico, inteligente e famoso, só que isso não significa que pode fazer tudo. Você é mais abençoado que a maior parte do mundo, agradeça por isso. — Escuto calado — O que você fez por Gina não foi errado, não pense que eu queria que ela morresse. Mas você pôs em perigo a vida de Rony e o motivo pelo qual eu vivi os últimos doze anos, você. Você se saiu bem e sobreviveu a um grande perigo... Pela segunda vez. Ano passado eu não te castiguei por ter se colocado em perigo. Afinal, Quirrel era apenas um bruxo ganancioso e não muito esperto, você teve seus amigos do lado, ninguém se machucou e vocês salvaram a vida dos Flamel's - não foi grande coisa, eu não me irritaria. Mas esse ano foi completamente diferente, não era apenas um bruxo. Era Voldemort, alguém que cresceria e mataria seus pais e tantos outros, e se não bastasse havia um monstro centenário e completamente letal. Foi muito bom você ter salvado a vida daquela garota, estou orgulhoso de você por ter feito isso, e daqui a alguns anos você se tornará um auror e vai salvar mais vidas ainda, vou continuar me orgulhando cada vez mais de você. Só não esqueça, Harry, que você não pode salvar a todos e que, por mais estranho que isso possa soar aos seus ouvidos, você não tem nem treze anos, tem um longo caminho pela frente. Se pôr em perigo assim tão impensadamente não é inteligente e nem justo com quem se importa com você. — Continuo em silêncio, agradecendo por ter o rosto escondido em seu peito. — Eu te amo, filhote, não posso perdê-lo.

A forma calma e calorosa que Sirius falava me deixa muito mais contrangido do que seus gritos em Hogwarts, mas com certeza eu preferia esse discurso. No final ele sempre estivera certo mesmo, eu só estava sendo orgulhoso.

— Desculpe, padrinho, não queria te preocupar... e-eu só não podia deixar a Gina morrer. — Digo erguendo o rosto.

Meu padrinho afaga minha cabeça com um sorriso confortante.

— Eu sei disso, mas você entendeu o que eu quis dizer, certo?

— Aceno — Então está tudo bem. Seu castigo continuará, mas acho que tudo bem aceitar o convite dos Weasley's de almoçar na casa deles no final de semana.

— Serio? — pergunto animado.

— Claro... Afinal, você precisa ver Gina, ela deve estar com saudade do namorado herói dela.

— Sirius! — Recrimino sentindo as bochechas arderem.


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Notas finais do capítulo

Pequeno, não? Mas pelo menos não atrasei de novo - foi só um dia, ignorem
Bom, minha idéia principal era escrever o capítulo sobre a primeira bronca do Sirius (a dos gritos) mas eu sou mole, eu gosto de escreve coisas fofas, momentos padrinho afilhado.

Eu adoro a espada de grif, conversei com a madrinha da FIC (Oi, Ly, oi, Ly, oi, Ly) - que é tipo minha beta, só que conversamos mais sobre o enredo - e ela disse que já que não tem problemas com horcruxes na FIC, não havia problema realizar minha vontade e dar logo a espada para Harry. Se parecer forçado, só pensem muito no assunto ;)

É minha última semana de férias - segunda não chegue!!!!!!!! - e como vou trocar de escola se preparem para capítulos depressivos, pq eu, senhorita Morganna Ribeiro, vou estar deprimida. Só avisando ;-;

Beijos! Me mandem comentários para me animar pq eu to precisando