Como Ser Criado Por Um Maroto [SENDO REPOSTADA] escrita por MFR


Capítulo 21
Minha história com cobras


Notas iniciais do capítulo

Bônus para Megan

"Hoje eu podia ter tido um belo encontro, podia.

Ontem eu recebi um bilhete da professora do Harry. Lá ela pediu que já que meu afilhado esta começando a aprender a ler era para mim incentiva-lo pedindo para ele ler ou eu ler para ele. Não me importei, pelo contrario, gostei da ideia, fui logo encomendando cinquenta livros para ele, alguns maiores outros menores, uns cheios de desenhos e outros que vinham com um auto-falante que contava a história melhor que eu. Como os livros demorariam um mês para chegarem, eu tive a brilhante ideia de levá-lo para a biblioteca municipal. A biblioteca para cidade inteira tinha um quarto do tamanho da biblioteca de Hogwarts, o que não era tão grave se levarmos em conta que o brasileiro não tem muito o costume de ler - nem eu aliás - e que a cidade não nem tem trinta mil habitantes.

Bem, eu levei Harry para a biblioteca, e depois de quase duas horas saímos de lá com um grande livro cheio de figuras e fomos tomar sorvete.

Um fato adicional que vale a pena ser contado: os sorvetes daquele lugar são as melhores coisas da cidade.

Enquanto Harry tomava seu sorvete sentado no meu colo, eu observava uma moça - é, é, não é algo para se orgulhar.

A moça era uma das mais bonitas que eu vejo pela cidade, e tinha o costume de vir a essa sorveteria para ajudar uma amiga que trabalhava aqui, ou sei lá oque. Ela devia ter por volta dos vinte e dois - eu tenho 26 - mas isso não me impedia de tentar sair com ela. Infelizmente eu só a via quando estava com Harry, e estou tentando não dar mais encima de mulheres com meu afilhado do lado. Porém - James e Lily que me desculpem - hoje eu tenho que sair daqui com pelo menos o nome e o telefone dela.

Quando ela veio ver se queríamos mais alguma coisa, eu iniciei uma conversa com ela. Ela não era lá muito genial, mas devia ser possível ter uma conversa agradável.

No entanto - como por uma maldição que meus melhores amigos me mandaram do céu por dar encima de uma mulher na frente do filho deles - Sheila parecia mais interessada em rir com Harry e fazer gracinhas com ele do que dar atenção para o lindo e rico Sirius Órion Black.

Burra? Nãh, eu que sou um idiota por fazer esse tipo de coisa na frente do meu afilhado."



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Quando entramos no salão comunal vazio eu me permiti parar e me jogar sentado em uma poltrona.

– Você é ofídioglota. Por que não nos contou?

– Não é uma habilidade que eu me orgulhe. - Respondo.

– Por quê? - Hermione pergunta.

– Você não iria entender. - Respondo.

– Por que você não tenta explicar?

– Não estou afim.

– Olha, tudo bem você não querer dizer isso aos outros, mas nós somos seus melhores amigos! - Rony ralha.

– Isso não importa! É apenas um dom idiota que eu não queria ter! - Digo me levantando. Rony e Mione se assustam com minha explosão - E para piorar, agora todos vão pensar que sou o herdeiro de Sonserina. - Suspiro esfregando meu rosto com força.

Rony e Mione me olham preocupado

– Temos que fazer alguma coisa. - Mione constata.

– Como o que? Descer lá embaixo e apagar a memoria de todos? - Rony pergunta com sarcasmo.

– Por mim tudo bem. - Digo.

Ficamos em silêncio, e quando eu já estava para pedir desculpas pela grosseria, Hemione pergunta:

– A quanto tempo você sabe que é ofídioglota?

Suspiro e me sento outra vez.

– Faz um tempão. Eu devia ter uns quatro ou cinco anos, Sirius quis passar um feriado em um hotel fazenda. Num dos dias eu estava brincando no jardim e vi uma cobra nos arbustos, achei que ela estava morta então comecei a brincar e falar com ela, mas aí ela começou a se mexer. Eu pedi para que ela não me mordesse e ela respondeu que não me morderia se eu a soltasse, eu estava abraçado com ela, eu soltei e continuei a conversar com ela.

– Ah, você simplesmente começou a falar com ela? - Hermione.

– Eu tinha quatro anos e sabia que era um bruxo! - Digo.

– Mas e se ela fosse venenosa?

– Ela não era.

– Como sabia?

– Era uma coral.

– Corais podem ser venenosas!

– E podem não ser.

– Como você saberia!?

– Héstia era legal.

Antes que Hermione dissesse algo, Rony ergue a mão a parando.

– Héstia? - Ele pergunta.

– É-é era o nome dela, e-e, me deixem terminar de contar a droga da história!

– Prossiga. - Rony sorri.

Bufo e continuo:

– Eu continuei falando com a cobra e depois brincamos de pega-pega...

– Oque?! - Hermione exclama e Rony tampa sua boca.

– Mas aí Sirius apareceu e me afastou correndo da cobra, ele não tinha entendido nada, eu comecei a chorar por que eu queria continuar brincando, e ele continuava sem entender nada, aí Héstia apareceu e ia morder o Sirius porque achou que ele estava me machucando e eu gritei para ela parar, Sirius quase chutou ela, mas eu também não deixei me mexendo todo e fazendo me deixar cair, eu peguei a cobra no colo e abracei. Meu padrinho quase teve uma cincópe e cobra só não me mordeu porque gostou de mim e porque eu estava salvando ela de um chute. Briguei com Sirius por ele quase ter batido na minha amiga e depois com Héstia por quase ter mordido no meu padrinho, naquela hora Sirius percebeu que eu conseguia falar ofídioglês e entendeu que ela não ia me machucar.

– Depois?

– Ãh, voltamos para casa e a Héstia virou meu bichinho de estimação. Eu gostava dela, enquanto ela estava viva Monstro não me enchia o saco.

– Mas ela era venenosa? - Hermione pergunta.

– Dane-se se ela era venenosa, Hermione! Droga, Harry, se você teve a tal amiga cobra por que odeia tanto seu dom?

Encolho os ombros abaixando a cabeça.

– Voldemort era ofídioglota. - Admito. Rony e Hermione arfam, Rony segura um guincho só por eu falar o nome. - E eu só descobri isso alguns meses antes de me mudar do Brasil quando soltei algumas cobras num zoológico para que elas assustassem alguns colegas mesquinhos.

– Você fez o que? - Eles gritam perguntando.

– Era só para assustar! - Me defendo.

– Harry! - Mione ralha.

– Era para ser só uma pegadinha!

Rony me olha escandalizado e então começa a gargalhar em silêncio, tremendo.

– Não ria Rony! Alguém podia se machucar!

– Ãh... - Gemo de forma dolorosa.

Rony para de rir e me olha. Se você não sabe, ele tem um talento especial: Descobrir se eu escondo alguma coisa.

– Desembucha. - Ele pede.

– Naquele dia eu descobri que nem todas as cobras são confiáveis como Hestia... U-uma das cobras que eu soltei atacou uma mulher e ela quase morreu com o veneno. - Admito e Rony arregala os olhos e Mione a boca. - Eu juro que não achei que elas fariam algo assim, droga! Era para ser só uma pegadinha!

– Harry, o que passou...

– Hermione, calma, okay?! Isso já passou, e eu já aprendi minha lição!

– O que seu padrinho fez? Minha mãe teria arrancado minha pele. - Rony diz.

– Ele ficou bravo, muito bravo. E decepcionado. Àquela foi a única pegadinha que ele não gostou que eu fizesse. E-ele brigou comigo e foi muito frio, então terminou dizendo que não importava se eu tinha esse dom, contanto que eu não agisse como Voldermort.

– Não fala o nome dele, cara! - Rony pede em um tom dolorido.

– Eu já ouvi falar em alguns livros que você-sabe-quem era ofídioglota, mas sempre foram boatos.

– Bom , Sirius já o viu cara a cara, ele tinha uma cobra chamada Nagine, acho que era uma píton. Eles eram inseparáveis... Como eu e Héstia.

– Por isso você não gosta desse dom? - Hermione pergunta.

– A verdade, Mione, é que tudo que tem a ver com Voldemort, para mim é interessante e ao mesmo tempo repugnante, e eu simplesmente odeio o fato de termos algo igual.

Mione se aproximou e sentou-se no braço do sofá ao meu lado, ela me puxou e me abraçou rapidamente. Rony se largou do meu lado e empurrou meu ombro.

– Desculpe por gritar com você, mas é chato saber que você tem mais um dom que eu não tenho. - Rony diz, embora a desculpa fosse séria, e ele realmente odiava as coisas que eu tinha e ele não, sabia que ele não tinha gritado por ciúmes, essa história era só para me animar.

– Tá, valeu, Rony, Hermione. - Agradeço. - Acho que eu vou dormir... E é melhor eu contar o que aconteceu ao Sirius.

Me levanto e começo a subir as escadas. E ainda consigo ouvir eles começando a pensar num plano para tirar as suspeitas das minhas costas... Num plano que não daria certo, assim que o boato se espalhasse - e com certeza ia se espalhar - todos achariam que eu era o Herdeiro de Sonserina. Não tem volta.

Depois de tomar um longo banho eu me jogo em minha cama, por algum motivo não tinha ninguém no quarto, o que me deu a oportunidade de alcançar o espelho no criado.

– Sirius. - Chamo e no espelho a imagem do teto escuro do quarto de meu padrinho aparece. - Sirius! - Chamo mais alto e ouço um gemido fraco.

– Harry? - Sirius pergunta pegando o espelho na mão e acendendo o abajur. - O que foi, cegueta? - Ele pergunta sonolento se sentando.

Tomo fôlego e respondo com uma voz meio falha.

– Descobriram que sou ofidioglota.

As sobrancelhas de meu padrinho se erguem em surpresa.

– Me conte o que aconteceu. - Ele pede preocupado.


– E agora todos acham vão achar que eu sou o Herdeiro da Sonserina.

– Você devia ter contado para mi ante...

– Não faz nem uma hora que aconteceu, eu nem sei o que estão falando lá embaixo.

– Se faz tão pouco tempo, como sabe que a situação esta tão ruim? - Ele pergunta

– Eles me olhavam com medo, pai! Como se eu fosse um monstro! - Admito.

Eu queria gritar, eu precisava gritar MUITO alto!

– Fique calmo, Harry, amanhã de manhã eu vou para a escola...

– Não. - Interrompo. A ideia de precisar de meu padrinho para me defender de boatos era ridícula, e só pensando nas palavras que fui entender. - Você tem razão! São boatos, eu não vou abaixar a cabeça por um absurdo!

Se eu iria me sentir mal pelos boatos? Obvio. Mas foda-se a opinião deles, eu poderia até me magoar, só que nada além de raiva eu demonstraria.

– Tudo bem, sei que pode muito bem aguentar algo assim. - Ele diz sorrindo.

– Uhun. - Concordo. - Você me ensinou bem como aguentar desaforos...

– Mas isso não o impede de se sentir mal, não é?

– Negativo... - Murmuro e meus olhos, que até então estavam direcionados para a parede encaram meu padrinho. - Por que eu tenho esse dom? Quer dizer, c-como?

Não aguentei ficar sem perguntar.

– Eu não sei, Harry. Quando descobri que era ofídioglota, eu pesquisei toda sua árvore genealógica, você não tem nenhuma descendência com Salazar Sonserina, o mais próximo ancestral que vocês compartilham é o pai dos irmãos Perverell, você não é o herdeiro dele, entendeu?

– Então como eu sou ofídioglota?

– Não faço a mínima ideia... Porém, talvez, Dumbledore saiba de algo.

– Como ele saberia? E como eu falo com ele? Mando uma carta?

Siriús ri de meu desespero.

– Ele sabe de mais coisas do que eu posso imaginar, e para falar com ele pasta pedir uma audiência com ele à professora McGonnagoll.

– Tá.

– E não se esqueça de me contar tudo o que puder.

– Pode deixar, padrinho, não quero outro Berrador.

Sirius sorri e logo sua imagem some, suspiro guardando o espelho e me escondo nas cobertas. Amanhã eu falaria com professor Dumbledore, e talvez descobrisse por que desse dom ridículo que só serviu para me dar um amiga venenosa.

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Notas finais do capítulo

AVISO EXPLICATIVO E MUI-MUI-MUITO IMPORTANTE:
♦ Me perguntaram bastante nos capítulos postados na Quarta sobre a postagem dos capítulo. Gente, os capítulos normais da FIC são postados no domingo (DO-MIN-GO) ou no maximo segunda (caso eu atrase) os capítulos da quarta são bônus (BÔ-NUS) que eu escrevo agradecendo ás pessoas que recomendam. Eles não atrapalham e nem mudam o curso original da FIC.
[SE VOCÊ QUISER UM BÔNUS TEMOS TRÊS OPIÇÕES: Recomendar • OU/& • Divulgar em suas próprias fics • OU/& • Divulgar em grupos sobre fanfics (face, SocialSpirit, blogs) ←tirar print ou mandar link]


AVISO EXPLICATIVO E MUI-MUI-MUITO IMPORTANTE, NÚMERO 2:
♦Estou pensando em fazer um grupo no face sobre a FIC... Querem participar? Só criarei o grupo com pelo menos 3 pessoas.

Ps. Héstia foi uma homenagem a PJO, vcs vão ver um pouco disso nos próximos capítulos

(falei demais, mas foda-se)