Meus amigos estavam todos recebendo DCAT e eu aqui tonto indo direção à sala do diretor, onde eu finalmente ia saber como seria meu curso. Ao que eu soube, até meu padrinho viria, talvez Fudge aparecesse também.

Chegado em frente ao hipogrifo digo a senha que estava na carta - "picolé de limão", achei fofa a senha - e subo para a sala de Dumbledore.

Respiro fundo e abro a porta.

Professor Dumbledore se sentava em sua mesa, Sirius parecia muito confortável numa poltrona sua frente - algo que só é adquirido por muitas e muitas broncas na época da escola - e dois bruxos conversavam baixo sentados em um sofá de dois lugares.

O que mais me chamou a atenção não foi a posição das pernas de Sirius que indicavam que ele estava louco para pôr os pés encima da mesa - o que diabos ele fazia na escola, hein? -, nem o enfeite colorido na barba de Dumbledore, não foi nem o alívio de Fudge não estar ali. O que me chamou mais a atenção mesmo, foram os bruxos, meus professores.

Um homem e uma mulher. Ele devia ter uns vinte e tantos, mas mantinha um sorriso jovial, usava brinco e dois pircing na sobrancelha, o cabelo dele era loiro olhos eram azuis e ele usava um conjunto social amarelo claro. A mulher estava vestida com um conjunto escuro, ela devia estar longe dos vinte anos e seu cabelo era vermelho no tom mais vivo do que eu jamais tinha visto em qualquer festival de rock que já estive.

– Ah, Harry, que bom que chegou. - Dumbledore diz.

– Estou atrasado? - Pergunto indo em direção a outra poltrona, no caminho aceno com a cabeça para os bruxos desconhecidos e toco o ombro de Sirius.

– Quatro minutos. Que vergonha, cadê sua educação, hein?

– Você que me educou, então não reclama, Sirius. Mas me desculpem o atraso de qualquer forma.

– Ah, esta tudo bem. - Dumbledore sorri gentil.

– A gente vai direto ao assunto, né? Essa sala ainda me dá calafrios.

– Você não parece incomodado. - Percebo

– Ah, é que eu treinava muito para parecer calmo, caso contrário o professor não ia acreditar em minhas desculpas.

– E era muito bom nisso, diga-se de passagem. - Dumbledore diz - Para começar quero te apresentar seus novos professores, Harry. Esses são Jonh Singh e Ninfadora Tonks,

Os dois bruxos se levantam e sigo o exemplo.

– Olá, Harry, prazer em conhecê-lo.

– Oi, Harry, você pode me chamar de Tonks. - A moça me cumprimenta.

– É muito bom conhecer vocês. - Digo apertando suas mãos.

– Eu conversei um pouco com eles, acho que vai gostar deles. - Sirius diz.

– Bom, seremos seus professores, espero que não esteja descepcionado. - Ninfadora diz.

– De jeito nenhum. - Digo rindo. - Então, que tipo de coisa eu farei? - Pergunto animado.

– Bom, é melhor explicarmos logo tudo de uma vez, para começar, as aulas foram programadas por especialistas em educação mágica, por aurores, por conselheiros do ministro e pelo professor Dumbledore. A ideia original era que você só começasse a receber as aulas na sétima série, porém foram estudadas formas de você conseguir conciliar os estudos normais com o curso, sem que um atrapalhe o outro. - Tonks começa.

– O curso começaria assim: Toda a educação em Defesa Contra As Artes Das Trevas que você receberia em Hogwarts do segundo ao sétimo ano você vai receber nesse e no próximo ano. No quarto ano você vai estar adiantado em DCAT, mas com o conhecimento normal nas outras matérias, o que atrapalharia seu rendimento no curso de auror, já que você precisa saber sobre outros tipos de matérias. Por isso, terá as lições básicas e importantes para um auror sobre feitiços, poções e transfiguração durante nesses primeiros anos de curso. - Continua John.

– Claro que será muito mais difícil do que receber aquela mesma matéria depois de aprender todas as coisas básicas dos anos escolares, mas você conseguirá. - Tonks diz.

– Ah, tudo bem, vou dar conta.

– Continuando, do quarto em diante você receberá o curso normal de auror com apenas algumas modificações. - John explica.

– Por exemplo?

– Bom, por você ser muito jovem terá que fortalecer muito mais sua mente e seu corpo para que possa ser um auror ao terminar Hogwarts. Por isso temos um treino especial que junta força mental e física.

– O que? - pergunto confuso.

– Aurores tem que ter uma grande quantidade de energia mágica, Harry. Quanto mais poder maior é a força do bruxo, para adquirir poder você tem que ter a mente forte, mas se seu corpo for fraco você não conseguirá fazer magias. Ao não ser que você tenha uma mente muito, mas muito forte - Sirius explica.

– Como eu. - Dumbledore sorri.

– É. - Sirius concorda.

– E como seria esse treino?

– Exercícios físicos e algumas poções para ganhar resistência corporal; e meditação, ganho de conhecimento e treinos de lógica para fortalecer sua mente. Esse treinamento você começa já.

Nesse momento eu tenho que olhar para Sirius. Memórias de quando eu era pequeno me vêem a cabeça, Sirius sentado no chão do terraço totalmente parado e concentrado, ele sempre cheio de livros e participando de cursos, sua mania de corpo saudável, entre outras coisas. Ah, então ele estava se tornando, mais forte.

– Continuem - peço.

– Suas aulas seram sempre no período da tarde depois da sua última aula, menos quando você tiver Quadribol, aí remarcaremos.

– Quanto tempo cada aula?

– Três horas, com alguns intervalos.

– Mas o curso não se limita às aulas. De manhã, antes das aulas você tem treinamento físico, você deve usar seus tempos livres para ler os livros que te recomendaremos e deve meditar por pelo menos uma hora antes de ir dormir. Sua alimentação tem que ser saudável e tomar sempre as poções que te entregarmos.

– Tudo isso? - Sirius pergunta preocupado.

– Bom, é. - Tonks confirma.

– Mas em compensação você recebe algumas aulas livres em outras matérias.

– No final de semana?

– Alimentação saudável, meditação antes de dormir e pelo menos meia hora de leitura, só.

– Okay, entendi. - Digo.

– Você acha que consiguirá? - Sirius pergunta

– Claro que sim.

– Você sabe que pode desistir quando quiser. - Ele me lembra,

– Não vou desistir.

– Você pode muito bem começar o curso quando terminar a esco...

– Eu não desistir do curso, Sirius - Interrompo.

– Tsc... Você é tão teimoso quanto seu pai e eu juntos.

Riu.

– Quando começa o curso? - Pergunto ainda olhando meu padrinho.

– Semana que vem. Mas na sexta venho aqui trazer as poções que deve beber e dar umas dicas sobre como organizar seu tempo sem que fique muito exausto. E na próxima segunda vou estar aqui antes da sete para começarmos o curso.

– Para o treinamento físico, certo?

– Isso aé. - Tonks concorda.

– Então está certo. Podemos ir? - Sirius pergunta.

– Por que está com tanta pressa? - Pergunto,

– Quero voltar para casa.

– Por que?

– Tenho algumas coisas a fazer.

– Por exemplo? - Fico curioso.

– Ah, não te interessa, Harry! - Sirius se impacienta.

– Também vamos. Adeus, professor. - John se despede e Tonks acena.

– Até mais, professor. - Digo.

Sirius apenas acena de costas.

Quando chegamos na frente do salão comunal meus professores se despedem e quando eles estavam um pouco afastados Sirius chama:

– Ah, Tonks, mande um abraço para sua mãe.

– Pode deixar. - Ela acena e continua o caminho.

Olho para Sirius.

– Você conhece a mãe dela?

– Claro, a mãe dela é minha prima - Ele responde sorrindo. Ergo uma sobrancelha, pelo que eu sempre soube a família de meu padrinho não era das mais... Unh, gentis - Andrômeda fugiu de casa alguns anos antes de mim para se casar com um nascido trouxa, foi um exemplo, talvez eu não tivesse fugido se ela não tivesse tido coragem de o fazer antes.

– Tá. - Digo simplesmente entrando no grande salão, o café ainda estava posto então eu podia comer mais um pedaço do bolo PERFEITO baunilha com calda de chocolate.

Ele faz uma cara desanimada. HA-HA, ele achou que eu ia ficar entusiasmado com historinha dele!

Sorrio quando ele se senta do meu lado na mesa da Grifinória.

– Ah, eu sinto falta desse lugar. - Ele suspira sorrindo nostálgico.

Ih, pirou. Ficou velho dramático agora. - Penso.

– Vem dar aula aqui. - Digo com a boca cheia de bolo... Estou passando tempo demais com o Rony.

– Não sei se tenho paciência para ser professor. - Ele diz se escorando na mesa.

– Você cuidou de mim a vida toda...

– Você é só um... E ainda é meio cego. - Ele implica empurrando meu ombro e pegando um pouco do meu bolo.

– Uepa, meu bolo não! - Digo afastando o prato de perto dele. - Você não estava atrasado para sei lá o que?

– Ih, já esta querendo se livrar do seu velho?

– Seria uma boa. Eu sou seu único herdeiro, né?! - Pergunto brincando.

Ele ri.

– Mas você tem razão, tenho que ir. - Sirius diz se levantando.

– Já? - Pergunto.

Meu padrinho sorri.

– Ahã, até daqui uns meses, Harry. - Ele se despede beijando o topo da minha cabeça e se virando para ir embora.

Sorrio, e como mais bolo.